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Tópico: Bloodtrip

  1. #51
    Avatar de Edge Fencer
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    E aí, Carlos!

    Que capítulo interessante, cara. Finalmente ficamos sabendo mais um pouco sobre o passado obscuro do Crawler, você conseguiu fazer isso de uma ótima forma. Gostei muito da maneira como você transportou a realidade para o Tibia, com o sequestro, os "policiais" e até um esquadrão anti-bombas! Inclusive, não sei se você já viu One Piece, mas esse disco de comunicação me lembrou bastante os dials de Skypiea, bem bacana.

    Suzio... Então nosso amigo mascarado tem problemas com sua identidade. Fiquei bem curioso pra saber mais sobre isso, e também sobre Senzo, Sarutevo e a relação de Aika com esse flashback do Nightcrawler.

    A escrita ficou bacana, vi poucos erros. O que mais me incomodou foram algumas expressões estranhas, como "a operação está começada", mas não foi nada demais.

    Continue nesse ritmo, tá muito interessante a história!

    Ah, e quanto ao seu ritmo de escrita, eu pude perceber um pouco isso lendo O Mundo Perdido
    Falando nisso, já li uns 20 capítulos dela, vou fazer uma força pra terminar de ler até o atual em breve, e deixo meus comentários por lá xD

    Abraço!

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  2. #52
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    Putz, dei uma hibernada legal e perdi três capítulos numa tacada só.

    Bom, os comentários e apontamentos que eu tinha a fazer sobre os capítulos nove e dez já foram feitos pelo pessoal, vou apenas concordar com o que eles disseram lol. Vou dedicar esse post a algumas observações gerais sobre o capítulo onze: coloquei ali no spoiler alguns apontamentos sobre a escrita, principalmente. Como é bastante coisa, preferi deixar assim para o post não ficar muito grande =P

    Spoiler: Coisinhas


    Enfim, apanhado geral do que eu disse no spoiler:
    1 - Atente mais para o tempo verbal que você está usando na narrativa. Eu sei que às vezes a gente se empolga e acabam trocando o tempo sem perceber; acontece. Mas procura revisar o texto algumas vezes e deixar os verbos no mesmo tempo!
    2 - Dá uma cuidada com os pronomes relativos. Eles são meio chatinhos e muitas vezes parece preferível tacar um "que" e deixar batido, mas "que" não serve pra tudo e às vezes as frases ficam estranhas ou com o sentido comprometido quando você usa ele ao invés de um pronome mais adequado.
    3 - Essa não é propriamente um erro, então você tá no teu direito de ignorar isso, mas pensa no que eu comentei sobre as traduções literais do inglês. De vez em quando funciona, mas quase sempre não soa legal.

    ~~

    Mas isso foi a análise técnica. Vamos ao juri artístico x)! Eu gostei bastante desse capítulo, de verdade. Foi muito bom conhecer mais sobre o passado do Crawler, e tu optou por nos mostrar isso num momento bastante fortuito da tua história, então eu diria que o capítulo caiu como uma luva. Os teus diálogos ficaram muito bons e demonstram bastante bem o teu estilo: mais rápido, dinâmico, com pouca enrolação. Neste capítulo, mais do que nos outros, tu soube usar essa tua característica muito bem, parabéns! No geral, é um dos melhores capítulos, eu diria, mesmo que não tenha tido tanta ação. Eu só fiquei um pouco confuso com os acontecimentos finais... Como tu optou por descrever pouco do que estava acontecendo, eu me senti meio perdido no vácuo ali. Vou ter que ler o final mais algumas vezes para ter certeza que eu entendi quem é o sujeito que estava segurando o criminoso, qual era o teor do diálogo deles e o que aconteceu no finalzinho.

    EDIT: Esqueci de comentar isso e lembrei depois quando estava lendo o comentário do Edge HAHAHAH mas então: sendo bem sincero, à princípio eu tinha ficado um pouquinho incomodado com as extrapolações ao "canon" do universo tibiano que tu conduz na trama, já que muitas delas nem de longe fazem sentido num mundo medieval. Entretanto, depois que eu parei pra pensar, eu me dei conta que Tibia não é medieval; é fantasia (tem relógio de pulso lá, puta merda) e depois disso eu comecei a apreciar muito mais a tua história. Agora, eu pessoalmente estou adorando isso que você está fazendo de incorporar esses elementos alheios ao medieval no universo tibiano e acho que é um lembrete para os muitos de nós (como este que te escreve) que esquecem que Tibia não é medieval. Acho que essa é justamente uma das maiores qualidades da tua história até o momento, e espero ver mais disso no futuro!

