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Tópico: O Mundo Perdido

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    Padrão

    Saudações!

    Antes de mais nada, devo-te um pedido de desculpas... Eu queria ter comentado antes, mas cheguei em casa por volta de duas da manhã morrendo de sono e dor de estômago. Bem, agora farei o que já deveria ter feito ontem: Feedback Quae Seras Tamem.

    Bom, eu gostei do Capítulo; como você me havia alertado antes, o grupo é composto por personagens muito fortes, então eu já não esperava que eles tivessem muita dificuldade. Gostei da combinação de técnicas e artifícios para derrubar os Juggernauts. Inicialmente, eu havia achado um número para lá de absurdo, pois tenho sempre em mente o status de um [CRIATURA]Juggernaut[/CRIATURA] na cabeça e o estrago que um infeliz desses faz.

    No entanto, a narrativa do combate conseguiu me tirar a ideia de ser algo "absurdo" demais para apenas um trio de guerreiros. Ficou muito bacana, e eu gosto da sua narrativa de combate; você tem um gosto por batalhas que é algo muito bacana. Não sei se você é familiarizado com a série "O Arqueiro", "O Andarilho" e "O Herege", escritos por Bernard Cornwell, mas acho que você poderia seguir um caminho ainda mais fascinante e de tirar o fôlego se você desse uma lida nas obras desse cara. Ele é bem descritivo e as cenas de combate e batalha dele são impecáveis. "Azincourt" é uma outra obra-prima dele focada nessa parte bélica e histórica, já que conta os eventos da Guerra dos Cem Anos. São obras que eu acho que você poderia dar uma olhada em seu tempo livre.

    No mais, está ótimo. Estou gostando de como as coisas estão se desenvolvendo na sua história. Você tem melhorado significativamente, e isso é muito legal. Continue assim!

    Fico aguardando ansiosamente o próximo Capítulo.


    Abraço,
    Iridium.

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  2. #2
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    Padrão Capítulo 43 - Invocação

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!

    Antes de mais nada, devo-te um pedido de desculpas... Eu queria ter comentado antes, mas cheguei em casa por volta de duas da manhã morrendo de sono e dor de estômago. Bem, agora farei o que já deveria ter feito ontem: Feedback Quae Seras Tamem.

    Bom, eu gostei do Capítulo; como você me havia alertado antes, o grupo é composto por personagens muito fortes, então eu já não esperava que eles tivessem muita dificuldade. Gostei da combinação de técnicas e artifícios para derrubar os Juggernauts. Inicialmente, eu havia achado um número para lá de absurdo, pois tenho sempre em mente o status de um [CRIATURA]Juggernaut[/CRIATURA] na cabeça e o estrago que um infeliz desses faz.

    No entanto, a narrativa do combate conseguiu me tirar a ideia de ser algo "absurdo" demais para apenas um trio de guerreiros. Ficou muito bacana, e eu gosto da sua narrativa de combate; você tem um gosto por batalhas que é algo muito bacana. Não sei se você é familiarizado com a série "O Arqueiro", "O Andarilho" e "O Herege", escritos por Bernard Cornwell, mas acho que você poderia seguir um caminho ainda mais fascinante e de tirar o fôlego se você desse uma lida nas obras desse cara. Ele é bem descritivo e as cenas de combate e batalha dele são impecáveis. "Azincourt" é uma outra obra-prima dele focada nessa parte bélica e histórica, já que conta os eventos da Guerra dos Cem Anos. São obras que eu acho que você poderia dar uma olhada em seu tempo livre.

    No mais, está ótimo. Estou gostando de como as coisas estão se desenvolvendo na sua história. Você tem melhorado significativamente, e isso é muito legal. Continue assim!

    Fico aguardando ansiosamente o próximo Capítulo.


    Abraço,
    Iridium.
    só adiantando que não falo latim
    Obrigado pelo comentário, Iri. Não precisa se desculpar pela demora, você pode comentar quando quiser.

