Opa Iri, fico feliz que tenha gostado do capítulo. Realmente faz algum tempo que não consigo medir bem momento de conversa e momento de luta como fiz nesse capítulo. Ainda assim, ele foi um pouco tranquilo, eu diria.
Já corrigi o problema da chave, e creio que a identificação não seja de grande efeito, afinal, sempre fiz assim. Mas se o momento pedir, talvez eu reserve pra próxima fala.
Fique com o novo capítulo!
Bem vindo, novo leitor. Obrigado pelos elogios.
Trabalhar com o tempo não é tão difícil assim. Eu ainda estou fazendo tudo exatamente do início de quando comecei a escrever a história, em 12 de Maio de 2012. Se é dia 20 lá, não passou muito tempo ainda. Planejo continuar assim, e, além disso, creio que seja a melhor forma de trabalhar com o tempo na história.
Fico curioso em saber em qual capítulo você parou, afinal, tem tantos. E olha que estamos próximos da metade ainda atualmente.
Espero vê-lo de novo aqui
Bem pessoal, neste novo capítulo, o trio agora procura pelo local correto para entrar na caverna do mito e se encontrar com a criatura, mas não será fácil.
Espero que gostem!
No capítulo anterior:
O trio começa a busca pelo lenhador e acaba descobrindo que existe alguém em Polerion que comanda os guardas de lá e não vai com a cara deles. Eles encontram o lenhador no fim da tarde, e após um pequeno conflito, ele revela o que sabia. Na saída do local, eles são parados por quatro guardas da nobreza de elite, mas Watson os mata sem muito esforço, obrigando-os a fugirem de lá.
Capítulo 41 – Entardecer pt. II
Já havia passado algum tempo desde que o trio deixou Polerion. Eles ainda se encontravam correndo para o norte, enquanto o pôr do sol tirava algumas de suas esperanças e iluminava seus rostos e semblantes temerosos. Eles temiam que não fosse mais possível voltar para a cidade depois do que fizeram – Ou melhor, do que Watson fez.
Eles pararam perto de um rio para respirar um pouco. Watson continuou andando.
[Watson] — Precisamos continuar. Temo que não poderemos mais entrar nessa caverna se a noite chegar.
[Polos] — Dá um tempo! Não temos todo o poder que você tem.
[Watson] — E nunca terão, espero.
Lokan estava ficando incomodado com Watson. Ele pegou o rosário de Agneir de uma pequena bolsa de sua mochila e colocou em um bolso. Enquanto isso, Polos lavava um pouco o rosto no rio, refletindo sobre os ocorridos. Após algumas levas de água no rosto, ele abre os olhos e vê um piso de pedra mal lapidado. Quando ele levantou o olhar, viu dezenas de criaturas esquisitas perambulando pra lá e pra cá em uma caverna que não possuía teto, e sim nuvens. Quando ele piscou os olhos rapidamente para saber se estava vendo algo real, ele voltou aos campos verdes de Polerion, em frente ao rio.
[Lokan] — Algum problema, Polos? — Indagou, notando Polos olhando para os lados, nitidamente assustado.
[Polos] — Eu... Eu acho que vi alguma coisa. Algo bem estranho. — Disse, enquanto levantava-se.
[Lokan] — O quê?
[Polos] — Acho que vi a caverna da criatura do mito.
Lokan arregalou os olhos. Ao longe, Watson parou e aguardou os dois.
[Lokan] — Impossível! Como?
[Polos] — Eu só estava lavando meu rosto e de repente me vi dentro da caverna... Tinha umas coisas andando lá.
[Lokan] — E o que eram?
[Polos] — Não faço ideia. Estavam escondidas na escuridão, só conseguia ver suas silhuetas.
Lokan ficou pensativo. Era muito estranho Polos ver algo assim, e de uma forma tão inesperada. Pensou que havia algo na água do rio, e avançou até ele. Frente a ele, se ajoelhou e lavou o rosto também, e mesmo após inúmeras tentativas, nada aconteceu.
[Lokan] — Não acontece nada! Tem certeza disso?
[Polos] — Absoluta!
Lokan se levantou e continuou se questionando. Seguiu andando com Polos até alcançar Watson e seguir viagem.
O sol estava próximo de se esconder abaixo do horizonte. Podia-se ver apenas as longas e quase intermináveis planícies verdes de Polerion, e bem ao fundo, uma colina imponente coberta por árvores se destacava em meio a região. Vendo aquilo, perceberam que poderia ser o destino final deles, e onde quem sabe encontrariam a tal caverna. Mas Lokan não se sentia bem quanto a isso; Ele sentia que algo estava errado ali, além de sentir uma sensação muito estranha no peito. Ela se fortalecia vendo a dupla andando ao seu lado. Ele apenas ignorava e seguia andando.
O caminho estava se tornando tedioso. Nada os perturbava mais que o sol se pondo ao longe. Enquanto Lokan fitava o sol e sua luz fraca se estendendo pelas planícies polerianas, ele tropeçou em uma pedra. Não chegou a cair, mas o que viu após piscar os olhos num reflexo foi um tanto pior.
