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Tópico: O Mundo Perdido

  1. #281
    Cavaleiro do Word Avatar de CarlosLendario
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    Padrão Capítulo 41 - Entardecer pt. II

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!

    Eeeeeita caralea... Que tenso! Um capítulo com mais pancada... Já fazia tempo que eu não via um capítulo desse naipe na sua história. Gostei bastante!

    Só notei um problema na última frase: ficou faltando uma chave após o nome Watson. E, quando o Lenhador se apresentou como Lokan, eu recomendaria você não ter mudado a identificação até a fala seguinte dele.

    No mais, tudo certo e aguardando o próximo!

    Abraço,
    Iridium.
    Opa Iri, fico feliz que tenha gostado do capítulo. Realmente faz algum tempo que não consigo medir bem momento de conversa e momento de luta como fiz nesse capítulo. Ainda assim, ele foi um pouco tranquilo, eu diria.

    Já corrigi o problema da chave, e creio que a identificação não seja de grande efeito, afinal, sempre fiz assim. Mas se o momento pedir, talvez eu reserve pra próxima fala.

    Fique com o novo capítulo!

    Citação Postado originalmente por Kaya Mithsay Ver Post
    Oooh, fiquei morrendo de inveja que você consegue trabalhar tempo e hora na sua história, eu queria fazer isso no Diário de bordo, mas me dói os nervos ficar raciocinando cada tempo que se passa kkkk, prefiro ficar arredondando na história, a exatidão me traz dor de cabeça.
    Estou curtindo sua história, me chama atenção a maneira como descreve as falas e alguns detalhes de movimento dos personagens, gostaria de escrever "aguardo o próximo capítulo" mas ainda estou no começo da história (apesar de ter bisbilhotado sua evolução ao longo dos capítulos)
    Bem vindo, novo leitor. Obrigado pelos elogios.

    Trabalhar com o tempo não é tão difícil assim. Eu ainda estou fazendo tudo exatamente do início de quando comecei a escrever a história, em 12 de Maio de 2012. Se é dia 20 lá, não passou muito tempo ainda. Planejo continuar assim, e, além disso, creio que seja a melhor forma de trabalhar com o tempo na história.

    Fico curioso em saber em qual capítulo você parou, afinal, tem tantos. E olha que estamos próximos da metade ainda atualmente.

    Espero vê-lo de novo aqui







    Bem pessoal, neste novo capítulo, o trio agora procura pelo local correto para entrar na caverna do mito e se encontrar com a criatura, mas não será fácil.

    Espero que gostem!



    No capítulo anterior:
    O trio começa a busca pelo lenhador e acaba descobrindo que existe alguém em Polerion que comanda os guardas de lá e não vai com a cara deles. Eles encontram o lenhador no fim da tarde, e após um pequeno conflito, ele revela o que sabia. Na saída do local, eles são parados por quatro guardas da nobreza de elite, mas Watson os mata sem muito esforço, obrigando-os a fugirem de lá.





    Capítulo 41 – Entardecer pt. II





    Já havia passado algum tempo desde que o trio deixou Polerion. Eles ainda se encontravam correndo para o norte, enquanto o pôr do sol tirava algumas de suas esperanças e iluminava seus rostos e semblantes temerosos. Eles temiam que não fosse mais possível voltar para a cidade depois do que fizeram – Ou melhor, do que Watson fez.

    Eles pararam perto de um rio para respirar um pouco. Watson continuou andando.

    [Watson] — Precisamos continuar. Temo que não poderemos mais entrar nessa caverna se a noite chegar.
    [Polos] — Dá um tempo! Não temos todo o poder que você tem.
    [Watson] — E nunca terão, espero.

    Lokan estava ficando incomodado com Watson. Ele pegou o rosário de Agneir de uma pequena bolsa de sua mochila e colocou em um bolso. Enquanto isso, Polos lavava um pouco o rosto no rio, refletindo sobre os ocorridos. Após algumas levas de água no rosto, ele abre os olhos e vê um piso de pedra mal lapidado. Quando ele levantou o olhar, viu dezenas de criaturas esquisitas perambulando pra lá e pra cá em uma caverna que não possuía teto, e sim nuvens. Quando ele piscou os olhos rapidamente para saber se estava vendo algo real, ele voltou aos campos verdes de Polerion, em frente ao rio.

    [Lokan] — Algum problema, Polos? — Indagou, notando Polos olhando para os lados, nitidamente assustado.
    [Polos] — Eu... Eu acho que vi alguma coisa. Algo bem estranho. — Disse, enquanto levantava-se.
    [Lokan] — O quê?
    [Polos] — Acho que vi a caverna da criatura do mito.

    Lokan arregalou os olhos. Ao longe, Watson parou e aguardou os dois.

    [Lokan] — Impossível! Como?
    [Polos] — Eu só estava lavando meu rosto e de repente me vi dentro da caverna... Tinha umas coisas andando lá.
    [Lokan] — E o que eram?
    [Polos] — Não faço ideia. Estavam escondidas na escuridão, só conseguia ver suas silhuetas.

    Lokan ficou pensativo. Era muito estranho Polos ver algo assim, e de uma forma tão inesperada. Pensou que havia algo na água do rio, e avançou até ele. Frente a ele, se ajoelhou e lavou o rosto também, e mesmo após inúmeras tentativas, nada aconteceu.

    [Lokan] — Não acontece nada! Tem certeza disso?
    [Polos] — Absoluta!

    Lokan se levantou e continuou se questionando. Seguiu andando com Polos até alcançar Watson e seguir viagem.

    O sol estava próximo de se esconder abaixo do horizonte. Podia-se ver apenas as longas e quase intermináveis planícies verdes de Polerion, e bem ao fundo, uma colina imponente coberta por árvores se destacava em meio a região. Vendo aquilo, perceberam que poderia ser o destino final deles, e onde quem sabe encontrariam a tal caverna. Mas Lokan não se sentia bem quanto a isso; Ele sentia que algo estava errado ali, além de sentir uma sensação muito estranha no peito. Ela se fortalecia vendo a dupla andando ao seu lado. Ele apenas ignorava e seguia andando.

    O caminho estava se tornando tedioso. Nada os perturbava mais que o sol se pondo ao longe. Enquanto Lokan fitava o sol e sua luz fraca se estendendo pelas planícies polerianas, ele tropeçou em uma pedra. Não chegou a cair, mas o que viu após piscar os olhos num reflexo foi um tanto pior.

    Ele esbarrou em uma criatura gigante, dentro de uma caverna com paredes e chão de pedra e teto coberto por nuvens. Ela era muito musculosa e tinha a aparência de um gigante, mas com quatro pernas, um pescoço muito longo como o de um dragão, e dezenas de chifres em seus ombros e nas costas do pescoço. A criatura, que na sua frente apresentava-se só como uma sombra, rugiu para o alto e disparou um soco. Quando a musculosa mão ia atingir o rosto de Lokan, ele voltou a ver as planícies e o por do sol.

    Ele ficou parado enquanto isso acontecia. Polos e Watson o fitavam, preocupados.

    [Polos] — Tudo bem?
    [Lokan] — Acho que vi aquela caverna...

    A face de Polos foi coberta pela surpresa.

    [Polos] — Tem certeza disso?
    [Lokan] — Absoluta. E havia uma criatura estranha lá, não faço ideia do que seja...
    [Polos] — Ela tinha um pescoço enorme e vários chifres pelo corpo?
    [Lokan] — Sim... Além de quatro pernas.

    Os dois estavam sendo tomados pelo medo, mas Watson continuou calmo. Parecia já saber do que se tratava.

    [Watson] — O que vocês viram era um Juggernaut.
    [Polos] — O que diabos é isso?
    [Watson] — Só quem já esteve próximo do inferno ou dentro dele já viu um desses. É um demônio que funciona como um exército de um só, uma verdadeira máquina de matar. Avança por exércitos de humanos matando dezenas em um minuto. Se isso está lá, significa que não vai ser fácil chegar até a criatura.

    Agora sim eles estavam com medo. Nunca enfrentaram um Juggernaut antes, mas o que acalmava-os um pouco era Watson e seus poderes. Ou então eles jamais passariam por ali. Disfarçando o medo, continuaram seguindo o caminho até a colina.

    Metade do sol já estava abaixo do horizonte. Eles apertaram o passo, crendo que a noite seria mais difícil chegar lá ou a caverna não se abriria. Eles foram ficando mais receosos e nervosos.

    Então alguns lobos se aproximaram do trio, planejando matá-los. Lokan tomou a frente apontando suas mãos claras, e Watson preparava suas chamas em suas mãos. Assim, quando o primeiro veio, Lokan simplesmente o acalmou usando uma magia própria, convencendo-o a lutar ao seu lado. O segundo pulou na direção de Watson, e o mesmo preparava-se para reagir. O problema veio quando o cenário ao seu redor começou a escurecer, paredes de pedra aparecerem ao seu lado e o céu ser coberto por nuvens e o lobo se transformar num cão infernal, completamente negro, com olhos negros e grandes conjuntos de dentes afiados.

    Watson reagiu rápido e socou o cão, e rapidamente o puniu com suas chamas. Quando levantou o olhar, estava naquela caverna, com vários Juggernauts correndo em sua direção. Ele piscou algumas vezes e reapareceu nas planícies, com os lobos fugindo e deixando o companheiro morto pra trás.

    [Lokan] — Watson, você estava um pouco diferente na luta... Aconteceu algo?
    [Watson] — Essa foi a minha vez de ver a caverna.

    O trio olhou um para o outro, buscando respostas ou entendimento.

    [Polos] — E o que viu?
    [Watson] — O lobo que pulou em mim se transformou num cão infernal e havia mais ou menos quinze Juggernauts correndo na minha direção antes de eu acordar da ilusão.

    O queixo dos dois caiu e os músculos ao redor dos seus olhos doeram com o tanto que se abriram.

    [Polos] — Isso é completamente insano! Como passaremos por tantos demônios?
    [Lokan] — Isso não é mais importante. Como estamos vendo essas ilusões? E quem está fazendo isso?

    O trio seguiu andando rapidamente. Lokan permaneceu pensando, já que os outros dois não sabiam o responder.

    [Lokan] — Talvez essa criatura esteja nos pregando peças. Além disso, essas ilusões parecem ficar mais agressivas conforme nos aproximamos da colina...
    [Polos] — Então estamos chegando! O entardecer está acabando, precisamos chegar logo na colina.
    [Lokan] — Sim, de fato. Estou sentindo algo estranho conforme nos aproximamos...

    O sol estava a apenas um fio. Todos estavam tensos, imaginando o que fariam ao chegar à caverna. Mas não era só isso; Eles também estavam começando a enxergar erros nos seus companheiros. Como se eles fossem culpados de tudo aquilo estar acontecendo.

