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Tópico: A Voz do Vento

Visão do Encadeamento

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  1. #11
    desespero full Avatar de Iridium
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    Padrão Capítulo 7

    Capítulo 7 - Crunor Salve os Ciganos (Parte 2 de 3)

    Dia em que Ireas Keras encontrou mais pistas deixadas por sua mãe... E uma estranha lista nômade.

    Meu coração batia muito forte na medida em que andava sob aquele sol escaldante; afinal, o que estaria escrito na carta que peguei? Aquela ansiedade toda estava me deixando tonto. Eu não conseguiria combater ninguém se meu estado piorasse.

    De repente, senti certa umidade naquele ar seco e quente do deserto de Darama — o Oásis estava perto, assim como os nômades que roubaram o carregamento de Ahmet...

    Meu coração continuava disparado, e senti que iria desmaiar. As palmeiras e várias plantas do oásis já eram visíveis, bem como alguns cervos e hienas. Ver aquela fauna e flora concentradas em um único ponto foi o bastante para me acalmar...

    Logo em seguida, reparei nas cabanas dos nômades. Decerto o carregamento de Ahmet estaria por ali.

    Quando fui fazer essa missão, já não mais empunhava o Cajado da Mordida de Cobra — Eclesius me indicara outro, ainda que cuidar de Druidas não fosse sua função primária —; eu estava na posse do Cajado da Luz da Lua, cujas lufadas de ar frio faziam do clima desértico extremamente tolerável e melhorava meu ânimo.

    Quatro nômades vieram em minha direção com suas cimitarras em riste. Não hesitei em congelá-los — não era uma matança desnecessária, mas sim caso de vida ou morte. Um deles se ajoelhou pedindo por misericórdia.

    — Escute, não quero te matar — Falei, tentando manter-me acordado — Vamos fazer o seguinte: você me diz onde está o carregamento que vocês roubaram, que eu não tiro sua vida. Temos um trato?

    — S-sim — Gaguejou o nômade, mostrando-me onde estava o carregamento — Pode pegar... Por favor, não conte ao meu chefe!... Poderia fazer-me um favor?

    — Depende... — Respondi, desconfiado — Do que se trata?

    Arito — Ele disse sério e com uma lista na mão — Nosso líder nos mandou fazer uma base aqui a fim de capturar o traidor...

    — Arito? — Repeti surpreso.

    - Traga-o até nós... E salve minha pele – Disse o nômade antes de se retirar de minhas vistas.

    Quando o nômade saiu, a última coisa de que me lembro foi de ter guardado a lista em minha mochila... Depois, tudo começou a girar e a embaçar.

    Depois, foi escuridão total.

    ***

    — Ei garoto! Acorda!

    Andarilho, pare de cutucar o coitado!

    — Perdão, Brand! Tadinho, ele é tão magricela e... Que diabos é isso nas unhas dele? Resina?

    — Silêncio, vocês dois! Ele está acordando! Boa noite, dorminhoco!

    Minha cabeça girava, e todo o ambiente parecia estar embaçado. Eu não reconhecia aquele lugar, mas podia supor que era em Ankrahmun, a julgar pelo arenito que fazia as paredes e o chão. Eu estava deitado em um catre, feito com fibras de papiro — era até confortável, tenho que admitir.

    Havia faixas em meu braço, e meu corpo todo doía. Meus pertences estavam ao pé do catre — minha mochila (dourada), meu livro de feitiços, minha capa (que eu havia mudado — adquirira uma Capa da Concentração antes de sair de Edron) e minhas botas. Meu torso estava nu e muito ferido, e minhas unhas estavam começando a perder a resina.

    A casa era bem decorada — havia tapetes e cortinas de várias cores no recinto; os armários e criados-mudos guardavam vários itens, dentre eles muitos tipos de lanças, arcos, bestas e munições. Supus, portanto, estar na casa de um paladino muito rico e experiente.

    Eu virei meu rosto na direção daquele que me chamara de ‘dorminhoco’: ele estava sentado em uma poltrona com um livro em suas mãos. Tinha braços mais fortes que os meus, e pernas extremamente musculosas — era um Paladino, com toda a certeza — cabelos negros como carvão e olhos verdes como olivas. A julgar por sua expressão quando me viu acordar, deveria ser o ‘animadinho’ do grupo.

    — Saudações! — Ele me disse, levantando-se de seu assento e aproximando-se de meu catre — Meu nome é Jack Spider, mas todos me conhecem como Rei Jack Spider... O título é curioso, diga-se de passagem... Brand! Andarilho! Venham conhecer nosso hóspede!

    Meu hóspede, você quis dizer — Retrucou aquele chamado de Brand, com um semblante sério — De qualquer modo, bem-vindo à minha humilde residência. Você se machucou um bocado, não?

    Eu fechei minhas mãos, um pouco acuado. Nunca havia me sentido assim; talvez fosse uma reação natural minha às multidões. Tornei-me desacostumado a elas desde... O Inferno dos Minotauros. A aparência de Brand me assustava ainda mais — Cabelos cinzentos como a pelagem de um lobo, lisos e até os ombros, olhos castanhos cujo brilho assimilava-se à cor de sangue fresco quando eram submetidos à luz, pele branca com algumas cicatrizes e mesmo tipo físico de Jack Spider... A diferença estava, creio eu, em seu olhar, que parecia dragar-me para a escuridão. Como supus, ele era um paladino, mas nunca pensei que alguém dessa vocação assustar-me-ia tanto...

