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Tópico: O Mundo Perdido

  1. #271
    Cavaleiro do Word Avatar de CarlosLendario
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    Padrão Capítulo 38 - Terra da Névoa.

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações! Não me esqueci da sua história!

    Rapaz... Depois quando eu falo que Sorcerer é tudo corrompido nego fica chateado SHUASHAUHUS

    Brincadeira, brincadeira...

    Gostei bastante desse capítulo, parabéns. Fiquei com um gosto de quero mais; é incrível ver como tudo está interligado na sua história. Vejo algumas coisas se repetindo, certos surtos de poder e dispustas internas de bem contra o mal acontecendo de novo com personagens diferentes (eu só não vou citar nomes pra não dar spoiler) e isso é muito interessante -- mostra que há um grande motivo para tudo isso ocorrer e que não é só um evento esporádico.

    A narrativa está bem fluida e muito bem escrita; o clima foi de tenso a agressivo e voltou para a tensão de novo de uma forma bem-encaminhada, sendo súbita quando precisou ser. Está muito bom, continue assim! Acho que você retomou o seu estilo de narrativa, e só tende a melhorar!

    Continue assim, estarei sempre por aqui.

    Abraço,
    Iridium
    Opa, Iri.

    Sorcerer não é corrompido não, só o Watson que é com o lado semi-demônio dele.

    E obrigado por tudo. Fico feliz de ter conseguido deixar essa impressão, pois tudo o que está acontecendo aqui é realmente importante. E muito mais vai acontecer, talvez crescendo mais a qualidade da história.

    Ainda acho que tem mais da minha narrativa a melhorar, mas fico feliz de ter conseguido passar corretamente o que eu tava pensando pra essa luta. É possível que ainda haja mais vezes em que você verá a narrativa ficar assim.

    Espero que continue vindo sempre, fefê. Tá ajudando muito essa história.

    Citação Postado originalmente por Danboy Ver Post
    Acabei deixando um capítulo sem comentário...

    Gostei muito da luta contra o comandante e da invasão dos piratas rebeldes! Acabou sendo um meio dos heróis voltarem a lutar pelo "lado certo"!

    Acompanhando e aguardando o próximo capítulo!
    Olha só, achou o tópico de novo. hehe

    E realmente eles voltaram a lutar pro lado certo, você verá no decorrer da história o porquê.

    Continue acompanhando e fique com este capítulo










    Neste capítulo, as coisas vão se desenrolar melhor e dar início a busca pelas outras relíquias de Lezatio(Que vai passar a se chamar de Lezario).

    Espero que gostem.



    No capítulo anterior:
    O navio é invadido por rebeldes, aparentemente comandados por Polos Alarstake, primo de George. Após uma breve luta com ele, Watson o convence que nem ele, nem Lokan estavam ao lado dos sensalianos, e eles os ajudaram a acabar com a tropa sensaliana. No meio disso, Watson também enfrentou Hiagaram novamente, o derrotou rápido e o matou; No entanto, o que matou Hiagaram foi o lado demoníaco do mago, que agora temia o que seria capaz de fazer enquanto sob influência do seu lado maligno.




    Capítulo 38 – Terra da Névoa.





    Era uma manhã. Watson acordou numa cama macia, com os leves movimentos do mar mexendo o local. Aparentemente, estava no dormitório da cabine de um navio, com outra cama logo à frente, cuja estava desarrumada. Não estava coberto por nada, aparentemente foi carregado e colocado ali.

    Ele se encontrava um pouco zonzo, mas conseguiu se sentar para tentar clarear as ideias. Foi então que se lembrou do que fez na madrugada; Aquilo o deixou profundamente depressivo. Para evitar desanimo e futuras falhas na missão que estava próximo de cumprir, ele começou a tentar esquecer o que fez. Afinal, já estava feito, ele não podia reverter.

    Levantou-se da cama e subiu as escadas para a cabine. Ao chegar lá, notou que o local era maior do que parecia, um escritório digno de um grande capitão. Lá havia pelo menos quatro estantes, duas pra cada lado, uma larga mesa de escritório próxima as janelas, no fundo, um armário próximo e um gancho na parede, onde estava pendurada uma longa capa um tanto precária com um capuz, de um cinza bem desgastado.

    Uma pessoa sentada na cadeira atrás da mesa olhava para a janela, descontraída e aparentemente não havia percebido quem estava ali. Watson identificou um machado acima de uma de diversas prateleiras a direita da pessoa, de dois gumes. Era Polos quem estava ali.

    [Watson] — Onde estou? — Disse, sem rodeios. Em sua cabeça dolorida estava apenas a memória do que fez horas atrás.
    [Polos] — Num dos melhores navios a serviço dos rebeldes, meu amigo. Bem vindo ao Adaga d’água! — Disse, levantando seus braços como um sinal da glória do navio. Em seguida, se levantou e foi de encontro a Watson. — Como está depois de tamanho feito?
    [Watson] — O feito seria eu explodir a cabeça de Hiagaram?
    [Polos] — Não! O seu feito foi tomar um navio venerateano para nós! Mas, é claro, para isso, você teve que matar o grandão e tal. Devemos bastante a você, apesar de eu ter a capacidade de enfrentar aquele imbecil... Agora, já era.

    Watson andou pelo navio, em silêncio e aflito. Aquilo preocupava Polos.

    [Polos] — Qual o problema?
    [Watson] — Sei lá... Eu não deveria ficar chorando pelos cantos por causa do que eu fiz. Mas aquilo foi completamente novo para mim. Meus poderes agora não têm mais limites e eu estou preocupado com isso.
    [Polos] — Isso não deveria ser bom?
    [Watson] — É claro que não! São poderes muito agressivos e poderosos, tanto que podem mudar minha personalidade. Nunca em sã consciência eu faria o que eu fiz com Hiagaram.

    Polos ficou pensativo por um tempo, deixando a sala em silêncio.

    [Polos] — Seja lá de onde você tirou esses poderes... Você tem que controlá-los. E o que você tiver feito, já foi, você já fez. Não há como voltar atrás. — Disse, abrindo um sorriso em seguida — Além disso, não foi de todo ruim. O navio é bom, e é nosso agora. Podia ser o Jachess, mas ai é querer demais... Entretanto, não custa nada sonhar.

    Polos foi até a capa no gancho, pegou-a e jogou para Watson, que a pegou rapidamente por reflexo.

    [Polos] — Coloque isso. Apesar de estar feio, ele te dá resistência a golpes de terra e veneno, comuns nas criaturas de Polerion. Pelo menos na superfície. E ainda disfarçará esse cabelo branco estranho.

    Enquanto Watson colocava o capuz, Polos seguiu até a porta da cabine e a abriu. O local estava cheio de soldados rebeldes, vários deles eram os marujos do navio, que se encontravam trabalhando. Polos gesticulou para que Watson o seguisse.

    [Watson] — Ainda tenho várias dúvidas, Polos. Não pense que estou tranquilo.
    [Polos] — Pois mande! Não tenho nada a temer.
    [Watson] — Certo... Quem são os Rebeldes?

    Eles pararam ao lado do mastro, do lado do capitão do navio. Este capitão não tinha nada para se vangloriar, senão sua espada novinha em folha em sua cintura. Ele usava um chapéu de capitão comum, um sobretudo um pouco precário devido ao tempo, com várias costuras e manchas, e sua cor vermelha estava escurecida pelo tempo. Seu gibão e calças eram as únicas roupas que não estavam podres.

    [Polos] — Primeiramente, este é o Capitão Grito de Águia. Um grande e esforçado membro de nossa ordem, sempre disposto a fazer qualquer coisa para nós.
    [Cap. Eaglecry] — Ya. Bem vindo, companheiro. Talvez você não tenha tempo para nossas trapalhadas pelas propriedades sensalianas, mas saiba que ainda tem mais a fazer.
    [Polos] — E antes que proteste... Tem a ver com a sua missão, e o nascimento desta rebelião.

    Watson ficou em pensamento por algum tempo. Os dois esperaram pacientemente uma resposta do mago.

