Resultados da Enquete: Que Facção deveria Ireas Escolher?

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  • Marid (Blue Djinns)

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Enquete de Múltipla Escolha.
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Tópico: A Voz do Vento

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  1. #1
    Basterds Boss (Y) Avatar de Don
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    considere seus relatos canônicos à minha obra tibiana (y)

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  2. #2
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    Champz

    Estes ultimos capitulos por causa das tretas estao em um ritmo bao estao rapidos

    Porque segundo aquele velho deitado: Treta is all 0/
    o morcego perguntou ao outro ambos pendurados de cabeça para baixo

    _qual a pior situação que vc ja viveu dormindo de cabeça para baixo?

    o outro morcego respondeu:

    _caganeira



  3. #3
    Avatar de Kinahked
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    Só sirvo pra distrair e atrapalhar o Don... vou acabar por mata-lo um dia desses!

    ta ficando boa a treta! posta logo o próximo!
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  4. #4
    desespero full Avatar de Iridium
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    Padrão Segundo Pergaminho, Capítulo 55

    Saudações!

    Semestre acabou na faculdade (ALELUIA IRMÃOS!) e agora posso, enfim, respirar mas nem tanto pq ainda tenho estágio pra lidar heueeuheuehueheuhe. De qualquer forma, a II Justas Tibianas já está em andamento e eu só tenho a agradecer a todos que decidiram criar coragem e participar xD

    Hoje estou bem triste... Uma amiga da dança, uma senhora muito animada chamada Rosa, faleceu hoje pela manhã e eu fui informada disso apenas algumas horas atrás. Estou bem emotiva e ainda pasma, pois não sei as circunstâncias exatas e estou ainda chocada com isso, já que ela sempre me pareceu muito jovem e super bem cuidada. Eu não tenho nenhuma crença em particular, mas espero ao menos que ela esteja em paz e sem dor, esteja onde estiver. A ficha ainda não caiu, galera... Estou arrasada.

    Vamos aos Comentários:

    Spoiler: Respostas aos Comentários


    Queria agradecer a todos que vem acompanhando a história até hj! Alguns nomes sumiram, outros permaneceram, e eu fico muito feliz que ainda haja gente interessada no que eu tenho a oferecer. O Segundo Pergaminho está quaaaase no fim e o Terceiro será o mais curto e último deles.

    Eu queria ter terminado essa história ano passado, mas também vi-me impossibilitada. Espero conseguir terminar esse ano ou no primeiro trimestre de 2017, no mais tardar.

    Sem mais delongas, o Capítulo de Hoje!

    ----

    Spoiler: Bônus Musical


    Capítulo 55 — De Fora do Planeta Escuro e Silencioso (Parte 4)

    Algumas coisas jamais deveriam tornar-se reais…

    (Narrado por Yami, o Primeiro)



    Era a minha vez de assumir aquele combate; senti o fogo em minhas veias na medida em que abandonei a carne e tornei-me etéreo novamente, como o Efreet que sempre fui; Zhi estava agora à nossa mercê, cada vez mais irritado e descuidado; suas magias, ainda mortais, estavam começando a enfraquecer; no entanto, as feridas abertas nos corpos de Wind, Ireas e até mesmo em minha casca humana e mais frágil diziam o contrário.

    Soprei fogo verde em sua direção, e ele sibilou de dor enquanto sua capa e parte de sua carne começava a queimar. Ele rapidamente se curou, e parecia ainda mais enfurecido que antes. Havia algo estranho ali: Zhi não era tão forte assim. Ao menos não como eu me lembrava.

    — A vontade de Esquecimento é Eterna! — Gritava o Draken em uma espécie de transe. — SEU TÚMULO SERÁ AQUI!

    Ele então soltou uma rajada de fogo escura em direção ao telhado, e cinco cópias exatas dele surgiram diante de nós — e todas faziam sombras no chão e nas paredes. Ou seja, não haveria forma alguma de distinguir quem era quem.

    Nesse momento, cerrei meus punhos e vi Ireas conjurar seu machado de gelo; incendeei meus braços e preparei-me para ir adiante. Senti o orgulho me dar mais forças. Afinal de contas… Eu tinha que honrar o que havia restado de legado de minha raça anciã.

    — EXETA RES! — Gritei, determinado.

    Mal sabia eu que alguém teria outros planos ali.


    ****

    (Narrado por Jovem Brand, o Terceiro)


    Estava me sentindo um idiota ali; ainda estava atordoado e me sentia um Paladino amador. Como pude ser capturado de forma tão vergonhosa?! Ainda mais diante de uma lenda da Guarda de Thais! Bem… Não importava, pois quando dei por mim, já estava diante de mais adeptos do Fogo do Dragão. Conjurei minhas Flechas, empunhei meu Arco Micológico e disparei minhas setas; minha amada Yumi encarregou-se de curar a todos nós.