    — Meu nome é Brand, o Terceiro — ele disse em um tom solene, estendendo sua mão esquerda em minha direção a fim de cumprimentar-me — Chamam-me Jovem Brand Terceiro, e minha família é de uma estirpe de lendários paladinos de Thais. Que sorte que te tiramos do deserto a tempo, ou você teria fritado naquelas areias...

    — Ou perdido todo seu sangue — Completou o terceiro rapaz, a quem chamavam de Andarilho — Sou Andarilho do Vento... Ei, não me olhe com essa cara: já uso esse nome há tanto tempo que nem sei mais meu nome antigo... Pode me chamar de Wind, se preferir uma versão mais anglicana do meu nome. — ele esboçou um discreto sorriso para mim, que fez meu rosto estranhamente arder em chamas.

    O Andarilho, ou Wind, era um homem ruivo e musculoso — decerto era o Cavaleiro do grupo. Seus olhos eram castanhos e seu rosto tinha algumas sardas próximas ao nariz e estendendo-se por suas bochechas

    — Muito prazer — Eu disse, apertando a mão de Brand e sentindo minha voz diminuir de intensidade na medida em que os três se aproximaram de mim — Onde estou? Ankrahmun?

    — Não — Respondeu Jack, com um sorriso — Você está em Darashia, a Cidade do Sultão Kazzan. Nós te levamos através do deserto por uma passagem nas montanhas. A razão pela qual não demos meia-volta em direção a Ankrahmun foram suas feridas e queimaduras de sol... Aqui em Darashia é mais fácil tratar de ferimentos.

    Eu me mantive sentado no catre, com as pernas encolhidas e meus braços sobre meus joelhos. Havia um espelho apoiado em uma pilastra perto de um dos criados-mudos de Brand, que ficava praticamente à minha frente — minha pele estava bem avermelhada e o mais leve toque causava-me muito desconforto.

    — Acho melhor você ficar por aqui — Aconselhou-me Brand, ciente da minha condição física — Você está muito frágil, e não aguentaria a viagem de volta, seja de navio ou atravessando o deserto. Seus ferimentos infeccionar-se-iam, e aí sim você estaria em maus lençóis...

    Eu estava prestes a retrucar, mas algo dentro de mim me impediu de fazê-lo; o olhar de Brand acabou me intimidando de uma forma que jamais pensei ser possível. Eu cerrei meus lábios e assenti afirmativamente com minha cabeça. Rei Jack despediu-se de nós e foi em direção à sua casa e Brand fora dormir em outro cômodo, deixando-me com Wind, que me observava com curiosidade.

    — Então, é um novato por essas bandas? — Ele me indagou simpático — Bem, quando chegamos ao deserto, você estava cercado de escaravelhos te mordendo e envenenando junto aos corpos dos nômades que julgo que você matou antes. Por algum acaso do destino, o veneno daqueles animais não conseguiu te matar... — Ele parou para respirar e prosseguir — Alguns deles pareciam até te respeitar e atacavam os outros para te manterem vivo. Um desses tinha uma coloração vermelha e soltava fogo. Por isso, colocamos esse pequenino dentro de um pote que está em sua mochila. Considere-o seu novo bichinho de estimação...

    Eu arregalei meus olhos, fitando aquele jovem e sorridente cavaleiro. Como ele gostava de falar!

    — Obrigado... — eu agradeci um pouco atordoado pela quantidade de informações que me foram dispostas em tão pouco tempo.

    Eu me curvei para pegar minha mochila, mas Wind fora mais rápido, e ele pegou a mochila para mim.

    — Ei, não fique bravinho! — Ele disse com um tom risonho — Eu só estou querendo ajudar... O que você quer daqui da mochila?

    Eu não sabia se podia confiar no ruivo; ainda que tivessem salvado minha vida, não conseguia confiar... Eu enfiei minha mão esquerda na mochila dourada e dela retirei a carta. Wind continuou a me observar, surpreso. Minhas mãos tremiam; meu coração acelerou outra vez. E eu não mais reparei na presença de Wind...

    Continua...

    ---

    Nota da Autora: Jack Spider, Jovem Brand Terceiro e Andarilho do Vento são tibianos reais:

    Name: King Jack Spider
    Sex: male
    Vocation: Royal Paladin
    Level: 135
    Achievement Points: 227
    World: Unitera
    Residence: Thais
    House: Darashia 2, Flat 05 (Darashia) is paid until Jul 09 2012

    Brand Young Third
    Sex: male
    Vocation: Royal Paladin
    Level: 106
    Achievement Points: 97
    World: Unitera
    Residence: Thais
    House: Darashia 8, Flat 03 (Darashia) is paid until Jul 14 2012

    Name: Wind Walker
    Sex: male
    Vocation: Knight
    Level: 117
    Achievement Points: 84
    World: Unitera
    Residence: Thais

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    Última edição por Iridium; 22-07-2012 às 20:50.



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