    Enfim, ótimo capítulo, veio numa hora muito boa. No aguardo dos próximos!
    Abraços!
    Última edição por Manteiga; 16-01-2017 às 19:27.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  3. #53
    Cavaleiro do Word Avatar de CarlosLendario
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    Padrão Capítulo 12 - Estrada de Incertezas

    Spoiler: Respostas aos Comentários



    E outra vez colocando as respostas num spoiler. Parabéns aos envolvidos.




    Bom, trago-lhes mais um capítulo, e devo avisar que os próximos - 13 e 14 - já estão ficando prontos. Sim, to me adiantando demais, mas eu estou muito focado nessa história e quero finalizá-la o quanto antes. Ainda tem outra, meu carro-chefe na seção, O Mundo Perdido, que está há muito tempo parada e nem pude remasterizar os capítulos dela ainda. Deixei isso pra depois que eu terminar essa daqui.

    Por fim pessoal, pergunto a vocês: Querem mais um capítulo essa semana? Querem o capítulo 13 sendo postado antes de domingo? Digam nos comentários!



    No capítulo anterior:
    Nightcrawler lembra-se de um caso do seu passado envolvendo um sequestro e um final inesperado e chocante. Neste período, ele ainda empregava sua mente genial para um estado e alguns chefes, mas já sentia vontade de se afastar de tudo isso.



    Capítulo 12 – Estrada de Incertezas




    Suon não estava muito distante do meio do céu escuro quando Alayen saiu do Quarteirão de Comércio e foi para a Cidade Interna*.

    Ele observa a vista de cima da muralha, a frente do portão de bronze que separa as duas regiões. Então, desce as escadas e segue para o Depósito, por onde passa, visando chegar na taverna das proximidades. Provavelmente, sua intenção é se juntar a Borges, mesmo que o próprio talvez já estivesse bêbado.

    Ao chegar lá, ele nota várias pessoas nas muitas mesas do local. Ignorando-as por não ver nenhum homem grande dentre elas, ele vai ao balcão, onde o encontra com sua jaqueta negra no ombro. Há seis lugares, três da esquerda ocupados, no terceiro está Borges. Alayen se junta a ele, onde surpreendentemente percebe que o homem ainda se encontra sóbrio.

    — Ora, ora. Tá desanimado, homem? — Indaga Alayen, observando-o apenas com um copo de madeira de tamanho mediano com cerveja. O olhar de Borges era distante até notar o rapaz ao seu lado.
    — Ah... É, estou. Desde que entrei aqui pensei que esse lugar não tinha muita cerveja e veja só, não tem. Só um barril grandinho. — Responde Borges, apontando com a cabeça para um barril numa das três prateleiras atrás do balcão. Há muitos tipos de bebidas neles, mas não havia cerveja.
    — Tsc.
    — E nem é a pior coisa daqui. Já notou quem está servindo?
    — Bom, não me surpreendo. Até porque eu já vivi em Yalahar.

    Servindo uma bebida peculiar para um elfo na ponta do balcão, o ser vai até Alayen para saber o que ele queria. É incrivelmente baixinho, por isso há muitas mesas juntas atrás do balcão onde a criatura anda para que ele alcance os clientes.

    Um dworc.

    — Olá, senhor! — Começa a criaturinha com uma voz aguda, cruzando os braços — O que vai querer?

    O dworc possui uma máscara de caveira, seu cabelo é preso num osso e possui uma tanga, deixando o resto exposto.

    — Só cerveja, por enquanto. Soube que o estoque está limitado, então será mais caro?
    — Será o mesmo preço de sempre. Três moedas de ouro por copo.
    — Entendo... Você vende algo mais?
    — Vinho, hidromel, rum, vodca, uísque. Preparo algumas bebidas também.
    — Só cerveja mesmo.

