Resultados da Enquete: Que Facção deveria Ireas Escolher?

Votantes
28. Você não pode votar nesta enquete
  • Marid (Blue Djinns)

    17 60,71%
  • Efreet (Green Djinns)

    12 42,86%
Enquete de Múltipla Escolha.
Página 24 de 46 PrimeiroPrimeiro ... 14222324252634 ... ÚltimoÚltimo
Resultados 231 a 240 de 460

Tópico: A Voz do Vento

  1. #231
    Avatar de Kerrod
    Registro
    20-03-2015
    Localização
    São Paulo
    Idade
    29
    Posts
    118
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Champz

    Essa luta em Orc Fortress contra o dragon Lord ficou legal

    Vc detalhou em relação ao que o protagonista estava sentido os efeitos do calor

    Isso ai detalha mais os combates que eles ficam mais emocionantes mais densos

    Publicidade:


    Jogue Tibia sem mensalidades!
    Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
    https://taleon.online
    o morcego perguntou ao outro ambos pendurados de cabeça para baixo

    _qual a pior situação que vc ja viveu dormindo de cabeça para baixo?

    o outro morcego respondeu:

    _caganeira



  2. #232
    desespero full Avatar de Iridium
    Registro
    27-08-2011
    Localização
    Brasília
    Idade
    30
    Posts
    3.372
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão Segundo Pergaminho, Capítulo 25

    Saudações, galere!

    Passando aqui para deixar o 25o Capítulo do Segundo Pergaminho. Antes, vou deixar aqui minhas respostas aos Comentários do Capítulo anterior:


    Spoiler: Respostas aos Comentários




    Sem mais delongas, o Capítulo de hoje!

    ----


    Capítulo 25 – Dois Oásis no Deserto: Por Ashta' Daramai! (Final)

    O Começo ou o Fim de uma Era...

    (Narrado por Yami, o Primeiro)


    Salvo-conduto, né, seu traidor... Malor vai ficar sabendo disso. A incursão de Keras e seus amigos, ao que parece, deu certo; pude ver isso em primeira mão pelas sombras da Rocha de Ulderek. Mal sabe o Rei Orc que Malor fez muito mais do que meramente erguer paliçadas e torres de pedra para sua raça desprezível movida por nada além da raiva que vocês chamam de “fúria de Blorg”*. Argh, Orcs.

    Vi sair da entrada da Fortaleza Orc cerca de dezessete pessoas contando com Ireas. Pelo que vi, mesmo com salvo conduto, ao menos metade apresentava algum tipo de ferimento grave ou que estava mal-cicatrizado. E Ireas, a julgar pelo porte, estava até bem. Perfeito. Ele precisa continuar de pé por mais um tempo, só para eu ver a tristeza tomar conta de seu rosto quando eu fizer o que tiver que ser feito.

    Mas, antes de mais nada... Preciso lidar com aquela trupe vinda de Vandura. Eles não poderão me impedir se eu os impedir primeiro...


    ***


    (Narrado por Rei Jack Spider)

    — Acelera aí, Sírio! A gente tem que chegar a Ab’ Dendriel o mais rápido possível!

    Eu tinha que estar errado, por tudo que era mais sagrado. Tínhamos que estar errados. Yami não podia ter feito o que fez. Ireas deveria ter se livrado dele quando teve chance; ele jamais deveria ter ganhado um lugar entre nós. Fomos muito tolos de achar que eles não nos faria nenhum mal.

    Estávamos ainda na metade do caminho; de Ankrahmun a Ab’ Dendriel, teríamos de navegar mais alguns dias e não sabíamos se Ireas já havia se encaminhado até a Fortaleza Orc. Sírio e Morzan estavam encarregados de fazer o navio mover-se a todo vapor — eram os mais experientes no assunto e isso se refletia na velocidade em que conseguiam alterar o curso do veículo e o número de velas içadas.

    Os céus estavam escuros e a chuva começou a cair em fios finos e constantes; eu sentia o vento gelado açoitar meu corpo e adormecer minhas mãos. Tirei minha mochila de minhas costas e ajoelhei-me sobre o assoalho do convés. Com cuidado, procurei dentro da mochila por meu Broche Ornamentado; estranhamente, estava com dificuldades em achá-lo, mesmo sabendo que ele estava ali.

    “Não precisa desses artifícios para me achar, criança...”

    Era aquela voz de novo! Olhei para os lados, mas não encontrei sua fonte. Parecia vir de todas as direções e de nenhuma delas ao mesmo tempo. Estranhamente, o que ele me disse parecia fazer sentido... Afinal, essa voz já falara comigo antes e até se materializara na minha frente. E se eu tentasse algo diferente?

    — Você tem razão! — Falei, olhando para cima e deixando a chuva respingar em meu rosto — Vou tentar de outra forma, pois preciso de sua ajuda!

    Fechei meus olhos, entrelacei minhas mãos e respirei fundo. Desde que me entendo por gente, fui ensinado que um Paladino é movido pela sua fé mais do que por sua mira; fazia um bom tempo que eu não honrava os Deuses. Fazia tempo que eu simplesmente não parava pra rezar. Talvez todos esses acontecimentos e o estranho fato de eu poder ouvir a voz do vento abriram meus olhos para algo que eu já não via mais, apesar de trilhar os caminhos da luz.

    Comecei a rezar baixinho ao deus do Vento. Àquele que veio a mim em forma de aranha. Era uma reza antiga, algo de nossa língua misturada à lingua dos anjos – foi como eu aprendi. Senti algo mudar dentro de mim. Era como se eu me tornasse mais leve que tudo e o meu ambiente, mais e mais distante de mim. Eu já não sentia mais a chuva e nem sequer ouvia o som das águas ou dos trovões. E era como se, além desse deus, houvesse mais alguém ali. Era como se Ireas também estivesse presente, mesmo que não fosse de forma física. Continuei de olhos fechados.

    — Isso mesmo, criança. — A voz retornou e parecia estar à minha frente. — Sem intermediários; o contato tem que vir da alma, precisa ser sincero...

    — Eu estava sendo sincero... Eu acho... — Repliquei sem abrir os olhos e sem desfazer a postura de reza — Eu não sei porque tenho essa habilidade... Acho que é uma bênção, mas não sei ainda... Eu só peço que, nesse momento, faça-nos navegar mais rápido para que a visão de Mortalheiro não se realize! Ajude-nos a ajudar nosso amigo!

    — Ajudar a outra criança também... — A voz voltou e soava satisfeita. — Eu ajudarei... Não se preocupe, eu sei que você estava sendo sincero das outras vezes... Sei que sua índole é boa assim como suas intenções. No tempo certo, explicarei tudo... Agora, devo cumprir a minha parte para que você cumpra a sua...

    Assim que a voz parou de soar, eu abri meus olhos; tudo ao meu redor estava cinza e enevoado. A névoa era tão densa que eu era incapaz de reconhecer o local — torcia para estar em meu navio. Foi então que vi o que pareciam ser flocos de neve brilhando em um tom azul bem claro. Não era neve – era mana! E eu reconhecia aquele padrão: eu estava certo, Ireas estava perto e estava bem! Certamente o vento entregara minha mensagem e essa foi a forma dele retribuir!

    Aos poucos o cinza deu lugar ao marrom, preto e verde-escuro; logo tornei a ver o céu, que ainda estava nublado, mas sem chuva. Eu vi uma pessoa se aproximar de mim, e somente quando estava a uma passada de distância que eu o reconheci: era Brand, e ele estava visivelmente preocupado.

    — Jack... Acho que você tinha razão. — Sua voz soava fúnebre e frustrada. — Não deveríamos ter passado em Ankrahmun primeiro.

