A Voz do Vento

**Nedless** · 19-05-2016, 12:39

Olá iri, bom assim como mencionei na história do Carlos, não cheguei até o ultimo capitulo entregue, porém acho que cheguei até um ponto aonde poderia tecer certos comentários, vamos lá.

Uma coisa que gostei é a forma que relata Ireas, mesmo sendo especial (tendo uma mãe fodona) não é desde o começo bad ass, e até o ponto que li apenas alguns picos como quando ele quase mata o amor dele.

Ainda sobre o personagem principal, uma coisa que gostei bastante foi ele não ter as coisas tão facilitadas por ser quem é. Na verdade o coitado só se complica cada vez mais, e ainda mais agora na parte aonde estou que a própria mãe deixa um de seus "jagunços" na sua cola, mas isso não abala a benevolência e bom-humor do Ireas.

Uma coisa que eu vi melhorando bastante foi sua descrição de lutas, eu por exemplo me senti na cena quando foi me apresentado a treta da revolução vanduriana (tema que envolve em certa parte a minha história), a batalha náutica foi para mim épica. Espero ler muitas outras surpresas para frente.

Então por hora é isso, abraços!

**Kinahked** · 19-05-2016, 21:30

Hummm Don Magnata Aprontando!

**Nedless** · 03-06-2016, 18:21

Finalmente estou bem perto do último capítulo escrito (espero, não quero ir ver pelo índice para não pegar spoiler.

), então achei que estava na hora de comentar sobre o que estou achando, e principalmente o que espero. Bom da última vez comentei em meados da revolução vanduriana, que terminou pelo menos o arco dos nossos personagens de forma magistral, o toque realista é uma das coisas que mais me animam em sua história (espero sinceramente chegar a esse nível). A introdução do mortarrilheiro também me foi agradável, quando li pela primeira vez pensei ele ser um enviado da esquecimento.

Bom se tinha uma coisa que não me era muito legal, era a descrição de lutas (sim, eu sei que não sou exímio nesse quesito), entretanto na luta do Ireas contra Yami caralho (licença poética), sinceramente me senti no ambiente do embate, sim eu sei que na luta do navio eu disse isso. Porém no macro é mais fácil se situar, agora num micro como a descrita é mais complexo por causa que necessita de mínimos detalhes. Por enquanto é só, não tenho muito o que esperar apenas o que você continua fazendo, surpreendendo.

**Senhor das Botas** · 04-06-2016, 02:32

Bom, depois de uma loooonga leitura, consegui dar um catch up na história, e li tudo.

Devo ter citado muitos pontos conforme eu lia, na conversa do grupo de facebook, mas vou citá-los ( não todos claro, há muuuiitos pontos) de qualquer jeito, ou pelo menos os highlights

Primeira, devo lhe dizer que foi uma leitura muito agradável. Se não me engano, eu rushei... 49 capítulos, o que seria equivalente ao Segundo pergaminho inteiro...

Sério, se tem uma coisa que eu não gosto, são longas leituras feitas numa tela de computador. E-books vem se tornando cada vez mais e mais popular, e eu sempre venho optando por continuar lendo através do papel. Quem lê bastante, sabe do prazer que isso que dá, a sensação de ir virando página por página, de usar o dedo indicador para virar uma página, e depois o polegar e o indicador devido uma passagem intensa que fora lida outrora. Simplesmente, ler um livro de papel te conecta mais com a história(pelo menos comigo), do que um e-book faria.

Mesmo assim, nunca me senti tão imerso lendo uma história na tela de um computador/celular como a sua. O seu Segundo pergaminho foi simplesmente sensacional. MUUUITOS Highlights, mas muitos mesmo. A revolução de Vandura... Batalha Ireas e Yami... A BATALHA DE EDRON, SENDO O BEST CAPÍTULO EVER DESSA HISTÓRIA, AAAARRRRGGGHHHHHH.

Sério, tanta coisa para se falar... Não só da história, mas de certos comentários. Não vou quotar tudo já que estou com preguiça, mas com certeza você deve ter sido feliz por ter ajudado uma menina a se encontrar nesse mundo, e por poder inspirá-la <3... E não só ela, mas a mim e a muitas pessoas, com toda certeza.