Ele esbarrou em uma criatura gigante, dentro de uma caverna com paredes e chão de pedra e teto coberto por nuvens. Ela era muito musculosa e tinha a aparência de um gigante, mas com quatro pernas, um pescoço muito longo como o de um dragão, e dezenas de chifres em seus ombros e nas costas do pescoço. A criatura, que na sua frente apresentava-se só como uma sombra, rugiu para o alto e disparou um soco. Quando a musculosa mão ia atingir o rosto de Lokan, ele voltou a ver as planícies e o por do sol.
Ele ficou parado enquanto isso acontecia. Polos e Watson o fitavam, preocupados.
[Polos] — Tudo bem?
[Lokan] — Acho que vi aquela caverna...
A face de Polos foi coberta pela surpresa.
[Polos] — Tem certeza disso?
[Lokan] — Absoluta. E havia uma criatura estranha lá, não faço ideia do que seja...
[Polos] — Ela tinha um pescoço enorme e vários chifres pelo corpo?
[Lokan] — Sim... Além de quatro pernas.
Os dois estavam sendo tomados pelo medo, mas Watson continuou calmo. Parecia já saber do que se tratava.
[Watson] — O que vocês viram era um Juggernaut.
[Polos] — O que diabos é isso?
[Watson] — Só quem já esteve próximo do inferno ou dentro dele já viu um desses. É um demônio que funciona como um exército de um só, uma verdadeira máquina de matar. Avança por exércitos de humanos matando dezenas em um minuto. Se isso está lá, significa que não vai ser fácil chegar até a criatura.
Agora sim eles estavam com medo. Nunca enfrentaram um Juggernaut antes, mas o que acalmava-os um pouco era Watson e seus poderes. Ou então eles jamais passariam por ali. Disfarçando o medo, continuaram seguindo o caminho até a colina.
Metade do sol já estava abaixo do horizonte. Eles apertaram o passo, crendo que a noite seria mais difícil chegar lá ou a caverna não se abriria. Eles foram ficando mais receosos e nervosos.
Então alguns lobos se aproximaram do trio, planejando matá-los. Lokan tomou a frente apontando suas mãos claras, e Watson preparava suas chamas em suas mãos. Assim, quando o primeiro veio, Lokan simplesmente o acalmou usando uma magia própria, convencendo-o a lutar ao seu lado. O segundo pulou na direção de Watson, e o mesmo preparava-se para reagir. O problema veio quando o cenário ao seu redor começou a escurecer, paredes de pedra aparecerem ao seu lado e o céu ser coberto por nuvens e o lobo se transformar num cão infernal, completamente negro, com olhos negros e grandes conjuntos de dentes afiados.
Watson reagiu rápido e socou o cão, e rapidamente o puniu com suas chamas. Quando levantou o olhar, estava naquela caverna, com vários Juggernauts correndo em sua direção. Ele piscou algumas vezes e reapareceu nas planícies, com os lobos fugindo e deixando o companheiro morto pra trás.
[Lokan] — Watson, você estava um pouco diferente na luta... Aconteceu algo?
[Watson] — Essa foi a minha vez de ver a caverna.
O trio olhou um para o outro, buscando respostas ou entendimento.
[Polos] — E o que viu?
[Watson] — O lobo que pulou em mim se transformou num cão infernal e havia mais ou menos quinze Juggernauts correndo na minha direção antes de eu acordar da ilusão.
O queixo dos dois caiu e os músculos ao redor dos seus olhos doeram com o tanto que se abriram.
[Polos] — Isso é completamente insano! Como passaremos por tantos demônios?
[Lokan] — Isso não é mais importante. Como estamos vendo essas ilusões? E quem está fazendo isso?
O trio seguiu andando rapidamente. Lokan permaneceu pensando, já que os outros dois não sabiam o responder.
[Lokan] — Talvez essa criatura esteja nos pregando peças. Além disso, essas ilusões parecem ficar mais agressivas conforme nos aproximamos da colina...
[Polos] — Então estamos chegando! O entardecer está acabando, precisamos chegar logo na colina.
[Lokan] — Sim, de fato. Estou sentindo algo estranho conforme nos aproximamos...
O sol estava a apenas um fio. Todos estavam tensos, imaginando o que fariam ao chegar à caverna. Mas não era só isso; Eles também estavam começando a enxergar erros nos seus companheiros. Como se eles fossem culpados de tudo aquilo estar acontecendo.
[Polos] — Creio que não vamos conseguir chegar lá hoje...
[Lokan] — Estamos perto demais, não seja maricas!
[Polos] — Não chame um guerreiro nobre de maricas, padreco.
[Lokan] — Logo vista roupas decentes. Todos que olham pra você enxergam nada mais além de um bárbaro.
[Polos] — Assim como nós olhamos para sacerdotes e vemos cordeiros guiados por um deus inexistente.
Lokan tomou a frente de Polos, fitando-o com puro ódio nos olhos.
[Lokan] — Eu duvido você repetir isso mais uma vez, selvagem.
[Polos] — Estou com medo, cordeirinho, pare! — Gritou, com as mãos levantadas em escárnio e o rosto com um enorme sorriso zombeteiro.