    — EXURA GRAN MAS RES! — A voz da Marid soava retumbante enquanto ela disparava magias de gelo à distância, evitando confronto direto.

    Respirei fundo e continuei a atirar; conseguia ouvir os tiros de garrucha de Kinahked alto e claro, assim como eu o via guardar as armas nos coldres com altíssima velocidade e revezar com o uso de espada de uma forma totalmente peculiar. Em um dado momento, consegui visualizar Jack novamente, e senti que estávamos ganhando a vantagem novamente.

    Uma. Duas. Três. Quatro. Mais de dez setas, e cada Draken e Alto Lagarto à minha frente começava a cair; a adrenalina era tal que eu conseguia me recordar do dia em que ajudei a liderar as tropas contra Morgaroth; o dia em que me senti mais vivo do que nunca… O dia em que me senti um Paladino de verdade.

    Vinte. Trinta. Quarenta e cinco setas, e me aproximei de Jack e Kinahked, responsáveis por frear os reforços que vinham da entrada do átrio do Dojo improvisado; estávamos fazendo nosso melhor para manter Maximus livre para combater apenas Incineron.

    — Caramba! A gente mata um, e outros cinco aparecem! — Reclamou Kinahked, embainhando sua espada e sacando as duas garruchas. — Ah, tanto faz… O jeito é atirar mesmo!

    Mais reptilianos vinham da escuridão ameaçadora; comecei a atirar duas setas por vez para dar conta do grupo enquanto Jack continuava a projetar Lanças Etéreas e usar o que sabia da Luz para nos defender.

    — Da onde essa mulher tira todas essas tropas?! — Exclamei, estupefato.

    — Nem queira saber! — Replicou Jack, estranhamente agressivo. — EXORI CON!

    As Lanças aterrissaram fortes e certeiras, dilacerando os alvos que ousavam se aproximar. Kinahked revirou os olhos, guardou as armas, bebeu o restante da garrafa de Rum que trouxera e sacou novamente sua espada, partindo para o ataque.

    — EXETA RES! — Gritou o pirata, animado. — Venham brigar com alguém do seu tamanho!


    ****

    (Narrado por Maximus Meridius)

    — AAAAAAAAHHH!

    A chicotada de fogo fora certeira em minhas costelas; Incineron aproveitou-se de minha baixa guarda para atacar a parte mais sensível do tronco de qualquer ser humano; recuei alguns passos e senti a vontade de me ajoelhar, mas consegui me controlar. Eu não poderia me ajoelhar, mesmo em meio à dor.
    Ajoelhar seria assumir a derrota. E eu não poderia fazer isso. Não com a honra de meu Sensei, meu monastério e a minha em jogo.

    — Quer saber quem foi, Maximus?! — Sibilou a criatura, preparando novamente o chicote em chamas. — Quer saber quem condenou seu mestre à morte?!

    Ele ergueu o chicote e alavancou o braço para acertá-lo em mim novamente, e eu consegui ter forças e reflexo suficiente para pular e desviar do objeto; no ar, consegui aproveitar o impulso para acertar uma bela voadora em seu corpo incendeado; ele caiu no chão com um estrondo, e eu usei todo meu controle corporal para pousar de maneira tal que meus joelhos não sofressem tanto.

    Ofegante, eu o encarei.

    — Não me interessa! — Urrei, reforçando o encantamento de minha arma e de meus punhos com as Pequenas Safiras de que dispunha. — Meu monastério será vingado de uma forma ou de outra!

    Avancei assim que Incineron terminou de se levantar; minha lâmina contra seus braços e torso, e ele começou a recuar e enfraquecer. No entanto, eu parecia incapaz de tirar seu sorriso sádico e cínico.

    — Interessa sim. — Ele sibilou em meio aos golpes que ora levava, ora me dava, ferindo ainda mais minha carne. — Eu sei que interessa… Pois foi alguém que você desconsiderou o tempo todo: Jin, o discípulo preferido de seu Sensei!

    Eu gelei em meio ao meu ódio por Incineron e o meu choque com a informação; Jin foi o sujeito que me levou ao Sensei, e era seu discípulo prodígio, cotado a substituí-lo… E possivelmente casar com Xiao, se essa proposta tivesse se concretizado um dia.

    — Ele morreu em combate, canalha! — Repliquei, tremendo de ódio e, por algum motivo, impedido de acertar Incineron.

    — Você sabe que há verdade no que eu digo… — A criatura de fogo replicou, mesmo com metade de seu corpo já quebrando por ter se tornado magma fundido. — Até porque você tirou tudo dele… O Sensei e a garota que tanto amava… — Incineron apontou para mim com um riso baixo e gorgolejante — Você é o responsável por ele ter feito seu dever cívico ao Imperador. Apenas você.