    Agradeço os elogios sobre minhas descrições de combate. Acho que uma das minhas inspirações para começar a trabalhar melhor na coreografia das lutas veio de A Character's History, do Ramon, que infelizmente partiu da seção já tem muito tempo. Ele escrevia ótimas cenas de luta, e acho que era uma das coisas mais fortes da história dele, que era fenomenal também. Talvez hoje em dia eu já tenha o nível dele, mas é uma pena que ele não esteja vendo isso.

    Eu não cheguei a ler esses livros, mas agradeço as recomendações, certamente me ajudará no futuro a melhorar e fazer até boas cenas de batalhas entre exércitos.

    Espero que esse capítulo esteja do agrado.







    Bem, ouso dizer que este é um dos melhores capítulos de uma história que eu já escrevi. Talvez pelas cenas de luta estarem boas até na minha visão de autor.

    Espero que gostem e quem sabe não concordem comigo.




    No capítulo anterior:

    Watson e Lokan acabam indo parar na Caverna do Mito, onde a criatura do mito vive. De cara, eles são obrigados a lidar com dezenas e dezenas de Juggernauts, até conseguirem chegar num ponto final da caverna, onde acabam sendo encurralados por uma emboscada. No final, eles encontram ninguém mais, ninguém menos que Wadzar.




    Capítulo 43 – Invocação





    No monte de drakons de Polerion, no topo, um homem observava sentado sobre uma rocha uma colina distante. Perto dela, três homens brigavam cegamente. Um irradiava poderosas chamas púrpuras de seu corpo, e o outro brilhava junto de um rosário sagrado, contendo o fogo maligno. O outro homem estava a dois metros dos dois, esperando algum deles liberar espaço para receber a brutalidade e a sede de sangue de seu machado duplo. O homem no monte sentia-se triste de ver aquilo e não poder fazer nada.

    O pior não era aquilo, e sim ver um demônio verde passar correndo logo abaixo dele. A alguns metros dele, uma brecha na realidade* se fechava. Aparentemente, ele tinha vindo dali. Este homem estranhamente habilidoso até cogitou em pegar sua besta nas costas e matar a criatura, mas sentia que não seria necessário. Ela poderia ajudar o trio a acordar e principalmente lembrar do objetivo principal deles.

    Ele observou todo o processo. O demônio ficou os observando, num processo estranho que tragou até o homem para outra realidade, que piscava sucessivas vezes. Quando aquilo acabou, o trio começou a correr, ao mesmo tempo em que eram perseguidos pelo demônio. Enquanto isso, o homem via que era hora de agir, pois uma brecha da realidade se abriu atrás dele, trazendo a mesma criatura. Ele se levantou, sorrindo, pois conseguiu o que queria: Entrou no jogo da criatura do mito.





    ~~**~~




    21 de Maio
    Caverna do Mito, 21:39




    Watson colocou Polos no chão, e Polos foi ampará-lo. O mago tomou a frente, encarando Wadzar com puro ódio nos olhos. Não só por causa do mesmo estar atrapalhando a missão de achar a cura para George, mas também pelo mesmo ter enganado eles e quase matado ele quando caiu naquela armadilha do Trasgo Lendário do Pântano, dois dias atrás. Wadzar merecia a morte em sua visão, e nada mais além disso. O arcano também sabia disso e isso só o divertia mais.

    [Wadzar] — Caros amigos, que surpresa encontrá-los aqui! — Disse, enquanto pousava no chão usando suas asas sagradas geradas da Foice do Primeiro Pecador. — Eu realmente não imaginava que vocês chegariam aqui tão rápido. Bem, eu já estou bem adiantado, se comparado a vocês, e isso é bom. Inclusive já me livrei da criatura, após muitas tentativas.

    Lokan arregalou os olhos, enquanto Watson só ficava mais e mais nervoso.

    [Lokan] — O que você fez?
    [Wadzar] — Acalme-se, eu não a matei, só a afastei. Creio que ela não voltará mais, após os danos que a causei.
    [Lokan] — Isso não faz sentido... Por que você está fazendo isso?
    [Wadzar] — Ela se recusou a ajudar meu mestre, então eu simplesmente tirei ela de seu lar e aumentei o fluxo de guardiões. Mas eu não imaginava que eles se transformariam em Juggernauts. Eles eram coisas mais fracas quando eu cheguei aqui, havia até alguns cães infernais... Mas bem, não importa. Estamos presos aqui, não é? Que tal resolvermos algumas pendências? — Disse, fitando Watson com um olhar desafiador e um sorriso irritante.
    [Watson] — Claro. — Disse, com uma voz de um tom um tanto demoníaco. Aquilo assustou Lokan e fez Wadzar apenas alargar seu sorriso.