    Borges estranha todo o diálogo, não achando natural de um dworc ser tão educado e direto. O mais estranho para ele é olhar para as mesas e notar outros seis dworcs servindo as pessoas, sendo estes fêmeas, usando tangas e sutiãs de madeira, além de possuírem um penteado de rabo de cavalo. São gentis e nada selvagens, também conseguem compreender a linguagem humana. Elas entram por uma porta para dentro da taverna para pegar outras bebidas e preparar as comidas.

    Um copo de cerveja cheio foi dado para Alayen, que se adianta e começa a beber. Borges fica de braços cruzados sobre o balcão, pensando. O mago espadachim parece notar certa preocupação no semblante do homem.

    — Preocupado sobre seu subordinado ou essa Irmandade já te perturbou bastante?
    — Os dois. — Disse Borges, um pouco rouco — Eu não esperava que Dartaul fizesse aquilo, tampouco que aquele sujeito lobisomem reagiria daquela maneira. Na verdade, ele provavelmente estava tão surpreso quanto a gente.
    — Pois é... Aquelas habilidades de faca são incomuns para um investigador como ele. Ele já contou algo parecido?
    — Creio que ele falava sobre treinar com facas na época que viveu com o pai. Disse também que já passou por Rookgaard e lá aprendeu a usar lanças, mas ele evita falar sobre esse lugar. Até porque quando ele veio pra Thais, ele desistiu de ser um paladino logo depois que ganhou a benção.
    — Que hilário. — Comenta Alayen, tomando um grande gole do copo — Bem, provavelmente alguma merda aconteceu quando ele esteve em Rookgaard. Isso costuma acontecer bastante. Aquela ilha é uma maluquice.
    — Bem, você já tava dando o fora de lá quando ele chegou, não é?
    — Talvez. Eu tenho vinte e sete anos. Os novatos geralmente ficam uns quatro anos lá, pelo menos foi assim comigo.
    — Dartaul saiu em dois anos de lá.

    Alayen fita-o, surpreso.

    — Mesmo que ele não tenha demorado lá, ele não se orgulha disso e não gosta de falar sobre. Até entendo, tem certas coisas que nem mesmo eu gosto de falar, mas essa de Rookgaard... Parece um tabu pra ele.
    — Cara, se isso for verdade, Dartaul é insanamente habilidoso. E mesmo sabendo disso, ele decidiu se tornar um investigador?
    — Pois é. — Disse Borges, tomando outro gole da sua bebida — Não preciso nem falar no que senti quando vi aquele imbecil tacando facas pra lá e pra cá, juntando as mãos e fazendo prece pra Deus eliminar o mal.
    — Acha que ele continuará lutando contra a Irmandade mesmo depois daquilo?
    — Tenho certeza. Depois que aquele moleque puxa uma arma, usa e acerta, ele começa a ficar bem irritante, falando coisas sobre justiça e bondade. Quero ver se o mascaradinho vai aguentar a chatice dele.
    — Todo paladino que se preze fala sobre justiça e bondade. E falando sobre o Nightcrawler — Levanta o braço e vê seu relógio, notando que já são dez horas da noite — Vamos voltar. Outro dia o estoque de cerveja daqui vai estar cheio e aí sim você fode a sua conta bancária.
    — Pode crer. — Disse Borges, dando uma risada e terminando de beber seu copo. Ele coloca vinte e quatro moedas de ouro sobre a mesa, enquanto Alayen coloca apenas três moedas e termina seu copo, deixando-o sobre a mesa e acompanhando o investigador até seu destino.


    ~*~


    Thais. Uma casa no sudeste da cidade está sobre a vigia de dois soldados do lado de fora, e outros três dentro dela, jogando cartas na sala. Num dos quartos, está Trevor, com uma túnica verde comum e lendo um livro. Está cheio de bandagens nos braços e nas mãos, assim como no rosto, parte dela por cima de seus cabelos negros e baixos, mas muitos locais estão melhores e logo ele estará pronto para a ação de novo.

    Alguém se aproxima da casa. Usa uma armadura semelhante a dos guardas thaianos, mas possui uma faixa vermelha no braço direito com quatro estrelas de bronze: É um general. Os soldados o saúdam com uma reverência e deixam que ele entre na casa. Ele dispensa saudações dos outros homens na sala e dirige-se rapidamente para o quarto onde está Trevor.