    — Por quê? — Indaguei, já ficando preocupado com o que viria a seguir.

    — Lembra que eu havia dito que Venore não nos aceitaria se estivesse sob ameaça de bloqueio?— Ele replicou. — É bem provável que eu esteja certo... Olhe.

    Para minha infelicidade, Brand estava certo; de onde estávamos, o cais de Venore já era visível assim como o brilho do uniforme da Guarda Thaiana. Um deles estava à frente dos principais nomes de Venore e parecia estar lendo algo para eles. Isso era péssimo...


    ***


    (Narrado por Yami, o Primeiro)

    Eu tinha razão — aquela galera de Vandura não desistiria tão fácil de vir atrás de Ireas. Que bom que fui mais esperto. E que bom que as autoridades de Venore são tão torpes. Torpes ao ponto de não saberem diferenciar quem pertence ou não à Guarda Thaiana de fato.

    — Bem, essas são as ordens do Rei. — Falei em um tom austero, com um falso pergaminho em mãos — Se vocês vierem a acolher qualquer um vindo da Baía da Liberdade, vocês terão seus suprimentos alimentícios cortados, bem como serão proibidos de continuar sustentando suas casas de apostas.

    — Isso é um ultraje! — Hugo e Irmana reclamaram em uníssono, com as caras avermelhadas — O Rei não pode fazer isso!

    — Ele pode... E ele vai. — Repliquei em tom de deboche, enrolando o pergaminho lentamente — Quer vocês gostem ou não, ainda são súditos de sua majestade Tibianus III. E, se isso não os agrada... Bem... Pode-se dizer que seus privilégios logo serão nada mais que doces lembranças...

    Os comerciantes se entreolharam preocupados e tristes – ao que parecia, aquela trupe de palhaços bem-vestidos engolira meu blefe. Perfeito. Era disso que eu precisava. Olhei para trás, por cima de meus ombros e percebi que havia uma embarcação à deriva e, a julgar por seu direcionamento, certamente não saberia se embarcaria ou não.

    Eu sorri um sorriso sinistro, disse mais alguma coisa irrelevante para “tranquilizar” àquela gente gananciosa e de alma podre antes de dar-lhes as costas e sair de cena. Meu trabalho estava feito – só precisava que aquele certo grupo de palermas se mantivesse longe. Se ao menos eu tivesse optado por manter meu sósia vivo... Acho que as coisas estariam mais fáceis.

    Não... Membros fracos não se mantêm – eles se cortam; Malor me ensinou isso para nunca mais esquecer. Se quer um serviço bem-feito, faça você mesmo.

    Assim que sumi das vistas dos guardas de Venore, estalei meus dedos e usei minha mana para retornar à minha forma comum – e fiz sumir os guardas que comigo estavam, que nada mais eram que convocações dispensáveis, Djinns verdes em corpo e sem alma. Agora, precisava voar até Ireas a fim de impedi-lo também...


    ***


    (Narrado por Jovem Brand, o Terceiro)

    Eu odeio quando estou certo. Bem, nem sempre, mas, hoje, eu odeio ter acertado o que acertei.

    Assim que conseguimos avistar o porto de Venore, nos deparamos com uma ingrata surpresa: o porto estava fechado para nós. Assim que viram a bandeira da resistência Vandurana hasteada no mastro de nosso navio, iniciou-se uma agitação nas edificações mais altas na proximidade da doca. Não demorou muito para vermos arqueiros apontando Flechas Incendiárias para nós.

    — Merda! — Resmunguei — Sírio, tire-nos daqui! Leve-nos para Carlin!

    No momento em que pronunciei o nome dessa cidade, os arqueiros dispararam suas flechas do alto das torres, acertando o casco e o convés do navio; duas delas pegaram em minha coxa justo quando estava começando a me movimentar, e não consegui evitar minha queda no chão.
    — Brand! — Ouvi Jack gritar da outra ponta do convés.

    — Fica aí! — Rugi, tentando me levantar — Só ice as velas e ajude o Morzan e o Sírio a tirar-nos daqui... Eu derrubo esses filhos da mãe.

    Eu levantei com raiva; as flechas ainda estavam em minha coxa, e lá ficariam por mais um tempo. Retesei meu Arco Micológico e as minhas Flechas Cristalinas e disparei contra cada arqueiro que estava nos atacando. Minha intenção, contudo, não era matá-los: simplesmente queria desarmá-los, ferindo suas mãos ou ombros, impedindo-os de continuar a disparar. A dor era insuportável, e fui forçado a parar com os disparos; levei minha mão às flechas e tentei removê-las vagarosamente enquanto via a costa de Venore cada vez mais distante.

    Estranhamente, o barco estava se movendo muito mais rápido que de costume; era como se estivéssemos flutuando, como se não houvesse resistência nenhuma dos mares à nossa navegação; eu deixei meu corpo cair na madeira surrada do convés, jogando para longe as flechas chamuscadas.

    Exura... San... — Sussurrei, exaurido.

    Eu só sei que senti o barco se mover ainda mais rápido e, depois disso, mais nada. Eu não conseguia entender, contudo, como aquelas duas flechas haviam feito aquilo comigo. Eram só Flechas Flamejantes! Não... Havia algo mais nela.

    Tentaram me envenenar.


    ****


    (Narrado por Ireas Keras)

    Chegamos a Ab’ Dendriel sem grandes dificuldades, depois de um bom tempo de caminhada. Auxiliei os mais feridos como pude, valendo-me de todos os meus conhecimentos para deixá-los novos em folha. A incursão fora um sucesso, e havíamos chegado assim que o sol se pôs. Emulov havia ficado em um estado pior do que imaginei, visto que a fuligem prejudicara ainda mais sua frágil respiração. Solária encarregou-se de cuidar dele, enquanto que a mim restava outro assunto — lidar com Wind.

    O Yalahari estava mais quieto que de costume; ele estava sentado perto de uma das árvores maiores da cidade, fora da residência de Solária. Respirei fundo; não havia dúvidas em minha mente quanto ao que havia de ser feito. Aproximei-me devagar, esperando a oportunidade para falar com ele.

    — Eu acho que já deveria ter esperado aquela sua reação lá na Fortaleza. — Wind falou em um tom fechado e triste. — Você já não é mais o mesmo sujeito que conheci em Ankrahmun, naquele dia.

    Eu concordei com a cabeça, sério.

    — Eu tenho essa mania... Eu protejo demais as pessoas de que gosto, e, na realidade, você nunca precisou de proteção alguma. — Ele passou a mão em volta do pescoço — Que nem naquele dia. A sua força foi tamanha que se o Brand não tivesse intervido, você teria me matado.
    Eu continuei calado. Ele tinha razão; naquele dia, se Brand não tivesse atirado para me tranquilizar, eu certamente teria congelado o Yalahari de fora para dentro, ou o teria estraçalhado com aquele machado de gelo.

    — Você é um Norsir; está em seu sangue lutar. Eu fui um tolo em enxergar em você uma pessoa que você não é. — Ele levantou sua cabeça, fixando seu olhar em mim — Eu sinto muito.

    — Isso é passado. — Respondi, sério, e talvez não acreditando no que eu estivesse dizendo — As nossas diferenças... Os problemas que tivemos... Já estão no passado. Eu já te perdoei, e você já me perdoou.

    Ele concordou com a cabeça com o mesmo semblante de antes. Havia algo de errado; seu olhar exibia algo diferente – não parecia ser o Wind de sempre. A cor deles parecia mudada, e não havia mais brilho neles. O que estaria acontecendo?