    [Polos] — Creio que não vamos conseguir chegar lá hoje...
    [Lokan] — Estamos perto demais, não seja maricas!
    [Polos] — Não chame um guerreiro nobre de maricas, padreco.
    [Lokan] — Logo vista roupas decentes. Todos que olham pra você enxergam nada mais além de um bárbaro.
    [Polos] — Assim como nós olhamos para sacerdotes e vemos cordeiros guiados por um deus inexistente.

    Lokan tomou a frente de Polos, fitando-o com puro ódio nos olhos.

    [Lokan] — Eu duvido você repetir isso mais uma vez, selvagem.
    [Polos] — Estou com medo, cordeirinho, pare! — Gritou, com as mãos levantadas em escárnio e o rosto com um enorme sorriso zombeteiro.
    [Lokan] — Você realmente não passa de um selvagem do norte. Admira-me que Fusia tenha aceitado homem tão imbecil e tão pouco provido de bons modos.
    [Polos] — Existe algo chamado de dinheiro, que te coloca numa boa posição em um piscar de olhos. Nada que um sacerdote meia-boca que nem você consiga.
    [Lokan] — Meia-boca? Eu garanto que você jamais conseguiria me vencer numa luta.
    [Polos] — Cala a boca! Você não aguenta dez minutos de porrada comigo!
    [Lokan] — Não mesmo, pois eu não ficaria dez minutos tocando num monte de merda empilhada falante e caminhante que nem você!

    Watson sentia algo estranho vindo ao longe, da direção do monte, ao oeste. Sentia que aquela briga poderia culminar na falha da missão deles se continuassem naquilo.

    [Watson] — Parem com isso! — Berrou, incendiando-se em suas chamas roxas, sem perder tempo — Essa briguinha estúpida entre vocês dois vai acabar nos prejudicando!

    Lokan olhou com raiva para Watson. Seu ódio acabou o levando a puxar o rosário do bolso e apontar para Watson.

    [Lokan] — Não me diga nada, demônio. O que fazer, o que não fazer, o que irá acontecer conosco, nada! Eu nem faço ideia do porque estou ao seu lado!
    [Watson] — O que você pensa que está fazendo?
    [Lokan] — É culpa sua eu estar aqui! Apareceu naquela torre convencendo a mim e aos meus amigos a seguir naquela missão suicida e acabei perdendo todos eles por causa daquela decisão estúpida! Perdi Walter, Magyer e Skinner, e nem tive chance de dizer adeus! Pior, nem tive como salvá-los! — Gritava, enquanto o rosário começava a irradiar numa luz clara — Maldito seja você e aquele outro demônio que te acompanha! Vocês três são demônios disfarçados que acreditam na utopia de que estão combatendo o mal, mas só criam mais e mais mal a cada coisa que fazem!

    Lokan abaixou a cabeça, e suas chamas também diminuíram. De certa forma, Lokan estava certo. Pessoas morreram e coisas ruins aconteceram graças a eles. Tudo graças aos seus atos precipitados.

    [Lokan] — Nessa madrugada, os espíritos deles gritaram nos meus sonhos, me odiando por não tê-los salvado. Eu estive me controlando para não ter que jogar tudo isso encima de você, mas não dá mais! Vou me livrar de vocês três por conta própria! EXECUTOR SAGRADO! — Berrou, invocando uma luz gigantesca sobre Watson. Naquele momento, o sol se pôs no horizonte e deixou apenas sua pouca claridade para trás.

    No mesmo momento, parecia que luz e trevas se chocavam próximo da colina; As chamas de Watson tentavam suprimir o poder sagrado de Lokan. Polos naquele momento já tinha se afastado dos dois, com o machado em mãos. Ele se encontrava tão revoltado que o primeiro que ele conseguisse ver no meio daquela luz, ele lançaria seu machado duplo.

    Dentro das luzes, os dois mantinham seus braços levantados, um na direção do outro, tentando um superar a força do outro. Quando finalmente houve um altíssimo choque entre as magias os lançando para longe, o cenário mudou.

    Eles se viram no meio da mesma caverna novamente. Dessa vez, eles estavam cercados por um único Juggernaut. O trio se preparou para enfrentá-lo, olhando em seus olhos amarelos furiosos e sedentos por sangue. Até que a caverna começou a piscar, ora estando nas planícies de Polerion, ora estando na caverna. E o demônio continuava no mesmo lugar durante esse processo. E então, quando voltaram pra realidade, nas planícies, viram-se olhando para o Juggernaut, que era real. O trio se viu em desvantagem.

    Eles correram na direção da colina, sem olhar para trás. A poderosa criatura correu a passos ágeis e furiosos até eles, berrando. O tempo já se fechava em noite e tudo parecia estar chegando ao fim. Mas se a caverna ainda dava seus sinais, talvez não fosse tão tarde. Com isso, continuaram correndo, aproximando-se cada vez mais da colina.

    Quando finalmente chegaram, o Juggernaut os alcançou. Ele começou socando Polos pra longe e se dirigindo a Lokan. Watson jogou uma chama poderosa em sua cabeça, o irritando. Lokan disparou uma esfera de luz contra a cabeça dele, o tornando mais revoltado. Ele então continuou indo até o sacerdote, que passou a correr, e o mago, temendo o pior, explodiu em chamas roxas, pulando até a criatura e chegando nas suas costas. Ali ele começou a puxar a cabeça dela e a desequilibrá-la, enquanto queimava seu pescoço. Conseguiu fazer um estrago tão grande ao ponto da criatura berrar e agonizar, ajoelhando-se. Lokan finalizou lançando uma esfera de luz maior, colocando a criatura no chão.

    Quando suspiraram aliviados após o termino da luta, eles viram que não podiam parar ainda. Abriram os olhos e se viram dentro da caverna, cercados por Juggernauts. Dessa vez, aquilo parecia mais real do que nunca.



    Próximo: Capítulo 42 - Inferno Escuro.

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  2. #282
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    Isso, galera, vai pra PoI mesmo, vai... Sem orientação, low lvl... Tá certinho shaushausha

    Brincadeiras à parte, gostei do capítulo! Você se focou mais na interação dos personagens (destaque pra discussão Polos x Lokan, me diverti pacas com isso), e ficou legal um capítulo com mais diálogos. A descrição do Juggernaut ficou ótima também... Quero é saber o que vai acontecer com o trio, já que, né... Estão cercados por uma renca dos capetas verdes e chifrudos...

    No mais, aguardo o próximo.


    Abraço,
    Iridium.

  3. #283
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    Padrão Capítulo 42 - Inferno Escuro

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Isso, galera, vai pra PoI mesmo, vai... Sem orientação, low lvl... Tá certinho shaushausha

    Brincadeiras à parte, gostei do capítulo! Você se focou mais na interação dos personagens (destaque pra discussão Polos x Lokan, me diverti pacas com isso), e ficou legal um capítulo com mais diálogos. A descrição do Juggernaut ficou ótima também... Quero é saber o que vai acontecer com o trio, já que, né... Estão cercados por uma renca dos capetas verdes e chifrudos...

    No mais, aguardo o próximo.


    Abraço,
    Iridium.
    Desde que você fez essa quest tu não para de falar nela, chega mulher

    Agradeço os elogios, você já tinha falado que tinha gostado do capítulo. Não sei se esse aqui chegará no mesmo nível, mas espero que esteja do agrado.

    Also, nenhum deles é low level, eu diria que o que tem o level menor ali é o Watson, mas como ele tem os poderes de semi-demônio filho de Pumin, ele não tem muitos problemas... Na verdade, ele não tem nenhum. nem é op

    Espero que goste deste.






    Sem demora, trago o novo capítulo. Nosso trio dinâmico se aventurará pelas cavernas da criatura do mito, que por hora não será revelada ainda.

    Espero que gostem.



    No capítulo anterior:
    Watson, Lokan e Polos seguem pelas extensas planícies polerianas rumo ao norte, onde Lakad, O Lenhador, disse que estaria o lar da criatura. Conforme se aproximavam, mais aparições estranhas vinham as suas mentes, os enganando e os tragando para a caverna misteriosa. E conforme iam ficando mais próximos, mais possuídos pelo ódio dentro de si eles ficavam. Chegaram num ponto crítico, onde começaram a discutir e a brigar, e esse ato os distanciou da realidade e não permitiu ver um demônio, um Juggernaut, se aproximar deles. Tentaram fugir dele, mas acabaram sendo pegos por ele, e no processo Polos sumiu. Após vencerem a criatura, eles aparecem na caverna da criatura do mito, cercados por mais criaturas verdes.




    Capítulo 42 – Inferno Escuro




    Watson e Lokan tomaram uma distancia segura um do outro. Não sabiam onde Polos foi parar, apenas que tinham que continuar vivos. Em sua contagem, Watson distinguia 26 Juggernauts ali, todos sedentos por sangue e ansiando o momento de se deliciar com os corpos dos magos. Entretanto, eles não sabiam que não seria fácil conseguir isso.

    Os demônios avançaram. Watson começou elevando seu nível as chamas púrpuras, ignorando o fato de ele poder deixar seu lado demoníaco tomar conta. Lokan não queria perder tempo, uma vez que não sabia o poder dos seus inimigos.

    [Lokan] — Sannorien! — Disse, transformando seu corpo em algo próximo de um semideus, com a máscara dourada e o grande casaco branco e dourado que ia até os seus pés, lembrando um Yalahari original.

    Algumas runas negras começaram a se formar dentro das chamas púrpuras de Watson, simbolizando algumas runas tibianas, como a Grande Bola de Fogo e a Morte Súbita. Watson trouxe a runa da Morte para a sua mão e apontou pro primeiro Juggernaut que chegou perto, estourando sua armadura e tocando seu coração, já o derrubando e matando. Uma enorme Ankh saiu da mão de Lokan, atingindo o peito de outro demônio, o derrubando. Watson seguiu disparando runas de morte uma atrás da outra, assim como Lokan.

    Uma das criaturas ia atingir Watson com um soco, mas ele conseguiu ser mais rápido, saltando e pousando na sua mão. Dali ele pulou até a cabeça dela, explodindo-a com outra runa negra, uma Bola de Fogo. O corpo da criatura foi jogada para a parede por dois Juggernauts, e rapidamente um deles foi alvejado por Lokan. O outro tentou socar Watson, mas ele parou o soco com um escudo de fogo e explodiu sua armadura e seu peito com uma Morte Súbita negra e voltou ao chão.
    Outro Juggernaut veio com um soco lateral ao mago, mas ele defendeu com uma cortina de fogo com o braço direito e lançou uma nova runa com a esquerda, mas outra criatura defendeu-o com a própria mão, desfazendo-a. Lokan alvejou-o e Watson defendeu outro golpe com uma nova cortina de fogo. Dali ele saltou e explodiu sua armadura, em seguida destruindo rapidamente seu peito e seu coração, matando-o. Lokan pegou seu cajado de sacerdote, girou-o rapidamente e lançou uma bola de luz, que explodiu na cabeça de outro demônio verde que estava próximo.