    Ao chegar lá, o rapaz rapidamente nota sua aproximação, apesar de estar concentrado no livro. Ele não saúda seu superior, pois o próprio mostra em seu olhar que não deseja isso.

    — Trevor Van Aknimathas. Tenente de Guarda, um dos principais guerreiros da 1º Guarnição Thaiana. Estou certo?
    — Sim, senhor. — Responde o tenente, com uma voz um pouco rouca, porém, forte.
    — Estou admirado com o seu serviço aos nossos cidadãos e seu compromisso com Sua Majestade, o Rei Tibianus II. Enfrentou seis membros da famigerada Irmandade do Caminho de Sangue sozinho para proteger os cidadãos e seus próprios companheiros, quase morreu no processo, mas está aí, inteiro, vivo e reforçando seu conhecimento. É raro ver soldados gastando seu tempo lendo livros.
    — Ah... É um que eu gosto bastante. Conta sobre a guerra entre os Macacos de Banuta e os Baixos Lagartos** de Chor. Certamente o senhor gostaria de ler.
    — Dispenso. Hoje vim pessoalmente lhe comunicar que você agora é um Capitão de Guarda, pulando um cargo anterior a este, de Sargento. Preciso de você para uma missão importante e esse cargo requer este posto. E, é claro, é o que você merece pelo seu admirável serviço.

    Trevor, antes com uma cara levemente desanimada, agora parece mais animado. Ele sorri com a notícia e fecha o livro, colocando-o ao seu lado.

    — Muito obrigado, Sr. Bloodblade.
    — Me chame de Harkath deste dia em diante, Trevor. Serei rápido quanto a sua missão.


    ~*~


    Alayen, Borges, Dartaul e Nightcrawler se encontram no Arsenal dos Ratos, na sala das celas especiais, mesmo lugar onde pegaram os armamentos para enfrentar Canino. Eles observam Aika, que permanece dormindo desde que chegou.

    — Afinal, o que vai acontecer com ela? — Questiona Borges, olhando com certo desinteresse para a jaula.
    — A manterei presa por um mês. Durante esse período eu vou observar o que ela vai fazer. Vocês podem ajudar, também.
    — Vai ficar entocado por um mês? — Indaga Alayen, cruzando os braços.
    — Lógico que não. Conversarei com alguns contatos e prepararei minha própria defesa em Yalahar. Preciso aproveitar enquanto a cidade está livre deles, pois não há como chegarem rapidamente aqui. Também irei pesquisar sobre algumas coisas que apareceram no nosso caminho durante esse período, como o que podem fazer nos locais onde eles cometeram seus massacres e principalmente o que o pulsante fará com a garota. — Disse Nightcrawler, suspirando. — Bem, vou resolver umas coisas aqui dentro, lembrem-se que os quartos estão lá no terceiro andar. Escolham o que quiserem, botem umas plaquinhas com seus nomes na porta e durmam.

    Nightcrawler vira-se e vai embora até a porta que leva a sala dos documentos, onde está o elevador, desaparecendo rapidamente. O trio fica de novo ali, sozinho.

    — Vou lá também. Usarei as escadas, então, até mais. — Disse Alayen, dirigindo-se as escadarias e subindo-as rapidamente.

    Borges observa Dartaul. O rapaz parece distante olhando para a garota dentro da cela, com um olhar relativamente triste. Parece mais calmo do que antes, quando lutou contra Canino.

    — Dartaul...
    — Sim?

    Borges fica em silencio por alguns instantes. Então, cruza os braços e faz uma careta.

    — Mas que porra foi aquela que você fez lá atrás? Enfrentar um membro de uma seita poderosa daquele jeito, sozinho? Estava sobre o efeito de alguma droga? Além disso, você próprio não falou pra mim que não faria mais essas coisas?

    Dartaul fica cabisbaixo. Seu olhar mostra que ele não sabe como responder.

    — Não adianta ficar tristinho não! Está traindo seus princípios? Quebrando o que prometeu a sua mãe?

    Dartaul permanece do mesmo jeito por alguns instantes. Entretanto, não por muito tempo. Quando ele levanta sua cabeça novamente, seu olhar é sério e sombrio.

    — Estou. — Sibila Dartaul, fitando friamente os olhos de Borges — E eu não darei a mínima pro que você falar.