    — CHEGA! — Rugi de raiva, partindo para cima de Incineron. — UTITO TEMPO HUR!

    Parti para cima de Incineron com tudo; cortei seu corpo e o gelo solidificou suas camadas de fogo, tornando-o vulnerável; usei meus cotovelos e pés para quebrar cada parte sólida e separá-las do corpo de forma que ele jamais poderia regenerar-se novamente. Ataquei-o com toda a ferocidade de golpes que tinha enquanto as cenas de meu treinamento vinham à minha mente.

    Como não pude perceber os sinais tão claros da iminente traição?!

    Jin sempre fora respeitoso, um humano parecidíssimo com Emulov em seu jeito e porte… Mas nunca me vira cem por cento como igual; nunca deixei de ser um estrangeiro aos seus olhos… Alguém que nunca estaria à altura do Monastério, por mais que me esforçasse.

    Incineron me arranhou com suas mãos flamejantes, mas pouco caso dei ao feito; meus punhos estavam frios como a morte, e a morte eu traria àquele ser.

    Um soco, e lembrei-me de Jin sempre treinando comigo.

    Uma cotovelada na face de Incineron e me lembrei de Xiao trazendo comida para nós dois.

    Um chute que o fez recuar passos e me recordei de quando o Sensei não o reconheceu mais como sucessor.

    Incineron tombou no chão com o corpo quase todo cristalizado, e eu senti o perfume de Xiao no ar, e eu vi seu belo sorriso e sua atenção dada totalmente a mim.

    Quando dei por mim, vendo em minha mente as lembranças do peitoral aberto e cauterizado de meu sensei, Incineron não mais vivia; o cruel elemental de fogo jazia morto, estilhaçado mil pedaços em magma sólido, e eu, pela primeira vez, pude ver o rosto de Jin tomado pela inveja e desgosto, vestindo a tabarda do Dojo do Fogo do Dragão, com a pintura facial característica, a alabarda e a armadura, ao lado do exército imperial.

    Incineron falara a verdade, afinal.



    *****



    (Narrado por Wind Walker, Andarilho do Vento)


    O exército de Zhi começara a ganhar vantagem; Yami, Ireas e eu estávamos nos dividindo em várias frentes de combate, tentando ao máximo descobrir qual era o verdadeiro, e sem sucesso; todos reproduziam sombras. Todos faziam os mesmos feitiços e riam de nós de forma igual. As vozes eram as mesmas, e o coro era maligno.

    Então os seis nos rodearam e soltaram uma enorme lufada de gás preto e corrupto; não enxergávamos mais nada, e comecei a sentir a corrupção em meus pulmões.

    — Yami! Ireas! — Gritei, tentando encontrá-los. — Cuid…!

    Fui acertado por dois deles e jogado para longe da fumaça; Yami, no entanto não tivera a mesma sorte. O Efreet, em sua forma mais poderosa, foi atacado por três deles com magias que achava que eles não sabiam conjurar: Yami fora acertado por gelo de uma maneira mordaz; a ferida era imperceptível, mas vi o Efreet começar a retornar à forma humana, aparentemente congelando por dentro.

    Assim que fizeram isso, voltaram suas atenções todas a Ireas. E eu sabia que tinha que fazer algo a respeito disso.

    — UTITO TEMPO HUR! — Bradei, correndo em direção a eles; esperei até que olhassem para mim para que eu pudesse dar continuidade ao meu plano. — EXETA RES!

    Atraí as atenções dos Draken para mim, e notei Yami olhar para mim enquanto eu o fazia; naquele momento, percebi que três dos seis Drakens estavam sob efeito de suas chamas, e começavam a incendear, mostrando para mim quais eram as cópias, cujos pés estavam em chamas antes de quaisquer partes de seu tronco. Eu sorri enquanto corria para longe.

    — WIND! — Gritou Ireas, sem entender o que eu estava fazendo.

    Eu notei, enquanto corria, uma falha que ia do chão à parede mais próxima de nós e não hesitei; finquei a lâmina de minha alabarda ali, dei meia-volta e usei minha arma como alavanca, forçando o chão e a parede a se deslocar; tudo começou a tremer e se partir. Olhei para o rosto de Ireas, lívido e aterrorizado com o que eu acabara de fazer; Yami estava ajoelhado e, pela primeira vez, cumprimentou-me com um aceno de cabeça, reverenciando-me pela coragem que tive.

    Sorri para ambos com os olhos marejados enquanto ofegava de cansaço, pois sabia que minhas chances de sobrevivência ali seriam remotas demais para ser contadas de alguma forma. Fechei meus olhos na certeza de que havia cumprido meu dever.

    — NÃO!

    O grito de Ireas foi uma das últimas coisas que ouvi antes de ver as pedras desabando em minha direção.