    Os magos se posicionaram um ao lado do outro. Os demônios estavam preparando-se para uma nova investida.

    [Lokan] — Não tem jeito! Essas criaturas são difíceis de matar e são numerosas demais!
    [Watson] — Não é hora de reclamar. Ainda tem muito pela frente.
    [Lokan] — E como planeja vencer tudo?
    [Watson] — Do modo clássico.

    Um Juggernaut veio a todo vapor. Watson fez várias estacas surgirem do chão e direcionou todas para a cabeça dele, o ferindo tão profundamente que ele veio a cair no chão, morto. Criou o mesmo campo de força de antes por fora do olho de outra criatura e o expandiu, desintegrando a cabeça dele. Mas o mago não quis parar e expandiu mais e mais, mas aquilo serviu apenas para empurrar os outros demônios e irritá-los. Assim, todos os Juggernauts vieram de uma vez só até a dupla, que se esforçava para derrubar cada demônio que chegava perto. Aos poucos eles foram sendo cercados e levaram socos e arranhões das criaturas, e assim iam caindo.

    Watson não aceitava cair para essas criaturas e levou suas chamas muito além de seu corpo, expandindo elas pelo corredor e queimando vários demônios rapidamente. Ele as comprimiu e abaixou com força, explodindo toda a área coberta de criaturas verdes da região. Só alguns demônios sobreviveram, estes rapidamente alvejados por Lokan, agora em seu estado normal, com alguns arranhões na roupa e no rosto.


    [Lokan] — Você deveria ter feito isso desde o começo...
    [Watson] — Como se fosse tão fácil fazer. — Disse, ofegando um pouco.

    Apesar do dito, Watson continuava mantendo suas chamas púrpuras num estado normal, com nada de incomum.

    [Lokan] — Você me parece bem pra depois de um golpe desses.

    Watson se zangou levemente, mas não respondeu. Em sua mente, as palavras de Lokan ainda ressoavam como tambores, e ele se perguntava porque o sacerdote não estava tão revoltado quanto antes.

    Antes que tivessem tempo para recuperar-se, mais alguns Juggernauts apareceram. Watson não quis enrolar e tirou de suas chamas centenas de lanças. Quando eles estavam perto o suficiente, ele enviou todas em uníssono, perfurando e matando a maioria deles. Lokan tratou de matar o resto, com certa dificuldade. Passaram-se alguns minutos e nada mais vinha pelo corredor. A dupla então decidiu seguir adiante, devagar e com cuidado.

    Após três minutos andando, eles ainda não encontraram nada ali. Como tinham visto antes, o céu era completamente nublado e fechado, e nenhum raio de luz passava por eles. Isso não tornava a caverna escura, mas a deixava sombria. O chão de pedra já estava banhado de sangue na entrada, além dos inúmeros corpos verdes. Demoraram um pouco para chegarem numa área onde não havia nenhuma gota, senão as de seus sapatos. Infelizmente, não demorou muito para eles verem mais sangue pelo chão. E não era de demônio.

    Eles continuaram virando conforme o corredor, seguindo os rastros do liquido vermelho. Encontraram um Juggernaut socando alguém segurado por outros dois dele, e aquele ser era bem menor do que eles. Era um humano, um bárbaro – Polos.

    [Watson] — VOCÊS! — Vociferou o mago, chamando a atenção dos demônios. O Juggernaut que estava socando Polos deu espaço para que ele pudesse ser visto, e ele se encontrava em um estado lastimável, com o corpo cheio de cortes profundos e muito, muito sangue. Ainda assim, ele estava acordado e resistindo. Era admirável. — Eu irei dar dez segundos para largarem o humano e irem embora daqui, ou eu garanto que duvidar de mim e do meu poder será o maior e o último erro da vida miserável de vocês.

    Apesar da seriedade e força das ameaças de Watson, os Juggernauts não se sentiram tão intimidados e um deles, o que segurava Polos do lado esquerdo, começou a rir, e os outros dois abriam sorrisos malignos. Outras criaturas foram aparecendo pouco a pouco, e logo o local estava novamente tomado por aqueles demônios verdes. Lokan se posicionou ao lado do mago, que ainda permanecia calmo esperando, apesar de saber o que vem por ai.

    [Watson] — Certo... Vocês pediram.

    Watson traz algumas das runas de Grande Bola de Fogo para as suas mãos para matar todos ali. Lokan viu aquilo, e percebeu o perigo de usar daquele poder.

    [Lokan] — Espera! E Polos?
    [Watson] — No momento certo, vou lançar duas lanças contra os dois Juggernauts que estão segurando ele. Nesse momento, toque minhas chamas e puxe uma corrente, lançarei até Polos e você vai puxar. O resto é comigo. Entendeu?
    [Lokan] — Sim. Espero que funcione...

    Watson prepara todas as runas necessárias para uma grande explosão que tragaria os demônios ao redor deles. Os demônios preparam-se para o ataque, mas estavam deixando Polos vulnerável, exatamente como o feiticeiro queria. Após alguns instantes, eles investem.

    [Watson] — Agora!

    Watson lança suas runas o mais alto que pode, e ao mesmo tempo, duas lanças longas e flamejantes saem de suas chamas púrpuras e vão em alta velocidade até as duas criaturas que seguravam o bárbaro. As duas perfuraram profundamente as cabeças dos alvos, soltando Polos.

    Rapidamente Lokan coloca a mão nas chamas e consegue puxar uma corrente flamejante, e ele vai puxando ela rapidamente. Ao ver isso, o homem de cabelos cinzentos joga a corrente até Polos e consegue amarrá-la ao corpo do bárbaro, o puxando com tudo. Quando ele chegou ao alcance deles, os demônios já estavam muito próximos e as runas também. Lokan criou uma bola dourada e brilhante ao redor do trio, enquanto o poder de Watson era desviado pelo mesmo para o chão, causando uma imensa explosão de fogo que corria pelos dois lados do corredor.

    Quando a fumaça da explosão passou, todos os Juggernauts estavam no chão, com um vapor fraco saindo de seus corpos carbonizados.

    [Lokan] — Incrível! Bom trabalho, Watson!

    Watson abriu um sorriso, mas estranhava o elogio. Realmente não era culpa de Lokan tudo que ele falou, era da proximidade com aquele lugar infernal. Os dois se ajoelharam para ajudar Polos e ver sua condição.

    [Lokan] — Com certeza ele não está bem. Levou muitos danos no corpo, vou demorar bastante pra curá-los... — Disse enquanto analisava os rasgos e feridas pelo corpo de Polos.
    [Watson] — Bom, não podemos deixá-lo aqui. Mas pra tudo tem um jeito... Utevo Res “Bandit! — Pronunciou, originando um homem alto e um pouco magro na sua frente. Ele tem cabelos castanho-claros e veste uma armadura de bronze enferrujada, com um machado de mão na cintura.
    [Lokan] — Não me parece uma boa escolha...
    [Watson] — Não é porque ele é um bandido que não pode ser útil. Mas que preconceito, hein. — Disse, ordenando o bandido a levar Polos em seu ombro, mas Lokan o parou.
    [Lokan] — Antes precisamos arrumar essas feridas, ele está sangrando muito pro meu gosto.

    Watson ordenou o bandido a esperar do lado dele, enquanto Lokan convoca luzes douradas puras e vivas para curar as feridas do corpo de Polos. Ele conseguiu consertar os danos nos ombros, nas pernas, um pouco na barriga, na testa, dois no antebraço esquerdo e um no cotovelo, que estava a mostra em osso puro. Nesse, o sacerdote conseguiu recuperar os músculos, mas não a pele. Polos se contorcia a cada ferida fechada.

    [Lokan] — Eu realmente não imaginava que os danos a ele tinham sido tão sérios...
    [Watson] — Melhor irmos andando. E rápido. — Disse, apontando para três Juggernauts correndo a todo vapor atrás deles, vindo pela frente. De repente, três objetos estranhos cortam o ar e acertam as cabeças dos demônios ao mesmo tempo, os derrubando.

    A dupla fica impressionada e vira rapidamente para trás para ver o responsável pela proeza, mas tudo que viram foi um pedaço de vidro com forte tonalidade de fogo caindo do ar.

    [Lokan] — Mas o que por Lezario foi isso?
    [Watson] — Quem sabe algum anjo da guarda. Vamos indo.

    O bandido pegou Polos e o colocou em seu ombro. Antes de ele fazer isso, Lokan pegou ataduras de sua bolsa e tapou as feridas mais graves. Naquela altura, Polos já estava desacordado, e até então não tinha conseguido dizer uma palavra. O resto do trajeto foi quieto e tenso, com Lokan sempre preocupado e olhando para trás com frequência. O que mais o assustava era o fato de só um ou dois Juggernauts aparecerem durante o trajeto, e a facilidade que tinham para matá-los. Agora que sabiam seus pontos fracos, não tinham mais o que temer. Pelo menos por hora.

    Já tinha passado um bom tempo desde que entraram na caverna. Longa, tensa e complicada a definiam bem, apesar de possuir apenas um caminho, e era sempre estranho andar lá, como se algo sombrio corresse acima e abaixo deles. Conforme avançavam, eles notavam que a maioria dos Juggernauts tinham alguns dardos em suas armaduras e cabeça, e o mesmo rastro de vidro de tom de fogo estava sempre presente. Não faziam ideia de quem pertencia aquilo e quem estava tentando matar os demônios, mas parecia com pressa. E possivelmente, tinha a mesma intenção do trio.

    [Watson] — Pena que o bandido não consegue correr. Estamos ficando pra trás.
    [Lokan] — Não nos falaram nada sobre a criatura ter um limite de pedidos por dia, então torça que seja isso mesmo.
    [Watson] — Duvido muito...

    Continuaram seguindo caverna adentro, matando todo e qualquer demônio que avistavam. Até que a caverna começou a subir de forma discreta, mas pouco a pouco ia se tornando mais notável que o caminho estava indo para cima. A caverna também estava ficando mais sombria, e alguns sons de bater de asas e gritos de ave podiam ser ouvidos ao longe. Só aquilo já conseguia despertar medo em seus corações. Além disso, a sensação de estarem sendo seguidos não passava, e piorava continuamente.

    Então, durante um momento subindo a caverna, os sons estranhos nela subitamente pararam. Watson chegou a parar de andar, alertando Lokan.

    [Lokan] — Algum problema?
    [Watson] — Tá tudo quieto demais para um inferno escuro como esse.