    [Watson] — Certo... Mas eu preciso saber como esta rebelião, ordem, o que for, surgiu.
    [Polos] — Sem problemas! — Disse, olhando para o horizonte, os olhos cheios de brilho. — Fusia é o lar dessa rebelião, e o rei dela, nosso maior aliado. Sensalia está tentando dominar todas as partes conhecidas desse mundo, e quer ir mais longe. Ela crê em uma nova terra atrás dos redemoinhos e ciclones, no norte deste continente. Ela já está pensando em tomar Veneraten como uma real parte de seu reino, e não só um aliado forte. O capitão Olho Vermelho, um dos mais influentes membros nossos, e seus muitos mercenários, ajudavam a guardar uma lâmina de prata com magias divinas, arma que ajudou o primeiro rei de Fusia a estabelecer sua terra atual e afastar os sensalianos. Uma força-tarefa sensaliana invadiu o navio do capitão, onde ele guardava-a, e a pegou. Soubemos que ela foi parar em Veneraten, mas agora já sabemos que ela está, realmente, em Polerion. Inclusive um espião nosso acredita que você e seus amigos já a viram de perto.
    [Watson] — Não faço ideia do que seja, acredite.
    [Polos] — Bem... Imagino que você conheça Wadzar Zagarathon.

    Watson engoliu em seco.

    [Polos] — Bem, essa lâmina está sob propriedade dele. Ele usa em seu cajado, do qual o transformou numa foice. Ela é chamada agora de Foice do Primeiro Pecador, uma relíquia de Lezatio, que está nas mãos erradas. E acreditamos que ele almeja usa-la ao favor de Sensalia.

    O mago pôs sua mão em sua cabeça, abismado e sem saber o que fazer com tanta informação jogada em cima dele.

    [Watson] — Como deixamos passar alguém tão importante?
    [Polos] — Pois é. Em resumo, nossa rebelião, da qual chamamos de Ordem da Espada Azulada, busca destruir todos os planos de avanço e conquista de Sensalia. E Wadzar é uma peça importante para isso.
    [Watson] — Justa a sua ordem, mas eu não posso ajuda-los muito mais. Preciso salvar George. E pegar Wadzar.
    [Polos] — Não se preocupe. Ajude-nos a pegar Wadzar e já terá feito sua cota por nós. Pois, acredite você ou não, este arcano é extremamente poderoso.
    [Watson] — Farei questão de acabar com ele.


    ~~**~~


    20 de Maio, 15:36
    Porto de Polerion



    Estranhamente, o dia ficou nublado. A área ao redor do porto da cidade era coberta por névoa, fraca, mas dificultando a visão em alguns pontos. Essa névoa também se estendia até a cidade, onde ela fica mais fraca. Enquanto o porto era pequeno, um andar acima do chão, contendo nada mais que uma torre de farol, uma cabana próxima e dois pontos de desembarque onde num deles fica o navio da cidade, a cidade era maior e com mais conteúdo, sendo possível ver torres, três castelos e sobrados altos, além da torre do templo da cidade. Destacava-se no meio daquilo tudo o palácio onde estaria o governador, com telhas de cor verde-marinho. Apesar de tudo, a cidade era cercada por uma muralha alta e bem reforçada.

    Mas, para Polos, que sempre visitou o local, ela estava com uma aura diferente.

    [Polos] — Bem Watson, esta é Polerion. Eu nasci originalmente aqui, mas meus pais foram para Fusia devido ao governo corrupto da família Hurriat. Mas parece que está tudo normal por aqui, hoje em dia.
    [Watson] — Ah, espero que sim.

    Eles estavam no porto, próximo da ponte que liga o porto ao portão da muralha para entrar na cidade. Lokan veio em seguida, acompanhado do Capitão Grito de Águia e os soldados e marujos rebeldes. Dali, eles começaram a andar em direção da muralha.

    [Lokan] — Espero que não comecem nenhuma batalha aqui...
    [Cap. Eaglecry] — Se Wadzar aparecer, estaremos preparados.
    [Watson] — Mas você sabe que esses soldados não vão durar muito com Wadzar, certo? Ele pode usar feitiços de área e os derrotar facilmente.

    Grito de Águia fitou Watson com desaprovação.

    [Cap. Eaglecry] — Mago. Falo sério. Não foda toda a moral que eles conseguiram na noite passada.

    O capitão seguiu com passos um pouco mais apressados, e Watson apenas o observou, sem dar alguma resposta. Polos percebeu aquilo e tratou de apaziguar uma má impressão.

    [Polos] — Não ligue. Ele, assim como eu, dá muito valor a essa rebelião. E estes soldados a tempos não viam uma boa vitória e um motivo para sua moral aumentar. Vamos seguindo. E ponha esse capuz!

    Watson e Lokan seguiram a frente dos soldados, e Polos e Grito de Águia na frente. Os guardas os liberaram, pois também eram aptos do movimento. À frente, ficava uma escada seguindo para dentro da cidade, que dava num caminho feito de pedras de âmbar. Eles seguiram por ela, visando ir até o palácio.

    Mas como ele imaginava, algo estava estranho. As ruas estavam vazias, e a única pessoa ali era uma garota de treze anos, que avistou Polos e sua comitiva, e correu até eles, reconhecendo apenas o bárbaro.

    [Garota] — Graças aos deuses você está aqui! Tem algo muito estranho acontecendo no palácio. Um homem encapuzado, com roupas pretas e uma foice nas costas entrou lá e os guardas de lá ficaram estranhos desde então!
    [Polos] — Merda... Obrigado, Chalirze. Rápido, vamos para o palácio!

    A comitiva corria pelas ruas como se estivessem querendo tirar alguém da forca. Mesmo os soldados mais pesados corriam bastante, apenas para chegar no palácio logo. Viraram para o norte, e lá estava o caminho para o palácio. Porém, cheio de soldados com olhos brancos sombrios, brilhando de uma forma fantasmagórica. Todos eles avançaram contra a comitiva, que aguardava apenas comandos do que fazer.

    [Cap. Eagleway] — Rapazes, nada de especial aqui. Apenas avancem!

    Toda a comitiva avançou com armas levantadas, moral alto e desejo de sangue nas mãos. Watson e Lokan correram mais rapidamente, passando por todos os soldados inimigos, com cuidado para não serem acertados. Passaram por todos e continuaram em alta velocidade até o palácio, sem nem mesmo olhar para trás.

    Watson tomou a frente e já sabia como ia entrar.

    [Watson]Utani Gran Hur!

    Com essa velocidade aumentada, Watson chegou próximo das poucas escadas até o portão do palácio, deu um poderoso salto, converteu-se em suas chamas roxas e socou os portões, abrindo-os forçadamente e quebrando as correntes que o prendiam. Parou no chão e levantou rapidamente para encarar o que havia logo a frente.

    O governador estava desmaiado, e os seus dois melhores guardas presos no ar, a alguns metros acima do chão. E lá estava Wadzar, encapuzado e com a foice de pé em sua mão direita. Ele virou-se devagar e fitou Watson, ao longe. O arcano agora estava diferente, pois a roupa que antes usava por trás do seu casaco era amarela, agora branco, com um tom levemente azul. Um F marcado com uma arma se encontrava em seu peito.

    Ele abriu um sorriso zombeteiro ao ver o mago com seus poderes ativos.

    [Wadzar] — Olá, Amerake. Vamos dançar?







    Próximo: Capítulo 39 - O Governador do Machado.

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    Última edição por CarlosLendario; 04-03-2016 às 18:44.



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  2. #272
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    Relaxou na revisão desse cap, né? Deixou passar um errinho no começo também, e teve alguma repetição de palavras...

    Gostei muito do final desse capítulo, deixou todos na expectativa de ver a "dança"?

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    Gosta de Roleplay?
    Então pegue uma xicará de chá, sente-se e leia a história de Dan da Cidade de Carlin.

    (Última Atualização: Livro V: Capítulo 5 - A Guera de Reconquista (Parte 2/2), postado no dia 06.03.2017)

  3. #273

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  4. #274
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    Padrão Capítulo 39 - O Governador do Machado

    Citação Postado originalmente por Danboy Ver Post
    Relaxou na revisão desse cap, né? Deixou passar um errinho no começo também, e teve alguma repetição de palavras...

