Deveria procurar alguém que desenha hq ou algo do tipo, seria um bom começo pra fazer uma animação no futuro. Que o enredo é foda, isso eu garanto!
Quem sabe até mandar pra Cip, seria um bom bump para o jogo!
Uma pena que está chegando ao fim T.T
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We bury what we fear the most, approaching original violence, is the silence, where you hide it? 'Cause I don't recognize you anymore ---------------------------------------//------------------------------------------------------------------------------------------//--------------------
Mais um ótimo capítulo, Iridium. Mesmo não sendo tão intenso quanto o anterior, esse aqui também me deixou bastante imerso e apreensivo à medida que as coisas iam acontecendo; inclusive, a forma como vc consegue prender a atenção do leitor mesmo em capítulos menos dinâmicos e sem tantas batalhas é um dos pontos que eu mais gosto na sua escrita
Bom, dessa vez o Ireas saiu um pouco de cena e o protagonismo passou, mesmo que brevemente, para o Jack. E eu gostei bastante dessa abordagem. Talvez seja só impressão minha, mas eu tava sentindo falta do Vento do Sul na história, principalmente agindo assim, como... Bem, como o Vento do Sul haha. Foi bem legal a participação dele, tanto pra dar uma "racionalizada" no plano maluco do Ireas quanto na própria consumação dele. Uma ótima forma de um personagem tão importante deixar sua marca nessa reta final xD
Outras partes muito bacanas do capítulo foram as que o próprio Jack, quando foi pro altar, e o Sírio, enquanto sonhava no navio, deram uma rápida relembrada nos seus respectivos passados. Um ponto negativo numa história longa como essa é que a gente simplesmente esquece muita coisa com o tempo, por isso eu gosto bastante de uns flashbacks esporádicos, acho que ajuda tanto a lembrar coisas importantes do enredo quanto pra dar uma carga emocional maior pro capítulo (como foi o caso desse aqui). Tá aí mais uma coisa que você faz muito bem!
É, falta só um capítulo então. Esse misto de coisas que vc tá sentindo agora também representa o que eu e todos os leitores daqui certamente estão pensando com o fim da história (claro que em uma escala bem menor). Fica a expectativa pro desfecho desse ciclo, e também para os próximos projetos que você trará num futuro que, eu espero, seja próximo. Aguardando ansiosamente, ainda que meio triste, pelo último capítulo!
E chegou o momento ao mesmo tempo tão aguardado e tão adiado: o último capítulo d'A Voz do Vento. Ao todo, 116 Capítulos a contar com esse. Cento e dezesseis capítulos que tentaram, em parte, cobrir meus quase seis anos de história com esse personagem, que foram, sem dúvida, meus seis melhores anos de Tibia. Melhores até mesmo que meus anos iniciais, quando eu era criança e dispunha de muito mais tempo para ter explorado, upado e me divertido com o jogo do que eu disponho hoje.
Porém, nesses seis anos eu vivi tudo que não pude viver no jogo ao longo dos outros sete, oito anteriores. Adquiri Premium Time pela primeira vez e pude ir a cantos do que eu só em sonho eu imaginava estar (e que vivia fazendo pesquisas com os livros da Wiki gringa para saber mais), pois me recusei a ver vídeos para não estragar a minha experiência que eu sabia que viria a ter algum dia.
Para A Voz do Vento, eu queria muitas coisas. Coisas que, caso eu nunca tivesse vindo a dar meu retired do fórum no ano de 2014, talvez ainda estivessem sendo executadas e os rumos da história teriam sido bem diferentes... E ela talvez ficasse gigantesca kkkk
De qualquer maneira, o resultado obtido foi bem próximo daquilo que eu esperava para a história, apesar de ter mudado o plot radicalmente bem no começo dela. Agradeço, de coração, a todos, por essa jornada. Sem vocês, não seria a mesma coisa <3
Vamos aos Comentários!
Spoiler: Respostas aos Comentários
Postado originalmente por Motion Flamekeeper
Como sempre, show de bola esse capitulo!
Deveria procurar alguém que desenha hq ou algo do tipo, seria um bom começo pra fazer uma animação no futuro. Que o enredo é foda, isso eu garanto!
Quem sabe até mandar pra Cip, seria um bom bump para o jogo!
Uma pena que está chegando ao fim T.T
Motion <3
Tnx
Quem sabe um dia eu mando pra Cip... Ou eu incluo isso em um jogo meu, sei lá SUASHAUSHAUSAHSUAHUSH
Obrigada pela presença e eu espero que goste desse capítulo, pois chegou o dia!
Abração!
Postado originalmente por Edge Fencer
E aí!
Mais um ótimo capítulo, Iridium. Mesmo não sendo tão intenso quanto o anterior, esse aqui também me deixou bastante imerso e apreensivo à medida que as coisas iam acontecendo; inclusive, a forma como vc consegue prender a atenção do leitor mesmo em capítulos menos dinâmicos e sem tantas batalhas é um dos pontos que eu mais gosto na sua escrita
Bom, dessa vez o Ireas saiu um pouco de cena e o protagonismo passou, mesmo que brevemente, para o Jack. E eu gostei bastante dessa abordagem. Talvez seja só impressão minha, mas eu tava sentindo falta do Vento do Sul na história, principalmente agindo assim, como... Bem, como o Vento do Sul haha. Foi bem legal a participação dele, tanto pra dar uma "racionalizada" no plano maluco do Ireas quanto na própria consumação dele. Uma ótima forma de um personagem tão importante deixar sua marca nessa reta final xD
Outras partes muito bacanas do capítulo foram as que o próprio Jack, quando foi pro altar, e o Sírio, enquanto sonhava no navio, deram uma rápida relembrada nos seus respectivos passados. Um ponto negativo numa história longa como essa é que a gente simplesmente esquece muita coisa com o tempo, por isso eu gosto bastante de uns flashbacks esporádicos, acho que ajuda tanto a lembrar coisas importantes do enredo quanto pra dar uma carga emocional maior pro capítulo (como foi o caso desse aqui). Tá aí mais uma coisa que você faz muito bem!
É, falta só um capítulo então. Esse misto de coisas que vc tá sentindo agora também representa o que eu e todos os leitores daqui certamente estão pensando com o fim da história (claro que em uma escala bem menor). Fica a expectativa pro desfecho desse ciclo, e também para os próximos projetos que você trará num futuro que, eu espero, seja próximo. Aguardando ansiosamente, ainda que meio triste, pelo último capítulo!
Ah, e boa sorte com o TCC
Abraço!
Saudações!
Edge, como sempre, seus comentários são sempre muito pontuais, e fico imensamente feliz com um feedback tão detalhado assim! Eu espero que você goste do capítulo e que os próximos projetos venham a ser do seu agrado também xD
Obrigada, Edge, por tudo! De verdade
Abração!
Sem mais delongas, o Capítulo de Hoje!
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Spoiler: Bônus Musical
Pela última vez em A Voz do Vento, tia Iridium recomenda:
Capítulo 15 — Epílogo (A Cripta do Norte)
E Você, Vento do Norte, que sopra do Barlavento, é Outono e Inverno… Sua energia encerra um ciclo, e permite que outro comece de onde o anterior parou.
(Narrado por Jovem Brand, o Terceiro)
Tempestade de areia perto de Ankrahmun; era o que tinha para aquele dia. As crianças estavam perto de mim, abraçadas e com medo. Era a primeira tempestade de areia da vida deles; nossa residência estava bem fechada, mas era outra a preocupação que me perturbava naquele momento.
Ireas chamou por nós. Chamou-nos à batalha. Entretanto, não seria a minha vez de lutar: era a vez de Yumi. Minha esposa, cujos anos pareciam ter sido extremamente generosos com sua figura, à qual se permitiu um pouco de envelhecimento e adaptação às marcas da maternidade, vestia uma armadura encantada de forma solene. Eu sabia que ela iria combater; eu já sabia que ela tomaria a frente de batalha. Eu, porém, estava em dúvidas… Pois alguém teria que ficar para cuidar de nossos filhos.