    O chão abaixo deles começava a dar uma sensação muito estranha. Pouco a pouco, ele tremia e esses tremores ficavam piores continuamente. De repente, o chão atrás deles cai, e dá lugar a centenas de Juggernauts, um subindo acima do outro, aparecendo sem parar. Watson e Lokan não conseguiram ocultar a surpresa e o desespero de ver aquilo acontecendo na frente deles. Agora, precisavam pensar rápido.

    Lokan planejava enfrentá-los, mas de repente Watson mata o bandido que ele invocou e pega Polos, colocando seu corpo sobre seu ombro direito. Sem rodeios, começou a correr. Lokan também.

    Era uma corrida pela vida. Dezenas de demônios verdes corriam com incrível fúria atrás deles, surgindo um atrás do outro, fechando completamente a via do corredor atrás deles. Alguns deles jogavam rochas contra o trio, outros jogavam espinhos e estalagmites, e a dupla se apressava para escapar das criaturas. A situação ainda tinha um certo controle, até chegarem no fim do caminho. Watson ficou tão surpreso e abismado ao ver aquela parede e aquela elevação estranha no fim que acabou soltando Polos no chão. Enquanto tentava ampará-lo, Lokan fez o melhor escudo na entrada do corredor que pôde para resistir ao ataque das criaturas.

    Seguiu-se assim por alguns momentos, até os Juggernauts estranhamente pararem de se chocar com o escudo. Algo parecia ter despertado medo neles, os deixando quietos. Uma luz estranha surge atrás deles, brilhante, encantadora, sagrada, mas ao mesmo tempo sombria, cruel e enganadora. Ao virarem para trás, viram o que esperavam ver desde que saíram de Polerion. Ao invés de serem tomados pelo medo, foram tomados pela raiva, principalmente Watson, que deixou as chamas púrpuras tomarem seu corpo com mais força ainda.

    Quem estava ali na elevação semelhante a um altar era Wadzar.




    Próximo: Capítulo 43 - Invocação.
    Última edição por CarlosLendario; 17-03-2016 às 17:11.



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  4. #284
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    Saudações!

    Antes de mais nada, devo-te um pedido de desculpas... Eu queria ter comentado antes, mas cheguei em casa por volta de duas da manhã morrendo de sono e dor de estômago. Bem, agora farei o que já deveria ter feito ontem: Feedback Quae Seras Tamem.

    Bom, eu gostei do Capítulo; como você me havia alertado antes, o grupo é composto por personagens muito fortes, então eu já não esperava que eles tivessem muita dificuldade. Gostei da combinação de técnicas e artifícios para derrubar os Juggernauts. Inicialmente, eu havia achado um número para lá de absurdo, pois tenho sempre em mente o status de um [CRIATURA]Juggernaut[/CRIATURA] na cabeça e o estrago que um infeliz desses faz.

    No entanto, a narrativa do combate conseguiu me tirar a ideia de ser algo "absurdo" demais para apenas um trio de guerreiros. Ficou muito bacana, e eu gosto da sua narrativa de combate; você tem um gosto por batalhas que é algo muito bacana. Não sei se você é familiarizado com a série "O Arqueiro", "O Andarilho" e "O Herege", escritos por Bernard Cornwell, mas acho que você poderia seguir um caminho ainda mais fascinante e de tirar o fôlego se você desse uma lida nas obras desse cara. Ele é bem descritivo e as cenas de combate e batalha dele são impecáveis. "Azincourt" é uma outra obra-prima dele focada nessa parte bélica e histórica, já que conta os eventos da Guerra dos Cem Anos. São obras que eu acho que você poderia dar uma olhada em seu tempo livre.

    No mais, está ótimo. Estou gostando de como as coisas estão se desenvolvendo na sua história. Você tem melhorado significativamente, e isso é muito legal. Continue assim!

    Fico aguardando ansiosamente o próximo Capítulo.


    Abraço,
    Iridium.

  5. #285
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    Padrão Capítulo 43 - Invocação

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!

    Antes de mais nada, devo-te um pedido de desculpas... Eu queria ter comentado antes, mas cheguei em casa por volta de duas da manhã morrendo de sono e dor de estômago. Bem, agora farei o que já deveria ter feito ontem: Feedback Quae Seras Tamem.

    Bom, eu gostei do Capítulo; como você me havia alertado antes, o grupo é composto por personagens muito fortes, então eu já não esperava que eles tivessem muita dificuldade. Gostei da combinação de técnicas e artifícios para derrubar os Juggernauts. Inicialmente, eu havia achado um número para lá de absurdo, pois tenho sempre em mente o status de um [CRIATURA]Juggernaut[/CRIATURA] na cabeça e o estrago que um infeliz desses faz.

    No entanto, a narrativa do combate conseguiu me tirar a ideia de ser algo "absurdo" demais para apenas um trio de guerreiros. Ficou muito bacana, e eu gosto da sua narrativa de combate; você tem um gosto por batalhas que é algo muito bacana. Não sei se você é familiarizado com a série "O Arqueiro", "O Andarilho" e "O Herege", escritos por Bernard Cornwell, mas acho que você poderia seguir um caminho ainda mais fascinante e de tirar o fôlego se você desse uma lida nas obras desse cara. Ele é bem descritivo e as cenas de combate e batalha dele são impecáveis. "Azincourt" é uma outra obra-prima dele focada nessa parte bélica e histórica, já que conta os eventos da Guerra dos Cem Anos. São obras que eu acho que você poderia dar uma olhada em seu tempo livre.

    No mais, está ótimo. Estou gostando de como as coisas estão se desenvolvendo na sua história. Você tem melhorado significativamente, e isso é muito legal. Continue assim!

    Fico aguardando ansiosamente o próximo Capítulo.


    Abraço,
    Iridium.
    só adiantando que não falo latim
    Obrigado pelo comentário, Iri. Não precisa se desculpar pela demora, você pode comentar quando quiser.

    Agradeço os elogios sobre minhas descrições de combate. Acho que uma das minhas inspirações para começar a trabalhar melhor na coreografia das lutas veio de A Character's History, do Ramon, que infelizmente partiu da seção já tem muito tempo. Ele escrevia ótimas cenas de luta, e acho que era uma das coisas mais fortes da história dele, que era fenomenal também. Talvez hoje em dia eu já tenha o nível dele, mas é uma pena que ele não esteja vendo isso.

    Eu não cheguei a ler esses livros, mas agradeço as recomendações, certamente me ajudará no futuro a melhorar e fazer até boas cenas de batalhas entre exércitos.

    Espero que esse capítulo esteja do agrado.







    Bem, ouso dizer que este é um dos melhores capítulos de uma história que eu já escrevi. Talvez pelas cenas de luta estarem boas até na minha visão de autor.

    Espero que gostem e quem sabe não concordem comigo.




    No capítulo anterior:

    Watson e Lokan acabam indo parar na Caverna do Mito, onde a criatura do mito vive. De cara, eles são obrigados a lidar com dezenas e dezenas de Juggernauts, até conseguirem chegar num ponto final da caverna, onde acabam sendo encurralados por uma emboscada. No final, eles encontram ninguém mais, ninguém menos que Wadzar.




    Capítulo 43 – Invocação





    No monte de drakons de Polerion, no topo, um homem observava sentado sobre uma rocha uma colina distante. Perto dela, três homens brigavam cegamente. Um irradiava poderosas chamas púrpuras de seu corpo, e o outro brilhava junto de um rosário sagrado, contendo o fogo maligno. O outro homem estava a dois metros dos dois, esperando algum deles liberar espaço para receber a brutalidade e a sede de sangue de seu machado duplo. O homem no monte sentia-se triste de ver aquilo e não poder fazer nada.

    O pior não era aquilo, e sim ver um demônio verde passar correndo logo abaixo dele. A alguns metros dele, uma brecha na realidade* se fechava. Aparentemente, ele tinha vindo dali. Este homem estranhamente habilidoso até cogitou em pegar sua besta nas costas e matar a criatura, mas sentia que não seria necessário. Ela poderia ajudar o trio a acordar e principalmente lembrar do objetivo principal deles.

    Ele observou todo o processo. O demônio ficou os observando, num processo estranho que tragou até o homem para outra realidade, que piscava sucessivas vezes. Quando aquilo acabou, o trio começou a correr, ao mesmo tempo em que eram perseguidos pelo demônio. Enquanto isso, o homem via que era hora de agir, pois uma brecha da realidade se abriu atrás dele, trazendo a mesma criatura. Ele se levantou, sorrindo, pois conseguiu o que queria: Entrou no jogo da criatura do mito.





    ~~**~~




    21 de Maio
    Caverna do Mito, 21:39




    Watson colocou Polos no chão, e Polos foi ampará-lo. O mago tomou a frente, encarando Wadzar com puro ódio nos olhos. Não só por causa do mesmo estar atrapalhando a missão de achar a cura para George, mas também pelo mesmo ter enganado eles e quase matado ele quando caiu naquela armadilha do Trasgo Lendário do Pântano, dois dias atrás. Wadzar merecia a morte em sua visão, e nada mais além disso. O arcano também sabia disso e isso só o divertia mais.

    [Wadzar] — Caros amigos, que surpresa encontrá-los aqui! — Disse, enquanto pousava no chão usando suas asas sagradas geradas da Foice do Primeiro Pecador. — Eu realmente não imaginava que vocês chegariam aqui tão rápido. Bem, eu já estou bem adiantado, se comparado a vocês, e isso é bom. Inclusive já me livrei da criatura, após muitas tentativas.

    Lokan arregalou os olhos, enquanto Watson só ficava mais e mais nervoso.

    [Lokan] — O que você fez?
    [Wadzar] — Acalme-se, eu não a matei, só a afastei. Creio que ela não voltará mais, após os danos que a causei.
    [Lokan] — Isso não faz sentido... Por que você está fazendo isso?
    [Wadzar] — Ela se recusou a ajudar meu mestre, então eu simplesmente tirei ela de seu lar e aumentei o fluxo de guardiões. Mas eu não imaginava que eles se transformariam em Juggernauts. Eles eram coisas mais fracas quando eu cheguei aqui, havia até alguns cães infernais... Mas bem, não importa. Estamos presos aqui, não é? Que tal resolvermos algumas pendências? — Disse, fitando Watson com um olhar desafiador e um sorriso irritante.
    [Watson] — Claro. — Disse, com uma voz de um tom um tanto demoníaco. Aquilo assustou Lokan e fez Wadzar apenas alargar seu sorriso.

    Watson começava a ser tomado por algumas espirais negras circulando as altas chamas púrpuras que cobriam o seu corpo. Agora havia várias runas de Bola de Fogo correndo pelas suas chamas, esperando o momento certo para serem liberadas. Wadzar levantou sua foice e a baixou com a outra mão, cravando a lâmina no chão. De dentro dela, ele tirou uma varinha peculiar, com uma caveira pequena na ponta. Seu centro tinha uma pequena curvada e dois braços feitos de ossos finos e parte deles pintada com sangue. O corpo central era todo preto, com contorno vermelho. Era a lendária Varinha das Dimensões, há muito tempo perdida.