    Borges para por alguns instantes, um tanto assustado com a reação do rapaz. Entretanto, ele volta a si, acertando um tapa no rosto do jovem. Ele leva a mão ao rosto, devido a dor.

    — E eu não darei a mínima se você se fuder depois. Mas antes disso, eu vou te parar, te dar quantos tapas for preciso e te acordar pra realidade e pro que você decidiu seguir pouco depois de entrar na Guarnição. Não desista, Dartaul. Estamos só começando, não é hora de agir feito um herói. Seja o Dartaul de sempre, certo?

    Dartaul abaixa a mão e seu olhar fica triste novamente. Entretanto, ele concorda com a cabeça, apesar de tudo.

    — Agora, vamos lá. Soube pelo Alayen que tem uma cozinha no segundo andar. Vamos ver o que tem de bom?
    — Claro. Espero que tenha umas carnes boas lá.
    — É! Espero que tenha mesmo, vou fazer um belo cozido à lá Suzano!

    Dartaul ri e eles sobem as escadas. A terceira plataforma os levaria para uma outra escada para o andar de entrada, onde há uma prisão. Este é o ponto de partida para os andares de cima, e é onde Alayen está.

    Subindo as escadas, ele passa perto da luz e nota algo na sua mão esquerda. Algumas pequenas bolhas vermelhas, parecidas com sangue, parecem estourar uma a uma em seu indicador. Rapidamente elas somem no ar, deixando um rastro parecido com pó, e todos aqueles sinais vermelhos em suas mãos desaparecem também. O mago olha com estranheza para aquilo, enquanto uma dúvida martela sua mente.

    O que um pulsante faz?




    Próximo: Capítulo 13 – Uma Estranha na Casa


    Notas:

    * Tradução livre para Inner City.
    ** Tradução livre para Low Lizards.
    Última edição por CarlosLendario; 20-01-2017 às 17:42.



    ◉ ~~ ◉ ~ Extensão ~ ◉ ~ Life Thread ~ ◉ ~ YouTube ~ ◉ ~ Bloodtrip ~ ◉ ~ Bloodoath ~ ◉ ~~ ◉

  4. #54
    desespero full Avatar de Iridium
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    Saudações!

    Como o @Manteiga e o @Edge Fencer disseram o que eu comentaria sobre o capítulo 11, devo dizer que ele me deixou mais contente: Nightcrawler é um personagem que eu gosto muito (Lea x Nightcrawler <3 brinks n vou shippar chares), e foi bacana finalmente ver mais sobre o passado dele (principalmente pq tem Julius e Palimuth no meio. Onde tem Julius e Palimuth, é sucesso sempre). AMEI a descrição do bar de Yalahar (morrendo de rir com as Dworcs) e estou curiosa com o passado do Dartaul: que promessa? E ainda quero ver o que o pulsante faz: e não apenas uma resposta exaltada de Nightcrawler sobre isso.

    No mais, a revisão desse capítulo ficou melhor, mas ainda há uns errinhos bobos. Fora isso, muito bom. GG.



    Abraço,
    Iridium.

  5. #55
    Avatar de Edge Fencer
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    Gostei do Borges triste pq tinha pouca cerveja no bar

    Bom capítulo, Carlos. Mais calmo, em comparação com o que você costuma fazer, mas com a mesma qualidade.

    Acho que dei uma moscada na história do Trevor, tinha certeza que ele tinha morrido... Que bom que eu estava errado. Com certeza ele ainda tem muito o que oferecer na sequência da história.

    Cada vez mais eu fico curioso com o Dartaul, esse passado misterioso aí só fortaleceu isso. Como pensei, ele não é um zero à esquerda, e parece que está incorporando uma personalidade diferente da sua por alguma razão... Não tenho muita ideia do que pode ser isso, espero ser surpreendido

    Também espero entender melhor como funciona esse pulsante, acho que com a observação da Aika isso vai ficar um pouco mais esclarecido.

    Quanto à frequência dos capítulos, eu tô achando bacana assim. Sinto uma pontinha de inveja também, já que não estou conseguindo escrever com uma frequência maior ultimamente... Enfim, por mim tá ótimo você lançar o próxima ainda essa semana.