    ****


    (Narrado por Rei Jack Spider)


    Sentimos todos um forte tremor; eu parei, lívido, pois sentia que algo grave havia acontecido a Ireas… E a alguém muito próximo dele.

    Próximo o suficiente para causar bastante estrago.


    ****


    (Narrado por Ireas Keras)


    Eu não sei por quanto tempo fiquei inconsciente; tudo que eu conseguia me lembrar era da imagem de Wind fazendo seu último ato de bravura para me salvar… Para salvar a mim e a Yami.

    Acordei com algumas pedras sobre mim, as quais consegui tirar com dificuldade; Yami estava com o corpo mais livre, mas respirava com dificuldade. Sua pele estava gelada, e eu tinha certeza de que ele estava congelando de dentro para fora. Fiquei de joelhos, incerto quanto à situação do Efreet e tentando ver a extensão dos danos.

    — Yami… O que eu faço? — Sussurrei sentindo muita dor e cansaço.

    Uma das garras de Zhi estava exposta em meio às pedras caídas e, a julgar pelos ossos quebrados expostos e o sangue ainda saindo, certamente ele estava morto. Olhei para o alto e vi que havíamos despencado no mínimo 30 metros. Levantei-me com dificuldades, sentindo dores pelo corpo inteiro; senti uma corrente de ar frio vinda à frente e passando pelo meu rosto. Olhei naquela direção e notei algo entre as pedras mais adiante, depois de onde a garra de Zhi podia ser vista.

    Meu coração parou. Era Wind entre aquelas rochas. Aparentemente inconsciente.

    — Não… — Sussurrei, indo em sua direção e acelerando o passo. — Não… Não… Não!

    Aproximei-me daquele local, passando pelo corpo inerte do Draken que outrora serviu minha mãe apenas para confirmar meus temores. Era Wind ali, preso do peitoral para baixo entre os rochedos. Comecei a ficar ofegante, à beira de um colapso; ele ainda respirava, mas com muita dificuldade, e senti lágrimas virem até meus olhos.

    — Wind…! Wind! — Clamei, ofegante — Por favor… Por todos os deuses… Acorde! Acorde!

    Ele lentamente abriu seus olhos, como uma criança que acabava de sair de seu sono. Ele sorria para mim, piscando lentamente. Ele parecia fraco e às portas da morte.

    — Ireas… Me desculpe… A bagunça. — Disse o Yalahari em seu tom de voz calmo e agradável de sempre, com um filete de sangue descendo de seus lábios. — Eu não tive… Escolha. Eles… Matariam você… E Yami.

    — Por favor, não fale! — Censurei-o, sentindo as lágrimas quentes descerem pelo meu rosto. — Eu… Eu vou dar um jeito nisso! Eu vou mexer a terra e…

    Ele tossiu, cuspindo sangue e eu me senti o pior dos homens, tentando controlar minhas emoções diante dos fatos à minha frente, impossibilitado de fazer qualquer coisa. Impotente.

    — Não vai dar certo, meu amor. — Replicou o Yalahari, piscando e falando cada vez mais devagar. — Não me resta muito tempo… E eu já sabia disso antes de fazer essa… Presepada, heh.

    — Wind, eu vou dar um jeito de consertar as coisas! — Clamei, desesperado e deixando rolar as lágrimas que insistiam em descer de meus olhos. — Eu… Eu não vou lhe tratar mal! Eu… Eu já te perdoei, mesmo que não consiga ficar com você de novo! Você é o melhor amigo que tenho! Você sobreviveu a Morgaroth, morrer assim é estúpido e indigno de você! Você foi mais que um amigo e ainda é! Eu sinto muito por ter te feito sofrer! Eu...

    — Não tem problema. — Replicou o Yalahari. — Eu já tinha um pressentimento… De que seria assim, mesmo antes de me apaixonar por você. Eu já sabia… Você é complicado… Um menino de fases… Ainda é um menino, mas que já amadureceu muito… Você vai conseguir… Acertar as contas com a sua mãe. Mesmo que eu não esteja… Mais aqui para ver.

    Exura sio “Wind Walker! — Bradei, encostando em seu ombro descoberto, apenas para constar que suas feridas não se curaram, tampouco seu estado melhorou.

    — Salve Yami, Ireas. — Pediu Wind, falando baixo e quase sem forças. — Não tem problema nenhum nisso; não vou… Te condenar por isso. Ele é um de nós agora. Um aliado… Ele ainda merece viver. Eu já… Cumpri meu dever… De dar a minha vida por aquele que eu mais amo. Se… Se você tivesse morrido… Minha vida não teria mais sentido. Estou em paz… E completo.

    Eu tentei balbuciar novamente o feitiço de cura. Uma. Duas. Três vezes. Nada. Minha mana saía de meu corpo, mas de nada adiantava.