O vento soprava forte do lado de fora da casa. A tempestade estava feia, e Osirian começou a chorar, assustado. Peguei-o no colo na tentativa de acalmá-lo.
— Meu amor, tem certeza? — Perguntei o mais calmo que eu pude, com as crianças ao meu redor.
— Não muita… Mas suficiente para ir. — Replicou Yumi, terminando de fechar os ferrolhos das caneleiras. — Ireas, Yami e Jack precisam de nossa ajuda… E alguém precisa ir por nossa família. Você já lutou muitas lutas, Brand… Você já tem muitas cicatrizes de batalha, merece descansar…
— Meu anjo, eu agradeço a consideração, mas… — Calei-me, notando o medo das crianças. — Já continuo a conversa… Venham comigo, crianças. Vamos para o quarto, é mais seguro.
Levei as crianças para o quarto e eu as instruí a permanecer lá até a tempestade acabar; aos poucos Osirian começou a se acalmar e eu pude colocá-lo para dormir. Seti e Ahmosamun também o fizeram. Saí do quarto silenciosamente e fechei a porta.
— Não era uma conversa para termos na frente deles. — Falou Yumi, e eu concordei em silêncio.
— Eu sei o quanto quer lutar, e eu não vou te impedir. — Falei, após soltar um suspiro. — Mas, eu preciso confessar: não é confortável para mim. A minha vida inteira foi sobre lutar, Yumi. Desde que me lembro enquanto pessoa, eu estive em um campo de batalha, fosse por Thais, por Ireas, por Emulov, você ou Ankrahmun. É duro admitir, mas não sou um homem de muitas virtudes além do combate.
— É aí que você se engana. — Replicou Yumi, com um sorriso. — Brand, você é um homem extremamente inteligente e sábio para sua idade. — Ela colocou as mãos em meus ombros, tentando me tranquilizar. — É honesto, leal às suas crenças e fiel a quem jura servir. Você tem honra e é um ótimo estrategista! Não pense menos de você por conta do que a Coroa Thaiana fez: a posição de comandante-em-chefe que te foi tirada era muito pouco para você, meu amor!
— Mas… — Olhei para ela, tristemente. — Eu não sou exatamente muito bom com as crianças… Eu não as castigo mas acho que tenho muitos problemas em mantê-las na linha. Eu faço o melhor que posso, mas não sei se sou muito bom auxiliando nos cuidados com a casa.
— Tenha dó, Brand! — Replicou Yumi, franzindo o cenho. — Você tanto auxilia que sequer temos problemas! E outra: casa limpa eu consigo em um mágico estalar de dedos, mas… Um lar em paz, com amor e respeito… Isso nem mesmo o mais poderoso dos Djinns pode conjurar. A maior virtude de um homem, Brand… É a segurança que ele é capaz de dar a quem ele ama. Eu me sinto segura aqui dentro e onde quer que eu vá, pois você existe e está comigo pro que der e vier. Por muito tempo eu fiquei nos bastidores, auxiliando com a cura. Agora é minha vez de assumir a frente de combate. E, pode apostar: eu vou voltar pra casa.
— Você volta a tempo da janta? — Tentei gracejar, a fim de quebrar aquele clima pesaroso que estava instaurado na casa.
Ela riu; riu um riso alegre com um misto de raiva, típico de quando somos abusados com mulheres e lhes fazemos perguntas tolas por estarmos preocupados ao mesmo tempo em que nos sentimos inúteis sem elas por perto. Ela me beijou em resposta; aquele beijo longo, quente, tenro e maravilhoso como havia sido da primeira vez em que havíamos nos amado. Não, não! Melhor… Infinitamente melhor.
— Da última vez que te deixei cozinhar, você quase serviu pimentas recheadas queimadas às crianças. — Ela replicou, rindo. — Não se preocupe, volto antes da janta. Cuida das crianças por mim e… Qualquer coisa… Sabe onde me encontrar.
Dito isso, ela abriu um portal onírico à minha frente; suspirando, ela olhou para trás uma última vez.
— Eu sei o que estou fazendo, Brand. Não se preocupe…
Ela conjurou uma alabarda com a lâmina recurvada e o cabo prateado, segurando-o o mais firme que podia. Notei o tremor em sua mão contrastando com a firmeza de seu olhar.
— Vai dar tudo certo.
Yumi entrou no portal onírico, que se fechou imediatamente; fechei meus olhos e soltei um largo suspiro. Meu coração, apertado como estava, mal batia em meu peito. Entrei no quarto onde meus filhos dormiam e sentei-me junto com eles. Pouco a pouco, a tempestade parecia reduzir, já que eu mal ouvia o som da areia chicoteando as pirâmides de arenito e barro cozido.
Em meio ao sono singelo, sincero e sereno de minhas crianças, pus-me de joelhos e comecei a rezar. Rezei a reza mais importante, e talvez a mais forte de toda a minha vida. Roguei pela vida de minha esposa; roguei pelo sucesso da empreitada de Ireas e Jack em prol dos Sonhos. E, acima de tudo, pedi a Uman que abençoasse o amor de minha vida e que sua lança fosse certeira em seus alvos e sua cura fosse precisa e rápida para os nossos aliados.
Com as mãos entrelaçadas, e a testa apoiada sobre os nós dos meus indicadores flexionados, rezei em silêncio e com todo o fervor de uma vida inteira.
Ireas, se a minha mulher morrer, eu te mato.
****
(Narrado por Ireas Keras)
Respirei fundo. O portal onírico estava aberto; estava com Soren em meu colo, e Aslaug e Talvi ao meu lado, ambas de pé e agarradas às minhas roupas. Estávamos atrás do palácio em que residíamos, em frente a uma pequena construção feita de pedra escura e gelo. O portal estava ao nosso lado, e as meninas seguraram minhas vestes com mais força, receosas do que estava por vir.
— Papai… Pra onde vamos? — Perguntou Aslaug.
— Para um lugar seguro, meu anjo. — Falei o mais calmo que eu podia.
Os céus estavam escuros e ventava; os ventos sopravam do Sul, e eu conseguia sentir que Jack havia feito a sua parte. Sua energia estava no vento; fraca, mas estava. Eu precisava agir, e depressa.
— A gente não quer ir… Aqui é seguro! — Aslaug protestou, chorosa.
— Não vou… — Talvi protestou, engrossando o coro da irmã.
— Meninas… — Eu abaixei, ficando próximo a elas. — Aqui… Tem bichos maus que estão vindo para machucar as pessoas. Para onde vocês vão, eles não podem ir. E vai ser rapidinho, eu juro… Papai não vai ficar longe muito tempo. É só o tempo suficiente para os bichos maus sumirem, ok?
— Mas… Mas… Eu não quero ir! — Aslaug começou a birra, chateada e com medo. — É seguro com você aqui, papai!
Talvi começou a chorar e sequer tive tempo de acalmá-la; olhei para os céus; fios de energia onírica passavam por entre as nuvens densas e revoltas, cujas formas e cores refletiam as dúvidas e o medo que a Sociedade sentia naquele momento. Suspirei e olhei para elas; ofereci um abraço, e elas vieram direto para meu peito. Com a mão livre, ergui o queixinho de Aslaug para que ela olhasse para mim.
— Filha minha, preciso que entenda. — Falei o mais calmo que podia. — Papai e os amigos dele estão fazendo o que podem para impedir esse bichos de acabar com tudo de bonito que os nossos sonhos nos trazem, tanto de dia quanto de noite. Eu vou me sentir muito triste e sozinho se vocês forem, mas entenda que eu jamais me perdoaria se algo de ruim acontecesse com vocês. A mãe de vocês jamais me perdoaria.