    Watson não pareceu se impressionar. Simplesmente lançou um colossal sopro de fogo contra Wadzar, composto pelas runas que corriam pelas chamas. O arcano juntou sua varinha à foice e criou um escudo claro e brilhante para defender o sopro. Ele precisou envolver o redor de seu corpo para se proteger completamente do sopro. Após alguns momentos, o golpe desapareceu. O homem encapuzado deu alguns passos para trás, rindo.

    [Wadzar] — É tudo que pode fazer, demônio?

    Watson sentiu-se desafiado, e abriu um pequeno sorriso também. Ele cruzou seus braços incendiados e fez uma pose com eles, como se estivesse segurando alguma arma. Aos poucos, correntes iam surgindo das chamas no espaço de suas mãos, e o mago foi alargando pouco a pouco, conforme iam aparecendo. Do outro lado de suas mãos, duas lâminas semelhantes às de machados surgiram, presas as correntes. Logo, uma arma se formou em suas mãos: Eram os Machados Gêmeos.

    [Wadzar] — Interessante... Essa arma costumava ser usada por Pumin. Certeza que quer ceder ao seu lado demoníaco?
    [Watson] — Farei o que for preciso para acabar com a sua raça.
    [Wadzar] — Huhu. Eu adoraria ver você tentar.

    Watson foi num salto até Wadzar, que pegou a foice e passou a segurá-la em sua mão esquerda, enquanto usava a varinha na direita. O arcano lançou um golpe pra frente em um corte meia-lua rápido, mas o mago conseguiu escapar dele pulando. Ele pega o machado pela extremidade esquerda e alonga a corrente para jogar a direita contra Wadzar, que defendeu rapidamente com a foice. Ele puxa e roda a lâmina novamente, mas seu oponente se apressa e dispara um míssil de morte contra ele, mas consegue dizimar o golpe com o machado. Ele chega ao chão próximo do homem de preto, mas este dá um salto para trás, disparando mais um míssil em sua direção. Watson pulou para o lado e continuou avançando, agora desviando de outro golpe meia-lua da foice. Ele quase não tem tempo de escapar de outro míssil, movendo o seu tronco para a esquerda.

    Wadzar rapidamente bate a ponta da foice no chão, espalhando cristais espirituais brilhantes pelo chão, obrigando Watson a saltar de novo. Ele já se prepara e lança um míssil da varinha, mas o mago defende jogando a extremidade direita contra o disparo. Ele pega essa extremidade ainda no ar e alonga sua corrente, dando seu golpe meia-lua com a extremidade esquerda, o arcano defende com a foice com certa dificuldade e decide correr para a sua direita. Ele percebe o machado vindo novamente, e dá um pulo, deixando a arma passando direto. A lâmina se prende a parede, e Watson aproveita para lançar uma runa de Morte Súbita contra o arcano, mas ele percebe e suga ela com a varinha.

    [Wadzar] — Obrigado! Continue me alimentando com golpes de morte!

    Watson percebe que ele dominava luz e sombra. Sendo assim, ele precisava se manter usando o fogo o máximo que pudesse, assim como o seu machado.

    Polos volta ao mundo, abrindo devagar seus olhos. Lokan permanece curando alguns de seus ferimentos, com certo esforço. O bárbaro ia tentar falar algo, mas Lokan o censurou, como se pedisse para que ele se mantivesse no seu estado atual, sem se mexer. Ele entendeu e continuou imóvel no chão, sem fazer nada, senão apoiar Watson em sua luta.

    Watson puxa a extremidade esquerda da parede e gira ela junto de seu corpo, almejando um golpe mais forte ainda contra o arcano. Quando o golpe veio, Wadzar criou um alto escudo cristalino, branco e brilhante, mas este foi destruído pelo golpe de machado. Surpreso pela força do golpe, ele se jogou para o lado, quase sendo atingido. O mago passou a segurar apenas com uma mão, e com a outra, lançou um golpe mais forte de Bola de Fogo, do qual Wadzar não fez esforço para absorver com a sua varinha.

    Ele ia caçoar do ocorrido, mas ele começou a sentir algo estranho nela, como se ela estivesse esquentando e tremendo, e aquilo era, de fato, real. Em alguns segundos ela estava muito quente, forçando o arcano a soltá-la. Ela explodiu numa força psíquica extrema, lançando Wadzar para longe, mas antes que ele se chocasse com a parede, ele abriu suas asas brilhantes conjuradas pela foice e parou seu corpo. Mas antes que ele pudesse perceber, o machado gêmeo direito vinha a seu encontro, mas por cima. Ele se afastou o máximo que pôde, acabando por se chocar com a parede. Watson se apressou e tirou a arma do chão, trazendo ela de volta pro seu alcance. Isso deu tempo para que o arcano tentasse um golpe meia lua sobre o homem, que saltou e voltou a rodar sua arma.

    Ele girou a extremidade esquerda e jogou sobre Wadzar, que invocou uma asa do chão, mas esta foi quebrada pelo golpe, quase acertando o arcano. Ainda no ar, Watson girou e levou sua arma de encontro ao homem de preto novamente, que deu um salto para escapar, mas foi surpreendido por uma runa de Grande Bola de Fogo no meio da corrente, explodindo e o levando de volta a parede. Ele se solta rapidamente dela e começa a correr para a sua direita, mas Watson é mais rápido e joga a extremidade direita do machado contra o arcano, que tenta defender com uma asa brilhante, mas esta é quebrada e Wadzar atingido. Ele é jogado ao chão e para apenas estando de barriga pra cima.

    [Wadzar] — Isso não será o suficiente! — Disse, tentando se levantar.

    Watson ouviu e quis responder a altura: Girou a 90º graus o machado direito e o lançou para cima, e então para baixo, na direção do peito de Wadzar. O arcano se assusta, notando que não conseguiria se defender sem levar um golpe fatal. Ele decide, então, arriscar.

    [Wadzar]Utamo Vita!

    O golpe vem e destrói o escudo, restando apenas alguns resquícios de mana para Wadzar. Ele não recebeu nenhum dano real, logo, ele conseguiu se livrar da morte.

    [Watson] — Sacrificar a sua mana pela sua vida foi o pior erro que você poderia cometer.
    [Wadzar] — Ah, Watson... Você não me conhece. — Tartamudeou, levantando com certa dificuldade. — Sou muito mais poderoso do que você imagina. Tudo isso só pra acabar com você e com os inimigos do meu mestre.
    [Watson] — Quem é o seu mestre?
    [Wadzar] — Tente adivinhar... Ou roube a informação de mim.

    Wadzar abriu suas asas e voou para a esquerda do campo, almejando criar uma armadilha para Watson. Mas o mesmo não queria perder tempo e lançou uma das extremidades contra o arcano, que não esperava um golpe tão ágil. Na verdade, ele nem esperava um golpe ainda. Quando notou a arma chegando, já era tarde demais; Não poderia ir para trás, pois seria pego ainda; Não podia ir pra frente pois a corrente o pegaria e o prenderia; Não poderia ir pra baixo pois senão sua cabeça seria arrancada fora; E não podia ir para cima ou perderia uma de suas pernas. Foi seu primeiro erro.

    O homem de preto foi golpeado de lado e lançado para a parede atrás dele. O impacto criou um enorme buraco ao redor do feiticeiro, que ainda segurava sua foice, apesar de tudo. Com um semblante expressando bastante dor, e ainda sem muitas opções, já esperava um golpe final. Mas Watson ainda queria mais.

    O mago usou o indicador da mão direita para desenhar um círculo no ar com chamas diferentes: Elas eram laranja. Dentro dela, ele fez uma cruz fina e duas linhas nas horizontais, e desenhou rapidamente alguns símbolos estranhos nas lacunas. Fez um segundo círculo, agora vermelho, e desenhou dentro dele vários símbolos semelhantes aos de uma invocação. Então, sua mão direita foi tomada por chamas vermelhas, das quais ele transferiu para o desenho. O chão tremia levemente e o ar era tomado por uma estranha sensação maligna.

    Lokan olhava ainda impressionado e imóvel, enquanto Polos tentava entender a situação. No entanto, Wadzar reconheceu o símbolo, e nunca antes seu rosto reproduziu uma feição tão aterrorizada em toda a sua vida.

    [Wadzar] — U-um círculo de in-invocação... De arquidemônio?

    Um poderoso rugido sai de dentro do círculo, e em seguida um grande machado cheio de runas de defesa sai de dentro do círculo, que se fecha. As runas do machado se incendeiam e correm pra cima, passando pelo cabo e indo ao ar, criando uma coisa feita de chamas e gerando um braço, metade de um tronco, outro braço, uma cabeça, o resto do tronco e duas pernas. Uma criatura de sete metros de altura surge do meio das chamas, aumentando o tamanho do machado e o colocando atrás de suas costas. Essa criatura tinha uma armadura avermelhada, coberta por runas, dois chifres, um rosto horrendo e escuro e fumaça saindo das aberturas da armadura. Ela estala o pescoço, olhando com sede de sangue para Wadzar, que se encontrava desesperado.

    [Watson] — Bem vindo. Espero que eu possa contar com a sua ajuda.
    [Arquidemônio] — Você não é Pumin... — Disse, com uma voz grossa e tremida.
    [Watson] — Não. Sou o filho dele. Tenho o direito de comandá-lo, segundo o próprio código dele, não?
    [Arquidemônio] — Ah sim... — Sussurrou, gerando duas Espadas da Fúria do Demônio em suas mãos. — Claro. Eu aguardava pelo dia em que você aceitasse seu lado verdadeiro, Wu’Tkar.
    [Watson] — Pois bem. Traga-me a vitória, Hellgorak! Mate o arcano e traga-me a foice que ele carrega!

    Hellgorak assentiu e começou a avançar até Wadzar. O mesmo bateu sua foice na parede, se lançando para frente para sair dali. Ao mesmo tempo que ele saiu, o demônio apareceu onde ele estava, com as espadas já enfiadas na parede, acompanhado dum poderoso estrondo. Ele pula para trás batendo um dos cascos na parede, soltando as espadas e indo em alta velocidade até o arcano, que voa para cima. Watson cria um campo de força pequeno e usa sua pressão para jogar o feiticeiro para baixo, e ao mesmo tempo, o servo de Pumin estava logo abaixo, com as espadas prontas para destroçá-lo. Ele voa para longe do alcance delas e pousa no chão, mas Hellgorak já estava logo a sua frente, direcionando as espadas para a sua cabeça. Ele salta para trás e o golpe vai no chão, lançando uma onda de vapor extremamente quente até o arcano, que a recebe com dor e agonia. Rapidamente ele recebe um golpe de lado e é jogado até uma parede próxima, chocando-se fortemente com ela.