    — Adeus, Ireas Keras. Você foi… O amor da minha vida. Um dia… Nos veremos novamente.

    Wind fechou seus olhos, e sua respiração cessou, bem como os batimentos de seu coração; seu corpo assumiu o aspecto que outrora assumira quando Variphor tomara conta; olhei para a marca em meu peito e tentei recitar, novamente, as magias de cura com o desejo de usar aquela bênção para salvá-lo.

    Não adiantou. A marca também não reagiu. Wind estava morto. Eu não podia acreditar em meus olhos. Eu me afastei, em choque, e fui até Yami sem tirar os olhos do local onde o Yalahari estava. Ainda em choque, respirando com dificuldade, ofegante e de forma ruidosa, consegui encontrar forças para usar a bênção estampada em meu peito para, ironicamente, salvar a vida daquele que a impusera sobre mim.

    Yami rapidamente ganhou calor humano, batimentos cardíacos acelerados e aspirou ruidosamente o ar pela sua boca, arregalando seus olhos dourados enquanto tossia e tentava se levantar, estupefato com o fato que ainda estava vivo.

    — Keras?! — Ele indagou, com seu tom de voz grave e firme de sempre, definitivamente vivo. — Como...?!

    — Wind! — Gritei, arfando de desespero. — Ele… Ele está preso… Nas pedras! Me ajuda! Ele… Acho que ainda dá pra salvar…! Me ajuda por favor!

    Yami assentiu positivamente, assustado, e foi comigo até onde Wind estava; seu corpo estava acinzentado, com as veias expostas em cor mais escura, da mesma forma quando ele fora possuído por Variphor. Imediatamente, Yami tocou os ombros do Yalahari, e eu vi uma luz púrpura saindo de suas mãos, mas surtindo nenhum efeito.

    — Não posso fazer nada, Keras.

    — Como assim?! — Indaguei, estupefato e furioso.

    Djinns não podem mexer com a vida e a morte. — Replicou Yami, também chocado. — Apesar de podermos ressuscitar mortos, não podemos dar a eles a condição real de vivos que um dia tiveram. E algo me impede… Variphor me impede… De reclamar a vida de Wind novamente. Eu… Lamento, Keras, mas esse é um desejo que eu não posso realizar. Está além das condições da natureza de qualquer Djinn.

    Eu recuei, anestesiado e incrédulo. Yami… Tinha razão, infelizmente. Eu tentei balbuciar algo, mas as palavras não queriam sair. Ele, então, nos envolveu em uma esfera de Mana, flutuando acima de onde Wind estava. Em seguida, ele movimentou as pedras para longe do Yalahari e conseguiu extrair seu corpo, colocando-o dentro da esfera conosco. Eu vi, então, a extensão dos danos. Do peitoral para baixo, seus ossos estavam todos rachados ou quebrados, e alguns deles estavam saindo pela carne. Fechei meus olhos, incapaz de ver aquilo.

    Senti o ódio tomando conta de minha alma.

    — Posso não trazê-lo à vida, mas deixarei seu corpo mais digno para o enterro de um heroi. — Falou Yami gentilmente. — Quer que eu faça isso?

    — É muita consideração, Yami. — Respondi em um tom de voz cada vez mais tomado pelo ódio. — Faça isso.

    O Efreet estalou os dedos e eu ouvi o som dos ossos inertes de Wind se estalando enquanto eram postos magicamente de volta ao seus lugares, assim como ouvi a carne se recuperando rapidamente e a pele sendo costurada de volta ao seu estado natural, sem deixar marcas. Apesar do gesto de Yami, eu sabia que o corpo de Wind jamais seria o mesmo de antes, mesmo para o funeral.

    — Yami… Quero que envie o corpo para as geleiras de Nibelor, em uma parte dos monólitos que Silfind não conhece. — Ordenei, amargo. — Depois disso… Quero que você me leve à minha mãe sem demora. Ela vai pagar por isso. — Olhei para o Efreet com ódio, fúria e amargor em meu coração. — Uma parte de mim acabou de morrer hoje. Eu terei a minha vingança, custe o que custar.

    Yami assentiu, aparentemente assustado com minha mudança de comportamento.

    — Seu desejo é uma ordem.



    Continua.

    -----

    Spoiler: Considerações Finais do Capítulo
    Última edição por Iridium; 04-12-2016 às 13:59.

  5. #5
    Avatar de Edge Fencer
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    Caramba, tá difícil digerir esse capítulo :'(

    Fui pego de surpresa com essa do Wind, realmente não esperava por isso... Porém, entendo a razão pela qual esse fato foi necessário. Acho que o Ireas perdeu qualquer vestígio de piedade/simpatia/compreensão que tinha por sua mãe; não gostaria de estar na pele de Esquecimento Eterno agora. Bom, creio que o Yami vai realmente assumir parte do papel que o Wind tinha na vida do Ireas (será que na parte sentimental também? Vamos aguardar...), apesar dele ser, no meu ponto de vista, muito diferente do Yalahari em todos os sentidos. Vai ser interessante acompanhar o desenvolvimento disso.