    — Eu vou ser breve, Wind. — Falei, mantendo a voz firme e atento às reações do Yalahari — Eu não posso continuar fazendo isso com você. Não é certo. Não é justo que você sofra dessa forma por minha causa...

    Eu me ajoelhei, ficando mais próximo dele; seu semblante, apesar de triste, me parecia... Conformado. Era como se ele já soubesse o que viria a seguir.

    — Acho melhor voltarmos ao que éramos antes: amigos. — Disse a ele, decidido e apoiado em um de meus joelhos.

    — Então... Você não precisa mais de mim? — Ele indagou com a voz triste e o olhar distante, petrificado.

    — Preciso da sua amizade, da sua força. — Respondi da forma mais compreensiva que pude. — Preciso que viremos essa página e possamos seguir com as nossas vidas. Essa parte do nosso caminho, a amorosa... Pode seguir em outra direção. Continuo gostando muito de você, Andarilho do Vento, mas acho que é melhor eu te libertar desse fardo antes que isso venha a te consumir e a nos custar muito caro.

    Assim que terminei de falar o que falei, percebi uma mudança no semblante de Wind; era como se a vida tivesse voltado ao seu ser. Seus olhos apresentavam o brilho de antes, e seu semblante, ainda que triste, parecia ter um lampejo de esperança. Eu, contudo, sentia algo diferente; eu não estava aliviado. Era como se algo ainda estivesse guardado dentro de mim, me deixando inquieto – e eu não conseguia entender o que era.

    — Eu... — O Yalahari balbuciou, olhando para o chão, sem norte — Eu não esperava que fosse acabar assim, heh.

    Ele se levantou e olhou para o céu estrelado, triste.

    — Esperava até o fim dessa pequena saga tortuosa que você e eu pudéssemos reatar de vez... Bem... Você tem suas razões. Espero que entenda que, para mim, nunca foi um fardo...

    Dito isso ele, começou a se afastar com o semblante brincalhão de antes, sua face tradicional.

    — ...Foi a mais feliz das minhas experiências. Foi uma bênção.

    Antes que eu pudesse responder alguma coisa a mais, ele me deu as costas e se embrenhou em meio à vegetação de Ab’ Dendriel, sumindo como se nunca houvesse feito parte de tudo aquilo. Eu soltei um largo suspiro, girei em meus calcanhares e fui caminhando sem rumo e ainda com a sensação ruim em meu âmago.

    Não demorou muito para que eu saísse de Ab’ Dendriel; e foi quando o vento soprou mais forte em meu rosto, em direção ao oeste. Eu virei meu rosto e foi quando eu o vi.

    Yami, o Primeiro, com um sorriso sinistro no rosto. E me aplaudindo de forma debochada, lentamente.

    — Bravo, Keras, bravo... — O Efreet comentou em tom de deboche e escárnio — Você chegou longe. Muito longe. Olha, eu estou um pouco cansado e não estou muito afim de enrolação, então, se puder me fazer um favor... — Ele estendeu uma das mãos em minha direção, com o triunfo estampado em sua face — ... Passe para cá a Lâmpada.

    Eu segurei meu Cajado da Tempestade de Granizo com mais força e me concentrei, querendo reproduzir aquele mesmo machado que levantei contra Wind. Aquela sensação ruim estava tomando conta de mim, e era como se eu estivesse prestes a explodir – e aí então comecei a entender o que era tudo aquilo.

    — Não. Venha pegar! — Vociferei a Yami, olhando para ele como um animal feroz.

    — Como queira. — Replicou Yami, zombeteiro.

    Eu vi uma fumaça verde começar a cercá-lo, modificando parte de seus traços — ele estava assumindo sua verdadeira forma. Eu olhei para meu cajado e o vi modificado em um machado de duas lâminas, o que seria perfeito para revidar.

    O que aconteceu a seguir... Bem...

    Eu confesso que tive dificuldades em lembrar.


    Continua...

    ----

    (*) Fúria de Blorg: Os Orcs são tidos como criação de Blorg, um dos primeiros deuses de Tibia. Eles foram criados com o propósito de ser a raça dominante do continente de Tibia, sobrepujando, assim, seus eternos inimigos, os Elfos.


    -----

    E é isso aí, povo! É treta pra todo mundo!

    Deixo vocês com esse capítulo! Por favor, me deem seu feedback! Comentem, divulgem e votem na enquete acima... Eu já não lembro mais o limite de votos que eu estipulei, mas não deixem de registrar a sua opinião!

    Abração e até o próximo Capítulo!

  3. #233
    Cavaleiro do Word Avatar de CarlosLendario
    Registro
    23-03-2012
    Localização
    São Paulo
    Posts
    2.376
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Ótimo capítulo. Yami tá sendo um grandioso filho da puta ultimamente, e não acho que ele perca essa luta com o Ireas. Ah, sobre o carinha, ele deixou o Wind na friendzone... Confesso que nunca tinha visto isso antes. Inclusive falei pra ti lá no FB

    Espero que os caras consigam chegar a Ab, tá pertinho. Só não sei o porque da ideia genial de ir pra Carlin se eles estão indo atrás do Ireas...

    E não posso deixar de dizer que com tudo isso, a história está tomando um rumo fenomenal, ainda mais com a sua excelente escrita. Vendo ela, penso que ainda preciso melhorar minha escrita, já que a narrativa aparentemente está boa. Continue assim Iri, tá ficando melhor a cada capítulo!



    ◉ ~~ ◉ ~ Extensão ~ ◉ ~ Life Thread ~ ◉ ~ YouTube ~ ◉ ~ Bloodtrip ~ ◉ ~ Bloodoath ~ ◉ ~~ ◉

  4. #234
    Avatar de Bruttar
    Registro
    23-08-2011
    Posts
    55
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Está proibido esse tipo de final Ok? Deixar apreensivo assim é sacanagem.
    (brinks)
    Excelente como sempre, na verdade, só você mesmo pra me fazer usar o fórum Hehehe.
    Aliás, o Brand não está executando a justiça divina de forma impiedosa, vou dar umas aulas pra ele de como usar um arco MWAHAHAH.
    - ALASTOR

  5. #235
    desespero full Avatar de Iridium
    Registro
    27-08-2011
    Localização
    Brasília
    Idade
    30
    Posts
    3.372
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão Segundo Pergaminho, Capítulo 26

    Saudações, galera!

    Bem, estou passando aqui para agradecer a todos os comentários que recebi e que ainda recebo aqui nessa história. Eu fico feliz que ainda tenham boas almas que tiram um tempinho de suas agendas para ler e comentar em minha história -- e em tantas outras aqui da Seção Roleplay. Devemos a vocês, leitores, a continuação de nossas histórias! Vocês são o nosso combustível! Continuem por aqui

    De toda forma, já deixo anunciado que não só essa história está caminhando para o fim, como tamém já tenho alguns projetos novos para a Seção em mente. Em breve, quando o fim de A Voz do Vento estiver próximo, deixarei tudo mais às claras.

    Para quem está olhando o tópico por agora, vai notar que eu marquei alguns usuários -- tratam-se de usuários que já deram as caras por aqui, ou que já fiz um convite à leitura dessa História. Não há marcação de todos aqui, mas, em breve, conforme relembro e faço o levantamento, todos estarão devidamente marcados.

    Agora, antes de postar o Capítulo novo, vamos ao feedback. O próximo Capítulo deverá sair em alguns dias. Como a faculdade retornou e está bem no comecinho, vou aproveitar para adiantar o que der da história para não ter mais atrasos =)


    Spoiler: Respostas aos Comentários



    Sem mais delongas, o Capítulo de hoje!