    É isso, gostei desse capítulo e estarei aguardando pelo próximo.

    Abraço!




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  6. #56
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    Padrão Capítulo 13 - Uma Estranha em Casa

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!

    Como o @Manteiga e o @Edge Fencer disseram o que eu comentaria sobre o capítulo 11, devo dizer que ele me deixou mais contente: Nightcrawler é um personagem que eu gosto muito (Lea x Nightcrawler <3 brinks n vou shippar chares), e foi bacana finalmente ver mais sobre o passado dele (principalmente pq tem Julius e Palimuth no meio. Onde tem Julius e Palimuth, é sucesso sempre). AMEI a descrição do bar de Yalahar (morrendo de rir com as Dworcs) e estou curiosa com o passado do Dartaul: que promessa? E ainda quero ver o que o pulsante faz: e não apenas uma resposta exaltada de Nightcrawler sobre isso.

    No mais, a revisão desse capítulo ficou melhor, mas ainda há uns errinhos bobos. Fora isso, muito bom. GG.



    Abraço,
    Iridium.
    E aí Iri, obrigado pelo comentário e pelos elogios.

    A descrição do bar de Yalahar foi pra fazer graça com o fato de ter um dworc como dono dele, dai improvisei. Quanto ao passado do Dartaul, falarei mais dele nos próximos capítulos, assim espero. Quanto aos pulsantes, talvez demore um pouco mais, mas as dúvidas serão respondidas.

    E pode shippar a vontade, nem ligo mais pra isso. mas yaoi não né pelo amor de deus

    Espero que este seja do seu agrado.

    Citação Postado originalmente por Edge Fencer Ver Post
    Gostei do Borges triste pq tinha pouca cerveja no bar

    Bom capítulo, Carlos. Mais calmo, em comparação com o que você costuma fazer, mas com a mesma qualidade.

    Acho que dei uma moscada na história do Trevor, tinha certeza que ele tinha morrido... Que bom que eu estava errado. Com certeza ele ainda tem muito o que oferecer na sequência da história.

    Cada vez mais eu fico curioso com o Dartaul, esse passado misterioso aí só fortaleceu isso. Como pensei, ele não é um zero à esquerda, e parece que está incorporando uma personalidade diferente da sua por alguma razão... Não tenho muita ideia do que pode ser isso, espero ser surpreendido

    Também espero entender melhor como funciona esse pulsante, acho que com a observação da Aika isso vai ficar um pouco mais esclarecido.

    Quanto à frequência dos capítulos, eu tô achando bacana assim. Sinto uma pontinha de inveja também, já que não estou conseguindo escrever com uma frequência maior ultimamente... Enfim, por mim tá ótimo você lançar o próxima ainda essa semana.

    É isso, gostei desse capítulo e estarei aguardando pelo próximo.

    Abraço!
    E aí Edge. Obrigado pelo comentário e pelos elogios.

    O Trevor não morreu, eu errei na revisão de um dos capítulos, acho que coloquei "Trevor" no lugar de "Gregor" em algum ponto. Irei resolver isso logo. Mas, fique feliz, pois ele está de volta e com sangue nos olhos.

    Dartaul será melhor tratado nos próximos capítulos, assim como o pulsante e sua relação com Aika.

    Espero que goste desse capítulo, e que você consiga mais vontade pra escrever com frequência! Inclusive seu comentário permitiu que este capítulo viesse hoje, então aproveite ele.







    Muito bem pessoal, dois capítulos numa semana de novo. Quem sabe essa frequência não seja mantida e venha dois capítulos por semana? Eu espero que sim.


    Bem, vamos ao novo capítulo!




    No capítulo anterior:
    O passado de Dartaul é discutido entre Borges e Alayen. Borges dá uma lição de moral em Dartaul, enquanto Alayen descobre algo relacionado aos pulsantes na sua própria pele.




    Capítulo 13 – Uma Estranha em Casa




    O Arsenal de Ratos está em pura escuridão. Todos os cômodos estão envoltos pelas trevas, enquanto a maioria dos presentes ali se encontra dormindo. Apenas Nightcrawler e Aika estão acordados, olhando um para o outro, ambos de pé.