— Mas… — Fungou a pequena em meio ao choro.
— Aslaug, você é a mais velha e preciso que seja forte. — Falei. — Vocês vão para Nibelor, onde mora a tia Siflind; ela vai cuidar de vocês um tempinho só até eu voltar. A prima Skadi vai te ajudar com seus irmãos mais novos. Não há o que temer: vocês vão ficar bem. Eu sei que você é forte… Você puxou sua mãe. Eu posso contar com você, meu doce?
— Pode… — Fungou Aslaug, abraçando-me completamente inconformada.
Do portal onírico, surgiram Siflind e Skadi; eu entreguei Soren nos braços da minha cunhada, abracei minhas filhas e abracei Skadi.
— Tio, fica bem… — Falou a menina. — Que os espíritos te deem forças… Eu vou fazer meu melhor pelos meus primos.
— Eu sei. — Abracei a menina de volta. — Eu volto pra visitar você… Eu nunca vou deixar de olhar por você, Skadi. Jamais.
Beijei a testa da minha sobrinha e afilhada querida, e afastei-me dela; ao longe, ouviu uma explosão, e sinalizei para Siflind e Skadi voltarem pelo portal. Ambas me obedeceram e, enquanto o portal fechava, pude ver o olhar de Skadi e Aslaug cruzarem com o meu uma última vez antes de saírem do Reino dos Sonhos.
— Keras! — Era a voz de Yami ao longe. — Eles estão chegando! O que temos que fazer?!
— Segurem eles, Yami! — Comandei, firme. — Eu vou para a Cripta. Você e Maximus estão no comando das tropas… Tudo o que tem que fazer é segurar as posições e impedir os Bichos-Papões de se aproximarem das Pontes que levam os Teshial a Ab’dendriel! Eu me encarrego do Domo.
— Certo… — Yami assentiu. — Ireas…
— Diga.
— Boa sorte. — Falou o Djinn, assumindo sua forma verdadeira com um semblante firme, mas o olhar cheio de preocupação. — Espero que seu plano dê certo.
— Das duas, uma: ou fica tudo bem, ou vai tudo pro inferno. — Repliquei com um meio sorriso. — Vocês verão quando o Domo se fechar: os Pesadelos que ficarem, morrem. Os de fora vão queimar ou recuar.
Yami concordou em silêncio, desembainhando sua espada.
— Passarei o recado a Maximus. — Falou o Djinn, virando as costas. — Faça o que tem que ser feito.
— Ah! — Gritei, fazendo Yami parar. — Antes que me esqueça, tenho algo para você! É um… Último favor, suponho.
Yami flutuou em minha direção, confuso. O Efreet, em sua forma verdadeira, tinha quase três metros de altura e era assustadoramente imponente. Tirei de minhas vestes uma carta com um selo de rosa azul e entreguei a ele.
— É uma carta para Cipfried. — Falei. — Preciso que a entregue; caso ele já não esteja mais vivo, entregue a Asralius. Se não o encontrar também, entregue ao responsável pela abadia de Rookgaard.
— Certamente. — Yami replicou, e eu senti a tristeza em sua voz. — Seu desejo é uma ordem. Passarei o recado a Maximus e me encarregarei disso o quanto antes.
O Efreet zuniu em direção ao campo de batalha; esperei para que ele sumisse de meu campo de visão para suspirar e entrar na cripta a fim de fazer o que tinha que ser feito. Entrei na Cripta, fechei os portões de ferro e, usando gelo conjurado, selei a entrada por completo.
— Bom… É a hora.
Usando matéria onírica, criei pedras luminosas para o ambiente; o telhado era aberto, e o céu podia ser visto dali. No centro da sala, havia um altar. À minha esquerda, estava o Pulsar dos Sonhos, pronto para uso e escondido em meio a uma parede falsa e uma camada de gelo. Respirei fundo, deitei no altar e comecei a sonhar com toda a força que tinha.
Sonhei com a minha vida até ali; com a minha infância, com os encontros e desencontros da minha vida. Com tudo que poderia ter sido — que, talvez, eu tivesse ficado com Wind até o dia de sua morte, ou da minha morte, juntos. Ou que teria permanecido com Lisette ao meu lado sem a ameaça de uma maldição divina. Eu poderia ter sido um músico, como sempre havia sonhado… Ter tido uma vida simples, que, em geral, é negada a quem se vê órfão. Eu poderia ter conhecido meu pai… E ter descoberto o grande homem que ele era, e saber que, mesmo com os pesares de minha vida, ao menos um dos meus parentes me amou sem segredos e sem ressalvas, e que talvez, com um pouco mais de poder, Kaisto tivesse sido capaz de salvar Seline do esquecimento eterno e ter vivido o amor de sua vida por mais tempo.
Esmiucei, em meus sonhos, as possibilidades de minha vida; se meu irmão não tivesse morrido… Se Liive estivesse vivo… Se Yami, e não Wind, tivesse morrido em Zao… Se minha mãe nunca tivesse se corrompido, se fossem outros no lugar desses tantos outros que passaram pela minha vida.
Em um de meus sonhos, vi Ishebad. Vi-o chorar por Tothdral; vi ambos chorarem pelo Faraó. Vi Ankrahmun em sangue, vi Ankrahmun gloriosa. vi Svargrond em vinhas de sangue, e vi Svargrond livre e vitoriosa. Mergulhei nos sonhos enquanto minha energia deixava meu corpo.
Fiz o que tinha que ser feito.
****
(Narrado por Don Maximus Meridius)
Só vendo para crer mesmo.
Cheguei com um regimento de sacerdotes e homens livres treinados sob a filosofia do Lobo Branco. Ao longe, em meio à névoa que circundava a Sociedade, vi surgir aquelas feras, cantando seu cântico, tentando elevar seus pérfidos espíritos.
— ...E nem mesmo em Ab’dendriel as estrelas podem nos abrigar…
Sentia a hesitação dos sacerdotes de meu batalhão. Estavam tensos, com os olhares fixos na névoa. Seus punhos tremiam. Suor escorria de suas testas. Eles estavam preparados, mas temiam não estar preparados o bastante.
— Lá vem eles, moçada! — Falei para o regimento, firme. — Vocês estão preparados!
— Maximus!
Olhei para o alto e vi Yami surgir de lá, ágil e em sua forma verdadeira.
— Ireas pediu para fazermos o máximo para segurar os demônios! — Falou o Efreet. — Nossas ordens são de manter nossa posição e proteger as Pontes.
— Ou seja, nenhum capeta entra ou sai vivo. — Repliquei. — Entendido.
A névoa se dissipou, e os Silenciadores* vieram em manada junto às pequenas e ágeis bocas, pulando enlouquecidas em nossa direção; desembainhamos nossas armas: espadas, facões, machados, maças e soqueiras. Ao meu sinal, fomos todos para o combate, e eu vi o Efreet comandar suas tropas ao mesmo tempo em que Yumi chegara à Sociedade das Teias Infindas, assumindo sua forma verdadeira de Marid enquanto corria para o campo de batalha.
— Pelos Sonhos! — Bradou a mulher, pulando em meio aos Silenciadores e empalando os que estavam em seu caminho.
Eu sorri; minha espada foi certeira em direção àquelas boquinhas frenéticas, partindo-as ao meio; os vários Sacerdotes estavam inflamados pela minha coragem, chamando para si a fúria dos Bichos-Papões e rasgando seus corpos em um trabalho de equipe bem coordenado e preciso.
O chão logo começou a ficar tinto do sangue viscoso, denso e escuro dos Bichos-Papões mortos; alguns dos nossos, porém, também somavam ao número de mortos. Continuamos. Olhando de canto, eu podia ver que os últimos Teshiais que não podiam lutar estavam batendo em retirada pelas Pontes dos Sonhos, as quais estávamos mantendo seguras.