    A parte da definição da luta contra o Incineron também foi magnífica. Consegui me colocar na pele do Meridius e entender todo o ódio que ele sentia enquanto golpeava o adversário; além da revelação sobre o passado dele, que também foi muito impactante.

    Fica até complicado analisar esse capítulo, porque foi sensacional; pra mim, sem dúvida foi o melhor da sua história até aqui, de longe. Eu digo com sinceridade que pouquíssimas vezes fiquei tão imerso em uma leitura quanto nesse capítulo, cheguei até a prender a respiração em alguns momentos. Só posso deixar aqui meus parabéns pelo seu trabalho, é muito melhor do que eu esperava quando visitei a seção pela primeira vez.

    Não sei se fico feliz por você estar perto de conseguir finalizar esse projeto, ou triste pela história estar acabando

    Enfim, já me estendi demais. Novamente, parabéns pelo excelente capítulo, e espero que consiga se recuperar rapidamente da perda de sua amiga; é pesado, mas a gente precisa ter força nesses momentos xD.

    Aguardo (muito!) o próximo capítulo. Abraço!




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  6. #6
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    E essa revelação bombástica e batalha psicológica aí hein? Parabéns Iridium, manda bala que quero ler o próximo capítulo!

  7. #7
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    Citação Postado originalmente por Don Maximus Meridius Ver Post
    E essa revelação bombástica e batalha psicológica aí hein? Parabéns Iridium, manda bala que quero ler o próximo capítulo!
    Também ansioso por mais!
    E não fiquem triste todos que gostam da história... (vou dar um spoiler xiuuuu .... Iridium não vai aguentar e vai escrever outra continuação... xiuuu....)
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  8. #8
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    Padrão Segundo Pergaminho, Capítulo 56

    Saudações!

    As II Justas Tibianas estão em fase de votações! Confira ESTE TÓPICO para saber quem está contra quem e votar nos textos que mais gostaram! Bom, o Segundo Pergaminho está caminhando para o fim e, em Luminera, o Ireas está caminhando para o lvl 100. Mal posso acreditar nisso O.o

    Vamos aos comentários:

    Spoiler: Respostas aos Comentários


    E agora, sem mais delongas, vamos ao Capítulo de Hoje!


    -----

    Spoiler: Bônus Musical



    Capítulo 56 — A Insanidade Persiste no Esquecimento (Parte 1)

    Anjos caem primeiro… Enquanto ela ainda está aqui.

    (Narrado por Esquecimento Eterno)



    O fino véu feito dos lamentos dos esquecidos ainda cobria meu corpo; sentada em meu trono, na solidão dos meus aposentos, pude ver, através de meu Espelho Necrótico*, os últimos acontecimentos em meus domínios… Foi impressionante a engenhosidade do garoto ruivo, Wind. Achei que meu filho o teria largado à própria sorte após aquelas cartas de tanto tempo atrás.

    — Uma pena. Zhi poderia ter-me sido mais útil… Ele tinha ainda muito a aprender.

    Realmente, meu filho herdou de mim a capacidade de perdoar as pessoas, mas ainda não aprendeu que as pessoas não são de confiança… Era isso que tentei ensinar, e ele se recusou. Olhei para as imagens e notei uma figura familiar ali.

    — Yami! — Exclamei, incrédula. — Ainda vive! Achei que tivesse… — Fitei as imagens com fascínio na medida em que via o rapaz revezando entre sua forma humana e a verdadeira. — Impressionante. Você conseguiu me enganar… Mas agora eu sei que você está aqui…

    Dirigi-me até um dos criados-mudos mais próximos, e tirei de dentro dele uma varinha antiga, já surrada pelo tempo, mas adequadamente modificada para os meus propósitos.

    — … E está na hora do acerto de contas. Que venham. — Falei para mim mesma, empunhando minha arma de escolha e deixando novamente o véu negro assentar sob meu corpo e me esconder da pouca luz de meus aposentos.



    *****


    (Narrado por Morzan Snow)


    Eventualmente, conseguimos nos deslocar; meu irmãozinho ainda estava pálido e fraco, mas conseguiu se manter desperto e atento; Icel, com arco empunhado e retesado, caminhava à frente, escoltando a área. Depois de um tempo caminhando em silêncio em meio a um caminho escuro e incerto, chegamos a um outro cômodo, onde encontramos Brand, Yumi, Kinahked, Rei Jack e Maximus Meridius, o qual estava sob os cuidados da Marid, com queimaduras notórias e muito feias em sua carne.

