
Postado originalmente por
Iridium
Saudações Carlos!
Desculpe minha demora e sumiço -- esses últimos tempos andaram mais complicados e precisei ficar um pouco mais imersa no Tibia para poder voltar a ter ânimo de escrever e ler as histórias da Seção. De qualquer forma, eu li os últimos 3 capítulos postados por você, e devo dizer que gostei muito deles.
Como o Dan já pontuou, gostei de você ter tornado Banor um Druida. Além do fato de Banor ser um personagem importantíssimo na história de Tibia, é bom ver alguém o explorando dessa forma. Espero continuar vendo mais dele. Estou gostando muito do andamento da missão também e quero ver o desenrolar de tudo isso.
Ah, "Curumin", se n me falha a memória, é um termo em tupi ou em guarani que significa "jovem, garoto ou criança". Não sabia da relação com Gandalf, contudo. Vivendo e aprendendo, rs. Em termos de ortografia, nada me saltou aos olhos -- o texto está bem revisado e formatado. Continue assim =)
De qualquer forma, estou acompanhando. Aguardo o próximo capítulo.
Abraço,
Iridium
P.S.: Ao menos vc está tendo muita força de vontade e determinação para terminar a sua história... Eu precisava retomar a minha xD
Opa, Iri. Salvou essa história de cair num poço de novo.
Você já explicou bem a cerca da demora, e tá bem explicado, não se preocupe. E espero que estes últimos capítulos tenham te ajudado a devolver sua inspiração
Banor irá ter mais utilidade futuramente, não nesse livro, mas futuramente. Espero que isso seja convincente, já que acho ele um ótimo personagem e que pode combinar com a história.
E eu não sabia desse lance do significado do Curumin Oo ele nunca teve nada a ver com o Gandalf. Eu baseei Curumin no nome "Ólorin", nome do Gandalf quando este era um Maiar. Bem, devo dizer que Banor ainda está procurando um nome que combine com ele, então Curumin pode deixar de ser o nome dele.
Na verdade isso é uma desculpa pra eu achar um nome maneiro pra ele, ainda bem que tenho um pouco de criatividade pra criar nomes HUUAHUA
E obrigado por tudo, Iridium. Tem ajudado essa história pra caralho.
Bem pessoal, essa é a continuação da luta no navio do capitão, que também conta com uma pequena conexão com um acontecimento dessa história atual. Espero que gostem!
No capítulo anterior:
Watson e Lokan encontram um navio para partir pra Polerion, mas este está sob controle de uma tropa de Sensalia. Watson desafia o líder dessa tropa para provar seu poder, tem uma luta dura com ele, e vence, com isso entra para a tropa junto de Lokan. No meio da viagem, numa madrugada escura e pouco visível, um navio de rebeldes encosta e invade o navio do capitão, e um dos lideres é alguém inesperado: Polos Alarstake, um primo de George.
Capítulo 37 – Tormenta pt. II
O navio se encontrava furiosamente agitado. Os soldados sensalianos combatiam com força de vontade e habilidade os rebeldes, enquanto o inimigo invadia e combatia com experiência, estratégia e fúria. Os soldados de armaduras grandes e escamosas combatiam os principais soldados sensalianos, fazendo certa desvantagem sobre os mais fracos, e os bárbaros bagunçavam as posições dos soldados com sua fúria e força. Hiagaram, como esperado, estava praticamente chutando vários do navio com sua força e sua grande espada incendiada.
Lokan estava apenas curando seus aliados e atacando qualquer inimigo que chegasse perto dele com ataques divinos, já que seu bastão mágico e habilidades divinas eram inúteis com humanos. Já Watson estava perdido e imerso em dúvidas.
Por que Polos estava ali?
Quem eram os rebeldes?
Por que estava escapando de ataques de alguém de uma família tão próxima dos Amerake?
Watson enfim parou um golpe e usou força psíquica para que o machado fosse para o chão e ficasse gravado ali. Em seguida, ele usou a mesma força para afastar Polos do machado, e em seguida ele pulou até o cabo do machado, e manteve um pé em cima do cabo, e o outro na lâmina. Voltou sua atenção para Polos, que planejava avançar.
[Watson] — Por que está me atacando? Você me conhece, somos amigos!
[Polos] — Não sou amigo de nenhuma escória servidora de Sensalia!