    Hellgorak corre rapidamente até Wadzar, com suas espadas levantadas para empalá-lo. Quando ele chega, o arcano defende com a foice, faz uma pequena explosão psíquica e golpeia o lado direito do peito do arquidemônio, fazendo um pequeno buraco e revelando alguns pequenos raios brancos vindo da foice, como se ela tivesse dado um golpe próximo de seu limite.

    [Hellgorak] — Um golpe pra matar? Verme miserável.

    O demônio direciona um golpe no pescoço de Wadzar, mas ele escapa descendo pelo buraco. A espada crava na parede e Hellgorak usa a mão livre para pegar o arcano e jogá-lo longe.

    [Hellgorak] — Reconheço você. É um extremista de merda que luta contra os demônios, mas faz tudo que for possível para cumprir seus objetivos, nem que tenha que matar outras pessoas. É o servo principal do Deus criador corrompido, Fardos.

    Watson expressa surpresa, enquanto Lokan se sente impressionado, apesar de não reconhecer o deus do qual Hellgorak falava.

    [Hellgorak] — Você veio para Sensaton depois que os Ruthless Seven começaram a agir aqui, tudo a mando de Fardos. Você queria descobrir quem era o novo líder deles, que é o responsável por corrompê-lo. Ele estava na Prisão Negra, no vácuo do universo, e ele usou uma espécie de feitiço de substituição. Ele prendeu o lado bom de Fardos no lugar do dele e usou isso para escapar e voltar para Tibia, ou o inferno dele. Derrotou o próprio Apocalypse e se proclamou novo líder dos Ruthless Seven, enquanto Zathroth simplesmente ficou ausente e calado. Fardos perdeu a consciência de si mesmo e agora não se difere muito de um demônio. Por isso ele foi afastado por Uman, o que o favoreceu a escolher alguém como você para ser seu servo.

    [Wadzar] — De onde você tirou toda essa merda? — Disse, tentando se levantar com dificuldade. Ele olhava frequentemente para um anel azul brilhante em sua mão direita, e olhava para ele como se o forçasse a funcionar.

    [Hellgorak] — Pare de negar! Como é óbvio, não vou ajudá-lo, pois você só complicaria mais ainda as coisas. Você é calculista, inteligente, frio, mas é cego. É a putinha de Fardos, faz tudo que ele quer do jeito que ele quer. Não consigo nem imaginar o que um deus corrompido é capaz de fazer, quanto mais um deus criador...

    Lokan estava entendendo pouco, mas não sabia porque Watson não reagia, principalmente por causa do último dialogo do arquidemônio.

    [Lokan] — Watson? Watson! Não vê? Esse demônio está fazendo a sua cabeça, está até se recusando a nos ajudar! Wadzar poderia até nos ajudar, pois o nosso objetivo é o mesmo, não? Achar esse líder! Não é?
    [Hellgorak] — Cala a boca, sacerdote imbecil. Não estou ajudando ninguém, apenas o meu senhor, filho de meu mestre, Wu’Tkar. Não devo obediência a mais ninguém.
    [Lokan] — É Watson! WATSON! Você está o corrompendo, ele não é assim!
    [Hellgorak] — Foi destinado que ele fosse assim. E você não poderá fazer nada.

    Watson estava se irritando pouco a pouco.

    [Watson] — Chega! Hellgorak, continue a missão! Continuarei fornecendo mana a você.
    [Hellgorak] — Como quiser, senhor.

    O arquidemônio correu em direção a Wadzar, e o mesmo abriu asas e voou para cima, enquanto o oponente saltava até sua direção. Enquanto isso, os Juggernauts atrás do escudo se comportavam de forma estranha, olhando para trás e gritando e berrando. Lokan percebeu isso, e permaneceu olhando para trás, vendo sangue jorrando e pequenas coisas correndo o ar e atingindo outros demônios. Eles estavam avançando um atrás do outro até alguém que estava ali, aparentemente lutando desde o começo contra eles.

    Hellgorak lança um golpe lateral contra Wadzar, que voa pra cima, fazendo o demônio passar direto e se chocar com uma parede. Ele salta novamente, levantando as duas lâminas para tentar acertar o arcano. Ele defende com a foice, mas com dificuldade. Ele pousa com suas ombreiras esfumaçando fortemente, como se ele estivesse concentrando mais poder. Ele cria uma bola de fogo de uma de suas lâminas e lança até o arcano, que defende girando rapidamente sua foice. Mais algumas bolas vão a sua direção, e ele defende da mesma forma. De repente, Hellgorak aparece em sua frente e o chuta contra a parede, o que cria um imenso buraco.

    O arquidemônio pousa e tenta pegar o arcano, mas ele escapa e se move rapidamente para trás dele, e golpeia suas costas com a foice. Ele urra de dor, alegrando Wadzar, e alegraria mais se fosse real. A criatura, um pouco depois de urrar, começa a gargalhar, caçoando do arcano. Ele faz uma explosão de vapor quente e pega a foice, e faz o homem de preto sair correndo. Um raio de energia vindo do vapor o acerta e o joga longe, caindo no chão, ferido. Hellgorak sai do meio do vapor com um sorriso no rosto e jogando a foice próximo de Watson.

    [Hellgorak] — Pensa que essa foice funcionará em mim, puta? — Vociferou, enquanto o mesmo se levantava e lançava várias magias contra o arquidemônio, todas elas o acertando e desaparecendo na mesma hora que atingia sua armadura — Você sabe quem eu sou, mortal? Sou HELLGORAK! Um dos mais poderosos servos dos Ruthless Seven, e o principal guerreiro de Pumin! Sou o único sobrevivente de minha cabala, e o mais forte dela! Eu era o líder deles! Mas servir a Pumin é muito mais divertido do que ser o líder de demônios pacíficos e estudiosos, isso eu posso garantir!

    Os Juggernauts continuavam caindo. As criaturas que estavam próximas do escudo olharam para trás e correram em direção ao matador delas, e foram derrubadas também. Lokan olhou para o responsável, e seu semblante foi tomado pela euforia. Assim, ele ia desfazendo o escudo, permitindo que ele entrasse.

    [Wadzar] — Não... Não! Você é mais fraco que aquele semidemônio! Como posso perder para alguém como você?
    [Hellgorak] — Eu sei o porquê. Porque você tem medo. Medo de mim e dos Ruthless. Medo de nossa supremacia! Você sempre teve medo, e isso tem a ver com o seu próprio passado. Já vi você lutando com o seu grupo, Wadzar. Naquela missão da Inquisição. Você fugiu de forma vergonhosa na sala de Madareth, deixando seu grupo para ser dilacerado pelo exército colossal de um só dos Ruthless Seven. Você lembra dele sempre que vê um arquidemônio, e essa é a sua fraqueza! Wadzar, você é um COVARDE! Não merece a própria vida nem viver neste mundo! E é por isso — Crava suas lâminas no chão e puxa seu machado, o Machado de Asa de Demônio — Que eu te matarei aqui e hoje! Terminarei o que meu irmão de armas não terminou!

    Wadzar tropeça e cai no chão, aceitando seu destino. Hellgorak coloca o casco direito sobre o tronco inferior do arcano, prendendo suas pernas, direcionando seu machado ao resto do corpo exposto do mesmo. No momento em que ele ia dar o golpe fatal, um dardo enorme com um cabo fino de vidro em fogo junto dele cruza o ar e atravessa a cabeça do arquidemônio, parando na outra parede e deixando um cabo de vidro queimando atravessado ali. Watson sente a dor e grita de raiva, recriando o círculo no ar e trazendo Hellgorak de volta para o seu lar. Lokan olhava ainda feliz e boquiaberto para o dono daquilo.

    [Lokan] — Isso é fogo envidraçado? Como é possível...

    Do meio dos corpos, surge um homem com um casaco vermelho indo até os pés, usando uma calça preta e uma Armadura do Mestre Arqueiro com as linhas em cor vermelha. Cabelos negros, olhos esmeralda, aparência média, mas bem treinada. Até Watson olhou para trás e ficou levemente boquiaberto.

    [Jack] — Foi daqui que pediram um matador de demônios?



    Próximo: Capítulo 44 - Minha Vez


    *Uma Brecha da Realidade seria a quebra da linha entre a realidade e o mundo psíquico. Apenas seres muito poderosos são capazes de abri-las, assim como mandar seres vivos por elas. Elas tem uma aparência semelhante a da reação da água quando recebe um soco, com cores preto e branco.




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    Última edição por CarlosLendario; 13-04-2016 às 17:45.



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  6. #286
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    Saudações!

    WATSON APELÃO! APELÃO DO CARA**O!

    Velho, é um personagem mais overpower do que o outro... Não que isso seja ruim! A descrição ficou ótima, parabéns! ADOREI a aparição do Hellgorak e de como você fez a personalidade dele. Ele usou o Wadzar como pano de chão, e eu achei ótimo.

    Gente, sdds Jack... Ele tava muito sumido. Vish... Agora eu quero é ver o que vai acontecer com o Watson depois dessa...

    No mais, estou gostando MUITO do caminho que você está dando à sua história. Realmente, se o @Ramon PC estivesse aqui para testemunhar a história, ele certamente ficaria muito feliz por ver até onde você chegou. Na realidade, acho que toda aquela galera que conehcemos nos idos de 2011-2013 ficariam muito felizes com o seu avanço. De verdade.

    Estou gostando dessa sua nova fase como um todo; olhando em retrospecto, você está escrevendo melhor e com mais motivação do que antes. Seus capítulos tem me prendido muito e a tendência é só melhorar. Não repouse nos louros ainda -- continue com o bom trabalho. Estarei aqui acompanhando, sempre.


    Abraço,
    Iridium.

  7. #287
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    Olá.

    Estou eu aqui de volta, não para escrever, mas sim para te parabenizar. Você tem evoluído bastante e os textos estão visualmente muito mais bonitos, sem aquela "bolotera" de palavras, parágrafos juntos uns aos outros.
    As descrições desse ultimo capitulo ficaram ótimas, pelo pouco que li já deu pra imaginar o cenário que se passava a luta.

    Como eu disse nos primeiros posts: "As descrições são a alma do texto".Bom, você meu amigo, não só deu uma alma, mas deu a força necessária de que todo ótimo texto necessita para fazer a imaginação do leitor viajar por entre os parágrafos. Você deve ficar orgulhoso de seu avanço.

    Agora, estou partindo para meu mundo.

    Até a próxima.
    Última edição por Lord Dimmy; 21-03-2016 às 22:39.
    Atenciosamente,
    Lord Dimmy




  8. #288
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    Pronto,

    Enfim atualizado!