    -----

    Capítulo 26 – Sombras ao Vento

    Certas coisas não se guardam para si sem haver consequências.


    (Narrado por Rei Jack Spider)



    Estranhamente, fomos aceitos por Carlin aquele dia; na verdade, não foi tão estranho assim, visto que, tão logo quanto avistaram nossa embarcação detonada e o Brand desmaiado, com a pele cheia de bolhas e queimaduras muito graves, deixaram-nos entrar na cidade sem problemas. Bem, em termos — Liive, por ser Norsir, teve sua parcela de problemas, os quais o forçaram a encontrar a xerife local. A fim de evitar mais confusão, Icel foi com Liive para manter o temperamento dele dentro dos padrões.

    Morzan e Sírio logo se prontificaram a escoltar Brand, acompanhando as oficiais da cidade em sua rota até a druida local, que certamente poderia dar conta do recado. No fim das contas, eu sobrei, ficando sozinho no cais de Carlin, com meus pensamentos.

    Eu ainda estava aflito, especialmente com todas as artimanhas de Yami; com Brand ferido, novamente estávamos distantes de Ireas, sem poder ajudá-lo. E, principalmente, sem poder contar para ele sobre o que vinha acontecendo comigo nesses últimos tempos. Sobre o vento e sua voz que pareciam estar nos guiando constantemente e que, de alguma forma, nos mantinha ligados, mesmo que estivéssemos a continentes de distância.

    Foi aí que senti algo estranho; o vento, que antes estava parado, soprando muito levemente em direção à terra firme, moveu-se com mais força contra meu rosto. Além disso, senti-o mais frio que de costume para aquela época do ano em Carlin; momentos depois, vi uma quantidade considerável de flocos de neve vir em minha direção, açoitando meu rosto e minhas mãos com ferocidade e, junto com eles, um som.
    Um grito. Um grito de dor. Um grito estarrecedor de dor e horror.

    Meu coração parou; os flocos ficaram no chão, criando uma trilha de brilho azulado. Eu a segui. Estava com um péssimo pressentimento quanto a tudo aquilo...

    Utani Gran Hur! — Conjurei em voz alta para quem quisesse ouvir.

    Saí correndo na noite que nem um louco, contando com nada mais que minha mana e meu vigor para conseguir alcançar o fim da trilha gélida. Na medida em que seguia para o leste, pela velha estrada de terra surrada do Grande Continente, percebi uma série de detalhes alarmantes.
    Plantas congeladas; traços de sangue em alguns arbustos; o vento cada vez mais forte. Mais gritos. E, dessa vez, o som de um trovão.

    Eu não conseguia reconhecer a voz, mas talvez estivesse recebendo pistas o suficiente para conhecer ao menos um dos envolvidos na briga. Respirei fundo.

    Utani Gran Hur! — Conjurei com fôlego renovado, seguindo em frente.

    Assim que dei cerca de sete passos para frente, uma lufada de vento frio com uma camada de granizo veio em minha direção e o susto me fez perder o equilíbrio e cair no chão. Abri meus olhos e tentei retomar meu equilíbrio apenas para ver uma cortina de neve e vento revolta a vinte, vinte e cinco metros de distância de mim. Parecia um furacão.

    Aquela cortina era densa o bastante para não envolver mais nada em sua fúria, mas fina o bastante para que eu pudesse distinguir duas formas, as quais estavam em um combate inimaginável. E eu sabia a quem pertenciam aquelas silhuetas.

    E eu sabia, também, que algo precisava ser feito.


    ****


    (Narrado por Ireas Keras)


    Aquele Djinn miserável. Agora ele haveria de pagar; o servo mais pérfido de minha mãe estaria prestes a provar de seu veneno. Tão logo quanto ele assumiu sua forma de Efreet, com a pele mudando de morena para verde-esmeralda, os olhos se alterando em um tom sinistro de vermelho e suas pernas se convertendo em fumaça e fuligem, parti para o ataque.

    Eu não queria nem saber; seu primeiro movimento foi atirar uma bola de fogo contra mim, e respondi com um movimento rápido de meu machado-cajado; por muito pouco, não o acertei.

    — Só isso?! — Zombou Yami ao desviar de minha primeira investida — Vai precisar de mais se quiser me derrubar!

    Em resposta, me virei o mais rápido que pude.

    Exori Gran Frigo! — Urrei, conjurando uma estaca de gelo, a qual direcionei a Yami.

    Meu segundo ataque o acertou, resvalando em seu ombro. O Efreet urrou de raiva, segurou a estava e quebrou-a ao meio. Em seguida, conjurou uma bola negra, a qual arremessou contra mim com muita força.

    Aquela magia negra fez a área atingida — meu tronco — começar a apodrecer de forma rápida e muito dolorosa.

    Exura Gran! — Conjurei, visando aliviar minha dor.

    Minha magia de cura conseguiu retardar os efeitos da magia, e revidei com ataques de gelo oriundos de meu cajado e mais golpes de machado. A cada duas bolas de fogo mandadas por Yami, precisei me curar. E isso estava me enfurecendo.

    — Vamos, Keras! Me desafie! — Rugia o Efreet com um sorriso sinistro no rosto. — Eu não saí de Kha’zeel para lutar contra um adversário insignificante! Seja melhor que isso!

    Ele estava zombando me mim a cada movimento – eu era apenas uma piada para ele, um adversário que representava perigo nenhum. Eu já estava cansado disso. Aos poucos, comecei a diminuir a distância que nos separava; a cada estaca de gelo arremessada em sua direção, eu avançava mais um passo. Estava começando a quebrar sua confiança aos poucos.

    — Já chega! — Vociferou o Efreet com o semblante feroz. — Cansei dessa brincadeira!

    Yami começou a ficar sério; ele deixou de contar apenas com suas magias para desembainhar sua espada – uma cimitarra de lâmina comprida, resistente e que brilhava em um sinistro tom de vermelho – e decidiu vir para cima de mim, corpo-a-corpo.

    Seu primeiro golpe veio rápido, forte e quase certeiro — precisei fazer um esforço maior que o imaginado para conseguir desviar a lâmina de seu percurso; ela quase abrira uma ferida de um lado a outro do meu tronco. O desvio que executei abriu a guarda de Yami: perfeito.

    Exori Gran Frigo! — Conjurei, determinado.

    Arremessei a estaca de gelo assim que a conjurei, e Yami recuou, louco de dor; eu havia perfurado perto de suas costelas, e por muito pouco não perfurei seu pulmão. Continuei a investir em minha ofensiva; estava cansado daquilo. De fugir. De me esconder. Das sombras. Da incerteza. Do medo.

    Era uma dança tenebrosa aquela que eu e o Efreet dançávamos; aos poucos, ele começou a perder controle de sua forma mais poderosa e seus ataques mágicos pareciam mais fracos que antes, mas continuavam devastadores para a minha constituição. Mas eu não me daria por vencido; não mesmo.

    Minha frustração estava alimentando meus golpes. Cada investida era só um lembrete de toda a raiva que eu vinha passando nesses últimos meses. Senti que estava me movendo de forma mais rápida e agressiva que o normal – o vento estava me dando forças.

    De repente, quando eu estava para desarmar Yami, ele cuspiu uma baforada de fogo extremamente forte, forçando-me a voltar à defensiva. Se esse Djinn tivesse feito isso comigo e Emulov enquanto estávamos em Drefia, o trauma teria sido grande. Tenho certeza. Mas esse Ireas não representa mais o que sou hoje. Estava na hora de honrar meu juramento feito a Sven, a meses atrás, quando sequer teria chances de ingressar no mundo dos Norsir. Precisava assumir para mim essa fúria que já estava a muito guardada — e que precisava ser gasta.