    O detetive está com ambas mãos nos bolsos de seu sobretudo bege. A luz branda de Suon ilumina levemente o recinto e lhe dá um aspecto sombrio. Aika fita o mascarado, sem expressão, por trás das grades de sua cela. Há um painel branco à esquerda, do outro lado da cela, com dois botões, um azul e outro vermelho.

    — Imagino que já tenha dormido muito, não é?

    A moça não o responde, deixando alguns instantes de silencio.

    — Entendo. Não gosta de falar... Bem, tanto faz. Mas, pelo menos, diga o que veio fazer aqui em Yalahar. Eu sei que você tem um objetivo aqui.
    — Tenho. Fugir. — Disse Aika, com uma voz baixa e fraca, um tanto abafada.
    — Fugir de quê?
    — Dos vermelhos.

    Nightcrawler observa-a por um tempo, pensando.

    — Da Irmandade, você diz? De onde a conhece?
    — Todos conhecem... A Irmandade do Caminho de Sangue.
    — Sinto em dizer que não. Eles não são muito conhecidos, apesar de tudo que já fizeram. Seus estilos variam, então algumas guarnições locais costumam entender que os massacres são feitos por outros grupos, e não por eles. Logo estarão falando que o caso em Carlin foi um ataque de Thais, pra servir de estopim para uma guerra.
    — Guerra...? Ninguém mais quer guerrear, detetive Nightcrawler...
    — É o que você pensa, garota. Guerra movimenta dinheiro. Negócios. Produção. Empregos. Guerra é apenas negócios, devo dizer. Nossa realidade é assim, atualmente.
    — Isso é o que eu ouço de você. Não vejo mais ninguém falando algo parecido.
    — Pois eles vivem essa realidade. Como explicar algo que você está tão acostumado que nem percebe? É fácil dizer que minha afirmação está errada quando você já está nessa vida.
    — As pessoas não precisam entender a realidade em que vivem, pois sabem que é a certa e ninguém pode negar. Nem mesmo você.

    Nightcrawler soca o botão azul, eletrocutando Aika. Ele aperta de novo cinco segundos depois, fazendo parar. Aika falha e quase cai no chão, segurando-se nas barras.

    — O choque é pra refrescar sua mente. Sua afirmação é estúpida. Diga-me, se as pessoas estiverem sendo governadas por um rei tirano, numa verdadeira ditadura, elas de bom grado aceitariam serem assoladas por aquele rei simplesmente porque acham certo?
    — Não... Você entendeu errado. Está partindo para o sentido social e não da realidade em si. Se as pessoas não reclamam da realidade em que vivem, é porque estão satisfeitas, logo não precisam nem mesmo entender. Mas no sentido social, na ditadura que você mencionou, até mesmo um porco pode entender quando está sendo oprimido e se sentirá insatisfeito. Sua afirmação não faz sentido e quem precisa refrescar a mente é você.

    O detetive abre um sorriso de orelha a orelha por trás da máscara. Lembra o sorriso marcado nela.

    — Afiada. Muito afiada. Estou ficando cada vez mais interessado em você, Aika. Por sinal, irei fazer algumas pesquisas a seu respeito e ver se encontro algo. — Disse o detetive, enquanto a garota o ignora e retorna para as sombras.

    Nightcrawler vai embora da sala e deixa a moça sozinha. Ele se dirige a sala do lado, tomando o elevador para ir até os quartos. Ao chegar no local, ele segue por um pequeno corredor que dá a outro, com várias portas em ambos os lados. As paredes são brancas e as portas marrons.

    Ele segue até o seu, no fundo do corredor, mas antes que chegasse lá, uma das portas se abre e alguém sai de lá. Este alguém é Alayen.

    — E aí tio, desculpa te incomodar, mas tem algo na minha cabeça que está me incomodando.
    — Hm. Tem um caroço nela?

    Alayen parece irritado.

    — Papo sério, cara.
    — Ok, ok. Fale.
    — Eu estava perto da Aika quando aquele... Pulsante, né? Bem, quando aquela coisa lá explodiu nas costas dela. Mas assim como ela, eu não senti nada, nenhuma mudança, sabe? Notei isso quando tava subindo pra cá e tinha uns rastros parecidos com sangue na minha mão e eles sumiram no ar.

    O mascarado cruza os braços, indicando para que ele continue.