    No cap 41 parte 1 eu li um "mudaram uma mudança", acho que era pra ser "notaram...", mas tenta pensar em outra coisa pq já tem um "notaram" logo depois!

    De resto, só as mudanças de tempo verbal que me incomodaram (do passado pro presente)

    Aguardando os próximos capítulos! Eu sei que você gosta de lutas, mas eu prefiro saber os panos de fundo, os segredos e o desenrolar da história.
    Última edição por Danboy; 25-03-2016 às 21:55.
    Gosta de Roleplay?
    Então pegue uma xicará de chá, sente-se e leia a história de Dan da Cidade de Carlin.

    (Última Atualização: Livro V: Capítulo 5 - A Guera de Reconquista (Parte 2/2), postado no dia 06.03.2017)

  9. #289
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    Padrão Capítulo 44 - Minha Vez

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!

    WATSON APELÃO! APELÃO DO CARA**O!

    Velho, é um personagem mais overpower do que o outro... Não que isso seja ruim! A descrição ficou ótima, parabéns! ADOREI a aparição do Hellgorak e de como você fez a personalidade dele. Ele usou o Wadzar como pano de chão, e eu achei ótimo.

    Gente, sdds Jack... Ele tava muito sumido. Vish... Agora eu quero é ver o que vai acontecer com o Watson depois dessa...

    No mais, estou gostando MUITO do caminho que você está dando à sua história. Realmente, se o @Ramon PC estivesse aqui para testemunhar a história, ele certamente ficaria muito feliz por ver até onde você chegou. Na realidade, acho que toda aquela galera que conehcemos nos idos de 2011-2013 ficariam muito felizes com o seu avanço. De verdade.

    Estou gostando dessa sua nova fase como um todo; olhando em retrospecto, você está escrevendo melhor e com mais motivação do que antes. Seus capítulos tem me prendido muito e a tendência é só melhorar. Não repouse nos louros ainda -- continue com o bom trabalho. Estarei aqui acompanhando, sempre.


    Abraço,
    Iridium.
    Opa Iri. Não diria que o Watson é tão OP assim, uma vez que ele apenas descobriu enquanto tomado pelo lado demoníaco que ele podia invocar um dos servos do pai dele, Pumin. Mas é claro que é uma invocação bastante apelona, isso eu concordo. Afinal, é Hellgorak. E eu estava ansioso para escrever este capítulo justamente pra poder fazer o Wadzar sendo tratado como lixo, hehe.

    Eu agradeço todos os elogios. Sinto falta do Ramon e do pessoal que acompanhava minha história. Eu realmente ficaria muito feliz em receber a opinião de cada um deles quanto ao meu estado atual.

    Espero que goste deste capítulo

    Citação Postado originalmente por Lord Dimmy Ver Post
    Olá.

    Estou eu aqui de volta, não para escrever, mas sim para te parabenizar. Você tem evoluído bastante e os textos estão visualmente muito mais bonitos, sem aquela "bolotera" de palavras, parágrafos juntos uns aos outros.
    As descrições desse ultimo capitulo ficaram ótimas, pelo pouco que li já deu pra imaginar o cenário que se passava a luta.

    Como eu disse nos primeiros posts: "As descrições são a alma do texto".Bom, você meu amigo, não só deu uma alma, mas deu a força necessária de que todo ótimo texto necessita para fazer a imaginação do leitor viajar por entre os parágrafos. Você deve ficar orgulhoso de seu avanço.

    Agora, estou partindo para meu mundo.

    Até a próxima.
    Cara, seu comentário realmente me pegou de surpresa.

    Muito obrigado por ter reservado seu tempo para ler todos os capítulos, e principalmente pelos elogios. Fico realmente feliz por saber que minha evolução foi grande assim.

    Sua frase martelou na minha mente e passei a levá-la para tudo que eu escrevi até hoje. Estou sempre tentando melhorar as descrições e evitando deixar algo para trás que seja importante. Eu realmente percebi, com o tempo, que as descrições são muito importantes e que fazem um texto. No meu caso, estou escrevendo algo passado num mundo que foi inteiramente criado por mim, então eu preciso ter foco nas descrições. Obrigado por ter me dito isso.

    Espero que você volte futuramente!

    Citação Postado originalmente por Danboy Ver Post
    Pronto,

    Enfim atualizado!

    No cap 41 parte 1 eu li um "mudaram uma mudança", acho que era pra ser "notaram...", mas tenta pensar em outra coisa pq já tem um "notaram" logo depois!

    De resto, só as mudanças de tempo verbal que me incomodaram (do passado pro presente)

    Aguardando os próximos capítulos! Eu sei que você gosta de lutas, mas eu prefiro saber os panos de fundo, os segredos e o desenrolar da história.
    Até que enfim, hein, dantio.

    Vou dar uma conferida neste erro. E posso garantir que futuramente terá mais segredos e um desenrolar maior da história. Mas as lutas são mais importantes, hehe.

    Espero que goste deste capítulo!





    Bem, desculpem-me pela demora. Finalmente trago-lhes o capítulo 44 e a continuação dessa treta.


    Espero que gostem!


    No capítulo anterior:

    Watson luta com Wadzar em um feroz duelo, e no meio deste, o mago consegue invocar Hellgorak, um dos servos dos Ruthless Seven, que facilmente derrota Wadzar. Mas antes que ele pudesse finalizá-lo, Jack reaparece e quase mata o arquidemônio, e assim retornando ao grupo.



    Capítulo 44 – Minha Vez





    Jack desceu do corpo do demônio que ele estava e se dirigiu a passos lentos onde estava Lokan e Polos. Watson olhava para ele com ódio e surpresa; Era como se uma parte dele o odiasse por ter quase matado Hellgorak e a outra impressionada por Jack estar vivo e bem. O paladino parou alguns passos atrás de Lokan, mantendo a melhor distância possível do mago.

    [Jack] — Watson... Fico feliz que esteja bem. Fiquei preocupado com vocês.
    [Watson] — E daí? — Vociferou, usando de uma voz demoníaca e macabra — Resolveu aparecer agora só pra nos atrapalhar? Justamente quando estávamos com tudo sob controle?
    [Jack] — Aquele arquidemônio ia matar Wadzar! Tá louco? Ele é nosso amigo, nos ofereceu abrigo e comida e nos ajudou!
    [Watson] — Wadzar NUNCA foi nosso amigo! Ele queria nos usar para os objetivos dele, e quando não conseguiu nos dominar, tentou nos matar! Está com amnésia?
    [Jack] — É... Acho que sim. Pois eu não me lembro de nenhuma vez que ele tenha nos feito mal.

    A expressão de surpresa e ódio de Watson só ficou pior.

    [Watson] — Então por que se intrometeu? Por que matou meu prodígio? Meu maior feito?
    [Jack] — O quê?

    Lokan percebia o rumo que aquilo ia tomar e pegou o rosário de seu bolso. Começou a rezar em silêncio com o rosário em mãos, mas aquilo não atraiu a atenção do mago, felizmente.

    [Watson] — Burro, burro, BURRO! Ele era MEU! Hellgorak era MEU! E você o colocou num estado de quase morte, sem mais nem menos... Eu... — Gritava e gaguejava, levando as mãos ao rosto, completamente desolado.
    [Jack] — Watson... — Disse, aproximando-se devagar — Ele não era seu. Não era de ninguém. Você está se enganando, está sendo tomado por esse poder! Pare com isso agora!

    Watson levantou seu rosto, agora tomado pelo ódio.

    [Watson] — Você veio em péssima hora, sempre vem. Sempre perdoei. Mas agora, juro que isso vai ser diferente. — Murmurava, enquanto dezenas de runas de Morte Súbita corriam pelas chamas púrpuras do seu corpo — Você vai PAGAR PELO QUE FEZ!

    Lokan rapidamente se levantou, virando-se para Watson. O rosário em sua mão brilhava levemente, e este é apontado na direção do mago.

    [Lokan]A Última Purificação – Exorcizar! — Berrou, enquanto uma poderosa luz cerca a mão do sacerdote e explode, deixando um grande halo branco para trás e indo rapidamente na direção de Watson.

    A magia toca suas chamas e as atravessa, indo direto no coração do mago. Uma cruz dourada e gigante vai tomando forma no corpo dele, enquanto o mesmo gritava e berrava. As runas eram tomadas por dezenas de ankhs, e o fogo ia diminuindo e sua cor ficava cada vez mais fraca. Os espirais negros que corriam em volta de seu corpo desapareceram e os aspectos demoníacos dele também. Pouco a pouco, Watson era purificado, mesmo que a força.

    Durante o processo, a Foice do Primeiro Pecador sai do chão e voa até a direção de Wadzar, que a pega com um sorriso no rosto. Ele estava de pé e bem, aguardando o momento certo para agir. Enquanto isso, Watson é plenamente purificado, tendo suas chamas retiradas de seu corpo e seu eu verdadeiro recuperado. Quando todos os efeitos mágicos desaparecem, ele cai no chão, desacordado. Jack fica feliz pelo ocorrido, mas sua expressão muda quando vê Wadzar.

    [Wadzar] — Excelente! Era tudo que eu precisava. Obrigado, Jack, sempre sendo útil, diferente desse seu primo retardado.


    O semblante de Jack é tomado pela surpresa. Uma surpresa forte e impactante.

    [Jack] — O... O quê?
    [Wadzar] — Olha, não tenho tempo para explicar. Se ainda quiser me ajudar, é bem vindo.
    [Lokan] — Não acredite nele, Jack! — Disse, virando-se para o paladino. Ainda estava fraco e ajoelhado.
    [Jack] — Por quê?
    [Lokan] — Hellgorak explicou que ele não é nosso aliado! Ele veio para Sensaton buscando as armas de Lezario para dar pra Fardos recuperar o poder dele!
    [Jack] — Er... Bom, isso não era para ser uma coisa boa? Afinal, ele é o segundo criador de Tibia.
    [Wadzar] — Exato! — Disse, não conseguindo ofuscar muito sua intenção desesperada de fazer Jack ficar do seu lado. — Estou em uma missão divina para salvar Tibia! Ajude-me, Jack! A criatura do mito nos dirá o que fazer!
    [Lokan] — Não! Jack, durante nossa viagem para Polerion, Watson me explicou que há um deus criador corrompido, e este é Fardos, com certeza! Se você der esses poderes sem mais nem menos para ele, é provável que ele se torne uma entidade maligna por não conseguir lidar com o poder! Isso já aconteceu uma vez em Sensaton, e eu não vou permitir que isso ocorra novamente!

    Wadzar deu alguns passos para trás, nervoso e com medo. Jack, apesar de não se lembrar muito de Lokan, sabia do caso desse deus corrompido. Ele então olhou para o arcano, com cara de poucos amigos, enquanto tomava a frente do trio no chão.