Enfim, encerro aqui o meu post. Só venho aqui dizer que com toda certeza deve estar muito orgulhosa. Há muito de você nesta história, neste pedaço de banco de dados na internet. Se eles não se perderem com o tempo, mesmo após a sua morte, sempre haverá um pouco de você neste recanto da internet... Seja pela escrita, pelos desenhos, pelo amor posto na história... You got the grip, girl.

PS: Ainda falta uma paladina coxuda aí no meio da história heim HUEUHEHUEEHUEHUEUHEHUUH

**artie kun** · 17-06-2016, 15:13

*dubsteps lokos rolando ao fundo* tuts-tuts-tuts
olha só quem tá de volta: it's Crazy Yukie, baby <3
depois de um novo resfriado, um crush pra deixar de lado, uma semana de provas e uma ex que não quis ficar de fora (da minha mente ;-

eu finalmente consegui me atualizar na fic \o/
ta sendo uma epoca muito corrida na vida da Yukie-chanzinha ;-;
porem as coisas estão se ajeitando.
chorei lecal a morte do Liive.
porem compreendo.
mesclar a cena da invasão com o nascimento da sobrinha do Keras foi uma ideia maravilhosa, alias. pirei aqui <3
passado trevoso esse do yami. não imaginava que tinha acontecido uma treta dessas proporções maléficas com ele.
diabos, agora as tretas lokas vão ta ocorrendo em zao
e meu otp nem sinal de reatar ;-;
meu coração esta em pedaços por isso, porém estou tranquila, felizinha e de boa com a vida.
céus, eu tenho que parar de tomar tanto café. isso ta bugando meu celebro lecal.
hjdshtgyxcgdhjcyfsdkfusdgkhcdsgvfcftfsgxcjzjgjzhjs d to ansiosa
sorry pelo comentário meio random. tenho passado tempo demais refletindo sobre a vida e ouvindo umas musicas paz e amor debaixo de umas arvores para conseguir organizar um comentario decente
anyway
kissus, bye bye.
Yukie <3

**Iridium** · 16-08-2016, 15:46

Saudações, negada!

Sinto muitíssimo pela demora a postar: fiquei meio enrolada esses últimos dias, então nem pude sentar e preparar algo bacana para vocês. De qualquer forma, venho agora com capítulos novos, já que a I Justas Tibianas chegou ao fim. Além disso, os meses de Maio-Junho foram extremamente estressantes para mim na faculdade, e quis usar a maior parte de Julho para descansar. Como retomei alguns outros projetos de escrita nesse meio tempo, vejo que enfim terei inspiração para concluir esse capítulo que, por alguma carga d'água de razão, demorou MUITO MAIS que o previsto para sair.

Pessoalmente, achei o Torneio um baita sucesso, considerando a situação da Seção Roleplaying como um todo. Pessoas veteranas apareceram, novatos vieram e tivemos personagens incríveis nessa edição, sendo cada um mais distinto que o outro.

A próxima Edição provavelmente acontecerá lá pelos idos de Setembro-Outubro, dando-me mais tempo para descansar e planejar tudo, Algumas regras serão mudadas e deixarei todos a par das mudanças em tópicos específicos para isso. Ah, e os desenhos relacionados à história voltarão muito em breve! Usarei bem essa última semana de férias, podem apostar xD

De qualquer forma, voltemos à Voz do Vento e às Respostas aos Comentários:

Spoiler: Respostas aos Comentários

Spoiler: A Voz do Vento 2016, Extras #12 (23/05/2016)

Sem mais delongas, o Capítulo de Hoje!

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Spoiler: Bônus Musical

Capítulo 50 — Caminhos do Limbo Marítimo e da Terra Sem Dono (O Ébrio Capitão)

O Reforço há de chegar do além-mar.

(Narrado por Emulov Suv)

— Pelesss-pálidasss! — Zalamon disse ao nos ver — Vocêsss voltaram! E trouxeram um velho amigo meu! Maximusss, venha cá!