Polos tentou chutar Watson para derrubá-lo e matá-lo, mas o mago foi mais rápido e o afastou alguns passos para trás com força psíquica, que foi um pouco forte demais, fazendo o bárbaro cambalear para trás.
Ele entrou em fúria. Correu até Watson, saltou e conseguiu acertar-lhe em seu rosto um soco forte, e conseguiu tirá-lo de cima do machado, mas não o derrubou. Em seguida, ele tratou de ser rápido para pegar o machado, mas recebeu uma bola de fogo em seu rosto quando começou a puxá-lo. Em seguida, alguns raios finos de energia tocaram seu corpo, o eletrocutando. Mas o bárbaro era resistente, não se deixou abalar pelo golpe e continuou puxando o machado.
Quando ele enfim conseguiu tirá-lo do chão, Watson surge com uma grande marreta incendiada, avançando para um golpe fatal. Ele pulou para seu lado assim que a arma veio, e em seguida correu em direção do mago com o machado levantado. Sem rodeios, o Amerake lançou uma bola de energia nele, que explodiu no pescoço de Polos, lançando-o no chão.
[Watson] — Não estou do lado deles, Polos! Preciso chegar até Polerion, me unir a eles foi a única opção que eu tive!
[Polos] — Não acredito em você! Por que esconde o motivo de ir até aquele lugar desgraçado? — Urrou para Watson, e ainda em efeito de fúria, chutou o tornozelo de Watson, fazendo-o tropeçar — Você só pode estar buscando algo de interesse deles, por isso Tariko estava com vocês em Fusia!
Watson não teve nem tempo de responder. Polos rapidamente se levantou e socou seu peito, levou sua cabeça de encontro ao seu joelho levantado, e deu um poderoso soco em seu queixo, levando-o ao chão. O mago ia tentar se levantar, mas o bárbaro rapidamente ressurgiu com o seu machado e desferindo um golpe violento com ele. Watson defendeu rapidamente com um escudo de fogo, que lançou uma onda de choque ocorrida devido ao golpe, afastando um pouco Polos. Mas ele não desistiu e continuou desferindo sucessivos golpes até quebrar o escudo de fogo do mago. Neste momento, Watson chutou com os dois pés a barriga do homem, se levantou rapidamente e criou uma explosão púrpura, jogando Polos pra dentro da cabine e matando alguns rebeldes e três soldados sensalianos.
Watson ficou preocupado. Ele correu até a cabine para ver se Polos havia aguentado a força da explosão, e o viu encostado na mesa de trabalho do capitão. Ele correu até o homem e percebeu que ele ainda estava acordado, apesar do golpe e das queimaduras pelo corpo.
[Watson] — Pode finalmente me ouvir?
Polos não o respondeu, apenas continuou olhando para ele de forma séria.
[Watson] — Eu e o sacerdote lutando ali, nós estamos indo para Polerion em busca da cura para George. Ele recebeu um selo em seu corpo, e é só questão de tempo até ele acabar morrendo por causa do selo. Nós nos juntamos aos sensalianos pra chegarmos à ilha, pois este era o único navio zarpando para lá. Mas estamos apenas os usando.
[Polos] — Não estão defendendo os sensalianos?
[Watson] — Apenas fingindo. Por favor, acredite em mim!
Polos ficou olhando para ele e ficou pensativo por um bom tempo. Quando Watson estava próximo de falar alguma coisa, eis que o bárbaro finalmente fala o que ele esperava.
[Polos] — Certo. Me ajude a tomar este navio, e iremos para Polerion para salvar George juntos.
[Watson] — Isso!
Watson pegou a mão de Polos e o ajudou a se levantar. Dois soldados bárbaros entraram na sala, prontos para enfrentar Watson, mas Polos os parou.
[Polos] — Ele é um aliado!
Os soldados assentiram e voltaram para a batalha que estava ocorrendo no centro do navio. Antes que eles fossem também, Polos parou o mago ficando em sua frente.
[Polos] — Vi que você é um feiticeiro. O que mais é capaz de fazer?
[Watson] — Eu sou mais que isso... — Disse, e em seguida encheu seu corpo de suas chamas púrpuras, pronto para a batalha. Polos ficou bastante impressionado, mas sorriu; Aquilo seria de extrema utilidade ali.