    Watson começava a ser tomado por algumas espirais negras circulando as altas chamas púrpuras que cobriam o seu corpo. Agora havia várias runas de Bola de Fogo correndo pelas suas chamas, esperando o momento certo para serem liberadas. Wadzar levantou sua foice e a baixou com a outra mão, cravando a lâmina no chão. De dentro dela, ele tirou uma varinha peculiar, com uma caveira pequena na ponta. Seu centro tinha uma pequena curvada e dois braços feitos de ossos finos e parte deles pintada com sangue. O corpo central era todo preto, com contorno vermelho. Era a lendária Varinha das Dimensões, há muito tempo perdida.

    Watson não pareceu se impressionar. Simplesmente lançou um colossal sopro de fogo contra Wadzar, composto pelas runas que corriam pelas chamas. O arcano juntou sua varinha à foice e criou um escudo claro e brilhante para defender o sopro. Ele precisou envolver o redor de seu corpo para se proteger completamente do sopro. Após alguns momentos, o golpe desapareceu. O homem encapuzado deu alguns passos para trás, rindo.

    [Wadzar] — É tudo que pode fazer, demônio?

    Watson sentiu-se desafiado, e abriu um pequeno sorriso também. Ele cruzou seus braços incendiados e fez uma pose com eles, como se estivesse segurando alguma arma. Aos poucos, correntes iam surgindo das chamas no espaço de suas mãos, e o mago foi alargando pouco a pouco, conforme iam aparecendo. Do outro lado de suas mãos, duas lâminas semelhantes às de machados surgiram, presas as correntes. Logo, uma arma se formou em suas mãos: Eram os Machados Gêmeos.

    [Wadzar] — Interessante... Essa arma costumava ser usada por Pumin. Certeza que quer ceder ao seu lado demoníaco?
    [Watson] — Farei o que for preciso para acabar com a sua raça.
    [Wadzar] — Huhu. Eu adoraria ver você tentar.

    Watson foi num salto até Wadzar, que pegou a foice e passou a segurá-la em sua mão esquerda, enquanto usava a varinha na direita. O arcano lançou um golpe pra frente em um corte meia-lua rápido, mas o mago conseguiu escapar dele pulando. Ele pega o machado pela extremidade esquerda e alonga a corrente para jogar a direita contra Wadzar, que defendeu rapidamente com a foice. Ele puxa e roda a lâmina novamente, mas seu oponente se apressa e dispara um míssil de morte contra ele, mas consegue dizimar o golpe com o machado. Ele chega ao chão próximo do homem de preto, mas este dá um salto para trás, disparando mais um míssil em sua direção. Watson pulou para o lado e continuou avançando, agora desviando de outro golpe meia-lua da foice. Ele quase não tem tempo de escapar de outro míssil, movendo o seu tronco para a esquerda.

    Wadzar rapidamente bate a ponta da foice no chão, espalhando cristais espirituais brilhantes pelo chão, obrigando Watson a saltar de novo. Ele já se prepara e lança um míssil da varinha, mas o mago defende jogando a extremidade direita contra o disparo. Ele pega essa extremidade ainda no ar e alonga sua corrente, dando seu golpe meia-lua com a extremidade esquerda, o arcano defende com a foice com certa dificuldade e decide correr para a sua direita. Ele percebe o machado vindo novamente, e dá um pulo, deixando a arma passando direto. A lâmina se prende a parede, e Watson aproveita para lançar uma runa de Morte Súbita contra o arcano, mas ele percebe e suga ela com a varinha.

    [Wadzar] — Obrigado! Continue me alimentando com golpes de morte!

    Watson percebe que ele dominava luz e sombra. Sendo assim, ele precisava se manter usando o fogo o máximo que pudesse, assim como o seu machado.