    — Continue recuando! Continue se protegendo! — Yami fincou a espada no solo e estalou os dedos — Continue sendo o ser insignificante que você é diante de um Djinn!

    Eu estava furioso, e o vento também. De alguma forma, estava fazendo o vento soprar mais frio e mais forte. Estava com tanta raiva que conjurei sem perceber meu conjúrio, e acertei Yami com violência. Estava na hora de calar aquele sujeito. Ele tinha que provar de seu próprio sangue ali mesmo.

    O vento começou a se misturar com a neve e o gelo resultante da batalha, criando uma cortina de contenção. Yami não teria para onde correr senão em direção à avalanche que viria a seguir.

    Exevo Gran Frigo Hur!

    O vento rodopiou mais rápido, frio e violento; toda a fúria que eu sentia fora transferida para minha mana, e a resposta veio em uma área maior que pude imaginar, com gelo, vento e neve açoitando o corpo de Yami com violência, atingindo tudo o que estava ao meu redor. E eu estava no olho desse furacão, atônito.

    Utamo Vita! — Ouvi uma voz familiar gritar através da cortina gelada.

    O vento assentou tão rápido quanto se enfureceu; aos meus pés, estava Yami, ferido e agonizando, com queimaduras graves causadas pelo granizo em contato com sua pele, e com perfurações e cortes oriundos das estacas de gelo que usei a meu favor. Eu não tive a oportunidade de terminar o serviço, pois ele estalou os dedos e desapareceu no ar tão rápido quanto me encontrara e mudara de forma.

    Eu enfim me virei na direção da outra voz, ainda pasmo com o que consegui fazer àquele traste. Era Jack, e ele estava de joelhos; aparentemente, meu ataque lhe custara mais mana que o previsto. Eu estava estático, pois fazia muito tempo que eu não o via, e acabei por feri-lo acidentalmente.

    — Sinto muito que você tenha sido pego no meio de tudo isso... — Comecei, ainda confuso.

    —Eu já deveria ter suspeitado... É lógico que a trilha de gelo seria sua. Quem mais teria a mesma habilidade de falar através do vento? — Ele falou com o mesmo sorriso de sempre.

    — Então... Não era coisa da minha cabeça mesmo. — Concluí, falando devagar e tentando processar tudo o que acontecera e vinha acontecendo. — Aquela vez do broche... A outra vez também, antes de eu ir à Fortaleza dos Orcs...

    — E outras tantas que já aconteceram também. — Jack agora estava de pé, e ainda sorrindo — Não. Não é coisa das nossas cabeças, Ireas. É coisa nossa do Vento e com o Vento. Eu também recebi a sua mana daquele dia, e o Vento me trouxe e você enquanto Yami te perseguia.

    — Eu não entendo, Jack. — Meneei a cabeça, ainda mais confuso do que já estava — Eu não entendo o que está acontecendo comigo... Conosco! Afinal, o que somos?

    — São os meus escolhidos, Crianças.

    Uma terceira voz se manifestou; uma voz extremamente familiar. Eu e Jack olhamos para trás e demos de cara com uma enorme aranha de cor branca, quase transparente. Em questão de segundos, a criatura começou a modificar sua forma, assumindo a aparência de um homem alto, magro e de rosto delicado, com os cabelos loiros muito claros e olhos de cor cinza. Ele trajava um manto longo e que exibia o desenho de nuvens se movendo em um céu nublado, com alguns detalhes ou outros em brocado. Ele entrelaçou os dedos das mãos, colocando-as abaixo de seu peitoral e se aproximou de nós vagarosamente.

    — Vocês são as minhas Vozes. — Replicou o senhor, de forma serena — Eu sou Nurnor. Está na hora de eu explicar algumas coisas a vocês...


    Continua...


    ----

    Bom, aí está a continuação! Algumas coisas vão passar a fazer mais sentido... Ou não. Tirem suas conclusões hehehe!

    Deixarei vocês com esse capítulo. Vale lembrar, também, que eu tenho um Life Thread do Ireas, o qual reativei tem pouco tempo. O link dele se encontra em minha assinatura. Deem uma passada lá e confiram o progresso do Ireas em Unitera!

    Abraços a todos, e fico no aguardo de seus comentários!




    Publicidade:


    Jogue Tibia sem mensalidades!
    Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
    https://taleon.online

  6. #236
    Cavaleiro do Word Avatar de CarlosLendario
    Registro
    23-03-2012
    Localização
    São Paulo
    Posts
    2.376
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Eita carai! Que luta tensa essa!

    Gostei bastante desse capítulo, a luta foi muito bem narrada. Achei bem imersivo essa luta, com os sentimentos do Ireas expressados através de seus golpes, fora a demonstração de seu poder. Só acho que um Efreet já teria rodado com o Mas Frigo, mas já que o Yami é praticamente um boss...

    E o final já me deixou ansioso pro próximo capítulo. Fucking Nurnor apareceu diante deles, e parece que vai esclarecer muita coisa do que pode acontecer no futuro da história. Quem sabe Jack e Ireas não sejam parentes ou algo assim?

    Aguardando o próximo capítulo, Iri



    ◉ ~~ ◉ ~ Extensão ~ ◉ ~ Life Thread ~ ◉ ~ YouTube ~ ◉ ~ Bloodtrip ~ ◉ ~ Bloodoath ~ ◉ ~~ ◉

  7. #237
    Avatar de Bruttar
    Registro
    23-08-2011
    Posts
    55
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Carajo. Se esse Yami voltar pra causar problemas vou ficar brabo.
    Muito bem descrita essa treta, curti. Só espero explicações... Por que você sempre faz questão de terminar desse jeito?
    - ALASTOR

  8. #238
    Avatar de Gabriellk~
    Registro
    16-12-2007
    Posts
    1.065
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Fui summonado aqui pela cara @Iridium (que aparentemente tem o poder de ressuscitar os mortos ).
    Estou curioso sobre esses "novos projetos" que virão por aí, e pode ter certeza de que eu vou (no mínimo) dar uma checada neles.

    Agora, quanto à A Voz do Vento, infelizmente não tem condições de eu comentá-la hoje, ou num curto prazo. Eu deixei de ler faz muito tempo, e até recuperar tudo isso... Quer dizer, eu provavelmente teria que ler tudo de novo mesmo, pq esqueci a maioria das coisas huahuaha. Enfim, essa é daquelas que vale a pena ler pra quem tiver tempo e disposição, e recomendo a todos . Faz muito tempo que não leio um capítulo, mas imagino que vc só tenha melhorado, Iri.

    Só passei pra dizer que ainda lurko por aqui de vez em quando, e te desejo sorte nos novos projetos! ;D

    Até mais!
    “The big questions are really the only ones worth considering, and colossal nerve has always been a prerequisite for such consideration”.
    - Alfred W. Crosby

    Gosta de fics tibianas? Leia a minha aqui!

  9. #239
    desespero full Avatar de Iridium
    Registro
    27-08-2011
    Localização
    Brasília
    Idade
    30
    Posts
    3.372
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão Segundo Pergaminho, Capítulo 27

    Saudações, caros frequentadores da Seção Roleplay!

    Estou aproveitando esses primeiros dias de faculdade para poder adiantar o que der da história antes que eu seja forçada a desacelerar o ritmo de minhas postagens. Novamente, gostaria de agradecer o apoio de todos(as) a essa minha humilde história. Não é fácil continuar criar algo e ter alguma aceitação, e é ainda mais difícil dar continuidade mantendo um padrão legal a cada Capítulo. Como sempre digo, os feedbacks de vocês são a razão de eu continuar escrevendo essa História!