Zalamon nos recebeu com o semblante mais alegre que eu havia visto em todo aquele tempo; o Lagarto, sem muita cerimônia, foi em direção a Maximus, abraçando-lhe. Em seguida, falou algumas coisas em um idioma que não pude compreender e entregou a Maximus uma tigela cheia de água, à qual foi usada pelo gladiador para limpar o corpo e algumas feridas expostas.

— Achava que você estava morto! — Exclamou Zalamon, exultante em ver bem o antigo amigo. — Onde esteve?

— Templo do Equilíbrio… — Replicou Maximus, enxaguando os cabelos e revelando a cor negra como carvão além do disfarce — Os safados do dojo do Dragão de Fogo conseguiram enganar direitinho os seus antigos companheiros. O Templo, como essa moçada toda pôde ver — Ele sinalizou para nós com a cabeça. —, está perdido. Cem por cento perdido, no momento.

— O que vocês encontraram lá? — Falou o Lagarto, ansioso.

— Escolhidos. — Repliquei, sério. — Eram uns cinco ou seis na escuridão do subsolo do Templo.

O semblante de Zalamon começou a mudar, indo de ansiedade para tristeza e surpresa rapidamente; seu rosto empalideceu, e ele parece se curvar perante a própria desilusão.

— Então… Meusss irmãosss e irmãsss do Templo… Caíram. — Falou o Lagarto, entristecido. — E a Corrupsssção veio de dentro para fora… Como?

— Nem ideia. — Falou Maximus, dando de ombros. — Provavelmente, os servos do Imperador prenderam os rebeldes lá embaixo e deixaram a Corrupção fazer o trabalho sozinha.

— É bem provável… — Murmurrou Ireas, reflexivo.

— Você disse que conhece a responsável por parte desse problema, Keras. — Falou Maximus, visivelmente descontente. — Alguma ideia de onde ela se esconde, e se ela teria conexões com o dojo?

— Estou bem no escuro nessa parte, Maximus. — Replicou o Norsir de cabelos azuis, cruzando os braços. — Mas sinto que estamos bem perto dela.

— Talvezsss essstejam. — Comentou Zalamon. — Acho que posssso ajudá-losss melhor com isso.

— Como assim? — Indaguei.

— Praga e fome eram conssceitos que apenas os Homensss conheciam… — Replicou Zalamon, pensativo. — Ossss Reisss Dragõessss trousssxeram issssso consssigo… Masss, nesssesss últimosss anosss, a coisssa ficou ainda pior. Já ouvi relatos sobre uma grande massssa de poder nas prosssximidadessss dosss arrosszais de minha gente…

— Lá? — Indagou Maximus, incerto. — Tem certeza, Zalamon? Digo, já passei por aqueles campos antes e não me pareciam errados.

— Talvez devamos verificar. — Sugeriu Ireas. — Ela deve estar por aqui, e já está na hora de fechar esse cerco e acabar com esse jogo de uma vez por todas.

— Tenha cuidado, Ireas! — Falou Wind, receoso. — Não sabemos ainda onde Esquecimento se esconde! O melhor a fazer é continuar à paisana e esperar que os irmãos de Emulov cumpram com a sua parte.

— Esperar pode ser a pior alternativa: falo por experiência própria. — Interveio Maximus, irritado. — O Imperador não esperou ‘um dia’ ou ‘uma semana’ para atacar o vilarejo de Homens em que eu vivi e aprendi o que aprendi. O Imperador não tem honra e certamente essa ‘Esquecimento Eterno’ também não tem!

— Concordo plenamente, e falo de experiência própria também. — Intrometeu-se Yami. — Acho que sei onde Esquecimento se esconde; não sei se ela mudou de local. Com a morte do meu… sósia, por assim dizer, ela acredita que eu morri e, obviamente, nunca mais me informou de nada. Posso tentar guiá-los, mas não dou cem por cento de garantias que chegaremos ao local sem resistência.

— Perfeito. Quanto mais feras odiosas para eliminar, melhor! — Replicou Morzan, animado. — Essa mulher está com os dias contados!

— Sssendo assssim…. Pressscissso de maisss um favor. — Falou Zalamon. — Ossss Exérssscitossss do Imperador esssstão em um número muito elevado para sssse combater. Ssssendo asssssim… Pressscissso que vocêssss acabem com o ssssuprimento de comida delessss.