    Polos volta ao mundo, abrindo devagar seus olhos. Lokan permanece curando alguns de seus ferimentos, com certo esforço. O bárbaro ia tentar falar algo, mas Lokan o censurou, como se pedisse para que ele se mantivesse no seu estado atual, sem se mexer. Ele entendeu e continuou imóvel no chão, sem fazer nada, senão apoiar Watson em sua luta.

    Watson puxa a extremidade esquerda da parede e gira ela junto de seu corpo, almejando um golpe mais forte ainda contra o arcano. Quando o golpe veio, Wadzar criou um alto escudo cristalino, branco e brilhante, mas este foi destruído pelo golpe de machado. Surpreso pela força do golpe, ele se jogou para o lado, quase sendo atingido. O mago passou a segurar apenas com uma mão, e com a outra, lançou um golpe mais forte de Bola de Fogo, do qual Wadzar não fez esforço para absorver com a sua varinha.

    Ele ia caçoar do ocorrido, mas ele começou a sentir algo estranho nela, como se ela estivesse esquentando e tremendo, e aquilo era, de fato, real. Em alguns segundos ela estava muito quente, forçando o arcano a soltá-la. Ela explodiu numa força psíquica extrema, lançando Wadzar para longe, mas antes que ele se chocasse com a parede, ele abriu suas asas brilhantes conjuradas pela foice e parou seu corpo. Mas antes que ele pudesse perceber, o machado gêmeo direito vinha a seu encontro, mas por cima. Ele se afastou o máximo que pôde, acabando por se chocar com a parede. Watson se apressou e tirou a arma do chão, trazendo ela de volta pro seu alcance. Isso deu tempo para que o arcano tentasse um golpe meia lua sobre o homem, que saltou e voltou a rodar sua arma.

    Ele girou a extremidade esquerda e jogou sobre Wadzar, que invocou uma asa do chão, mas esta foi quebrada pelo golpe, quase acertando o arcano. Ainda no ar, Watson girou e levou sua arma de encontro ao homem de preto novamente, que deu um salto para escapar, mas foi surpreendido por uma runa de Grande Bola de Fogo no meio da corrente, explodindo e o levando de volta a parede. Ele se solta rapidamente dela e começa a correr para a sua direita, mas Watson é mais rápido e joga a extremidade direita do machado contra o arcano, que tenta defender com uma asa brilhante, mas esta é quebrada e Wadzar atingido. Ele é jogado ao chão e para apenas estando de barriga pra cima.

    [Wadzar] — Isso não será o suficiente! — Disse, tentando se levantar.

    Watson ouviu e quis responder a altura: Girou a 90º graus o machado direito e o lançou para cima, e então para baixo, na direção do peito de Wadzar. O arcano se assusta, notando que não conseguiria se defender sem levar um golpe fatal. Ele decide, então, arriscar.

    [Wadzar]Utamo Vita!

    O golpe vem e destrói o escudo, restando apenas alguns resquícios de mana para Wadzar. Ele não recebeu nenhum dano real, logo, ele conseguiu se livrar da morte.

    [Watson] — Sacrificar a sua mana pela sua vida foi o pior erro que você poderia cometer.
    [Wadzar] — Ah, Watson... Você não me conhece. — Tartamudeou, levantando com certa dificuldade. — Sou muito mais poderoso do que você imagina. Tudo isso só pra acabar com você e com os inimigos do meu mestre.
    [Watson] — Quem é o seu mestre?
    [Wadzar] — Tente adivinhar... Ou roube a informação de mim.

    Wadzar abriu suas asas e voou para a esquerda do campo, almejando criar uma armadilha para Watson. Mas o mesmo não queria perder tempo e lançou uma das extremidades contra o arcano, que não esperava um golpe tão ágil. Na verdade, ele nem esperava um golpe ainda. Quando notou a arma chegando, já era tarde demais; Não poderia ir para trás, pois seria pego ainda; Não podia ir pra frente pois a corrente o pegaria e o prenderia; Não poderia ir pra baixo pois senão sua cabeça seria arrancada fora; E não podia ir para cima ou perderia uma de suas pernas. Foi seu primeiro erro.