    — Exura Sio “Maximus Meridius. — Recitou calmamente Yumi, aliviando as dores do lutador e melhorando o aspecto geral de seu corpo, reduzindo a profundidade e o dano das queimaduras infligidas.

    — Vou precisar de algo mais forte para lidar com tudo isso… — Resmungou Meridius, visivelmente irritado. — Não consigo acreditar que bloqueei essa lembrança…

    — Você bloqueou por algum motivo. — Replicou Kinahked, cruzando os braços. Ele então olhou para mim e percebeu a situação. — Eita! Traga o menino para cá, vamos ver o que podemos fazer para deixá-lo inteiro de novo!

    Dito isso, permiti que o pirata ajudasse a amparar meu irmão; tão logo quanto ele fez isso, vi o sujeito apelar para a cura mais antiga conhecida pelos Vanduranos: Rum. Kinahked tirou de dentro de sua mochila uma enorme garrafa de rum, abriu-a e entregou ao meu irmão, ajudando-o a beber.

    — Agora sim! Vai ficar novinho em folha! — Falou Kinahked, exultante, enquanto pegava outra garrafa para si. — Pode tomar essa tranquilo, Sírio: é por conta da casa!

    Eu tentei controlar o riso; seria estranho rir demais naquelas circunstâncias, mas Kinahked era um ser peculiar e cômico demais para que eu conseguisse manter a compostura.

    — O que aconteceu aqui? — Indagou Icel, guardando a flecha na aljava.

    — Aqui era território do Dojo do Fogo do Dragão. — Replicou Maximus, com o semblante sério, ainda sentindo muitas dores. — Esquecimento Eterno tem um pequeno batalhão só para ela. Cortesia do Imperador.

    — A coisa só piora… — Resmungou Icel.

    — Galera, achei uma coisa! — Falou Brand. — Na realidade, achei duas!

    O Paladino de cabelos prateados apareceu com dois enormes Tomos nas mãos; assim que bati os olhos em suas capas, sabia do que se tratavam.

    — Eis as últimas peças desse quebra-cabeças maldito. — Falou o Paladino. — Precisamos achar Ireas o quanto antes e entregar isso a ele.

    — O garoto não deve estar muito longe. — Comentou Maximus. — Depois você me explica a história desses Tomos estranhos; vamos atrás do druida o quanto antes.

    Concordamos e nos dirigimos, juntos, à escuridão à frente; Maximus, Kinahked e eu assumimos a frente de batalha, e Icel estava logo ao nosso lado com o arco em riste. Os demais seguiram mais atrás, vigilantes. Respirei fundo.

    — Ainda tem mais desse rum aí, Ked? Ficar sóbrio aqui embaixo é horrível…



    ******


    (Narrado por Yami, o Primeiro)


    Ainda estou estupefato.

    Não podia crer em meus olhos… Tampouco em minha interpretação da linguagem corporal de Keras; aquele olhar, aquela fúria… Respirei fundo e bati minhas duas mãos, usando minha mana para criar um portal direto à antecâmara onde residia Esquecimento Eterno.

    Era um corredor sustentado por ossadas, de maneira similar ao subterrâneo da Ordem dos Cavaleiros do Pesadelo, como havíamos visto nas Planícies do Pavor.

    — Keras… Sua mãe está atrás destas portas. — Falei.

    — Yami, se eu não sobreviver… — Começou Keras, sério. — Quero que você auxilie no funeral do Wind e, de lá, você estará livre para viver sua vida como quiser. Você não será mais servo de ninguém a não ser que queira.

    Fiquei mudo; ele estaria disposto a me conceder a liberdade? Depois de tudo o que eu havia feito?

    — Se eu sobreviver, no entanto… — Ele continuou, olhando em meus olhos. — Tenho ainda alguns pedidos a gastar; depois, você será livre. Independente do final dessa história, você estará por sua conta para resolver os seus problemas. Entendido?

    — Entendido. — Repliquei. — Agradeço por… Esse gesto, no final das contas.

    Ireas assentiu e voltou seus olhares para a porta.

    — Não agradeça ainda.... Isso ainda não acabou.

    Dito isso, ele posicionou as mãos na porta e forçou-as a se abrir; assim que ele fez isso, as portas se abriram como se a nossa visita já fosse esperada; o caminho estava fracamente iluminado, e passamos adiante.



    ****



    (Narrado por Ireas Keras)


    Nossa chegada já era esperada; as portas se abriram e não havia impedimento algum no caminho. Entrei primeiro, e Yami logo me seguiu. Assim que o Efreet passou pelos portões, eles se fecharam ruidosa e rapidamente, e as luzes começaram a tremular de maneira sobrenatural.

    — Sejam bem-vindos… Daqui vocês não sairão! EXANA LUX**!