Dito isso, o Lagarto entregou-me um frasco de veneno selado, e meu coração se apertou. Eu sabia o que aquilo significava.

— Envenenem ossss camposss de arroz e libertem meu povo de ssssi messsmosss e dossss Dragõessss. — Sentenciou Zalamon, para meu infortúnio maior. — Desssa forma, poderemosss ter alguma chance contra a armada do Grande Portão*.

Eu concordei silenciosamente com a cabeça em estado de choque. Lembrei que havia deixado meus irmãos caçulas ingressarem nos escalões mais baixos do exército, e certamente seriam usados como peões dispensáveis. Todos os demais ao meu redor concordaram, e eu sabia que teria apenas algumas horas para poder alertar meus irmãos e impedi-los de consumir quaisquer mantimentos dados pelo Exército Imperial.

Apertei o frasco contra meu peito sem que ninguém percebesse; pela primeira vez na vida, estava diante de uma escolha atroz: ajudar Ireas e livrar Tibia de um grande mal, possivelmente às custas das vidas de meus irmãos, ou salvá-los e comprometer tudo pelo que havíamos lutado nos últimos meses, possivelmente desonrando a morte de Liive.

O que poderia fazer? Teria alguma escolha, ou tudo envolveria um sacrifício de qualquer forma?

****

(Narrado por Ireas Keras)

Peguei o frasco das mãos de Emulov; ele me entregou sem dizer uma única palavra, mudo como uma pedra. Estranhei aquele comportamento até mesmo dentro dos padrões calados de Emulov; alguma coisa deveria estar errada com ele, poderia sentir.
Reuni todos ao meu redor, e começamos a planejar nossa investida.

— Maximus, gostaria de pedir seu auxílio quanto ao front de batalha. — Comecei, respeitoso. — De todos aqui, você é o que possui maior expertise de combate, e gostaria que liderasse nossos Cavaleiros, Wind, Yami e Morzan, nessa investida. Precisaremos de toda a ajuda para mantermos o foco dos vigias em vocês para podermos atacá-los sem dispersões.

— O clássico ‘atrair e matar, é só começar**’? Me parece um bom plano A. — Falou Maximus, de braços cruzados. — E quanto a um plano B?

— O plano B é atrair a atenção deles por ilusões, deixá-los correr atrás delas e aproveitar o tempo de distração para fugir ou finalizar o serviço. — Falei rapidamente, quase que sem pensar. — Nesse caso, Yami faria o grosso do trabalho.

— Nada mal, Keras. Nada mal. — Falou Yami em um tom afável, me elogiando. — O que acha, Meridius?

Maximus Meridius ficou um tempo em silêncio, com os olhos fechados em uma pose meditativa, refletindo. Por fim, abriu os olhos em um semblante sério, pronto para responder.

— Pode funcionar. — Replicou. — Estejam preparados, no entanto, para um longo e cansativo combate. Para chegarmos aos Arrozais com sucesso, teremos que nos embrenhar nas matas. Quem quer que tenha magias de Invisibilidade ou aneis que tenham a mesma finalidade, por favor usem. Eu vou ficar visível aos olhos do inimigo e aos de vocês, para que não percam o referencial. Só peço para que tentem me acompanhar: sou mais velho, mas me movo bem rápido. Os Paladinos precisam ficar de plantão; quando tiverem a chance de atacar ou quando eu sinalizar, ataquem. Eu, Morzan, Yami e Wind faremos o serviço pesado de segurar a multidão. De acordo?

Todos concordamos com o planejamento de Maximus, que era o mais acertado. Despedimo-nos de Zalamon e, com seus votos de confiança, coragem e sorte, seguimos adiante. Saímos de seu esconderijo em bando, unidos. Eu estava mais para trás do comboio, e foi quando aconteceu.
Outra visão.

De repente, senti como se minha alma estivesse em um local diferente de meu corpo. Em um oceano escuro em meio à noite. Meus pés flutuavam sob as águas e vi passar diante de meus olhos um imponente barco de velas negras que tremulavam como que feitas de um material etéreo, quase que pertencente ao mundo dos sonhos.