    O homem de preto foi golpeado de lado e lançado para a parede atrás dele. O impacto criou um enorme buraco ao redor do feiticeiro, que ainda segurava sua foice, apesar de tudo. Com um semblante expressando bastante dor, e ainda sem muitas opções, já esperava um golpe final. Mas Watson ainda queria mais.

    O mago usou o indicador da mão direita para desenhar um círculo no ar com chamas diferentes: Elas eram laranja. Dentro dela, ele fez uma cruz fina e duas linhas nas horizontais, e desenhou rapidamente alguns símbolos estranhos nas lacunas. Fez um segundo círculo, agora vermelho, e desenhou dentro dele vários símbolos semelhantes aos de uma invocação. Então, sua mão direita foi tomada por chamas vermelhas, das quais ele transferiu para o desenho. O chão tremia levemente e o ar era tomado por uma estranha sensação maligna.

    Lokan olhava ainda impressionado e imóvel, enquanto Polos tentava entender a situação. No entanto, Wadzar reconheceu o símbolo, e nunca antes seu rosto reproduziu uma feição tão aterrorizada em toda a sua vida.

    [Wadzar] — U-um círculo de in-invocação... De arquidemônio?

    Um poderoso rugido sai de dentro do círculo, e em seguida um grande machado cheio de runas de defesa sai de dentro do círculo, que se fecha. As runas do machado se incendeiam e correm pra cima, passando pelo cabo e indo ao ar, criando uma coisa feita de chamas e gerando um braço, metade de um tronco, outro braço, uma cabeça, o resto do tronco e duas pernas. Uma criatura de sete metros de altura surge do meio das chamas, aumentando o tamanho do machado e o colocando atrás de suas costas. Essa criatura tinha uma armadura avermelhada, coberta por runas, dois chifres, um rosto horrendo e escuro e fumaça saindo das aberturas da armadura. Ela estala o pescoço, olhando com sede de sangue para Wadzar, que se encontrava desesperado.

    [Watson] — Bem vindo. Espero que eu possa contar com a sua ajuda.
    [Arquidemônio] — Você não é Pumin... — Disse, com uma voz grossa e tremida.
    [Watson] — Não. Sou o filho dele. Tenho o direito de comandá-lo, segundo o próprio código dele, não?
    [Arquidemônio] — Ah sim... — Sussurrou, gerando duas Espadas da Fúria do Demônio em suas mãos. — Claro. Eu aguardava pelo dia em que você aceitasse seu lado verdadeiro, Wu’Tkar.
    [Watson] — Pois bem. Traga-me a vitória, Hellgorak! Mate o arcano e traga-me a foice que ele carrega!

    Hellgorak assentiu e começou a avançar até Wadzar. O mesmo bateu sua foice na parede, se lançando para frente para sair dali. Ao mesmo tempo que ele saiu, o demônio apareceu onde ele estava, com as espadas já enfiadas na parede, acompanhado dum poderoso estrondo. Ele pula para trás batendo um dos cascos na parede, soltando as espadas e indo em alta velocidade até o arcano, que voa para cima. Watson cria um campo de força pequeno e usa sua pressão para jogar o feiticeiro para baixo, e ao mesmo tempo, o servo de Pumin estava logo abaixo, com as espadas prontas para destroçá-lo. Ele voa para longe do alcance delas e pousa no chão, mas Hellgorak já estava logo a sua frente, direcionando as espadas para a sua cabeça. Ele salta para trás e o golpe vai no chão, lançando uma onda de vapor extremamente quente até o arcano, que a recebe com dor e agonia. Rapidamente ele recebe um golpe de lado e é jogado até uma parede próxima, chocando-se fortemente com ela.

    Hellgorak corre rapidamente até Wadzar, com suas espadas levantadas para empalá-lo. Quando ele chega, o arcano defende com a foice, faz uma pequena explosão psíquica e golpeia o lado direito do peito do arquidemônio, fazendo um pequeno buraco e revelando alguns pequenos raios brancos vindo da foice, como se ela tivesse dado um golpe próximo de seu limite.