    Gostei muito do final desse capítulo, deixou todos na expectativa de ver a "dança"?

    Enviado de meu XT1033 usando Tapatalk
    É, estou revisando rápido demais... Preciso ter um pouco de calma, ou escrever mais calmamente. Agora que eu vi o erro ali, irei corrigir.

    Que bom que gostou do capítulo! Confira a "dança" agora!

    Citação Postado originalmente por Lolinu Ver Post
    Gostei





    Bom, depois de exatamente um mês, resolvi terminar este capítulo. Me desculpem, descobri o navegador Opera e ele rodava Transformice, ai como é o único jogo legalzinho e dinâmico que tenho disponível pra jogar, acabei viciando um pouco nele.

    Mas estou de volta e com capítulo novo, com uma ótima luta a vista!


    Boa leitura! Lembrando pra me alertarem caso houver qualquer erro no capítulo, estarei melhorando nos próximos.





    No capítulo anterior:
    Watson acorda no navio que ele ajudou a tomar, descobre sobre quem são os rebeldes e que são a Ordem da Espada Azulada, da qual Polos é um dos lideres, e também é revelado as intenções de Wadzar, seu poder e força, e que ele porta a Foice do Primeiro Pecador, relíquia de Lezatio e arma crucial para salvar George. Eles chegam em Polerion, acabam descobrindo que parte dela está dominada por Wadzar e que ele já se encontrava no palácio do governador, e estava pronto para matá-lo, mas Watson chegou a tempo de impedir isso.



    Capítulo 39 – O Governador do Machado




    Watson começou a ir a sua direção, com passos lentos e precisos. Wadzar não parecia nem um pouco intimidado.

    [Watson] — Não esperava que você fosse tudo o que falam sobre você...
    [Wadzar] — Veio confirmar tarde demais... Só chegou a tempo de ver esses dois morrerem.
    [Watson] — Você não irá matar ninguém!
    [Wadzar] — Watson... Seja menos bonzinho. Seu outro lado não gosta dessa atitude. Além disso, quem são esses dois? Meros pedaços de pecado e ignorância. Não são tão importantes quanto nós dois, Watson... E eu vou lhe mostrar o porquê.


    Ao dizer isso, Wadzar virou-se e bateu a base do cabo da foice no chão. Em seguida, duas asas gigantescas e brilhantes surgiram da batida, e suas pontas perfuraram profundamente os dois guardas. Elas desaparecem conforme vão ficando mais altas e unidas, até o momento que somem completamente e soltando os guardas, que caem partidos ao meio.

    Lokan também estava assistindo, na entrada. A dupla ficou boquiaberta.

    [Wadzar] — Viu? Bom, não que eu tenha mudado meu estilo de magia e passado a usar a luz, mas adoro os poderes dela, vindos dessa foice. — Disse, levantando a foice para admirá-la e passar suas mãos pálidas por ela — Deixe-me adivinhar... Vocês a querem. O que é interessante, pois eu achei que a espada de Lezatio, que está sob a posse do ruivinho, não lhes parece o suficiente. Aliás, onde ele está? E onde está o irmãozinho dele?
    [Watson] — Não lhe devo explicações... Apenas uma surra.

    Watson avançou contra Wadzar, que se encontrava rindo e caçoando do mago. Ele pulou alto, envolvendo suas mãos de chamas roxas concentradas e socou o chão próximo de Wadzar, criando uma série de explosões medianas em forma dominó, levando o arcano pra longe. Ele não chegou a tocar o chão, já que antes ele abriu suas asas brancas e extremamente brilhantes, provindas da foice.

    [Wadzar] — Vamos lá, Watson! Você é melhor do que isso!

    E assim Watson o fez: Transformou as asas do feiticeiro em chamas, e ao mesmo tempo abriu um enorme buraco cúbico no chão, donde saia fogo e espinhos púrpuros. Wadzar caiu ali como um animal cai em uma armadilha, pois não previa aquilo. Para completar, o mago saltou alto, e quando atingiu a perfeita simetria entre o corpo do arcano com o seu, ele desceu em uma incrível velocidade, afundando-o fortemente nos espinhos e intensificando o calor das chamas.

    Watson saiu dali e correu até o governador, mas foi impedido por uma barreira invisível. Wadzar apareceu na sua frente e o golpeou com a foice, fazendo-o voar até as portas do palácio.

    [Wadzar] — Tenho que admitir, foi criativo. Não esperava essa. Mas foi fácil de escapar. — Disse, enquanto estalava seus ombros e mexia seu corpo como se estivesse se espreguiçando, por causa dos golpes que havia levado — Mas você é lento demais... Não merece o poder que possui.

    Watson sentia uma profunda tentação pra ir ao seu próximo estágio de força, mesmo sabendo que ele poderia fazer alguma coisa ruim. Mas ele não queria, não sabia se teria controle de tamanho poder.

    Assim, ele se levantou, estalou o pescoço e avançou com velocidade contra o feiticeiro. Este desceu sua foice para pará-lo, mas ele deu um passo atrás rapidamente para não ser atingido, e voltou ao ritmo, agarrando o encapuzado e o jogando no chão.

    [Watson]Exevo Gran Mas Flam!

    Uma área de seis metros foi coberta pelo poderoso conjunto de explosões de fogo. Quando se dissipou, Wadzar parecia visivelmente atingido pelo golpe, tanto que criou uma magia arcana explosiva para levar Watson para o alto e levantar. E quando ele se levantou, Lokan já havia lançado uma magia santa, que o atingiu em cheio, derrubando-o no chão de novo. Ele revidou, batendo a foice no chão e criando uma asa bruta, socando o queixo de Lokan e o nocauteando. Watson desceu como um tornado de chamas até Wadzar, causando uma explosão não muito grande, mas poderosa.

    Não parece ter tido muito efeito; Watson apareceu sendo lançado de dentro da fumaça da explosão até um pilar próximo. O encapuzado veio junto, colidindo a cabeça da foice com o peito do mago, destruindo o pilar e o levando até a outra parede. Ele reagiu, socou seu rosto e explodiu em chamas, lançando Wadzar para longe. E ali estava Watson, novamente envolto pelas chamas púrpuras.

    [Wadzar] — Interessante... Você possui outro estágio de poder. George tem outro estágio de poder. Que repetitivo... Não dá pra vocês variarem um pouco não?
    [Watson] — Chega de você.

    Watson saltou diretamente da parede, e enquanto no ar, começou um bombardeio sobre Wadzar. Dezenas de bolas de fogo roxas saiam de suas mãos em direção do arcano, que fugia e tentava ao máximo desviar de todos os ataques, mas só algumas vezes conseguia. O mago desceu ao chão e avançou contra o feiticeiro, e o mesmo também avançou, com a foice levantada. Watson convocou uma espada longa para defender os golpes que estariam por vir.

    Os dois se chocaram em uma grande explosão de poder, transparente e clara. Rapidamente começaram a trocar golpes, um defendendo o golpe do outro das formas mais habilidades e improváveis possíveis. Enfim, Watson deu um rápido pulo para trás, saltou e desceu um poderoso golpe sobre o inimigo, que defendeu com a cabeça da foice, deixando várias faíscas no ar. Em seguida, ele aproveitou a brecha para atrapalhá-lo.

    [Watson]Exevo Vis Hur!

    Uma onda de esferas elétricas explodindo acertou o feiticeiro, o afastando e rasgando um pouco sua roupa, revelando um pouco do F branco com um tom azul. Watson continuou, desta vez puxando-o para perto dele, convocando correntes flamejadas púrpuras e o trazendo para perto. Quando este chegou perto, o mago socou seu rosto, e em seguida sua barriga, deixando-o de joelhos. Rapidamente, Watson levantou um grande conjunto de chamas púrpuras, e quando Wadzar tentava levantar com a ajuda de sua foice, as chamas baixaram, criando uma mortal explosão púrpura de pelo menos dez metros.

    A foice de Wadzar saiu de sua mão e se encontrava no ar. Rapidamente Watson segurou-a com força psíquica e a cravou num pilar próximo. Enquanto isso, o dono da foice estava largado sobre um pilar à esquerda da sala.

    [Watson] — Criativo o suficiente pra você?