As ondas começaram a me atrair àquela visão, aproximando-me cada vez mais do majestoso barco; do alto do casco de madeira escura e levemente gasta pela ação dos mares, vi alguém em cima do mastro, de pé sob o firmamento da vela central. Um homem de pele queimada, barba rala, cabelos escuros atados em largos e descuidados dreadlocks, ornados com moedas e contas, olhos que pareciam mais fundos por conta do pigmento preto e borrado ao longo da área ao redor, íris de cor escura e as vestes de pirata de couro preto puído e gasto, blusa branca e manchada pelo uso, calças vermelhas desbotadas, botas e chapéu de couro preto. O homem exibia um olhar destemido destemido para o mar bravio, e começou a abrir um leve e intrépido sorriso quando viu a tempestade se aproximar no céu negro.

Em um dado momento, ele olhou para mim – ao menos para o local onde eu estava – e as palavras de Maximus começaram a martelar em minha cabeça.

“Quando o transporte chegar, não ficarei mais. Até lá…”

— Ireas!

A voz de Wind me trouxe de volta à realidade; havíamos passado pelo altar dos Lagartos, atravessando as montanhas através dos teleportes ali disponíveis. O Yalahari me observava com preocupação; à direita dele, a alguns metros de distância, estava Yami a nos observar, de braços cruzados, com o semblante preocupado. Eu voltei meus olhares lentamente ao Yalahari, tentando me situar novamente.

— Está tudo bem, Ireas? — Indagou Wind.

— Sim… Sim! Está! — Repliquei, meneando a cabeça e voltando aos eixos. — Vamos seguir em frente! Não temos tempo a perder…

Segui em frente e Yami e Wind caminharam ao meu lado, embrenhando-se na mata; Maximus já estava mais à frente, e os dois Cavaleiros tiveram que apressar o passo. Acabei ficando, novamente, ao lado de Yumi, Sírio e Emulov, enquanto que Brand, Jack e Icel assumiram a linha intermediária, conforme a organização ditada por Meridius.

— Façam silêncio aí! — Maximus murmurrou. — Estamos chegando perto dos vilarejos de novo... E espero que ninguém tenha esquecido os aneis ou magias!

Dito isso, o experiente e austero Cavaleiro voltou seus olhares para as cercas de bambu à frente; uma lança arremessada à frente e que arrancou o grito de dor e susto de Sírio veio como uma trombeta de batalha; Os olhos de Maximus começaram a brilhar de ódio e rancor ao ver os incautos Legionários saindo por detrás dos grandes caniços de bambu. A batalha estava iniciada novamente, e seria a nossa corrida aos campos de arroz e papoulas.

— Ah! Merda! — Sírio urrou.

— Exeta Res! — Maximus gritou, lançando-se ao ar.

Com um giro ágil de seu corpo, Maximus sacou sua espada em plenos ares e sua lâmina atingiu três Altos Guardas, que urraram de dor com os cortes profundos sofridos; Morzan e Yami sorriram com escárnio e partiram para cima dos outros Legionários; eu fui até Sírio enquanto Yumi, Icel, Jack e Emulov seguiram adiante em batalha.

— Ca...ram...ba! — Sírio gemeu de dor, furioso. — Argh! Por essa eu não esperava…

— Exura Gran! — Conjurei, pousando as mãos por cima das feridas de Sírio. — Levante, meu amigo. Temos uma batalha à frente de nós.

Sírio assentiu e segurou meu braço, apoiando o peso de seu corpo em mim para se reerguer; assim que ficou de pé, dois Altos Guardas tentaram nos emboscar e ele respondeu com uma grosseira e poderosa baforada de fogo; as queimaduras os fizeram bater em retirada, e eu os impedi com uma avalanche, ferindo de morte seus corpos com estacas de gelo e caixões de neve.

— Em frente! — Maximus urrou, acertando o peito de um Alto Guarda e arrancando seu coração, matando-o — Os arrozais são depois de Chaochai!

Assentimos e seguimos em frente; Sírio, ainda fulo com seu ferimento anterior, tomou minha frente e com o impulso de sua magia de Grande Velocidade***, alcançou Emulov; o Vandurano sorriu com zombaria para ele, e o Zaonao retribuiu o gesto; cinco Altos Guardas e um Zaogun se aproximaram de nosso comboio, e os dois Feiticeiros já sabia como responder.