    E, como retribuição, vamos às Respostas aos Comentários!

    Spoiler: Respostas aos Comentários



    Agora, sem maiores delongas... O Capítulo de Hoje!


    -----


    Capítulo 27 – As Vozes do Vento

    Norte e Sul. Barlavento e Sotavento*.

    (Narrado por Ireas Keras)



    Como assim, as Vozes do deus dos Ventos?! Eu estava alucinando, era a única explicação possível. Eu e Jack estávamos alucinando; podia ser apenas um sonho, e um daqueles bem loucos. Respirei fundo, tentando me acalmar. Se esse ser que se dizia o deus Nurnor teria respostas, acho que deveria ouvi-las.

    — Eu lamento por ter deixado vocês no escuro por tanto tempo. — Falou Nurnor, gentil. — Eu, na verdade, nem sabia se vocês haviam vingado de fato.

    — Como assim? — Perguntei, confuso.

    — Bem... Vocês devem saber um pouco sobre a gênese do nosso mundo, certo? — Nurnor indagou, começando sua explicação. — Vocês devem saber que cada deus foi responsável por alguma parcela da criação, não?

    Concordamos com a cabeça, seguindo o raciocínio de Nurnor.

    — Pois bem... Cada deus criou aquilo que seria sua identidade, um ser ou conjunto de seres que seriam seus para reger: e através dos quais os outros seres conscientes os identificariam. — Continuou o deu com seu tom afável. — A maioria de nós buscava a harmonia, mas havia outros entre nós que buscaram o caos, a desarmonia e a separação com suas próprias obras.

    A fúria de Blorg... — Sussurrei, lembrando-me do que o Rei Orc havia dito.

    — Entre tantos outros exemplos, Vento do Norte. — Replicou Nurnor, chamando-me por um nome que não me fora dado até então. — Eu havia criado as aranhas para manter unidas as demais criações. Sabem, teias contam muitas histórias; não são apenas ferramentas para alimentação. Teias unem seres, compartilham informações... Elas costuram de volta aquilo que foi rasgado à força, e são flexíveis e fortes o suficiente para quaisquer desafios...

    — ...Como o vento em si! — Concluiu Jack. — Você não é apenas o Vento, você é a União! É isso?

    — Isso mesmo, Vento do Sul! — Nurnor comentou, ligeiramente surpreso. — Não achei que fosse concluir tão rápido...

    — Ué, por que não? —Jack indagou em um misto de ingeniudade e indignação.

    — Por que não é de sua índole concluir nada se não tiver provas o suficiente para acusar algo. — Nurnor replicou com um sorriso. — Você, Vento do Sul, é alguém que só aponta a culpa de alguém quando o delito vêm à tona. O Vento do Norte é quem costuma ser juiz e jurado em um só, sem dar tempo do outro mostrar sua defesa.

    Cruzei os braços e olhei para baixo, contrariado. Nurnor tinha razão – fui bem rápido em acusar Wind e humilhá-lo publicamente, sem nem ao menos ter tentado verificar aquelas malditas cartas.

    — Eu criei vocês, minhas Crianças, por que tenho uma triste verdade em minha frente: estou morrendo.

    Essa sentença de Nurnor fez com que os semblantes meu e de Jack fossem tomados pela tristeza rapidamente.

    — Orcs, Humanos e outras raças sencientes estão matando minhas criações, ou matando o que eu coloquei de minha essência neles. — A voz afável começou a soar triste e cansada. — Minhas crias estão sendo erradicadas desse mundo, e todas as criaturas estão se separando. O mundo está em desequilíbrio, meus filhos, e eu estou ficando muito fraco. Estou, a cada hora que passa, caminhando para o esquecimento e a morte.

    Ele respirou fundo e se aproximou de nós, tocando nossos ombros com suas mãos. Nurnor tinha um par de mãos brancas e muito delicadas, praticamente femininas — e um pouco parecidas com as minhas.

    — Eu moldei suas almas com a ajuda de Crunor e Uman. — Ele contou, olhando para nós — Naquele tempo, as cidades humanas já estavam começando a ter conflitos entre si, assim como as rivalidades entre Orcs e Elfos já estavam alterando o Continente de forma drástica, dando cada vez mais espaço para a corrupção trazida por Zathroth e seus seguidores... Eu estava sendo afetado por aqueles conflitos com muita força, e senti meus poderes serem arrancados de mim com muita violência. Muitos dos Feiticeiros que me cultuavam tiveram seus corações comprados por cultos das trevas, e meus templos foram convertidos em ruína.

    — Feiticeiros? — Indaguei.

    — Sim. Os especializados em energia, em manipular raios. — Replicou Nurnor, olhando para mim — Eles também podiam, em tempos antigos, controlar o vento; eu cedia meus favores e vontades para eles em troca de seus ritos, preces e feitos. Eles duraram muito pouco tempo. Até mesmo os Elfos que me veneraram junto a Crunor começaram a cair quando traçaram o caminho arcano mais destrutivo.

    Ele respirou fundo e piscou os olhos lentamente. Era visível seu cansaço; era como se Nurnor estivesse fazendo um esforço tremendo para se manter em forma humana e conversando conosco, o que era de partir o coração de qualquer um. Nunca imaginei que veria um deus em condições de sofrimento intensas.

    — Eu moldei as almas de vocês e soltei-as no mundo com o objetivo de trazer a harmonia e união ao mundo. — Falou Nurnor — Eu soltei um de vocês em direção ao Norte, às terras gélidas, e o outro deixei voar para o Sul, e torci para que vocês escolhessem alguma raça para encarnar. Vocês acabaram escolhendo os descendentes de Banor como hospedeiros, e confesso que não poderia ter me tranquilizado mais.

    Ele voltou seus olhares para mim, e respirou fundo novamente antes de tornar a falar.

    — Vocês não são apenas vozes do Vento; vocês são o Vento. — Ele continuou. — Vocês influenciam regiões e continentes. Trazem consigo Verão, Outono, Inverno e Primavera. Vocês constroem, refrescam e renovam com discrição e com fúria, se assim desejarem.

    Ele tirou sua mão esquerda de meu ombro e enconstou o dedo indicador em minha testa.

    — Você, Vento do Norte, que sopra ao Barlavento, é Outono e Inverno. Outono em seus melhores momentos, amenizando o calor do verão, retirando as folhas velhas dos filhos de Crunor e tocando as criaturas selvagens para o repouso. Entre os filhos e netos de Banor, você aparta brigas, sufoca discussões e é o primeiro a tentar virar a página. É o vento que sopra com uma mensagem de descanso e cautela.

    Ele então moveu seu indicador para meu peito, apontando para meu coração.

    — Mas, você também é Inverno; você é um vento frio e agressivo quando provocado; um vento que não perdoa, que enrijece, que adormece as crias dos outros deuses e que açoita sem piedade aqueles que subestimam seu frio. Em seus piores momentos, você é um furacão de rancor imparável, cuja fúria só se aplaca quando o objeto de seu ódio é dado como morto ou desaparecido. É o vento que aplica justiça sem medo de ser considerado injusto, e que tem medo dos próprios sentimentos que o alimentam.

    Fiquei pensativo; ouvi de Nurnor um resumo de minha vida até então, e percebi como algumas coisas começaram a ficar mais claras em minha vida, desde minhas ações mais automáticas até todas as situações envolvendo o Vento e tudo o que tinha feito até então. Ainda reflexivo, acompanhei Nurnor com meu olhar enquanto ele se dirigia a Jack.