    A voz de Esquecimento Eterno ecoou pelo recinto; todas as luzes se apagaram e o chão começou a tremer. Um tempo depois, ouvimos três palmas ruidosas e as luzes voltaram. Não estávamos mais em um corredor. Estávamos em uma redoma, com pilastras feitas de ossadas antigas e fossilizadas, cheirando a sangue e limo; havia um trono à nossa frente e uma figura sentada nele, coberta da cabeça aos tornozelos por um véu negro.

    — Chegou a hora inevitável… Suspeitei que esse dia chegaria. — Falou o ser com voz feminina, idêntica à que nos recepcionara antes. — Bom, não vou me demorar em um discurso estúpido. Você juntou as peças do quebra-cabeças e chegou até aqui. — A criatura se levantou e eu tive um relance do brilho púrpura de seus olhos. — Hora de ver até onde o deus dos Ventos encheu sua cabeça com mentiras, assim como fez comigo e com sua avó antes de mim.

    Ainda não conseguiu acreditar… Estava diante de minha mãe; minha mãe, minha inimiga. Minha mais odiada inimiga. A mulher que me dera a vida… Poderia talvez trazer minha morte, já que assim fizera com outros que me eram muito queridos. Vi, então, ela pisar sobre o longo véu, deixando-o cair por trás dela.

    Abafei um grito de terror. Vi Yami não esboçar reação, e entendi que aquela devia ser a aparência real de Esquecimento Eterno… Ou Seline Keras.

    — Suponho que não era o que você esperava… — Sibilou a mulher. — Afinal… Ninguém espera que aquela que deu à luz, trouxe alguém à vida um dia… Parecesse tanto com a morte.

    Pele pálida e acinzentada como a de um cadáver; seios mais caídos e pele não mais firme como as de uma jovem; seu manto era rasgado nas mangas, revelando braços decrépitos com os ossos à mostra e com leve cheiro de decomposição. Suas mãos exibiam dedos desprovidos de pele e carne, e as palmas e dorso bem feridas. Sua mão direita não tinha os dedos anelar e mínimo, havendo apenas dois ocos em seu lugar. Seus caninos eram afiados e sua boca exibia rachaduras de seca. Seus cabelos eram negros e estranhamente sedosos e bem cuidados. Um de seus olhos era castanho, e o outro era apenas uma grande cicatriz cuja pele brilhava em tom avermelhado de tempos em tempos. Havia, porém, uma estranha e repulsiva beleza ali.

    — Eu já fui bonita um dia… — Suspirou Esquecimento Eterno. — Até perceber que… A aparência seria um sacrifício mínimo pelo conhecimento que buscava.

    — Por que fez isso? — Indaguei. — Por que destruiu a Sociedade das Teias Infindas? Por que matou meu pai? Por que acabou com tantas vidas inocentes?!

    — Pela verdade e pelo esquecimento, meu jovem filho… — Replicou aquela que eu deveria chamar de mãe, mas não conseguia. — Nornur sempre esteve errado… União é algo impossível para Homens e outras Raças… Somos desunidos por natureza, e é a nossa desunião que nos preserva. A união gera uma falsa sensação de conforto e segurança… Que pode ser facilmente quebrada pelas palavras certas.

    — Você está errada! — Esbravejei, irado. — A união fortalece as pessoas!

    — Bom… — Ela fechou o semblante, séria e levemente desapontada comigo. — O pior cego é aquele que não quer ver… EXORI GRAN MORT***!



    Continua...

    ----

    Glossário:

    (*): Necrotic Mirror. É um item baseado nos poderes do Necromancer Shield, que permitem Esquecimento Eterno ver tudo o que ocorre em seus domínios usando a força dos Pesadelos e da Necromancia.

    (**): Exana Lux seria uma magia que se comporta como o inverso do Utevo Lux e similares, removendo toda a luz de uma área.


    (***): Seria uma versão reforçada do Death Strike (Exana Mort).

    ----


    E galera, por hoje é só! O Segundo Pergaminho tá chegando ao fim! Vamos lá, acompanhem e divulgem! Deixem seu feedback para que eu possa melhorar cada dia mais! Até o próximo capítulo!



    Abraço,
    Iridium.

  9. #9
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    Totalmente excelente, Iridium odalisca do planalto!

    Chuchu beleza, manda brasa!

  10. #10
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    Eita, o negócio vai ficar sério agora

    Interessante a descrição da Esquecimento. Não estava esperando que ela tivesse uma aparência tão decadente assim; é um ingrediente a mais para apimentar a batalha contra o Ireas.

    Capítulo muito bem feito, como de costume, pena que foi pequeno. Porém, acho válido, já que até hoje não deu pra superar o último :s

    Curioso pela sequência, a história tá realmente chegando em seu clímax.

    Abraço!

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