— Exori Gran Flam! — Os dois gritaram em uníssono.

Tomando ar rapidamente, Sírio e Emulov cuspiram uma intensa rajada de fogo que assumiu o formato de dois enormes Dragões, atingindo e incinerando os Altos Guardas; Maximus tomou impulso e acertou o chamuscado Zaogun com uma forte e intensa voadora; o mangual quase derretido do Lagarto de Alta Classe tentou acertar Maximus, mas foi cortado pelo fio da espada do Thaiano, desarmando o Lagarto.

— Exori Hur! — Wind gritou ao longe.

Maximus abaixou e a lâmina da arma de Wind Walker trespassou o abdome do Zaogun, acabando com a pouca vida que lhe restava. Os campos estavam cada vez mais abertos, sem bambus para esconder ninguém; os números dos Lagartos começaram a aumentar vertiginosamente por mais que os três Cavaleiros estivessem fazendo seu melhor para diminuir seus contingentes.

Emulov, em um dado ponto, parou de correr e começou a farejar o ar, intrigado.

— É cheiro de… Terra molhada, perfumada… É cheiro de arroz. Arroz! — Emulov gritou. — Estamos chegando perto dos campos de arroz!

O Feiticeiro tornou a atacar os Legionários mais próximos; estávamos já atravessando Chaochai e das casas começaram a surgir alguns Sacerdotes de Dragões, alarmados pela confusão e balbúrdia iniciadas; pequenos Filhotes foram chamados à frente de batalha e eu e Yumi fizemos a festa, fazendo chover granizo dos céus e forçando o recuo das feras de escamas azuis e verdes.

Chegamos ao final do vilarejo, onde as montes terraplanados dos cultivos já estavam à vista; Emulov farejou o ar uma vez mais e confirmou novamente: eram os Campos de Arroz; estávamos no lugar certo. Morzan deu um berro ao sentir a mordida de um ser similar aos Crocodilos de Port Hope, mas dotado de uma couraça escura como carvão, olhos vermelhos como rubis e dentes ainda mais afiados e fortes.

— Caimã Assassino****! — Emulov bradou, segurando sua Varinha de Fogo Eterno*****. — Cuidado! Exori Flam!

Emulov atraiu a atenção do Caimã para si, dando a oportunidade para Morzan fincar sua espada nas costas do grande animal, acabando com sua ameaça. Entretanto, cada vez mais Lagartos e Caimãs irritados se aproximavam do local, determinados a defender os campos de arroz. Havia chegado a hora do Efreet entrar em ação.

— Yami! — Gritei. — Eu lhe permito! Assuma sua forma real! Assuma sua forma real e engane esses seres!

Yami assentiu com um sorriso sinistro e uma névoa densa e esverdeada tomou conta de seu corpo enquanto ele assumia sua verdadeira forma de Efreet; no que fez isso, soprou uma densa névoa verde, a qual pareceu confundir os Lagartos, os quais começaram a brigar e lutar entre si. Fui até ele para fazê-lo voltar ao normal antes de seu descontrole.

— Vamos em frente! — Bradou Maximus, e nós todos assentimos e seguimos adiante.

Subimos as escadarias e novamente a visão veio; parei com metade das minhas canelas coberta pela água barrenta e perfumada; o homem que eu havia visto no navio estava mais visível em detalhes; sua pele morena e sua cabeleira castanha faziam contraste aos seus olhos esverdeados. Ele sorria diante do céu escuro, chuvoso e trovejante ao seu redor e que parecia não fazer nada contra sua barcaça.

“Caçador de Almas…” Ouvi a voz de Nurnor sussurrar. “Caçador de Almas… Tenha cuidado, Vento do Norte… Tenha cuidado com aquele que navega as mais perigosas e estranhas Águas…”

— Esperem! — A voz de Emulov, que estava distante, parecia cada vez mais perto para mim. — Preciso achar meus irmãos! Eles não poderão consumir esse Arroz!

— Não vai dar tempo! — Maximus interveio. — É agora ou nunca!