Expirei e inspirei; mais Silenciadores, com Horrores Regurgitantes** e Medos Sufocantes***, vinham em nossa direção; com a espada em mãos, pulei em direção àquela massa e empalei uma das criaturas de braços finos e enormes, fincando certeira a espada no local onde deveria estar sua cabeça, se ela algum dia existiu. A criatura debateu-se em agonia e tombou, e eu pulei para as próximas.
Com uma rajada de energia em cone, a Marid Yumi eletrocutava seus adversários, cujos músculos entravam em espasmos mortais e contínuos, e o caminho para sua morte era pavimentado por violentas convulsões acompanhadas por engasgos em meio a gritos estridentes de agonia.
Eu saltava de um corpo a outro; chutava, cortava a carne, fendia ossos, destruía nervos e empalava aqueles que ainda ousavam estar de pé; de tempos em tempos, eu sentia a cura dos druidas renovar meu corpo e fechar minhas feridas. Eu inspirava e expirava e continuava a bater. Continuava a ferir e matar. Mantinha a pressão e o nosso lugar.
O ambiente girava; as vozes se misturavam e se confundiam. O vento ora aquecia, ora esfriava. E eu mantinha o ritmo. De vez em quando, em meio àquela massiva e frenética batalha, eu olhava para os céus. O Domo ainda não nos cobria.
Ireas precisava de mais tempo. E nosso tempo… Poderia estar acabando.
Nunca achei que chegaria a isso. Inspirei e expirei. Continuei.
Ireas, se a gente morrer, eu te mato.
****
(Narrado por Yami, o Primeiro)
Abri um portal onírico em meio às nuvens turbulentas e nele entrei; do outro lado, saí em meio aos céus do Reino Físico; estava sobrevoando um ponto sobre o oceano, próximo do Continente principal.
— Cipfried… Cipfried… — Resmunguei, aproximando-me mais da superfície enquanto voava o mais rápido que eu podia para fazer o serviço de Ireas. — Que saco! Vou precisar de ajuda!
Voei para o vilarejo mais próximo que vi; sobrevoei uma área agrícola, pequena, no Continente principal. Um vilarejo chamado Northport. Escondi-me atrás de uma edificação perto da entrada da cidade e assumi meu disfarce humano.
Procurei por pessoas quaisquer; achei, com muita sorte e esforço, um homem chamado Mortimer, da Sociedade dos Exploradores****.
— Rookgaard? — Perguntou ele, surpreso no que ouvia. — Uma vez que alguém sai de lá, não há como regressar!
— Quê?! — Indaguei, incrédulo. — Mas… Eu preciso entregar uma carta a Cipfried!
— O dono da abadia? — Mortimer continuou, ainda mais surpreso. — Olha… A não ser que você saiba voar ou coisa do tipo… A ilha é inacessível.
— Ah, merda! — Resmunguei. — Eu juro, é uma emergência!
— Olha… — Mortimer coçou a cabeça, aparentemente apiedado e confuso com minha situação — Até onde sei, dizem que Rookgaard fica entre Thais e Greenshore, mais para o leste. Mas, novamente, a ilha é inacessível uma vez que você sai dela.
Agradeci a Mortimer e saí em disparada de Northport; abri um portal longe dos cidadãos comuns e apareci na saída norte de Thais, de onde assumi minha forma verdadeira e saí voando como se não houvesse amanhã. Até porque, de fato, não havia.
*****
Chovia no caminho para Rookgaard; os céus estavam cobertos de densas nuvens cinzentas com relâmpagos dançando entre elas. Comecei a enxergar as muralhas da cidade; a maior parte da edificação jazia em destroços ruídos pelo tempo.
Pousei e assumi minha forma verdadeira; a cidade parecia fantasma, uma relíquia do passado a muito abandonada e esquecida. Os edifícios estavam todos muito puídos e gastos, e tudo que se podia ouvir eram os sinos da abadia, uma das maiores construções ainda de pé na cidade.
A chuva engrossou, e os trovões ficaram mais fortes. Eu sequer conseguiu enxergar o que estava a um, dois metros de distância.
— Olá?! — Gritei a plenos pulmões. — Tem alguém aí?!
— Aqui, criança! — Uma voz cansada, idosa, mas forte fez-se ouvir. — Aqui na abadia!
Eu fui me orientando pela voz; a chuva caía grossa e dolorosa sobre a minha pele. Assim que cheguei à escadaria e pude enfim me refugiar da pesada tempestade, vi, enfim, o dono da voz: um monge velho, certamente com mais de sessenta anos, com o rosto cheio de rugas, semblante cansado e sorriso gentil.
— Bem-vindo à abadia de Rookgaard. — Falou o homem em tom afável, entre uma tosse e outra. — Meu nome é Cipfried… O que te traz até aqui?
— Eu vim a pedido de Ireas Keras. — Falei, exausto. — Ele… Ele me pediu para mostrar essa carta ao senhor.
O homem arregalou os olhos, surpreso.
— Ireas? O menino Ireas… Meu menino Ireas ainda vive? — Cipfried parecia muito surpreso, ao mesmo tempo em que estava extremamente aliviado.
— Sim… E ele quer que você leia isso. — Completei, entregando a carta.
— Oh… É… Tão bom saber que… Ele não esqueceu de mim. — O velhinho pegou a carta, sorridente, e tocou-se para dentro da abadia vazia para ler. — Alguém ainda se lembra de mim...
O homem sumiu entre as sombras e tudo que eu podia ouvir eram os sinos do campanário e a tempestade do lado de fora. Não havia movimento. Não havia choro, balbúcios ou quaisquer coisas que indicassem a presença de outros seres ali além de Cipfried.
Não havia mais ninguém. Rookgaard estava, de fato abandonada.
Senti meu coração pesado, mas, infelizmente, eu era necessário em outro lugar. Pesaroso, abri um portal onírico para voltar ao Reino dos Sonhos. Estava voltando na certeza de ter cumprido meu dever e ter dado algum consolo para um velho cansado e, pelo visto, largado pelo tempo.
****
(Narrado por Ireas Keras)
Em meus sonhos, vaguei por lugares distantes. Enquanto sentia minha energia irradiar para os céus e ir de encontro à energia onírica de Jack, minha mente levou-me até Cipfried, em Rookgaard.
Eu vi, enfim, as marcas que a idade e a solidão deixaram em seu rosto. O homem parecia triste, mas levava um sorriso em seu rosto, com uma carta em mãos: a minha carta.
Asralius, que não era lá muito jovem como antes, estava próximo do homem, ajudando-o a deitar na cama. Os anos e a tristeza consumiram tanto das forças do velho monge que ele sequer conseguia manter-se apoiado sobre suas próprias pernas.
— Leia para mim, Asralius… — Pediu Cipfried, com a voz muito fraca. — Leia a carta do menino Ireas.
“Querido Cipfried,
Não sei se você lembra de mim. Não sei ao certo qual lembrança você tem de mim… Sou Ireas Keras, o menino que foi deixado à porta de sua abadia, vinte e sete, quase vinte e oito anos atrás, por uma mulher cujos atos foram tão terríveis que é melhor deixar seu nome ao vento e ao esquecimento.
Mando essa carta para dizer a você que… Apesar dos pesares, eu estou bem. Estou melhor que o esperado. Esses anos todos, dos dezenove aos vinte e sete foram difíceis… Eu acabei indo atrás da minha mãe, e eu desejaria nunca ter feito isso… Mas, foi necessário.
Eu me apaixonei. Mais de uma vez. Ambas terminaram em morte, mas agora tenho filhos… Três crianças lindas. Um menino e duas meninas. Você adoraria conhecê-los! Gostaria muito que eles fossem treinados, em um dado ponto da vida deles, em Rookgaard e por você… Espero que os deuses permitam que você viva mais tempo.