    [Jack] — Creio que não posso confiar em você.
    [Wadzar] — Não me importo! Vou acabar com qualquer um que se meter no meu caminho! — Disse, cortando o ar com sua foice, lançando um corte brilhante até Jack. Uma parede feita de um vidro transparente com tonalidade de fogo subiu do chão, defendendo o golpe.
    [Jack] — Depois de mim, não mais.

    Jack enfiou os dedos dentro do vidro e puxou parte do fogo dentro dele, o lançando para os lados, como uma barreira para proteger seus amigos. Wadzar prepara um golpe de morte em uma de suas mãos, esperando Jack aparecer para ser golpeado, e esperava que este aparecesse das chamas. Entretanto, ele aparece pela direção da barreira, quebrando-a com o impacto de seu corpo. Ele inicia o conflito atirando um dardo vermelho contra o arcano, que o defende girando sua foice. Ele gira seu corpo enquanto faz o mesmo movimento com a foice, e após terminar sua volta, ele corta o ar novamente, lançando o mesmo poder contra o inimigo. O mesmo defendeu levantando o mesmo tipo de barreira, da mesma altura.

    Jack correu mais para a direita novamente, recarregou e disparou mais um tiro. Wadzar desviou e este tenta avançar contra o arqueiro, que ao notar, cria uma parede de fogo próximo dele. Ele volta para o meio das duas barreiras, recarrega e se posiciona, enquanto o arcano aparece pelo outro lado das chamas.

    [Jack]Exori Con! — Pronunciou, disparando uma lança etérea contra o arcano, que escapa dando um salto rápido para trás.

    Jack corre para a esquerda, enquanto Wadzar aparece rapidamente correndo pro mesmo lado. Ele não perde tempo e pronuncia a mesma magia mais uma vez, quase o pegando. Quando este revida, ele faz subir outra barreira de vidro de fogo. Ele dá um salto e cria uma barreira semelhante abaixo dele, e outra abaixo de sua extremidade esquerda, formando uma posição própria para ele. Para evitar aproximações, ele cria uma alta parede de fogo, deixando Wadzar preso no outro lado.

    [Jack]Icaranis! — Pronuncia, trazendo dezenas de flechas do céu diretamente a Wadzar. Ele escapa de todas, e forma asas de cristal provindas de sua arma para tentar alcançar o inimigo.
    [Wadzar] — Se eu fosse você, ficaria mais longe do chão!
    [Jack] — Boa ideia!

    Jack gera um cilindro gigante a partir do piso onde estava, este também feito de um vidro cor de fogo. Estando a muitos metros do chão, ele prepara-se para um golpe fatal no arcano.

    [Jack]Utito Prae Tempo! — Pronuncia, criando um halo pequeno e brilhante cheio de símbolos e dourado na frente de seu olho. Com ele, Jack consegue pegar todos os movimentos do inimigo vindo em sua direção — Utito Tempo San! Exori Gran Con!

    Uma lança etérea enorme e com uma velocidade extremamente alta vai em direção de Wadzar, que tenta escapar. Mas a magia parecia saber onde ele ia, indo exatamente para onde ele tenta escapar. Quando percebe, a magia já passava pelo seu rim esquerdo, passando pelo estomago e logo sairia pelo rim direito. Ela termina se chocando com a parede próxima, fazendo um grande estrondo e jogando bastante fumaça pra fora. O feiticeiro perde suas asas e cai no chão, imóvel.

    Jack salta da torre e cai próximo do trio. Ele vai até Polos, o mais fraco.

    [Jack] — Ele está bem?
    [Lokan] —Sim, está. Ele reagiu bem a minha magia avançada de cura, então logo estará de pé e pronto pra lutar. Por hora estou mantendo ele inconsciente para se recuperar mais rápido.
    [Jack] — Ah, que bom. Eu acho que conheço ele...
    [Polos] — O nome dele é Polos Alarstake. Como é o seu sobrenome, imagino que seja alguém da sua família, não?

    Jack lembra-se de quem era e fica surpreso.

    [Jack] — Sim! Ele é um primo distante meu e de George! O que ele faz aqui?
    [Lokan] — Quando estávamos vindo para cá, nós nos encontramos durante uma batalha marítima. Ele faz parte de uma organização rebelde que almeja derrubar Sensalia. Tenho certeza que ele irá explicar melhor quando voltarmos.
    [Watson] — Por falar nisso, onde está essa criatura?

    Neste momento, um bater de asas e um som agudo e estridente, porém baixo e abafado, é ouvido acima deles.

    [Jack] — Imagino que esteja voltando.

    De repente, surge uma caveira negra coberta por sombras do meio das chamas. Uma barreira menor de vidro surge atrás de Jack e defende o golpe. Ele rapidamente se vira para trás, junto dos outros.

    [Wadzar] — Vai precisar de mais do que isso para me derrotar! — Gritou, com a boca cheia de sangue, do qual também havia vazando dos dois lados de seu corpo.

    Jack correu até próximo do meio do campo e mirou sua besta na cabeça de Wadzar, que se encontrava fraco, mas se regenerando. Ele pega duas runas brancas de dentro de seu casaco e as quebra em suas mãos, lançando um forte brilho azulado pelo seu corpo, curando suas feridas. O arqueiro dispara um tiro reto até o alvo, mas este defende com sua foice.

    [Wadzar]Utori Mort!

    A magia sai pela foice e segue a mesma trajetória do dardo, revelando um fio grosso de vidro vindo de sua traseira até a besta. A maldição segue por ela e chega até a arma, do qual Jack solta e deixa cair no chão. Ela se desfaz pouco a pouco, como se estivesse em um estado de decomposição muito rápido.

    [Jack] — Desgraçado!
    [Wadzar] — Há! Estava certo. Descobri seu esquema que torna seus dardos mais fortes. Quero ver agora você me enfrentar!
    [Jack] — Não preciso dele para lutar.

    Jack gera duas grandes e pontudas lâminas de vidro no lugar de suas mãos e avança contra o inimigo, fazendo também a parede desaparecer. O mesmo avança também, e no encontro geram um grande choque de poder. Uma troca massiva de golpes se inicia, golpes muito rápidos e habilidosos eram desferidos um contra o outro, e sempre defendidos de forma igualmente habilidosa.

    Jack decide terminar logo o duelo, fazendo chamas se acumularem nos vidros e caírem no chão, fazendo os golpes de Wadzar se atrapalharem. Finalmente ele acerta um chute em sua barriga, e quando este se recolhe, ele aproveita e crava as duas lâminas de vidro em suas costas, e então quando ele se levanta de dor, o paladino soca-o no rosto, fazendo-o parar longe. Cada um fica de um lado do campo, encarando um ao outro de forma mortal. Wadzar ainda estava no chão, de lado, tentando se levantar ainda com as laminas nas costas.

    [Jack] — Essa luta está acabada.
    [Wadzar] — Chega de papo... Lute! — Vocifera, tentando se levantar — Essa luta só acaba quando eu parar de respirar!
    [Jack] — Se eu disse que está acabada, é porque está.

    Uma grande armadilha de vidro cor de fogo, quase transparente, se revela no lado de Wadzar. Ela começa do meio do campo e vai até a parede mais próxima, e não é muito alta. O arcano se levanta, com muito ódio.

    [Wadzar] — Me recuso a perder dessa forma! EXEVO GRAN MAS VIS! — Pronuncia, direcionando a magia para logo acima de Jack.
    [Jack] — Olha só... Justamente o que eu estava procurando.

    Jack pega um saquinho branco com ornamentos negros na cintura, abre e joga logo acima dele, formando uma pequena nuvem de um pó branco. Quando as nuvens se formam acima dele e os raios começam a cair, o pó defende os golpes e parece tomar forma conforme mais raios caiam. Quando a magia acaba, o conteúdo do saco não era mais o mesmo, e sim uma espada curta e curvada, de longo comprimento, branca e com um cabo negro. O paladino rapidamente toma a espada no ar, com um sorriso no rosto. Wadzar fita-o, abismado e boquiaberto com o ocorrido.

    [Jack] — Minha vez.

    A armadilha de vidro explode por toda a sua área, com bastante força. O estrondo foi forte o bastante para mexer nas nuvens logo acima, e provavelmente para matar o feiticeiro. Quando ela desaparece, levantando muita fumaça, Jack observa a tempestade, tentando achar o corpo de Wadzar ou pelo menos a foice caída. Mas o que ele vê é o feiticeiro saindo de dentro da fumaça, usando as asas provindas da foice, indo para as nuvens. Estava bastante debilitado e com a roupa toda chamuscada.

    [Wadzar] — Pagará por isso! Pode não ser eu que o fará pagar, mas de alguma forma você terá que pagar. Ouça minhas palavras, pois sou Wad-

    As nuvens acima dele se dissipam e uma enorme criatura surge, cravando suas garras no corpo do arcano. Ele então joga o mesmo até a direção de Jack, que coloca sua espada em posição para acertar-lhe o pescoço, e assim o faz. O homem de vermelho ainda consegue retirar a espada, puxando-a para o lado, e então a levando para o lado direito de novo, decepando finalmente Wadzar, e matando-o.

    O corpo cai aos seus pés, sujando-lhe os sapatos e a calça de sangue. Mas ele parecia não se importar, uma vez que seus sapatos já eram vermelhos. Ele apenas afasta o corpo e vê a criatura pousar no chão, a tal criatura do mito. No mesmo momento, Polos acorda e Watson consegue finalmente se levantar, apenas para verem o que era esse ser.

    Asas grandiosas de águia, corpo de leão, porém coberto de penas, a cabeça imponente do mesmo animal dono das asas. O que eles tinham a sua frente era um grifo.




    Próximo: Capítulo 45 - Solução
    Última edição por CarlosLendario; 22-04-2016 às 18:55.



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  10. #290
    desespero full Avatar de Iridium
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    Saudações!

    Primeiramente, muito bom Capítulo!

    Em segundo... Vamos parar de misturar tempos verbais aí, mocinho! Se vc está contando a história no pretérito, atenha-se a ele! Ficar oscilando entre pretérito (perfeito e imperfeito) e presente do indicativo confunde um pouco o leitor, que perde a noção de sequência do seu texto!

    Outra coisa: em uma das linhas, onde o Jack fala "Exori Con", tem uma chave ( ] ) solta em meio à fala. Dá uma corrigidinha depois.

    No mais, gostei das descrições e achei merecido o final que Wadzar percebeu. Foi esmagado como o inseto que decidira ser, e eu achei ótimo! Gostei da aparição majestosa dessa criatura, e quero ver de onde o Jack conseguiu essa sacolinha do mal aí AEHUAEHUAEHUAEAHU

    Em suma, é isso -- continue, que tá shô de pelota!


    Abraço,
    Iridium.

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