Minha visão estava turva, e foi preciso o som bizarro de um estopim de garrucha para fazer-me voltar cem por cento à realidade; Jack estava do meu lado e igualmente pasmo; diante de nós, com as botinas de couro preto cobertas de lama, estava um pirata. Um homem moreno, certamente mais velho que Brand e mais novo que Maximus, com vestes de pirata, cabelos atados em largos dreadlocks e olhos verdes estava diante de nós com uma garrucha em mãos, espada em seu ginete e um enorme frasco de rum em outra mão. Seu semblante era zombeteiro e ele certamente estaria embriagado. Eu olhei para Jack e ele também havia percebido o que eu pensara.

— Ele é igual à nossa visão. — Sussurramos em uníssono.

— Maximus, eu cheguei! — Falou o desconhecido. — O Caçador de Almas está pronto para recebê-lo!

— Já estava passando da hora, Olhos-de-Cobra! — Bradou Maximus ao se aproximar do pirata. — Ou deveria dizer Kinahked? — Emendou, dando-lhe um breve, porém forte abraço.

— Só para os que me dão garrafas de rum, amigo! — Replicou o homem chamado Kinahked Olhos-de-Cobra. Afastando-se de Maximus, continuou a sorrir e falar. — Estávamos todos preocupados com você, Maximus. O que você ainda está fazendo nesse fim de mundo? E quem são eles?

Jack mostrou para mim um papel de carta antigo, cheirando a Rum, cana e pólvora. Ele me disse, então, a origem do papel; percebi que, daquele dia em diante, o nome “Kinahked” significaria bem mais para mim do que significava naquele momento...

Continua…

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Glossário:

(*): Tradução livre de Great Gate, a estrutura que separa Muggy Plains de Razachai e outras áreas pertencentes aos Draken de Zao.

(**): Paródia do dito popular “trair e coçar é só começar.”.

(***): Tradução livre do feitiço Strong Haste.

(****): Tradução livre de Killer Caiman.

(*****): Tradução livre de Wand of Everblazing.

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Nossa... Três meses sem postar é dose. Ficou complicado aqui, galera! Maaaas... Aos poucos, retomamos! Farei o possível para continuar postando e finalizar a história. Atualmente, estou tentando finalizar outro projeto mais antigo ao mesmo tempo que escrevo aqui, então farei o possível para ser mais frequente com as atualizações, mesmo contando com outros projetos e estágio. Sei de uma coisa: finalizarei essa história esse ano, custe o que custar!

Eis aqui o verdadeiro Kinahked, personagem do usuário @Kinahked e que decidi incluir nessa história: e certamente terá um grande papel em A Voz do Vento.

Name: Kinahked
Sex: male
Vocation: Elite Knight
Level: 312
Achievement Points: 532
World: Unitera
Residence: Thais
Married to: Unna
Last login: Aug 16 2016, 17:47:09 CEST
Comment: 9C6C4D0

Account Status: Premium Account

Até o próximo Capítulo, pessoal!

Abraço,
Iridium.

**Don** · 16-08-2016, 16:42

Agora aquele velho texugo do mar se juntou a nós então...

Muito bom Iridium, prossiga.

**Kinahked** · 17-08-2016, 12:47

Ja era hora!
Estava faltando RUM nesta história!

Fico muito grato por me incluir em seu conto, ansioso pelos próximos capítulos!

Spoiler: Segredo! Não olhe!

**Bruttar** · 18-08-2016, 15:22

trair e coçar é só começar HUAHUAHUA Achava que só minha avó falava isso!
Muito foda o capítulo, Fer, nunca desaponta!
Essa aventura me lembrou uma história de RPG de mesa antiga da qual participei :')

**Senhor das Botas** · 24-08-2016, 22:35

Desculpa a demora por comentar, mas cá estou!

Capítulo com o mesmo nível dos outros, ou seja, muito bom

Ainda está em momento de transição, mas mal posso esperar pelo clímax da história; a única coisa que me confundiu um pouco foi a aparição súbita Kinahked, sendo que tive que dar uma relida para pegar o que aconteceu, mas não foi nada demais.

Enfim, no aguardo dos próximos capítulos

Resultados da Enquete: Que Facção deveria Ireas Escolher?

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Segundo Pergaminho, Capítulo 50

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