Sinto muito a sua falta, caro padre… Você foi o pai que eu nunca pude ter, e foi a melhor das influências que eu tive. Eu lamento não ter sido, nem de longe, o homem que eu queria ter sido, inspirado em você… Cometi tantos erros, fui tão arrogante, presunçoso e confiado que não percebi o quanto minhas ações afetaram outras pessoas e o mundo particular delas a partir do momento em que entrei neles…
No entanto, eu aprendi com os meus erros. Aprendi com as perdas e ganhos que tive nesses oito anos. Aprendi a amar, quando odiar, quando planejar e quando curtir o momento. Hoje, acho que sou um homem mais forte e seguro do que eu era quando saí de Rookgaard. Serei o melhor dos pais para os meus três filhos, como você foi para mim. Nessa carta, mandei desenhos dos meus três filhos: seus três netinhos.
Espero que o senhor esteja saudável e bem… Eu descobri meu propósito e toda a minha origem. Sou uma criança criada por Nornur para promover a união entre as raças que ainda respiram aqui em Tibia. Eu tenho um igual, um irmão, nascido de outro pai e outra mãe, que me auxilia nessa tarefa. Juntos, estamos fazendo coisas que nunca achei que seriam possíveis para quaisquer humanos. Acima de tudo, a despeito do poder que temos, nosso maior poder é dar a outros seres um propósito renovado… Algo bom e bonito para que possam viver: nós os damos Sonhos, e os ajudamos a sonhar.
Você fez isso por mim, Cipfried. Acima de qualquer pessoa, você me fez acreditar em mim e em meus sonhos. Você e Asralius, cujo alaúde tenho até hoje. E eu juro que ainda serei um grande bardo, como eu sempre quis.
De coração, obrigado por tudo. Sinto eternas saudades, e espero poder ver-te novamente um dia.
Eternamente grato,
Ireas Keras.”
Quando Asralius terminou de ler a carta, Cipfried sorriu um último sorriso.
— Ele conseguiu. — Falou o padre no fim de suas forças. — Ele… Achou seu caminho. Um caminho de luz… E sonhos.
E, com isso, soltou seu último suspiro e faleceu. Senti uma lágrima escorrer por meu olho, mas meu ímpeto se manteve. Foi o fechamento de um ciclo.
****
(Narrado por Tameran, o Teshial)
Da Ponte dos Sonhos, eu via a batalha; a tenacidade dos Sacerdotes em defender a Sociedade; as tropas dos Pesadelos pareciam, enfim, perder a força. E eis que, como um milagre, eu vi acontecer.
— Olhem! Os céus! — Apontei para cima, com um sorriso.
A energia onírica de Ireas, aliada à sua mana, subiu aos céus e cobriu a porção norte da Sociedade das Teias Infindas, encontrando as tramas da energia de Jack e encerrando a Sociedade em um Domo protetor.
A esfera energética disparou raios contra os Pesadelos, castigando a carne já maltratada das profanas criaturas, cujos berros de dor foram, aos poucos, sendo suprimidos por sua agonia enquanto queimavam e deixavam de existir.
Don Maximus, já exausto e com feridas abertas em seu corpo, ajoelhou no chão, abriu os braços e berrou em alegria por estar vivo e por tudo ter terminado. Em êxtase, saí do Reino dos Sonhos com o restante de meu povo, sendo o último a cruzar a ponte para a liberdade.
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Um Ano Depois.
(Narrado por Ireas Keras)
Estávamos, enfim, em Ab’dendriel. O Outono havia chegado uma vez mais, e era clima de festa. Os representantes de todas as castas estavam presentes: incluindo Tameran, que havia sido eleito oficialmente como representante da casta Teshial no Concílio dos Elfos.
Eu segurava a pequena mão de meu filho Soren; enfim, o pequenino estava dando seus primeiros passos. Meus amigos todos – Icel, Jack, Don Maximus Meridius, Morzan, Sírio, Emulov, Solstícia, Mandarinn, Solária, Yumi, Brand e Yami – estavam presentes para ver a nomeação do Teshial que mudara nossas vidas radicalmente uma vez mais.
Do Templo de Ab’dendriel, onde residia Maelil, vi surgir das águas Lisette, em um belo vestido branco com uma Vitória-régia apoiada em seu corsete. Ela veio até mim com um sorriso aberto, correndo em direção à nossa família, abraçando-me como nunca e dando-me o beijo que eu jamais me esqueceria. Ela pegou Talvi no colo enquanto eu segurava as mãos de Soren e Aslaug. Juntos, fomos em direção à reunião do Concílio na torre principal de Ab’dendriel.
Eu sorria o maior dos sorrisos de minha vida inteira; a Sociedade estava a salvo, com o Domo mantido. Os Pulsares assumiram os lugares que eu e Jack antes ocupávamos, mantendo a Sociedade para sempre a salvo dos Pesadelos. Jamais enfrentaríamos Roshamuul de frente, mas, ao menos os Pesadelos jamais conseguirão adentrar o mundo físico através da Sociedade.
Os Sonhos dos seres sencientes, humanos ou não, continuarão a salvo, e serão fortes e poderosos muito além de minha existência ou a de Jack. Entretanto, independente das eras, continuaríamos eu e ele juntos, como as Vozes do Vento, para falar por aqueles que não podem, proteger aqueles que não conseguem se defender e dar forças, sonhos e propósitos àqueles que, como nós, desesperadamente precisaram um dia.
Fim.
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Glossário:
(*): Tradução livre para "[CRIATURA]Silencer[/CRIATURA]" (**): Tradução livre para "[CRIATURA]Retching Horror[/CRIATURA]" (***): Tradução livre para "[CRIATURA]Choking Fear[/CRIATURA]" (****): Tradução livre para "Explorer's Society".
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Eeeeeee ACABOU :'( :'( :'(
De coração, muito obrigada por tudo, galera! POR TUDO!
Sem vocês, eu não teria concluído essa história! Foi muito importante para mim, de verdade!
Aguardo os feedbacks!
@Gabriellk~ pode ler agora. Terminei, finalmente, depois de quase cinco anos!
@Don Maximus Meridius e eis que a jornada de cinco anos acabou... To feliz, to triste, to aliviada, to perdida, mil sentimentos! HSASHAUSHAHASUAHSA Obrigada por toda a companhia e todo o feedback dado <3
Era para o capítulo ter saído no aniversário do @Motion Flamekeeper mas fiquei toda enrolada e deu ruim HSAUSHAUSHAUHSA
De qualquer maneira, até a próxima!
Vai haver uma postagem de Considerações Finais no aniversário de cinco anos da história! Fiquem atentos
Não consigo decidir se hoje é um dia feliz ou triste.
Chegou ao fim, uma das melhores e mais envolventes histórias que já tive o prazer de ler.
O ultimo capitulo ficou tão bom quanto todos os outros, me emocionei com a carta para Cipfried kkkkkk
Não saiu no meu aniversário, mas o que vale é a intenção!
Obrigado, Iridium!
We bury what we fear the most, approaching original violence, is the silence, where you hide it? 'Cause I don't recognize you anymore ---------------------------------------//------------------------------------------------------------------------------------------//--------------------
Iridiummm terminou? Serio? (a minha ta parada so com 3 capitulos que vergonha mas eu vou continuar e que eu tive uns pobreminha ai)
Mas vc foi rigosorosa com vc mesma nao precisava lacrar em 116 podia ter arredondado pro 120, 130 e escrito um pouco mais maaaaaaaaas cada um sabe onde aperta o sapato
Depois vc me explica melhor o que que aconteceu com a Lisette? Ela ressuscitou? A Batesh deu um corpo novo pra ela?
A sua proxima fic vai ter algum tipo de ligação com o universo e a historia do Ireas ou vai ser totalmente diferente disso? Tipo um rebbot de tudo?