Eles voltaram para o campo de batalha, com o bárbaro decepando um soldado sensaliano e o mago lançando outro soldado para longe com uma bola de fogo. Polos correu batalha adentro e Watson ia segui-lo, se não fosse pelo poderoso golpe de uma espada em suas costas, tão forte que o jogou no chão como um boneco atirado com força. O golpe era tão poderoso poderia ter decepado seu busto inteiro se não fosse as chamas púrpuras, um estágio mais forte do seu poder. O responsável era, obviamente, Hiagaram.
[Hiagaram] — Eu imaginava que você era muita coisa. Mas não que era o tibiano, e ainda mais um espião dos rebeldes.
Watson tentou se levantar, mas foi chutado, levado até a mureta próxima a ele.
[Hiagaram] — Farei seu poder desaparecer, e assim que isso acontecer, o matarei lento e dolorosamente.
Watson sentou-se na mureta e suas chamas ficaram mais claras, agora, roxas. Ele viu seu oponente rindo e se vangloriando de uma provável vitória, uma vingança. Mas ele conhecia a si mesmo — E ele sabe que jamais perderia uma luta assim.
[Watson] — Exura Gran! Exevo Gran Mas Vis!
Grandes nuvens de um cinza escuro sombrio se formaram ao redor do navio. Em dois segundos, dezenas de raios começaram a atingir os seus inimigos sensalianos, e principalmente Hiagaram, que recebeu mais raios. Quando as nuvens passaram, Hiagaram estava de joelhos, sua espada longa, grossa e incendiada estava no chão, e várias partes de sua armadura estavam abertas e chamuscadas, e seu capuz não existia mais, pois estava completamente chamuscado, revelando seu cabelo negro com um corte militar, e vários machucados sérios nela, além de sangue escorrendo para seu rosto e pingando.
Watson se levantou e percebeu que o corte profundo e enorme em suas costas não existia mais. Ele pegou o pescoço de Hiagaram e o levantou como se fosse um graveto.
[Watson] — Desculpa. Mas seu nível de poder jamais conseguiria fazer alguns arranhões no meu. E por isso, vou te dar o que precisa: Uma morte rápida. Agradeça essa minha piedade quando estiver ardendo no inferno do seu mundo.
O mago se encheu em chamas púrpuras, e em seguida, sem pena e com toda a crueldade que ele nunca achou que existia nele, ele explodiu a cabeça de Hiagaram, espalhando sangue por todos os lados e enchendo sua roupa e rosto do sangue do inimigo. O que quer que houvesse dentro da cabeça do cavaleiro, seja seu cérebro, seu crânio, seus olhos, tudo explodiu junto de sua cabeça e não deixou rastros.
Ao verem isso, os soldados sensalianos se renderam juntamente do capitão do navio, mas não do seu contramestre, pois este já jazia morto. Os rebeldes explodiram em alegria, soltando gritos e berros fortíssimos de comemoração, levando suas armas ao céu e enchendo o recinto da euforia dos vencedores.
Já Watson se encontrava em choque. Não acreditava no que tinha acabado de fazer, e se sentia um monstro. Ele desfez suas chamas e se sentou na mureta, observando a poça de sangue do pescoço quase inexistente de Hiagaram. Olhou o sangue em suas mãos, e descobriu uma desvantagem fatal em seu poder, algo que não fazia parte de sua personalidade bondosa. Era seu lado demoníaco, que havia despertado e agido. Lokan viu Watson perto do corpo do comandante e foi até ele, imaginando algo ruim acontecendo com o amigo.
[Lokan] — Você está bem?
[Watson] — S-Sim... Só estou...
Ele não continuou. Seu silencio perturbava Lokan, que sentia que algo estava errado.
[Lokan] — É sobre o que você acabou de fazer?
Ele continuou em silencio. Enquanto isso, Polos, ao longe, chamava Lokan para ajudar os soldados feridos enquanto ele botava o capitão para trabalhar, para que assim pudessem ir para Polerion. Enquanto isso, outros soldados não feridos e um sargento voltam para o outro navio para pegar suprimentos e logo ajudar a tirar os corpos do navio. Watson continuou no mesmo canto, por bastante tempo, em silencio, sem se mexer.
Mais do que nunca, ele agora temia seu lado demoníaco, de se tornar o que seu irmão se tornou. Ele não queria virar um demônio.
Próximo: Capítulo 38 - Terra da Névoa.