    O arcano começou a rir. Aquilo irritava profundamente Watson, e parecia que ele sabia disso.

    [Wadzar] — Não houve... Criatividade. Apenas você aproveitando oportunidades. Vamos... Vamos lá. Você não está explorando tudo que é capaz.

    Watson não aguentava mais seu inimigo. Suas mãos formaram uma lâmina de machado para cada, apenas para cortar o feiticeiro em pedacinhos. Ele se levantou um pouco desordenado e se desequilibrando devido ao poderoso golpe que levou, e levantou as mãos de forma reta, e elas se encontravam estavam negras, abertas e com pequenos espirais vermelhos as cercando.

    Os dois avançaram um contra o outro em alta velocidade. Foi então que uma figura no trono se levantou com um machado na mão, levantando-o e com dentes cerrados de raiva.

    [????] — CHEGA!

    Ele desceu o golpe, que explodiu no chão e lançou uma onda de pressão, lançando os dois pra longe.

    A estrutura tremeu como se um terremoto estivesse acontecendo, e até os próprios soldados sentiram isso. Um soldado matou o último inimigo possuído e a partir daí o chão começou a se mexer. Polos olhou preocupado para o palácio, de portas abertas. Os soldados foram ordenados a entrar no edifício o mais rápido possível, enquanto o bárbaro e o capitão estavam na frente. Quando entraram ali, o governador de Polerion estava de pé com o seu machado em mãos e com Watson e Wadzar no chão, com poderes desativados. Os dois se recuperaram do choque ao mesmo tempo, assim como levantaram ao mesmo tempo; A foice cravada no pilar voou até a direção do feiticeiro, enquanto o mago convocava um martelo flamejante para parar o ato do inimigo. Mas quando o martelo desceu, a foice chegou as mãos de Wadzar, e assim ele desapareceu em uma luz clara e pequena.

    O martelo explodiu e desapareceu. Ali estava apenas Watson, vendo que sua missão falhou. O mesmo se ajoelhou e pôs as mãos na cabeça, abismado.

    Polos foi amparar Lokan, enquanto os soldados iam adentro do palácio junto do capitão ver as condições do governador.

    [Polos] — Ei, cabelos nevoentos! Ajude-me com Lokan!

    Watson olhou para Polos desesperado, quase a desabar em lagrimas. Mas suas sobrancelhas fecharam-se, misturando ódio e desespero. Ele virou-se para o governador, que estava sendo amparado por Grito de Águia, e simplesmente explodiu em chamas. Ele estava envolto pelo seu poder púrpuro novamente, e dali se levantou e avançou a todo vapor em direção do mesmo. Era impressionante; Tudo parecia estar em câmera lenta a cada passo de Watson, e a pressão era estonteante. Ele deu um altíssimo salto, envolveu sua mão em chamas mais escuras ainda, e foi em direção do governador. O mesmo o viu se aproximando, levantou-se de seu trono e pegou seu machado, preparando-se para revidar.

    Simplesmente o governador desceu seu golpe antes mesmo do mago o alcançar, mas acabou o acertando em cheio em seu peito, e o levou junto ao chão, criando um forte baque pelo palácio e fazendo tudo tremer. Quando a fumaça que se levantou do chão aberto dissipou, Watson estava em sua forma normal, mas seu peito não fora ferido. O adversário manteve o machado sobre seu peito, apoiando suas mãos e corpo sobre ele.

    [Pierret] — Ah, veja só, mais alguém que não me conhece. Mais alguém que não conhece Pierret Ahreaxon, o melhor machadeiro de Polerion deste século! Meu jovem, alguém como você não pode me vencer, tampouco com tamanha fúria. Mas não se preocupe... Eu estou do seu lado.

    Watson simplesmente virou sua cabeça para o lado, e de seu olho esquerdo, desceu uma lágrima. Derrotado e se sentindo um falho, não foi capaz nem mesmo de direcionar uma resposta a Pierret. Apenas ficou ali, com mil pensamentos.





    Próximo: Capítulo 40 - Majestosa Polerion.



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  5. #275
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    Saudações, Carlos!

    Fiquei um tempo ausente, então não pude comentar.

    Bom, o Danboy já deu um puxãozinho na sua orelha, então eu também vou continuar -- no Capítulo 38, há alguns pequeninos problemas em termos de semântica na construção das suas frases, a saber:

    1."Era uma manhã." -> Esse "uma" é um complemento desnecessário e que não tem muito cabimento aí, visto que não há outro complemento nominal de tempo (ex.: "de outono", "de Abril", "de segunda-feira") que sustente esse artigo.

    2. "(...)... Era coberta por névoa, fraca, (...)." -> Nesse caso, o uso de ponto-e-vírgula seria mais adequado, pois há uma pequena elipse aí. Sem essa pequena quebra na narrativa, fica difícil de entender como essa névoa é, por mais simples que seja a descrição.

    Outro problema que eu vi -- na realidade, não chega a ser de todo um problema, e sim uma questão de detalhes -- foi a utilização de Eaglecry e a sua tradução. Grito de Águia. Sendo um pouquinho dura, decida-se: ou você adota os nomes anglicanos, ou parte para a tradução; para o leitor desatento, Eaglecry e Grito de Águia poderiam muito bem ser dois personagens diferentes e quiçá muito distintos entre si.

    Uma coisa que eu acho que seria legal você explorar seriam outros signos de ortografia além do ponto e da vírgula; muitas das sentenças que você escreveu poderiam muito bem ser separadas umas das outras por pontos-e-vírgulas, travessões ou dois-pontos: acredite, utilizar uma dessas outras opções dá maior fluidez ao texto lido, fazendo com que a história não pareça tão "rígida" e tornando-a, assim, mais agradável de se ler e ver-se imerso nela.



    Agora, quanto ao Capítulo 39 -- o feedback foi considerado e utilizado em muitos casos; eu ainda noto uma certa dificuldade ortográfica em seus textos, Carlos. Eu não sou isenta de falhas (cometo MUITOS erros crassos, dos quais apenas me dou conta depois que, com o perdão da expressão, "a merda já foi publicada"), mas tenho uma maior facilidade de explorar os sinais de pontuação, fazendo com que eu consiga exprimir quase que com perfeição aquilo que quero dizer.

    Uma proposta que tenho para você, meu caro amigo, é a seguinte: experimente escrever uma sequência de períodos compostos; um parágrafo inteiro de seu novo capítulo, por exemplo. Quando o terminar, faça até três cópias e experimente brincar com os sinais de pontuação; veja até onde você consegue ir em termos de variações e peça para algumas pessoas lerem cada um deles e dizerem a você quais as interpretações que elas tiveram. Depois disso, reescreva o parágrafo conforme a sua real intenção. Repita isso com outros parágrafos ou frases menores até se sentir mais confiante. No entanto, não precisa fazer isso com o capítulo inteiro a não ser que julgue necessário.

    Peço desculpas pela wall of text, mas não se engane -- eu espero, de coração, que eu esteja te ajudando, e não te atrapalhando. Escrevo isso tudo com a certeza que você faria uma avaliação próxima dessa, senão igual comigo.

    No mais, gostei dos capítulos. Estou no aguardo da continuação, esperando sempre Capítulos melhores do que aqueles que o antecederam. Tenha um excelente finzinho de semana e até o próximo Capítulo!

    Abraço,
    Iridium.




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    Padrão Capítulo 40 - Majestosa Polerion

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações, Carlos!

    Fiquei um tempo ausente, então não pude comentar.

    Bom, o Danboy já deu um puxãozinho na sua orelha, então eu também vou continuar -- no Capítulo 38, há alguns pequeninos problemas em termos de semântica na construção das suas frases, a saber:

    1."Era uma manhã." -> Esse "uma" é um complemento desnecessário e que não tem muito cabimento aí, visto que não há outro complemento nominal de tempo (ex.: "de outono", "de Abril", "de segunda-feira") que sustente esse artigo.

    2. "(...)... Era coberta por névoa, fraca, (...)." -> Nesse caso, o uso de ponto-e-vírgula seria mais adequado, pois há uma pequena elipse aí. Sem essa pequena quebra na narrativa, fica difícil de entender como essa névoa é, por mais simples que seja a descrição.