Parabens pela sua tenacidade em nao desisitir e colocar o ultimo tijolinho
Kissus e aguardando sua nova obra
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Olha, depois de tanta tragédia, quem diria que a história ia ter um final feliz desse...
Foi um capítulo final sem muitas batalhas frenéticas, nem revelações bombásticas (exceto essa da Lisette aí, tbm não entendi direito kkkk), diria até que bem simples. Mas foi essa simplicidade que o deixou especial, ao meu ver. O destaque que você deu pra Rook e pro Cipfried foi MUITO certeiro, sério; sou meio suspeito pra falar, pq sou um fã confesso da ilha, mas a carga emocional e a profundidade que essa carta deu naquele momento em que o Ireas sonhava... Digno de aplausos, sem dúvidas.
Acabei de ler agora e já estou com saudades da história, dos personagens, do Yami (principalmente), enfim, de tudo. Uma obra que com certeza eu vou reler algumas vezes no futuro e me inspirar bastante pra fazer meus próprios projetos. Bom, acho que todos os elogios que eu poderia usar já foram devidamente dados desde que comecei a acompanhar a história, já no fim do segundo pergaminho, então só me resta dizer obrigado a você por ter criado uma história tão incrível como A Voz do Vento.
Abraços, e conte comigo em qualquer projeto futuro: você ganhou um leitor.
Última edição por Edge Fencer; 30-06-2017 às 12:37.
Parabéns, e obrigado por me colocar como parte da narrativa, me sinto realmente homenageado. Mas agora você deixa um monte de órfãos aí, qual é a próxima obra?
Esta história com certeza tocou muitas pessoas, eu incluso. O tanto de referências às antigas épocas de glória do Tibia, coisas irônicas dentro do jogo, nas quais você conseguiu criar dentro de uma incrível vivacidade, usando a própria lore do Tibia, dando vida para esta história sensacional que acabou por hj. Acredito que se eu relesse eu relembraria do Tibia de 10 anos atrás e o Tibia de hoje, cuja referência coube PERFEITAMENTE neste trecho:
O homem sumiu entre as sombras e tudo que eu podia ouvir eram os sinos do campanário e a tempestade do lado de fora. Não havia movimento. Não havia choro, balbúcios ou quaisquer coisas que indicassem a presença de outros seres ali além de Cipfried.
Não havia mais ninguém. Rookgaard estava, de fato abandonada.
O encerramento de um ciclo...
Enfim, meus parabéns. Tenho certeza que sempre olharás para esta história, de tempos em tempos, e sentira orgulho pelo magnífico projeto que começou e terminou, e verá o quanto mudou de 5 anos atrás para cá
Última edição por Senhor das Botas; 30-06-2017 às 20:02.
Não espere algo bem elaborado e feito. De resto...
Hoje, A Voz do Vento completa cinco anos; quando comecei a escrever, era para comemorar o primeiro aniversário do Ireas Keras, que havia sido criado no dia 23 de Julho de 2011, quando optei por largar o mundo PvP para desbravar, novamente, terras non-PvP.
Esse post é dedicado a algumas considerações finais sobre a história: rumos que foram, ou não, alterados, dúvidas de alguns dos leitores, entre outras questões que podem suscitar algum debate. Segue jogo forístico!
Spoiler: Considerações Finais
ALERTA DE SPOILER: SE VOCÊ NÃO TERMINOU DE LER, NÃO LEIA ESSE POST!
A Narrativa: os Planos Originais
Devo dizer que, apesar de não parecer, os feedbacks da comunidade aqui da Seção me influenciaram como um todo, e mudei MUITO do que originalmente me propunha a escrever.
Começando pela proposta original: quando eu comecei a pensar no Ireas, antes mesmo de criá-lo no Tibia, minha ideia era trabalhar com um personagem com dualidade em termos de identidade de gênero. Em outras palavras, eu tinha a intenção de fazer um personagem que, em um dado ponto da história, seria capaz de fazer o que o mutante Nuvem, da série X-Men, faz: trocar entre corpo masculino ou feminino conforme a vontade e necessidade. Para todos os efeitos, um personagem transsexual.
Originalmente, Ireas seria uma mulher transsexual, que descobriria essa nova identidade de gênero após ter sido beijado por um homem: que foi EXATAMENTE o ocorrido no Primeiro Pergaminho. Entretanto, precisei observar, primeiramente, como os leitores, ou usuários mais ativos da Seção Roleplaying lidariam com a questão primária da homossexualidade de um dos personagens (no caso, Wind Walker). Para a minha surpresa, à época, a maioria das pessoas que frequentavam a história (ou seja, que se davam ao trabalho de comentar) aceitaram bem a homossexualidade. Então, por que não segui com o plano original?
Falta de vivência. Eu, na época,tinha conhecimento nulo de causa. Até onde eu sabia, no meu círculo social, o número de pessoas trans era zero. Além disso, eu não tinha uma pesquisa aprofundada sobre o assunto e, tendo apenas um personagem específico para lidar, cuja condição vinha de uma mutação genética, corria o grande risco de gerar o esterótipo do "traveco": uma figura escandalosa, de alta performance, totalmente caricata e que tentasse copiar feminilidade enquanto perfomance (eu REPUDIO essa ideia com toda a força que tenho em mim) em vez de ser mulher e se sentir mulher (sim, tem uma diferença gritante entre a ideia do traveco, do travesti e da mulher trans). Eu ainda não tinha contato com a história A Garota Dinamarquesa (a primeira mulher trans a passar por uma cirurgia de redesignação sexual, nos anos 30 em Copenhagen, na Dinamarca), então eu não sabia como incluiria essa questão na história sem:
Destruir a narrativa, fazendo-a girar APENAS em torno disso (e deixar a lore tibiana em terceiro plano)
Parecer forçado ou militante, de forma a tornar a história desinteressante e difícil de fazer as pessoas se identificarem ou ter algum tipo de simpatia pelo(a) Ireas.
O outro motivo foi conflito pessoal. Passei por uma barra nos anos de 2011-2012 em uma série de assuntos, especialmente amorosos e de cunho de orientação sexual. Por conta disso, tocar no assunto da transsexualidade tornou-se ainda mais delicado, já que eu estava passando por uma série de questionamento os quais mantive apenas para mim, e sofri um pouco com isso, ainda que em silêncio.
Com isso, o plot que eu tinha para Jack foi, em um dado ponto do Primeiro para o Segundo Pergaminho, totalmente modificado. Jack serviria como o amigo de todas as horas para Ireas antes, durante e depois de sua transição (a qual seria muito mais simples, por possuirmos o recurso da magia em Tibia, mitigando a questão das cirurgias, mas sem ser capaz de diminuir o abalo psicológico proveniente das mudanças feitas), como um irmão que Ireas nunca teve mas que sempre precisou ter (essa última parte do plot permaneceu, como pode ser visto ao longo d'A Voz do Vento).
Também havia pensado em narrar uma Quest ou Questline por capítulo ou conjuntos de capítulos, mas preferi largar isso de mão por achar "mecânico" ou "impessoal" demais. Então, decidi usar um tópico (o Dreamwalking) para dar sabor à história, e acho que cumpri bem meu objetivo.
Abandonei o plano da transsexualidade e preferi trabalhar com uma outra noção: sexualidade flexível.
Os Gostos e Amores de Ireas
Ireas não é gay, nem hétero e também não é bi. Ele ama; ele ama, muitas vezes, sem questionar. Ama sem reservas e com poucos preconceitos. Ele tem, óbvio, preferências: não explorei muito essa parte, mas, de fato, Ireas tem uma queda em particular por pessoas ruivas e de pernas grossas, qualidades que ele atribui a espírito aventureiro e segurança. Particularmente, eu não sou do tipo de escritora que usa sexualidade como declaração política; até o autor dar a canetada final e definir qual a orientação sexual de um personagem, eu suponho que pode ser qualquer coisa e que, se fosse importante para a trama, seria revelada na hora certa. E foi o que eu tentei fazer aqui.