    — Você, Vento do Sul, sopra do Sotavento, e opõe-se a seu irmão. — Começou Nurnor, dirigindo-se a Jack da mesma forma que fizera comigo. — Você é Primavera e Verão, e complementa o Vento do Norte. Em seus melhores momentos, você é Primaveira; você é o otimismo encarnado. Suas palavras trazem alento e renovação àqueles cujos caminhos se perderam, e traz pensamentos posivitos para aqueles que te cercam. Seu sorriso é sua maior arma, e desarma a melancolia dos que sofreram e sofrem com o Inverno.

    Diferentemente do que fizera comigo, Nurnor colocou suas mãos sobre a cabeça de Jack, que limitou-se a concordar com a cabeça e vigiar as mãos do deus com seus olhos verde-oliva voltados para cima.

    — Em seus momentos de fúria, você é Verão. Você é chama que arde sem se ver, mas que queima sensivelmente aqueles que erraram com você. — Ele continuou, afável. — Você abraça o calor e a velocidade, e elimina seus adversários de forma rápida, e só sossega se os vestígios desses adversários tiverem sido reduzidos a pó e nada mais que isso.

    Ele então se afastou de Jack, e o Thaiano olhou para mim; pela primeira vez, era como se eu estivesse olhando não para uma pessoa qualquer ou um amigo, mas sim para um igual. Nem mesmo Liive, com quem eu compartilhava uma ascendência e cultura, me despertava sensação semelhante. Nurnor pigarreou de leve e voltamos nossos olhares para ele. Minha mente fervilhava com muitas questões que eu queria ver respondidas, e talvez Nurnor pudesse me dar mais respostas ainda.

    — Então... Você nos moldou, nos deu uma função... Mas não sabia se chegaríamos a sobreviver? — Indaguei timidamente.

    — Isso mesmo. — Respondeu o deus, piscando os olhos vagarosamente. — Como eu disse, fui ficando mais fraco com o tempo... E meus campos de atuação dimuíram mais e mais com o passar dos anos e séculos. Eu vinha observando as sociedades humanas havia um tempo, pois me chamou a atenção o fato de terem conseguido se desenvolver tanto diante de tantas ameaças diretas às suas frágeis vidas. Eu já tinha Kaisto, seu pai, Vento do Norte, como um possível candidato a ser uma de minhas Vozes. Por um tempo, eu achava que você era Kaisto. Mas a morte prematura dele provou para mim que eu estava errado... E eu não podia prever que você escolheria aquela que chamam de “Esquecimento Eterno” como mãe...

    Ele esfregou as mãos como se estivesse com um pouco de frio. A noite estava em seu ápice; fazia um bom tempo que estávamos ali conversando com o deus.

    — ... E reconheço que foi uma escolha conveniente. — A declaração de Nurnor me fez arregalar os olhos em um misto de confusão e fúria. — Seu semblante diz que estou errado, mas não estou completamente errado: aquela mulher é uma Dama do Pavor**muito bem conceituada entre a Irmandade dos Ossos...

    — Eu sabia! — Rugi, interrompendo o deus. — Sabia que ela estava por trás dos ataques a Svargrond e Ankrahmun! Aquela... Miserável!

    — Acalme-se, criança! — Nurnor elevou um pouco o tom de voz, fazendo-me travar. — Controle sua fúria, Vento do Norte! Esquecimento Eterno tem uma razão de ter esse nome: ela o assumiu pouco antes de se tornar uma Dama do Pavor.

    Até Jack, que estava quieto e um pouco pasmo com o montante de informações até então recebidas, voltou a si e ficou atento ao que Nurnor ainda tinha a dizer.

    — Sua mãe pertencia ao meu culto. Aos Feiticeiros dedicados ao uso da Energia. Aos Feiticeiros que também tentavam desvendar o Caminho dos Sonhos*** sem estarem vinculados aos Cavaleiros do Pesadelo**** e que eram extremamente próximos dos Druidas. Tão próximos que...

    — ... Chegavam a ser confundidos com Druidas e aceitos como eles também! — Concluiu Jack que, até então, estava calado.

    Lembrei-me então da história que Eirik me contara em Svargrond, quando havia pisado em terras Norsir pela primeira vez. Quando Ishebad ainda vivia, quando meus dias de aventura além de Rookgaard pareciam incríveis e alegres apesar da incessante busca por minha mãe e por respostas. Arregalei os olhos quando me lembrei da descrição do relacionamento de Kaisto com Esquecimento Eterno, em especial do episódio da morte de meu pai e do dia em que eu nasci – e que fui entregue depois aos cuidados de Cipfried.

    — É por isso! — Caí de joelhos, horrorizado com o que eu concluíra — Era por isso que os Norsir a viam como uma igual junto ao meu pai! Era por isso que ela foi bem recebida pelos meus semelhantes!

    — E também foi por esse motivo que ela te abandonou em Rookgaard também, Vento do Norte. — Completou Nurnor, triste. — Por que ela havia se desviado do caminho. Por que ela tentou obter mais poder com motivos certos, mas através dos meios mais errados possíveis.

    — Que... Meios? — Jack indagou, assustado.

    — Eles estão descritos nos Tomos, minhas Vozes. — Nurnor falou, com a voz mais fraca. — Esquecimento Eterno descobriu algo que até mesmo nós, deuses, havíamos nos esquecido... Ela foi atrás disso e o resultado foi o esquecimento completo de sua filosofia, de sua moral, de sua identidade...

    — ...E de seu nome. — Concluí, falando lentamente. — Por isso a alcunha de Esquecimento Eterno!

    — Exatamente. — Nurnor concordou com a cabeça lentamente. — Eu não sei o conteúdo dos Tomos, minhas Vozes, pois, assim que ela rompeu com meu culto, nossa conexão espiritual se perdeu, e eu não pude ter mais acesso às suas orações, pensamentos e confidências. Ainda assim, eu sei a provável localização desses Tomos, minhas Vozes.

    — Um deles está com Brand! — Jack falou, agitado. —Ele disse que o achou em meio aos livros da biblioteca dos Marid!

    — É sério?! — Exclamei, sem saber o que sentir.

    Jack concordou com a cabeça no mesmo momento em que Nurnor tornou a falar. Voltamos nossos olhares para ele e o percebemos mais frágil do que quando aparecera para nós. Sentimos nossos corações se apertar; nosso deus estava ficando muito exausto.

    — Os outros Oito... Eu me lembro onde ela deixou. Ao menos, os locais onde ela os deixou... —Ele falou quase em um sussurro, fazendo muito esforço para pronunciar suas sentenças. — Em Carlin, Thais e Edron... Um em cada cidade. O de Ankrahmun vocês já encontraram... Acredito que um tenha sido deixado em uma das ilhas do arquipélago de Vandura... Na ilha dos mortos... Outro está com um membro da Irmandade dos Ossos... E os dois últimos estão na terra tomada pela corrupção...

    Zao?! — Eu e Jack exclamamos em uníssono.

    Notamos uma súbita agitação no vento, soprando contra nossas costas; Aos poucos, a figura de Nurnor começou a se misturar com o vento. Jack deu alguns passos rápidos à frente, anseando por respostas também.

    — Antes de eu ir, Jack... Você precisa saber... — Sua voz, estranhamente, soava forte naquele momento. — Seus pais, que imagino ainda estarem vivos... São os únicos Paladinos que me cultuam. Pergunte a eles sobre meus cultos, sobre minha filosofia... Tentem unir as raças desse mundo! Façam-nas ouvir a voz do Vento! Façam-nas ouvir a minha voz... A voz de vocês! Boa sorte... Minhas Crianças...