    Outro problema que eu vi -- na realidade, não chega a ser de todo um problema, e sim uma questão de detalhes -- foi a utilização de Eaglecry e a sua tradução. Grito de Águia. Sendo um pouquinho dura, decida-se: ou você adota os nomes anglicanos, ou parte para a tradução; para o leitor desatento, Eaglecry e Grito de Águia poderiam muito bem ser dois personagens diferentes e quiçá muito distintos entre si.

    Uma coisa que eu acho que seria legal você explorar seriam outros signos de ortografia além do ponto e da vírgula; muitas das sentenças que você escreveu poderiam muito bem ser separadas umas das outras por pontos-e-vírgulas, travessões ou dois-pontos: acredite, utilizar uma dessas outras opções dá maior fluidez ao texto lido, fazendo com que a história não pareça tão "rígida" e tornando-a, assim, mais agradável de se ler e ver-se imerso nela.



    Agora, quanto ao Capítulo 39 -- o feedback foi considerado e utilizado em muitos casos; eu ainda noto uma certa dificuldade ortográfica em seus textos, Carlos. Eu não sou isenta de falhas (cometo MUITOS erros crassos, dos quais apenas me dou conta depois que, com o perdão da expressão, "a merda já foi publicada"), mas tenho uma maior facilidade de explorar os sinais de pontuação, fazendo com que eu consiga exprimir quase que com perfeição aquilo que quero dizer.

    Uma proposta que tenho para você, meu caro amigo, é a seguinte: experimente escrever uma sequência de períodos compostos; um parágrafo inteiro de seu novo capítulo, por exemplo. Quando o terminar, faça até três cópias e experimente brincar com os sinais de pontuação; veja até onde você consegue ir em termos de variações e peça para algumas pessoas lerem cada um deles e dizerem a você quais as interpretações que elas tiveram. Depois disso, reescreva o parágrafo conforme a sua real intenção. Repita isso com outros parágrafos ou frases menores até se sentir mais confiante. No entanto, não precisa fazer isso com o capítulo inteiro a não ser que julgue necessário.

    Peço desculpas pela wall of text, mas não se engane -- eu espero, de coração, que eu esteja te ajudando, e não te atrapalhando. Escrevo isso tudo com a certeza que você faria uma avaliação próxima dessa, senão igual comigo.

    No mais, gostei dos capítulos. Estou no aguardo da continuação, esperando sempre Capítulos melhores do que aqueles que o antecederam. Tenha um excelente finzinho de semana e até o próximo Capítulo!

    Abraço,
    Iridium.

    Hey, Iri. Obrigado pelo wall of text. quem agradece por um wall of text?

    Levei em conta seus pontos e estou tentando usar eles para melhorar meu trabalho. Fato é que acabei fazendo esses dois últimos capítulos sem tomar o devido cuidado com a escrita, fui levado pelo que eu estava ouvindo e acabou saindo meio mecânico e estranho. Deveria ter feito uma revisão mais séria, mas eu nunca tenho muita paciência pra fazer isso, sinceramente.(O capítulo 38 nem eu mesmo gostei muito, vou evitar cometer esse erro de novo)

    Agradeço todos os pontos que você vê e fala sobre e como melhorar. Você tem me ajudado muito, e também tem feito essa história andar. Essa seção precisa de mais pessoas como você.




    *


    Primeiro capítulo de 2016!!!


    Bem, estou de volta. Fiquei algum tempo afastado para treinos psicológicos e melhoria de escrita.

    Não, na verdade eu fiquei afastado por vagabundagem e abuso de jogatina(Novembro inteiro foi só jogando AoE2, Mount & Blade: Warband, AoM, dentre outros). Acho que eu estava precisando, minha escrita tava começando a ficar zoada. Por isso, a partir de agora, não posso dizer com exatidão quando que virá um capítulo, nem darei previsões. Quando eu sentir que a inspiração veio e tá legal o clima pra escrever, dai faço o capítulo. É simplesmente para evitar quaisquer erros bobos nos capítulos e para que eles fluam melhor.

    Acredito que consegui fazer isso com esse capítulo. Espero que gostem.




    No capítulo anterior:
    Watson enfrenta Wadzar no salão principal do castelo do governador de Polerion, em um duelo épico para ver quem era o melhor mago. A luta se encerra abruptamente quando o governador acorda e faz tudo tremer com o seu machado. Nessa brecha, Wadzar foge e Watson fica tão revoltado que acaba partindo pra cima do governador, que o derrota com apenas um golpe, o deixando desolado.




    Capítulo 40 – Majestosa Polerion




    Cá estava Watson, fraco e completamente desmotivado, afundado numa cadeira da sala de reuniões do castelo do governador. Ao seu lado, encontrava-se Lokan, preocupado com o estado de seu amigo e no progresso da missão. Na cadeira da ponta estava o governador, que conversava com um servo através de sussurros. A sala era enorme, com vários metros de altura e janelas muito altas, com ornamentos negros, espadas e machados cruzados, representando o poder de Polerion. As paredes e o chão eram brancas, bem polidas e limpas, mostrando que eram limpas sempre que possível. No teto havia um lustre de quatro adornos, com velas de ouro em cada. No chão estava estendido um belíssimo tapete branco e roxo, com muitos desenhos de paladinos, clérigos e guerras.

    O governador tinha cabelos negros, mas já debilitados por muitos fios brancos. Tinha uma barba um pouco grisalha e rala. Era branco, alto, um pouco musculoso e com olhos de cor violeta. Seu nariz era um pouco largo e os lábios grossos. Sua roupa era de um típico governador, mas sem as mangas. Era um homem bem peculiar.

    Quando o servo foi embora, Pierret voltou sua atenção à dupla.

    [Gov. Pierret] — Muito bem! Sou o Governador Pierret Arheaxon e estou disposto a ouvir vocês e se explicarem quanto aquele arcano maldito e a luta no meu palácio, e principalmente porque meus soldados não vieram ajudar durante este combate.
    [Lokan] — Você já disse seu nome.
    [Gov. Pierret] — E se você não ouviu? Ou não entendeu? Tenho que me adiantar frente a essas perguntas inúteis.

    Lokan ficou em silêncio.

    [Gov. Pierret] — Ainda quero entender o poder do seu amigo. Mas, certamente, ele não é tão alto como parece, já que caiu frente ao meu machado.
    [Lokan] — Ele estava cansado e cego de fúria. Nesse estado, é fácil ser derrotado.
    [Gov. Pierret] — Subestima meu poder, sacerdote?
    [Lokan] — O poder do seu machado? Lógico que não. Você também é habilidoso para usá-lo. Mas essa não é a questão.
    [Gov. Pierret] — É. Quero que respondam sobre o arcano.
    [Lokan] — Não há muito o que dizer. Ele era um inimigo que te nocauteou e simplesmente o combatemos.
    [Gov. Pierret] — Por vontade própria? Mesmo que tenha parecido que vocês já se conheciam?
    [Lokan] — Olha, você não disse que estava do nosso lado? Por que nos questiona?
    [Gov. Pierret] — Hmm... Disse?
    [Lokan] — Claro que disse! Em alto e bom som!
    [Gov. Pierret] — Não me lembro bem disso... — Disse, coçando a cabeça. Lokan o fitava indignado.
    [Lokan] — Como um homem que mal se lembra do que fala governa uma cidade como essa?

    Pierret levantou-se rapidamente, socando a mesa.

    [Gov. Pieret] — Tome cuidado com o que fala, sacerdote! — Vociferou, apontando o grosso indicador para Lokan — Não está falando com qualquer um!

    Lokan também se levantou, irritado.

    [Lokan] — O meu nome é Lokan! LOKAN! Estou tentando agir de forma séria e você apenas distorce tudo!

    Um homem entra na sala, alarmado pelos gritos. Era Polos.