Na cabeça dele, pessoas ruivas = gente bem resolvida, bem amada e boa de serviço (em vários aspectos). Como sou uma pessoa mais reservada, não me imaginei, na época, entrando em detalhes com essa parte (até porque, bem, temos uma regra no fórum: nada de conteúdo 18+), então optei por tentar deixar isso implícito, destacando, sempre, a questão dos cabelos ruivos e sardas que o Wind tinha e que Lisette também veio a ter para que isso justificasse o interesse romântico do Ireas e fugisse da máxima "bissexual é putaria, deve comer o que aparece na frente" ou "em tempos de guerra, qualquer buraco é trincheira". O irônico disso tudo é que, nessa parte, eu e Ireas diferimos muito: homens com a aparência como a do Yami, o Primeiro, por exemplo, me atrairiam muito mais do que homens com a aparência do Wind, apesar de preferir, com algumas ressalvas, a personalidade do último em detrimento do primeiro.
Claro que as piadas mais recorrentes foram sobre a aparente (e quase inflexível) homossexualidade de Ireas, e não me incomodei ou intervi pois não achei a interpretação de todo errônea: claro, se não havia aparecido nenhum interesse romântico feminino para ele, que mal haveria supor que, no fim das contas, Ireas Keras nada mais era que um viadão? O que mais me surpreendeu foi que, em nenhum momento, as pessoas deixaram de gostar do druida. Pelo contrário: o que realmente dividiu opiniões foram as ações do Ireas enquanto caçava sua mãe e em como ele usou as pessoas ao seu redor, e não o fato de ele gostar de homens e, o que foi revelado posteriormente, de mulheres também.
Piadas Internas e Referências
Toda narrativa moderna se vale de uma gama de referências que puxam o público para ela e criam laços afetivos entre leitor e leitura. Meu conjunto de referências consistiu, obviamente, em locais ou eventos importantes e famosos em Tibia e, principalmente, em acontecimentos verídicos ingame.
A referência que mais moldou essa história foi um caso particular ocorrido entre mim e Wind Walker, quando estávamos em Folda, esperando chegar o Icel Emonebrin para sua print de lvl 100, lá pelos idos de 2011-2012; Wind e eu havíamos chegado primeiro e ele estava brincando com umas caixas que estavam na ilhota. Eu estava no lvl 24 ou coisa do tipo e ele me largou a seguinte: "Ei, eu to montando uma casa, bora dividir?".
Rimos muito e ficamos brincando com as caixas e conversando; quando chegou o Icel para tirar a foto, a piada já tinha se alastrado entre nossos amigos e... O resto é história. Eu usei a piada como pretexto para aqueles que eram de nosso grupo: se um dia eles viessem a ler, entenderiam o porquê do Wind e do Ireas terem tido um caso.
Outra referência foi a relação entre personagens: de todos do elenco, fora Don Maximus Meridius e Kinahked, que foi uma adição bônus, todos foram pesadamente baseados em minha relação cotidiana no jogo. Sírio Snow e First Yami, em realidade, eram os jogadores com os quais eu possuía o maior convívio, e tentei usar isso até o fim.
As Mortes
É uma lei do Tibia: ao menos em uma campanha ou hunt, alguém tem que morrer. Algumas pessoas, no entanto, morreram ou fora da hora certa ou por erro de percurso. Foi o caso do Liive, cuja treta foi explicada no capítulo de sua morte, no Segundo Pergaminho. Quem era para ter morrido era o Icel, mas quis dar ao Liive uns momentos a mais de glória para um personagem que foi muito querido pelo pessoal.
Outra morte fora de hora foi a de Wind: a bem da verdade, ele teria morrido antes do Segundo Pergaminho, e eu me esqueci desse detalhe... E acabei protelando o inevitável.
Uma morte que era para ter ocorrido e que eu também impedi: em um dado ponto, Morzan, o irmão de Sírio, seria morto durante o período da Revolução Vandurana, mas optei por descartar essa ideia para não causar uma cisão abismal no grupo de A Voz do Vento. Emulov também correu o mesmo risco, mas eliminei a ideia ao juntá-lo com Solstícia Solária.
Ireas e Wind: o Término
Certamente um tópico delicado; se eu tivesse seguido meu plano original, Wind teria terminado com Ireas por não aceitar sua nova identidade, vindo a se arrepender posteriormente, antes de sua morte, que traria a Ireas um sentimento grandioso de raiva junto ao luto.
O relacionamento ficou fadado ao término pela forma que eu falhei em resolver a intriga do Primeiro Pergaminho: como não quis matar o Wind tão cedo, fosse pela minha memória afetiva, fosse pelo fato de que eu ainda via contribuições válidas de lore para Wind (pude usá-lo para introduzir Variphor na história, ainda que brevemente), o que fez com que a morte dele saísse ainda mais brutal do que o esperado.
A bem da verdade, Wind era para ser tanto o primeiro amor quanto a primeira desilusão de Ireas; ele serviria para Ireas começar a entender como as relações afetivas funcionam, e que nem sempre os relacionamentos são feitos para durar a eternidade, e que ele teria que aprender a viver com isso, mas sem deixar de buscar o amor.
Afinal, como poderia haver vida após o amor, ou sem ele?
Pensei em juntar o Yami e o Ireas, mas desviaria MUITO o foco do último Pergaminho, de modo que preferi descartar essa ideia para conservar a história.
Lisette
Por uma questão de pressão popular, premeditação e o desejo de homenagear uma amiga minha da Suécia, que joga hoje em Secura, a fim de dar ao Ireas algo que certamente ele desejava: a estabilidade de uma família e um amor para chamar de seu. Lisette foi baseada na Serena, de Os Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas, em Elizabeth Swan e, em partes, William Turner, ambos personagens da primeira série de filmes da franquia.
Como eu gosto da questão de como o EK e o ED se complementam em Tibia, ainda que eu não seja uma grande adepta de team hunts, eu quis reforçar esse ponto, lembrando que sempre há um Cavaleiro para proteger um Druida, e o Druida sempre está ali para curar as feridas e renovar as forças do Cavaleiro. Lisette assumiu esse papel de forma magistral, que era antes o papel de Wind (também EK) e, por um tempo, mesmo que de forma mais branda, de Yami (o Efreet também é um EK).
Em meus planos originais, ela e Ireas de fato não conseguiriam ter os filhos; entretanto, por achar essa linha de raciocínio trágica e desmotivadora demais, preferi usar a maldição de Bastesh à favor deles, mantendo os três pequeninos vivos.
O Final
Mudei coisa PARA CARALHO. Sério. A começar pela ideia principal: quando concebi originalmente a história, tanto Ireas quanto Jack morreriam no final, usando todas as suas forças para salvar o Reino dos Sonhos. Esse final viria junto com o meu retired definitivo do Tibia, pois meu plano com essa história era pegar lvl 100, fazer a Warlord Arena, encerrar a história e parar de jogar Tibia.
A Lisette não teria existido e Yami teria morrido ao final, tirando a própria vida ao ver-se desprovido de um propósito. A Sociedade teria permanecido isolada no Reino dos Sonhos como um memento de uma resistência, com poucos Teshiais o habitando para mantê-lo, mas com todos os contatos e Pontes cortadas, isolada para sempre do mundo físico.
Obviamente, os paradigmas mudaram e esse final não faria mais sentido algum para mim; eu havia voltado a jogar (ainda jogo, por sinal) e passei por tantas barras esse ano (alguns amigos faleceram, meu avô também, perdi o estágio e estava em vias de terminar a faculdade) que ao menos uma coisa alegre deveria vir do término de um projeto. Dessa forma, optei por mudar radicalmente as coisas e dar um final feliz à história, pois eu estou feliz no Tibia, jogando em Luminera com o pessoal maravilhoso da Golden Falcon Warriors e eu não trocaria isso por nada!