[Lokan] — Você realmente não passa de um selvagem do norte. Admira-me que Fusia tenha aceitado homem tão imbecil e tão pouco provido de bons modos.
[Polos] — Existe algo chamado de dinheiro, que te coloca numa boa posição em um piscar de olhos. Nada que um sacerdote meia-boca que nem você consiga.
[Lokan] — Meia-boca? Eu garanto que você jamais conseguiria me vencer numa luta.
[Polos] — Cala a boca! Você não aguenta dez minutos de porrada comigo!
[Lokan] — Não mesmo, pois eu não ficaria dez minutos tocando num monte de merda empilhada falante e caminhante que nem você!
Watson sentia algo estranho vindo ao longe, da direção do monte, ao oeste. Sentia que aquela briga poderia culminar na falha da missão deles se continuassem naquilo.
[Watson] — Parem com isso! — Berrou, incendiando-se em suas chamas roxas, sem perder tempo — Essa briguinha estúpida entre vocês dois vai acabar nos prejudicando!
Lokan olhou com raiva para Watson. Seu ódio acabou o levando a puxar o rosário do bolso e apontar para Watson.
[Lokan] — Não me diga nada, demônio. O que fazer, o que não fazer, o que irá acontecer conosco, nada! Eu nem faço ideia do porque estou ao seu lado!
[Watson] — O que você pensa que está fazendo?
[Lokan] — É culpa sua eu estar aqui! Apareceu naquela torre convencendo a mim e aos meus amigos a seguir naquela missão suicida e acabei perdendo todos eles por causa daquela decisão estúpida! Perdi Walter, Magyer e Skinner, e nem tive chance de dizer adeus! Pior, nem tive como salvá-los! — Gritava, enquanto o rosário começava a irradiar numa luz clara — Maldito seja você e aquele outro demônio que te acompanha! Vocês três são demônios disfarçados que acreditam na utopia de que estão combatendo o mal, mas só criam mais e mais mal a cada coisa que fazem!
Lokan abaixou a cabeça, e suas chamas também diminuíram. De certa forma, Lokan estava certo. Pessoas morreram e coisas ruins aconteceram graças a eles. Tudo graças aos seus atos precipitados.
[Lokan] — Nessa madrugada, os espíritos deles gritaram nos meus sonhos, me odiando por não tê-los salvado. Eu estive me controlando para não ter que jogar tudo isso encima de você, mas não dá mais! Vou me livrar de vocês três por conta própria! EXECUTOR SAGRADO! — Berrou, invocando uma luz gigantesca sobre Watson. Naquele momento, o sol se pôs no horizonte e deixou apenas sua pouca claridade para trás.
No mesmo momento, parecia que luz e trevas se chocavam próximo da colina; As chamas de Watson tentavam suprimir o poder sagrado de Lokan. Polos naquele momento já tinha se afastado dos dois, com o machado em mãos. Ele se encontrava tão revoltado que o primeiro que ele conseguisse ver no meio daquela luz, ele lançaria seu machado duplo.
Dentro das luzes, os dois mantinham seus braços levantados, um na direção do outro, tentando um superar a força do outro. Quando finalmente houve um altíssimo choque entre as magias os lançando para longe, o cenário mudou.
Eles se viram no meio da mesma caverna novamente. Dessa vez, eles estavam cercados por um único Juggernaut. O trio se preparou para enfrentá-lo, olhando em seus olhos amarelos furiosos e sedentos por sangue. Até que a caverna começou a piscar, ora estando nas planícies de Polerion, ora estando na caverna. E o demônio continuava no mesmo lugar durante esse processo. E então, quando voltaram pra realidade, nas planícies, viram-se olhando para o Juggernaut, que era real. O trio se viu em desvantagem.
Eles correram na direção da colina, sem olhar para trás. A poderosa criatura correu a passos ágeis e furiosos até eles, berrando. O tempo já se fechava em noite e tudo parecia estar chegando ao fim. Mas se a caverna ainda dava seus sinais, talvez não fosse tão tarde. Com isso, continuaram correndo, aproximando-se cada vez mais da colina.
Quando finalmente chegaram, o Juggernaut os alcançou. Ele começou socando Polos pra longe e se dirigindo a Lokan. Watson jogou uma chama poderosa em sua cabeça, o irritando. Lokan disparou uma esfera de luz contra a cabeça dele, o tornando mais revoltado. Ele então continuou indo até o sacerdote, que passou a correr, e o mago, temendo o pior, explodiu em chamas roxas, pulando até a criatura e chegando nas suas costas. Ali ele começou a puxar a cabeça dela e a desequilibrá-la, enquanto queimava seu pescoço. Conseguiu fazer um estrago tão grande ao ponto da criatura berrar e agonizar, ajoelhando-se. Lokan finalizou lançando uma esfera de luz maior, colocando a criatura no chão.
Quando suspiraram aliviados após o termino da luta, eles viram que não podiam parar ainda. Abriram os olhos e se viram dentro da caverna, cercados por Juggernauts. Dessa vez, aquilo parecia mais real do que nunca.
Próximo: Capítulo 42 - Inferno Escuro.
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