    [Polos] — Ei, ei! Vamos acalmar os ânimos. Como ele próprio disse, ele não está contra nós. Precisaremos de contribuição e consentimento para seguir nossa missão, Lokan.
    [Lokan] — Pois fale para ele, então. — Sentou-se novamente, enquanto o governador permaneceu levantado e perplexo.
    [Polos] — Sr. Ahreaxon, nós...
    [Gov. Pierret] — Não me chame assim! Me chame pelo meu nome! Odeio ser chamado de senhor!
    [Polos] — Sem problemas. — Tartamudeou, impactado pela resposta rápida — Pierret, nós estamos em busca de um grande mito de Polerion, e precisamos de ajuda. Acreditamos que esse arcano que lhe nocauteou planeja usar o poder desse mito para colocar a cidade abaixo.

    O governador virou-se para Polos. Seu semblante ainda era de ódio, mas Polos não se sentia intimidado.

    [Gov. Pierret] — Ninguém, eu digo, NINGUÉM colocará a majestosa Polerion abaixo! Digam o que vocês precisam e eu os ajudarei!

    Polos deu uma piscadela para Lokan, que sorriu. De fato, Polos foi mais eficiente.

    Algum tempo depois, o trio estava num templo ao norte da cidade, próximo da nascente de um rio que corta parte da ilha. O governador, com seu poderoso machado nas suas costas e acompanhado de alguns poderosos paladinos, conversava relativamente baixo com o dono do templo, que ainda não sabia muito bem do que precisavam. Mas logo ele passou a entender.

    O sacerdote veio até Polos e Lokan. Watson estava encostado na entrada do templo, do lado de fora.

    [Agneir] — Bem vindos. Meu nome é Agneir, dono do templo e líder dos sacerdotes desta ilha. Ouvi falar que buscam o mito da criatura sábia que mora em Polerion desde o começo dos tempos, estou certo?
    [Lokan] — Isso mesmo. Queremos saber mais sobre ela e onde encontrá-la.
    [Agneir] — É ai que está a questão. Um mito não tem um local especifico, descrição ou até mesmo magnitude do seu poder. Pode ser uma criatura pequena ou até mesmo um humano cuja imagem foi distorcida por tanto passar de boca em boca. Entretanto, esse mito anda esquecido há muito, muito tempo. Como o descobriram?
    [Polos] — Um amigo nosso precisa de ajuda e acreditamos que essa criatura saiba do que precisamos.
    [Agneir] — Olha, por mais que eu seja o líder dos sacerdotes, nunca vi eles relatando sobre a existência dessa criatura. Logo, temo que não possa lhes ajudar.

    O governador não gostou muito do dito, visto pela sua expressão nada satisfeita.

    [Gov. Pierret] — Droga, Agneir! Você pelo menos não se lembra de alguém falando sobre esse mito? Alguma localização relacionada? Pense, homem!

    Agneir pensou em insistir na ideia de que não havia nada sobre a criatura, mas reconsiderou, lembrando-se de todos os relatos de aventureiros que já foram parar no seu templo. Lembrou-se de um aventureiro, agora um lenhador, que vivia no sul de Polerion, fora da cidade.

    [Agneir] — Vocês deveriam ir até um homem que vive no sul, na parte produtiva da cidade. Ele já citou ter visto o mito quando estava se aventurando pela ilha, e isso o levou a sua vida pacata de hoje. Não tenho total certeza sobre isso, por sinal.
    [Polos] — Já é alguma coisa! Vamos? — Indagou para Lokan, que concordou.
    [Agneir] — Antes, gostaria que levassem algo com vocês. É um objeto importante para comunicação com criaturas de forma pacífica.

    Agneir se retirou por alguns momentos do local e subiu para o primeiro andar. A dupla o seguiu, enquanto o governador e seus paladinos ficaram por ali. O local era uma biblioteca, onde diversos sacerdotes andavam aqui e ali com livros nas mãos ou organizando os papeis sobre algumas mesas nos cantos da sala. Os homens seguiram para o fundo da sala, onde havia dois armários marrons, um pouco velhos, que se encontravam trancados. Agneir sacou uma chave do bolso de seu robe azul e abriu um deles.

    O armário tinha mais livros, mas que tinham ornamentos e letras bem cuidadas e brilhantes, como se fossem raros. Mas também havia ali alguns pequenos baús, e Agneir usou sua chave novamente para abrir um deles. Ele pegou o baú e mostrou para a dupla. Dentro dele havia uma máscara partida em duas, vermelha e com a feição de uma raposa, assim como seu focinho e formato dos olhos.

    [Agneir] — Acredito que você seja um sacerdote. Qual é seu nome, jovem? — Indagou à Lokan, calmamente e já esperando a resposta.
    [Lokan] — Lokan, senhor.
    [Agneir] — Bem Lokan, como você é um sacerdote, confio este item para você. É uma máscara que quando colocada, permite que você se comunique com qualquer criatura. Essa máscara foi criada há muitos séculos atrás, por um sacerdote como nós. A diferença é que ele vivia na floresta com os animais e as plantas. Caso a criatura não fale como um humano, use-a. Leve consigo se quiser.
    [Lokan] — Farei bom uso. — Disse, coletando a máscara e guardando em sua sacola branca.
    [Polos] — Tem algo para mim, Agneir? Quem sabe um anel que me dá força ilimitada, ou um que tire o cansaço, hm? Que tal?

    O sacerdote-mestre o fitou por alguns instantes, e então pegou algo de seu bolso esquerdo. Era um rosário dourado, com uma pequena ankh na ponta abaixo. Polos pegou-o com um pouco de hesitação.

    [Polos] — Bom... Pra que isso serve?
    [Agneir] — Para você orar e tirar essa ganância de poder do seu coração.


    Polos olhou com cara de poucos amigos para Agneir. Lokan não pôde deixar de soltar um sorriso. O bárbaro já planejava devolver para o sacerdote-mestre quando seu amigo interviu.

    [Lokan] — Garanto que tem uma utilidade melhor do que orar, mas Agneir não quer falar.
    [Polos] — De repente você o conhece melhor do que eu?
    [Lokan] — Não, mas sou um sacerdote, sei o que digo.

    Polos assentiu e o dono do templo levou o baú fechado de volta ao armário, fechou as portas e o trancou novamente. Enquanto o bárbaro seguia de volta para o térreo, Agneir parou Lokan, como que havia algo mais para se falar.

    [Agneir] — Meu jovem... Sei quem lhe acompanha. Sei de seu poder. Inclusive como ele obteve. O amuleto que dei para o ingênuo bárbaro limitará um pouco seus poderes, para que ele não venha a se descontrolar. Entretanto, sugiro que você tome distância dele logo, e não confie nele. Não se sabe o que um semidemônio tão poderoso como ele pode fazer quando descontrolado.
    [Lokan] — Semi... Demônio? — Disse, incrédulo e um pouco assustado.
    [Agneir] — Na hora certa, a dúvida será respondida. Agora vá, estão te esperando. Boa sorte.

    O sacerdote-mestre apertou sua mão, deu alguns tapas em seu ombro e foi à sua direita, conversar com outros sacerdotes. Lokan seguiu seu caminho a passos lentos, sem entender muito bem o que ouviu. Provavelmente continuaria sem entender.

    Do lado de fora, Lokan e Polos conversavam com o governador, para que ele entenda melhor a missão.

    [Gov. Pierret] — Tenho certeza que esse rosário dado à você por Agneir irá ajudá-lo a achar essa criatura! Ele sempre tem seus motivos.
    [Polos] — Confia tanto nele?
    [Gov. Pierret] — Claro! Ele já nos ajudou inúmeras vezes. Mas falar isso agora será perda de tempo. Vão atrás desse lenhador, e tomem isso para ajudar.

    O paladino a sua direita deu dois passos a frente e estendeu um saco, aparentemente cheio de moedas. Lokan pegou-o.

    [Gov. Pierret] — Tem 300 mil em moedas de cristal e prata ai. Espero que seja o suficiente.
    [Polos] — Se ele não aceitar, duvido que ele seja mesmo um lenhador.

    Lokan guardou o saco e eles se despediram do governador, que continuou no templo. Chamaram Watson, que estava ali fora o tempo todo, e seguiram para o sul. Durante o trajeto, o mago ficou calado e com uma cara fechada. O bárbaro ficou preocupado.