E grandes aventuras não vivem apenas da tragédia: é sempre revigorante dar de cara com um final feliz, onde o passado sofrido fica para trás como um aprendizado e o futuro parece mais otimista e belo do que o presente se mostra.
Continuação?
No momento, não estou pensando nisso: gostaria de dar atenção a outros projetos e outras histórias. Prefiro encerrar como está e deixar livre para conjecturas de vocês, leitores.
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Vamos aos Comentários:
Postado originalmente por Motion Flamekeeper
Não consigo decidir se hoje é um dia feliz ou triste.
Chegou ao fim, uma das melhores e mais envolventes histórias que já tive o prazer de ler.
O ultimo capitulo ficou tão bom quanto todos os outros, me emocionei com a carta para Cipfried kkkkkk
Não saiu no meu aniversário, mas o que vale é a intenção!
Obrigado, Iridium!
Motion <3 <3 <3
Agora é a sua vez de escrever, mocinho! u.u
Fico muito feliz que tenha sido do seu agrado! Agradeço demais a sua presença! Obrigada por todos os comentários, por todo o apoio com a história e outras questões minhas... Obrigada, acima de tudo, pela sua amizade e companheirismo <3
Sou muito grata pela sua presença e aguardo sua história ansiosamente! E espero que esteja por aí para acompanhar as próximas que eu vier a fazer!
Abração!
Postado originalmente por Shirion
Iridiummm terminou? Serio? (a minha ta parada so com 3 capitulos que vergonha mas eu vou continuar e que eu tive uns pobreminha ai)
Mas vc foi rigosorosa com vc mesma nao precisava lacrar em 116 podia ter arredondado pro 120, 130 e escrito um pouco mais maaaaaaaaas cada um sabe onde aperta o sapato
Depois vc me explica melhor o que que aconteceu com a Lisette? Ela ressuscitou? A Batesh deu um corpo novo pra ela?
A sua proxima fic vai ter algum tipo de ligação com o universo e a historia do Ireas ou vai ser totalmente diferente disso? Tipo um rebbot de tudo?
Parabens pela sua tenacidade em nao desisitir e colocar o ultimo tijolinho
Kissus e aguardando sua nova obra
Ooooi!
Terminei, migo... Foi necessário! Se eu não lacrasse, virava One Peace HSAUSHAUSHAUSHAS
As próximas serão universos separados: quero que os personagens tenham a mesma atenção e, se possível, o mesmo desenvolvimento que o Ireas teve. Sem falar que são menos coisas às quais terei que me ater para que a história seja coerente
Sobre a Lisette: assim como o William Turner, de Piratas do Caribe, ela poderia retornar à superfície de tempos em tempos. Bastesh abriu uma exceção para ela poder rever o Ireas e os filhos. Ela tem o corpo dela de volta, mas por tempo limitado: depois desse prazo, ela poderia ficar anos sem retornar à superfície enquanto Ireas e seus filhos envelheceriam e ela permaneceria jovem. Então, sim: Bastesh deu novo corpo a ela.
Agora, se ela vai permanecer em terra firme ou não, são outros quinhentos
Aguardo o retorno da sua história!
Abração!
Postado originalmente por Edge Fencer
E aí!
Olha, depois de tanta tragédia, quem diria que a história ia ter um final feliz desse...
Foi um capítulo final sem muitas batalhas frenéticas, nem revelações bombásticas (exceto essa da Lisette aí, tbm não entendi direito kkkk), diria até que bem simples. Mas foi essa simplicidade que o deixou especial, ao meu ver. O destaque que você deu pra Rook e pro Cipfried foi MUITO certeiro, sério; sou meio suspeito pra falar, pq sou um fã confesso da ilha, mas a carga emocional e a profundidade que essa carta deu naquele momento em que o Ireas sonhava... Digno de aplausos, sem dúvidas.
Acabei de ler agora e já estou com saudades da história, dos personagens, do Yami (principalmente), enfim, de tudo. Uma obra que com certeza eu vou reler algumas vezes no futuro e me inspirar bastante pra fazer meus próprios projetos. Bom, acho que todos os elogios que eu poderia usar já foram devidamente dados desde que comecei a acompanhar a história, já no fim do segundo pergaminho, então só me resta dizer obrigado a você por ter criado uma história tão incrível como A Voz do Vento.
Abraços, e conte comigo em qualquer projeto futuro: você ganhou um leitor.
Saudações!
Yami, Homão Djinnão da Porra!
Sobre a Lisette: assim como o William Turner, de Piratas do Caribe, ela poderia retornar à superfície de tempos em tempos. Bastesh abriu uma exceção para ela poder rever o Ireas e os filhos. Ela tem o corpo dela de volta, mas por tempo limitado: depois desse prazo, ela poderia ficar anos sem retornar à superfície enquanto Ireas e seus filhos envelheceriam e ela permaneceria jovem. Então, sim: Bastesh deu novo corpo a ela.
Edge, fico muito feliz que pude te tocar com o que eu escrevi <3
É muito gratificante ler o que você me escreveu a cada capítulo. Obrigada por sua presença constante e seu feedback sincero. E estou muito honrada por ser uma inspiração e referência para você. É maravilhoso para mim ler isso e fazer parte da sua construção enquanto escritor. É para isso que eu estou aqui <3
Fico muito, muito feliz com a sua presença, e espero que goste da próxima obra xD
Abração!
Postado originalmente por Don Maximus Meridius
Finalmente cabou essa porra aí hein
Parabéns, e obrigado por me colocar como parte da narrativa, me sinto realmente homenageado. Mas agora você deixa um monte de órfãos aí, qual é a próxima obra?
SEU LINDO <3
Obrigada, mil vezes obrigada por ter me deixado te incluir! Você não poderia faltar: sinto muita saudade de jogar contigo, mas entendo e respeito sua decisão de não jogar mais Tibia x.x
A minha próxima obra vai ser da personagem de Beneva, Bradana. Já tenho ideia de quantos capítulos serão no total e como farei a divisão, mas... Precisarei de um tempo de descanso. Capaz de aparecer com algo em Setembro, se pá.
Aproveito enquanto mexo com a terceira edição das Justas Tibianas
Finalmente acabei essa porra HSAUSHAUSHAUSAHUSS
Obrigada por ser parte disso tudo <3
E eu vou postar meus desenhos, deixa só a loucura do semestre acabar SUASAUSHUAHHS <3
Um beijão!
Postado originalmente por Senhor das Botas
Que história <3
Esta história com certeza tocou muitas pessoas, eu incluso. O tanto de referências às antigas épocas de glória do Tibia, coisas irônicas dentro do jogo, nas quais você conseguiu criar dentro de uma incrível vivacidade, usando a própria lore do Tibia, dando vida para esta história sensacional que acabou por hj. Acredito que se eu relesse eu relembraria do Tibia de 10 anos atrás e o Tibia de hoje, cuja referência coube PERFEITAMENTE neste trecho:
(Trecho lindo <3)
O encerramento de um ciclo...
Enfim, meus parabéns. Tenho certeza que sempre olharás para esta história, de tempos em tempos, e sentira orgulho pelo magnífico projeto que começou e terminou, e verá o quanto mudou de 5 anos atrás para cá
Botas <3
Sei nem o que dizer, cara... Valeuzão por tudo nesses últimos cinco anos. Eu fico muito honrada que tenha permanecido fielmente como leitor depois de tantos anos. Isso é muito dignificante para mim; é maravilhoso saber que minha história lhe trouxe inspiração, e espero continuar fazendo isso na medida em que corro atrás para ser melhor do que sou hoje.
Muito obrigada. Muitíssimo obrigada!
Abração!
Um agradecimento geral para todos que já passaram por aqui: