Bom, para começar, Carlos, vou concordar com o @
Skirt Underdome e dizer que é um tanto quanto estranho a perícia de Thais estar metendo o bedelho nos problemas de Carlin, até porque ambas as cidades são "rivais", para usar um eufemismo, considerando-se a história canônica do Tibia. Enfim, se tem uma coisa que rola aqui na seção, é licença poética, e eu não ligo muito pra isso. Os fatos apresentados podem estar ocorrendo em outro momento cronológico da história tibiana ou até mesmo pertencerem a alguma realidade alternativa. Talvez você até explique essa situação melhor posteriormente.
Eu gostei da ideia de uma "perícia" tibiana, embora não posso deixar de me perguntar sobre a extensão da utilidade dela, haja vista que o contexto tecnológico tibiano não oferece lá muitas opções para desvendar crimes hahaha. Se até a perícia criminal atual, com um acervo tecnológico nível CSI tem problemas para resolver vários crimes, imagino que Borges e cia precisem ralar pra caramba kkk. Será que existe alguma magia para reconhecimento de digitais?
Curti a personalidade do Borges, mas alguns dos diálogos me pareceram estranhos, porque, embora você talvez tenha conseguido passar o
clima da relação entre um superior da polícia e seu subordinado, achei que algumas das expressões utilizadas transformaram o personagem em algo muito atual. Todos os "caralhos" que ele dizia me faziam pensar mais em um sargento da polícia atual do que em um cara trabalhando em um contexto "medieval" e fantasioso. O fato do nome dele ser Borges não ajudou nessa impressão huehue. Mas esse tipo de coisa pode ser muito difícil de se fazer. Criar diálogos é sempre algo delicado, ainda mais quando você tem que fazer a coisa soar natural, informal e ainda assim "old school". Recomendo para isso ler os mestres do gênero e ver como eles fazem. O George R. R. Martin pra mim é um cara que consegue fazer isso com maestria.
Outra coisa, e é algo que eu já vi em outras histórias suas, é a indecisão entre usar o presente ou o pretérito na narrativa. Está claro que a ideia é fazer uma narrativa no presente, e na maior parte do tempo vc faz isso com consistência, mas as vezes você mistura uns verbos no passado ali meio fora do contexto.
Dito isso, eu gostei da descrição inicial da cachina, e dos detalhes da descrição do castelo, como o sangue escorrendo pelas torres e etc. Esse tipo de detalhe de cenário é sempre legal e ajuda a criar o clima pra mim. E novamente o tema das cerejeiras e do sangue serviu para atiçar a curiosidade a respeito desses caras. Como disse a você já no chat, eu gostei desse detalhe.
A história já começou bem agitada e misteriosa, o que particularmente acho legal. Vc criou um cenário com possibilidade de dar muito pano pra manga, e os caminhos a se seguir são inúmeros. Com a rainha desaparecida, a irmandade e esse Nightcrawler, você conseguiu me deixar curioso sobre o que irá acontecer. E está fazendo uma história com clima e temas diferentes do que geralmente se vê por aqui (ou que se via na minha época, pois admito que não leio nada aqui faz tempo), e só por isso já agradeço. Criatividade você sempre teve de sobra, e espero que consiga nos manter entretido nos capítulos que estão por vir.
Até!