    [Polos] — Algum problema, Watson?
    [Watson] — Nada. Estou apenas pensando em como matarei aquele arcano filho de uma puta. Polos, tem alguma ideia bem brutal?

    Os outros dois do trio ficaram perplexos com a resposta. Polos balançou a cabeça como um não, mas Watson não ligou. Algo estava mudado no homem de cabelos cinzentos. Agora ele queria matar Wadzar, não importava como, mesmo se ele tivesse que soltar aquele demônio dentro de si. Era possível notar sua raiva pelos seus olhos, cuja cor estava roxa. Lokan já sabia que teria que confrontá-lo em breve. Mas o medo... Nada superava o medo.

    A hora de grandes conflitos estava para recomeçar.





    Próximo: Capítulo 41 — Entardecer




    Para quem se perguntou como é realmente a roupa do governador, eu me inspirei nisso aqui:



    Tire a capa de pele, as mangas, esse chapéu e troque a cor bege por branco e a cor das bordas por roxo e preto, e essa é a roupa do governador.


    Espero que tenham gostado desse meu "retorno". Provavelmente a busca demorará mais alguns capítulos, mas já posso adiantar que passamos da metade da história. Mas o fim ainda está distante.
    Última edição por CarlosLendario; 21-01-2016 às 15:53.



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  7. #277
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    Saudações!

    Peço perdão, novamente, pela demora em comentar; eu gostei do capítulo. Foi curto, mas deu um gosto dos eventos que estão por vir. Espero que sua nova abordagem na escrita te renda bons resultados. Realmente, escreva quando der, puder e quiser; as palavras tendem a fluir melhor.

    E agora entendi por que você estava comentando sobre a palavra "tartamudear" no whatsapp. Fazia tempo que eu não via essa expressão em algum texto xD

    No mais, fico no aguardo do próximo!

    Abraço,
    Iridium.

  8. #278
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    Padrão Capítulo 41 - Entardecer pt. I

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!

    Peço perdão, novamente, pela demora em comentar; eu gostei do capítulo. Foi curto, mas deu um gosto dos eventos que estão por vir. Espero que sua nova abordagem na escrita te renda bons resultados. Realmente, escreva quando der, puder e quiser; as palavras tendem a fluir melhor.

    E agora entendi por que você estava comentando sobre a palavra "tartamudear" no whatsapp. Fazia tempo que eu não via essa expressão em algum texto xD

    No mais, fico no aguardo do próximo!

    Abraço,
    Iridium.
    Opa, Iri. Não precisa se desculpar, o pior sou eu que demorei tanto pra trazer esse novo capítulo.

    E sim, tartamudear é uma palavra culta que aposto que só 5% dos brasileiros conhecem. Se você perguntar pra algum aleatório o que significa, capaz que ele diga que é um tatu fazendo tatuzices.

    Fique com esse novo capítulo.






    Bem, me desculpem pela demora. Tentarei diminuir ela, se possível, mas não garanto nada.

    Neste novo capítulo, nossos heróis buscam pelo mito que dará a resposta sobre como curar George de sua doença.

    Espero que gostem!



    No capítulo anterior:
    O trio conhece o Governador Pierret Arheaxon, um poderoso usuário de machados que conseguiu derrotar Watson em um golpe. Após alguma conversa, eles vão falar com o sacerdote-mestre de Polerion e são enviados para procurar um lenhador que conhece sobre o mito.




    Capítulo 41 – Entardecer pt. I





    Passava do meio-dia. O céu estava nublado, e uma leve névoa perambulava e se espalhava pelas ruas de Polerion. O trio seguia em silêncio pela rua pavimentada com pedras de cor âmbar, focado em sua missão e em nada mais. Poderiam ajudar alguns cidadãos com seus problemas, mas eles não tinham tempo a perder, além de não ser problema deles.

    Eles se dirigiram ao sul da cidade, onde passaram pelo largo portão guardado por vários homens, seja encima ou embaixo, guardando a entrada. Eles passaram tranquilamente, pois eles já sabiam quem eles eram. Só não gostavam de Watson, pois ele tentou atacar o governador. Mas em sua mente, ele tinha seus motivos.

    Fora dos portões, eles encontraram uma continuação da grande cidade: Era um grande complexo de armazéns e tendas, onde muitos trabalhadores andavam aqui e ali carregando pedras, sacos cheios de areia e terra, lenha, troncos partidos e por ai vai. Ao fundo era possível ver alguns moinhos, sendo o mais alto com a maior concentração de pessoas. Havia pedreiras à direita do trio e bosques sendo derrubados à sua esquerda. Assim, eles finalmente perceberam que aquele era um grande centro de coleta, onde muitos recursos eram trazidos para a cidade.

    [Lokan] — Imagino que nunca tenha visto algo assim, Watson. Bom, aqui é a região de coleta da cidade, que está sempre em atividade. Essa é uma das áreas mais abundantes em recursos de Polerion, e apesar do grande número de trabalhadores, não vem uma grande quantidade de recursos para a cidade como se imagina. Boa parte é vendida e a outra usada no distrito industrial, localizado ao oeste. Contudo, é bem interessante, não acha?
    [Watson] — Não ligo. — Disse baixo e sorrateiro, enquanto avançava ao sul, almejando encontrar a casa do tal lenhador. Polos e Lokan trocaram olhares surpresos.

    O trio continuou seguindo o caminho. Era difícil saber onde vivia esse tal lenhador, afinal, havia vários lenhadores ali. Eles não tinham uma descrição exata nem dele nem da casa. Quando Lokan se deu conta disso, ele afundou seu rosto em sua mão.

    [Polos] — O que foi?
    [Lokan] — Como podemos procurar por alguém que nem sabemos como ele é?
    [Polos] — Nós perguntamos, ora. Alguém deve conhecê-lo.
    [Lokan] — Essa é a questão, droga! Não sabemos como ele é!
    [Polos] — Falemos sobre um lenhador que vive no sul que conhece o Agneir. Pronto.

    Lokan ainda não acreditava nisso, mas Polos colocou-se prontamente a procurar sobre ele. Começou indo a qualquer trabalhador próximo e perguntando sobre um lenhador peculiar que mora por ali, mas a resposta era sempre a mesma.

    [Trabalhador] — Existe centenas de lenhadores que vem e vão aqui todos os dias. Não há como dizer onde ele está se vocês nem sabem como ele é.
    [Polos] — É um lenhador que conhece uma lenda bem específica da região...
    [Trabalhador] — Todos nós conhecemos uma lenda ou outra. Então, não dá pra te ajudar dessa forma. Desculpe.

    Polos assentiu bufando e continuou andando, com os outros dois o seguindo.

    [Lokan] — Isso é ridículo, Polos. Nunca o acharemos!
    [Polos] — Onde está sua fé, sacerdote? Achava que todos vocês acreditavam em qualquer coisa desde que tivessem fé.
    [Lokan] — Como posso ter fé de que esse ser existe se nem sabemos como ele é?
    [Polos] — Pensando dessa forma, você sabe como Lezario é?

    O semblante de Lokan é tomado pela fúria.

    [Lokan] — Não se atreva a meter nosso criador nisso. É simplesmente ridículo invocar o nome Dele em vão.
    [Polos] — E é simplesmente ridículo desistir de encontrar o cara pois não sabemos como ele é! Você deveria ter cobrado mais informações daquele velhaco, e por causa da sua falta de noção que estamos nessa situação!
    [Lokan] — Então eu devo fazer tudo aqui? Eu sou o garoto de serviços? Quem deveria ter noção é você, pois eu não sirvo a ninguém!
    [Polos] — Pare de ser ridículo, mal lutar você luta, assim como todo sacerdote! Então algo você deveria fazer além de só ficar jogando coisinhas nos monstros!

    A discussão seguiu. Watson respirou fundo com frustração e olhou ao seu redor. Sentia que estava sendo vigiado, e não era pra menos; Havia vários homens de armadura em todos os cantos, olhando tanto os trabalhadores quanto eles. Então, ele se sentiu no dever de se meter naquela briga.

    [Watson] — Calem a boca os dois e olhem ao redor.