    [Hellgorak] — Um golpe pra matar? Verme miserável.

    O demônio direciona um golpe no pescoço de Wadzar, mas ele escapa descendo pelo buraco. A espada crava na parede e Hellgorak usa a mão livre para pegar o arcano e jogá-lo longe.

    [Hellgorak] — Reconheço você. É um extremista de merda que luta contra os demônios, mas faz tudo que for possível para cumprir seus objetivos, nem que tenha que matar outras pessoas. É o servo principal do Deus criador corrompido, Fardos.

    Watson expressa surpresa, enquanto Lokan se sente impressionado, apesar de não reconhecer o deus do qual Hellgorak falava.

    [Hellgorak] — Você veio para Sensaton depois que os Ruthless Seven começaram a agir aqui, tudo a mando de Fardos. Você queria descobrir quem era o novo líder deles, que é o responsável por corrompê-lo. Ele estava na Prisão Negra, no vácuo do universo, e ele usou uma espécie de feitiço de substituição. Ele prendeu o lado bom de Fardos no lugar do dele e usou isso para escapar e voltar para Tibia, ou o inferno dele. Derrotou o próprio Apocalypse e se proclamou novo líder dos Ruthless Seven, enquanto Zathroth simplesmente ficou ausente e calado. Fardos perdeu a consciência de si mesmo e agora não se difere muito de um demônio. Por isso ele foi afastado por Uman, o que o favoreceu a escolher alguém como você para ser seu servo.

    [Wadzar] — De onde você tirou toda essa merda? — Disse, tentando se levantar com dificuldade. Ele olhava frequentemente para um anel azul brilhante em sua mão direita, e olhava para ele como se o forçasse a funcionar.

    [Hellgorak] — Pare de negar! Como é óbvio, não vou ajudá-lo, pois você só complicaria mais ainda as coisas. Você é calculista, inteligente, frio, mas é cego. É a putinha de Fardos, faz tudo que ele quer do jeito que ele quer. Não consigo nem imaginar o que um deus corrompido é capaz de fazer, quanto mais um deus criador...

    Lokan estava entendendo pouco, mas não sabia porque Watson não reagia, principalmente por causa do último dialogo do arquidemônio.

    [Lokan] — Watson? Watson! Não vê? Esse demônio está fazendo a sua cabeça, está até se recusando a nos ajudar! Wadzar poderia até nos ajudar, pois o nosso objetivo é o mesmo, não? Achar esse líder! Não é?
    [Hellgorak] — Cala a boca, sacerdote imbecil. Não estou ajudando ninguém, apenas o meu senhor, filho de meu mestre, Wu’Tkar. Não devo obediência a mais ninguém.
    [Lokan] — É Watson! WATSON! Você está o corrompendo, ele não é assim!
    [Hellgorak] — Foi destinado que ele fosse assim. E você não poderá fazer nada.

    Watson estava se irritando pouco a pouco.

    [Watson] — Chega! Hellgorak, continue a missão! Continuarei fornecendo mana a você.
    [Hellgorak] — Como quiser, senhor.

    O arquidemônio correu em direção a Wadzar, e o mesmo abriu asas e voou para cima, enquanto o oponente saltava até sua direção. Enquanto isso, os Juggernauts atrás do escudo se comportavam de forma estranha, olhando para trás e gritando e berrando. Lokan percebeu isso, e permaneceu olhando para trás, vendo sangue jorrando e pequenas coisas correndo o ar e atingindo outros demônios. Eles estavam avançando um atrás do outro até alguém que estava ali, aparentemente lutando desde o começo contra eles.

    Hellgorak lança um golpe lateral contra Wadzar, que voa pra cima, fazendo o demônio passar direto e se chocar com uma parede. Ele salta novamente, levantando as duas lâminas para tentar acertar o arcano. Ele defende com a foice, mas com dificuldade. Ele pousa com suas ombreiras esfumaçando fortemente, como se ele estivesse concentrando mais poder. Ele cria uma bola de fogo de uma de suas lâminas e lança até o arcano, que defende girando rapidamente sua foice. Mais algumas bolas vão a sua direção, e ele defende da mesma forma. De repente, Hellgorak aparece em sua frente e o chuta contra a parede, o que cria um imenso buraco.