    Dito isso, Nurnor desapareceu em uma neblina branca muito fina, espalhando-se Continente afora. Eu e Jack estávamos atônitos. Éramos irmãos de alma; sempre fomos, e estávamos naquele mundo havia algumas eras, e nunca nos havia ocorrido que os Deuses possuíam algo grande planejado para nós.

    Ainda assim, me faltavam respostas para algumas outras perguntas; essas, contudo, eu já sabia quem as poderia responder – Esquecimento Eterno. Ou seja lá qual outro nome ela porventura tivesse em vida.

    — Ireas... Ou Vento do Norte, se preferir... Eu, Brand, Liive, Icel, Sírio e Morzan, irmão dele, atracamos em Carlin. — Jack falou em um tom baixo, também sentindo dor de cabeça. — Podemos procurar pelo Tomo pela manhã, assim que Brand se recuperar. Ele está muito ferido.

    Meneei a cabeça levemente, concordando com a sugestão de Jack. Mantive minha cabeça baixa, mentalmente exaurido, e dei de cara com um objeto metálico aos meus pés, onde antes havia outra pessoa.

    — Ei... Isso não é...?! — Abaixei-me para pegar o objeto, e meus olhos se arregalaram de surpresa ao ver o quê era.

    Jack começou a andar em direção a Carlin, e eu o segui, guardando o objeto dentro de minha Mochila de Pêlo. Esfreguei minhas mãos umas contras outras visando esquentá-las. Ficamos em silêncio por um tempo, tentando assimilar tudo o que o deus nos havia falado.

    — Ireas, cadê o Wind? — Jack perguntou, puxando assunto.

    — Err... Longa história. — Tentei desconversar, cansado. E também porque de fato era uma longa história.


    ****

    (Narrado por Yumi Yami)

    — Você é um animal, Yami!

    Eu não podia acreditar no que havia visto! Se eu não tivesse sido rápida o suficiente, Keras teria matado meu irmão! E tudo isso porque ele ainda estava servindo aquela mulher! Ele estava em trapos, com o corpo completamente aberto em feridas profundas e queimaduras graves; sequer conseguia falar alguma coisa. Maravilha. Tudo o que eu precisava. E justo quando estava a caminho de ver outra pessoa...

    — Quando é que você vai se tocar que isso vai acabar te matando?! Você não deve nada àquelazinha! Vai me ouvir alguma vez na vida?! — Lágrimas rolavam de meu rosto. Eu estava furiosa com ele.

    — Minha... Lâmpada! — Meu irmão balbuciou em meio à dor.

    — Agora não! — Censurei, segurando-o por sua cintura. — Você está vulnerável demais para entrar nela! Pode acabar morrendo!

    — Minha... Lâmpada... — Ele continuou balbuciando de pura teima.

    — Yami, você ao menos prestou atenção em meu sermão?! — Esbravejei.

    E foi aí então que percebi algo; meu irmão estava tentando tirar sua pequena veste de couro, a qual cobria seu torso – e me recordava que era em um dos bolsos secretos onde ficava sua lâmpada.

    Minha... Lâmpada...! Ela... Sumiu...! — Meu irmão berrou em meio à dor, desmaiando logo em seguida.

    A mim restou apenas ampará-lo, ajoelhar-me no chão enquanto apertava-o contra meu peito e chorar sofregamente. Sem uma Lâmpada para descansar, um Djinn poderia ser dado como morto em questão de dias.

    Exura Sio: Yami, o Primeiro! — Conjurei em meio ao choro e ao desespero. — Exura Sio: Yami, o Primeiro!

    Com aquelas feridas, se eu não as fechasse logo, ele morreria em questão de horas. Se ao menos algum daqueles rapazes gentis estivesse aqui para ajudar... Se ao menos Brand estivesse por perto... Ao menos assim meu irmão teria maiores chances. Com o meu poder, eu teria de rezar a Daraman para que Ele me desse um milagre...


    Continua...

    ----

    (*) Barlavento e Sotavento: são termos da Náutica que designam, respectivamente, o vento que sopra para as velas do barco (o vento por elas recebido; Barlavento) e o vento oposto a esse movimento (Sotavento).

    (**) Dama do Pavor: Tradução livre (e adaptada) do Rank "Dread Lord", da Brotherhood of Bones.

    (***) Caminho dos Sonhos: Referência ao Dreamwalking, habilidade fantástica descrita em Tibia; designa a habilidade de caminhar conscientemente através dos sonhos e, em níveis avançados de compreensão, manipulá-los conforme sua vontade. O Dreamwalking é abordado em livros dentro de Tibia e na quest A Dreamer's Challenge.

    (****) Cavaleiros do Pesadelo: Tradução livre da facção Nightmare Knights da Dreamer's Challenge Quest; os arquiinimigos da Irmandade dos Ossos tinham o propósito de treinar Cavaleiros de elite, mas desapareceram após seu líder, Falnus, ter sido manipulado pelo deus Goshnar em seus Sonhos. São os responsáveis pelo monastério abandonado em Plains of Havoc e pela Knightwatch Tower, que contem os Dreampaths (ou os Magic Forcefields) que te permitem ir ate outras cidades pelo custo de uma Orichalcum Pearl por vez.


    -----

  10. #240
    Cavaleiro do Word Avatar de CarlosLendario
    Registro
    23-03-2012
    Localização
    São Paulo
    Posts
    2.376
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Ótimo capítulo como sempre, Iri.

    Deu uma ótima esclarecida sobre esse mistério da mãe do Ireas, mas ainda deixou um pouco pra ser revelado depois. E, lógico, o porque de Ireas e Jack estarem ligados. Bem legal toda a explicação! Pena que Nurnor está morrendo...

    Agora é uma aventura atrás dos tomos, creio eu. Tretas grandes parecem estar vindo ai com essa busca...

    E você tá no pique, hein? Faz pouco tempo que saiu o último capítulo, agora já tem outro. Parabéns, parece que sua força de vontade voltou. Só espero que a faculdade não te engula, pois a história tá tomando um rumo bem interessante.

    Aguardo o próximo capítulo!

    Publicidade:


    Jogue Tibia sem mensalidades!
    Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
    https://taleon.online



    ◉ ~~ ◉ ~ Extensão ~ ◉ ~ Life Thread ~ ◉ ~ YouTube ~ ◉ ~ Bloodtrip ~ ◉ ~ Bloodoath ~ ◉ ~~ ◉



Tópicos Similares

  1. [Música] Adele e Florence devolvendo a VOZ à música pop feminina?
    Por Dark Mitu no fórum Fora do Tibia - Off Topic
    Respostas: 22
    Último Post: 26-07-2012, 00:57
  2. Sero x Mano Mendigo (2º Torneio Roleplay - Semifinais)
    Por Lacerdinha no fórum Roleplaying
    Respostas: 16
    Último Post: 12-06-2012, 01:33
  3. voz ao ler
    Por Elton Ayon no fórum Fora do Tibia - Off Topic
    Respostas: 24
    Último Post: 07-06-2012, 16:57
  4. Tecnologia | Reconhecimento de voz do Galaxy SIII
    Por GrYllO no fórum Fora do Tibia - Off Topic
    Respostas: 2
    Último Post: 04-05-2012, 05:22
  5. A Storia de Maggotick (yes! we are back)
    Por endless nameless no fórum Roleplaying
    Respostas: 5
    Último Post: 18-10-2004, 13:23

Permissões de Postagem

  • Você não pode iniciar novos tópicos
  • Você não pode enviar respostas
  • Você não pode enviar anexos
  • Você não pode editar suas mensagens
  •