    Polos ia começar a criticar quando viu um homem estranho em seu campo de visão, observando o trio. Ele olhou ao redor e viu vários parecidos. Juntos, eles contaram treze deles. Eram homens com armaduras diferentes, com placas de ferro no peito até a cintura, como um colete, e por baixo uma malha grossa de aço. Tinham ombreiras que tinham imagens de uma cabeça de grifo em um dourado escuro, tinham manoplas de aço reluzentes e as mesmas placas protegendo as coxas e joelhos. Eles usavam máscaras estranhas no rosto e usavam capacetes pontudos. Tinham berdiches* em suas costas e cimitarras embainhadas na cintura. Havia um que se destacava, e este usava a metade de um casaco roxo, cobrindo só da cintura pra baixo e contendo uma imagem da cabeça de um grifo um de cada lado. Era o líder.

    Eles pararam de brigar e tomaram expressões preocupadas. Watson logo percebeu quem eram.

    [Watson] — São guardas de elite. Vi dois deles caídos no salão do governador. Aparentemente estão vigiando os trabalhadores e possivelmente nós também. Temos que tomar cuidado.

    Os dois assentiram e seguiram juntos para o sul. Passaram por dois daqueles guardas, que ficaram os encarando conforme avançavam. Passada a preocupação, voltaram ao foco, que era falar com alguns trabalhadores que encontravam pelo caminho.

    Seguiram nesse ritmo por horas. O sol estava se pondo e as nuvens se dissipando quando eles finalmente desistiram e se sentaram ao lado de um depósito. Perguntaram sobre o mito do norte de Polerion de uma criatura sábia, mas ninguém sabia responder. Era como se ninguém nunca tivesse ouvido falar desse mito. Polos suspirou pesadamente, derrotado.

    [Lokan] — Eu disse...
    [Polos] — Me dê uma ideia melhor ao invés de ficar criticando.

    Eles ficaram por algum tempo encostados, enquanto o sol no horizonte ao oeste esquentava levemente seus corpos já cansados e suados. Eles nem repararam quando um homem se aproximava deles, longe do raio do sol. Este homem era alto, usava uma túnica de linho branca surrada e tinha um machado de lenhador nas costas. Suas calças eram marrons e igualmente surradas como a túnica, e as botas pretas que ele usava estavam podres também. Um lenhador, sem dúvidas.

    [Lenhador] — Creio que o horário do intervalo já passou tem um bom tempo.

    O trio olhou pra cima, vendo o homem barbado. A lateral direita de seu rosto era estranhamente afundada, assim como seu olho.

    [Polos] — Não trabalhamos aqui. Estamos procurando alguém que saiba sobre um mito.
    [Lenhador] — E qual seria?
    [Polos] — De uma criatura sábia que vive no norte de Polerion, mas oculta para os mortais.

    O lenhador fechou o rosto. Sua expressão ficou bastante séria.

    [Lenhador] — Criatura... Sábia?
    [Polos] — Sim. Dizem que ela pode até ser um humano muito poderoso e que pode derrotar qualquer um sem esforço.
    [Lenhador] — Interessante... — Disse, cabisbaixo. Lokan e Watson mudaram a mudança em sua fala. Também notaram ele olhar disfarçadamente para os lados, como se quisesse se certificar de que não havia ninguém por ali. E não havia.

    O temor dos magos se concretizou. O lenhador puxou seu machado de suas costas e o leva de encontro ao rosto de Polos. Lokan o para com uma barreira espiritual pequena que quase quebra com o golpe, e em seguida Watson, sem se mexer, cria um pequenino campo de força na mão do lenhador, e o expande e explode ao mesmo tempo, queimando a mão do mesmo e lançando pra fora de seu alcance o machado. Em um ato calculista, a arma fincou na parede do depósito ao invés de cair no chão.

    Polos se levantou rapidamente e deu um chute reto na barriga do homem. Ele se chocou na parede de um depósito próximo e recebeu o forte e musculoso braço de Polos em seu pescoço, o prensando. Os outros dois magos vieram logo depois.

    [Polos] — Muito bem, espertão. Se você fez isso, é óbvio que sabe sobre esse mito, mas não quer contar pra gente. Mas vai contar, e vai sofrer se não abrir o bico.

    O lenhador tentava se soltar afastando o braço de Polos, mas o bárbaro era mais forte e não soltaria facilmente. Ele tirou um pouco da força da prensa para que o homem pudesse falar.

    [Lenhador] — Tá bom, tá bom! Eu achei que vocês eram bandidos a fim de conseguir o segredo da Caverna, mas nenhum bandido seria capaz de fazer o que fizeram agora. Foi só um teste, não quero problemas! Não volta a se repetir, juro!
    [Polos] — Certo, mas pode começar desembuchando tudo o que sabe.
    [Lokan] — É muito importante pra nós que você fale.

    O lenhador bufou.

    [Lakad] — Bem, meu nome é Lakad. Eu vi a face desse mito quando eu fui ao norte da ilha, perto de uma floresta de folhas vermelhas e laranjas. Subitamente fui parar dentro de uma caverna que não possuía teto, e no lugar havia nuvens grossas e cinzentas. Não lembro direito do que encontrei lá, mas é o máximo que sei. Por favor, me soltem!
    [Polos] — Você tem total certeza do que está falando?
    [Lakad] — Absoluta! Só não sei se conseguirão achar algo lá nesse entardecer, mas não faz mal tentar...

    Polos o soltou, e ele passou a mão esquerda pelo pescoço, tentando amenizar a dor. O trio agradeceu e partiu. Lakad ficou olhando para eles ao longe, enquanto ia atrás de seu machado.

    Perto da saída norte daquele campo, quatro guardas de elite estavam de prontidão no portão. Suas máscaras eram douradas e os berdiches maiores que o normal. Naquele ponto, já não era mais para vigiar trabalhadores.

    [Polos] — Mas que merda é essa? O governador está nos traindo?
    [Lokan] — Não é só o governador que tem controle desses guardas...

    Os guardas avançavam devagar com as armas em guarda alta. Polos e Lokan davam passos pra trás conforme se aproximavam, mas Watson se manteve onde estava.

    [Lokan] — O que está pensando, Watson? Vamos embora!
    [Watson] — Até parece que vou deixar um bando de humanos em fantasias ridículas me pararem...

    Watson andou em direção dos guardas e fez pequenas bolas de energia com uma forte eletricidade correndo ao redor delas. Elas cresciam conforme ele se aproximava, até que ele juntou as duas e criou uma grande bola de energia única, com raios a circulando. Quando ela chegou a metade da altura de um humano comum, ele a lançou contra os guardas. Ela estagnou-se no chão perto deles, que se afastaram, e em seguida começou a eletrocutar os mesmos. Eles se contorciam e gritavam de dor conforme eram eletrocutados pela grande fonte de energia, e seguiu-se assim até que ela desaparecesse. Quando ela se desfez, os quatro caíram no chão, aparentemente mortos.

    Os dois olharam boquiabertos para os guardas caídos. Watson virou-se pra eles, sério.

    [Watson] — Agora sim precisamos sair daqui.



    Próximo: Capítulo 41 - Entardecer pt. II
    Última edição por CarlosLendario; 04-03-2016 às 19:09.



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  9. #279
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    Saudações!

    Eeeeeita caralea... Que tenso! Um capítulo com mais pancada... Já fazia tempo que eu não via um capítulo desse naipe na sua história. Gostei bastante!

    Só notei um problema na última frase: ficou faltando uma chave após o nome Watson. E, quando o Lenhador se apresentou como Lokan, eu recomendaria você não ter mudado a identificação até a fala seguinte dele.

    No mais, tudo certo e aguardando o próximo!

    Abraço,
    Iridium.

  10. #280
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    Oooh, fiquei morrendo de inveja que você consegue trabalhar tempo e hora na sua história, eu queria fazer isso no Diário de bordo, mas me dói os nervos ficar raciocinando cada tempo que se passa kkkk, prefiro ficar arredondando na história, a exatidão me traz dor de cabeça.
    Estou curtindo sua história, me chama atenção a maneira como descreve as falas e alguns detalhes de movimento dos personagens, gostaria de escrever "aguardo o próximo capítulo" mas ainda estou no começo da história (apesar de ter bisbilhotado sua evolução ao longo dos capítulos)

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