    O arquidemônio pousa e tenta pegar o arcano, mas ele escapa e se move rapidamente para trás dele, e golpeia suas costas com a foice. Ele urra de dor, alegrando Wadzar, e alegraria mais se fosse real. A criatura, um pouco depois de urrar, começa a gargalhar, caçoando do arcano. Ele faz uma explosão de vapor quente e pega a foice, e faz o homem de preto sair correndo. Um raio de energia vindo do vapor o acerta e o joga longe, caindo no chão, ferido. Hellgorak sai do meio do vapor com um sorriso no rosto e jogando a foice próximo de Watson.

    [Hellgorak] — Pensa que essa foice funcionará em mim, puta? — Vociferou, enquanto o mesmo se levantava e lançava várias magias contra o arquidemônio, todas elas o acertando e desaparecendo na mesma hora que atingia sua armadura — Você sabe quem eu sou, mortal? Sou HELLGORAK! Um dos mais poderosos servos dos Ruthless Seven, e o principal guerreiro de Pumin! Sou o único sobrevivente de minha cabala, e o mais forte dela! Eu era o líder deles! Mas servir a Pumin é muito mais divertido do que ser o líder de demônios pacíficos e estudiosos, isso eu posso garantir!

    Os Juggernauts continuavam caindo. As criaturas que estavam próximas do escudo olharam para trás e correram em direção ao matador delas, e foram derrubadas também. Lokan olhou para o responsável, e seu semblante foi tomado pela euforia. Assim, ele ia desfazendo o escudo, permitindo que ele entrasse.

    [Wadzar] — Não... Não! Você é mais fraco que aquele semidemônio! Como posso perder para alguém como você?
    [Hellgorak] — Eu sei o porquê. Porque você tem medo. Medo de mim e dos Ruthless. Medo de nossa supremacia! Você sempre teve medo, e isso tem a ver com o seu próprio passado. Já vi você lutando com o seu grupo, Wadzar. Naquela missão da Inquisição. Você fugiu de forma vergonhosa na sala de Madareth, deixando seu grupo para ser dilacerado pelo exército colossal de um só dos Ruthless Seven. Você lembra dele sempre que vê um arquidemônio, e essa é a sua fraqueza! Wadzar, você é um COVARDE! Não merece a própria vida nem viver neste mundo! E é por isso — Crava suas lâminas no chão e puxa seu machado, o Machado de Asa de Demônio — Que eu te matarei aqui e hoje! Terminarei o que meu irmão de armas não terminou!

    Wadzar tropeça e cai no chão, aceitando seu destino. Hellgorak coloca o casco direito sobre o tronco inferior do arcano, prendendo suas pernas, direcionando seu machado ao resto do corpo exposto do mesmo. No momento em que ele ia dar o golpe fatal, um dardo enorme com um cabo fino de vidro em fogo junto dele cruza o ar e atravessa a cabeça do arquidemônio, parando na outra parede e deixando um cabo de vidro queimando atravessado ali. Watson sente a dor e grita de raiva, recriando o círculo no ar e trazendo Hellgorak de volta para o seu lar. Lokan olhava ainda feliz e boquiaberto para o dono daquilo.

    [Lokan] — Isso é fogo envidraçado? Como é possível...

    Do meio dos corpos, surge um homem com um casaco vermelho indo até os pés, usando uma calça preta e uma Armadura do Mestre Arqueiro com as linhas em cor vermelha. Cabelos negros, olhos esmeralda, aparência média, mas bem treinada. Até Watson olhou para trás e ficou levemente boquiaberto.

    [Jack] — Foi daqui que pediram um matador de demônios?



    Próximo: Capítulo 44 - Minha Vez


    *Uma Brecha da Realidade seria a quebra da linha entre a realidade e o mundo psíquico. Apenas seres muito poderosos são capazes de abri-las, assim como mandar seres vivos por elas. Elas tem uma aparência semelhante a da reação da água quando recebe um soco, com cores preto e branco.
    Última edição por CarlosLendario; 13-04-2016 às 17:45.



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