    — Bem, e se isso não funcionar com feiticeiros?
    — Druidesa, você quer dizer.
    — Na verdade, ela é os dois. Ela é habilidosa o suficiente pra ter magias e feitiços de ambas vocações, pelo que me falaram.
    — Bem... — Disse Nightcrawler, colocando uma mão no queixo — Você tem um ponto. Vou pensar nisso com mais calma depois. Até mais.

    O homem vira-se e parte até seu quarto. Alayen não parece muito satisfeito, porém, decide voltar pro seu quarto, fechando a porta e inundando-se em seus devaneios novamente.


    ~*~

    O dia iluminava o Arsenal dos Ratos. Alayen, que dormiu rapidamente e de forma pesada, acordou e se arrumou para ir de encontro aos outros e planejar os próximos passos.

    Ele se dirige a sala das prisões especiais, descendo as plataformas até o térreo. Ao chegar, nota Nightcrawler sentado de frente para Aika, da qual se encontra sentada em sua cama, porém, calada e cabisbaixa. O detetive come uma espécie de massa fina em um pote de vidro, usando um garfo, além de não estar usando sua máscara. Entretanto, ele está no escuro, dessa forma sua face não é muito visível.

    — Café da manhã belo e saudável, hein? — Comenta Alayen, de cima da primeira plataforma.
    — Estou praticamente morto, garoto. Não faz mais diferença.
    — Mas que papo mais boiola.

    Alayen desce as escadas e chega ao térreo. Entretanto, ao pisar nele, sente algo estranho; Uma presença. Ao virar a cabeça para seu lado direito, ele nota alguém nos fundos, sentado, também comendo a mesma coisa que Nightcrawler. É Dartaul.

    O rapaz está com uma camisa vermelha e calças negras, além de estar usando sapatos de cor bege. Ele não parece triste ou irritado, apenas tem cara de quem quer ficar sozinho.

    — Dartaul? Tá bem, cara? — Indaga Alayen, mas ele não recebe resposta.
    — Deixe-o em paz, Alayen.
    — Hm? Qual foi?
    — Acordei cedo e o rapaz aí também. Viemos pra cá e a maluca sentada ali no fundo — Disse Nightcrawler, apontando com a cabeça para Aika — Começou a falar com uma voz bizarra, dura. Cada palavra dela parecia que estava drenando um pouco das nossas vidas.
    — Espera aí... Possessão? Alguém falou por ela?
    — Não tenho certeza... — Disse Nightcrawler, dando uma garfada da comida no pote — Hoje eu vou falar com Palimuth e uns sacerdotes da cidade. Ele também vai me ajudar a preparar as defesas ao redor desse Quarteirão e na cidade toda. Vou dominar tudo, e você vai assistir de camarote.
    — Pensei que dominar não fosse a sua praia...
    — Não é. Mas agora virou questão de honra.
    — Beleza, campeão. — Caçoa Alayen, aproximando-se da cela e fitando Aika — Bom, o que ela falou?
    — Ela falou cinco frases num intervalo de cinco minutos. — Disse Nightcrawler, pegando um caderno no chão ao lado do seu pé direito — A primeira frase foi “Os oprimidos sangrarão em fúria”. A segunda foi “Mas sua opressora cega também sangrará”. Depois, a terceira, foi “O formoso monte, o capitólio humano, antes cinza, será vermelho”.

    Alayen engole em seco.

    — E as duas últimas foram as piores. A quarta frase foi “Assim o ciclo das manchas mundiais terminará, e assim Máquina ressuscitará”. E a quinta é “Todavia, o desafiante precisará viajar”.

    Todos ficam em silencio por pelo menos um minuto. Todo tipo de pensamentos começa a inundar a mente dos presentes.

    — Eu não entendi nenhuma das frases, por isso irei consultar Palimuth, pois ele entende mais dessas coisas do que eu. Por fim, alguém precisará ficar de olho nela, e não tenho escolha senão deixar o Dartaul fazer isso.
    — Porra, peraí! O Dartaul? Sem ofensas, mas, porra, não era você quem deu um puta esporro nele como se ele fosse o maior irresponsável do mundo? Até tirou sua máscara! E eu nunca vi a merda do seu rosto sendo que te conheço a mais tempo que ele!

    Nightcrawler estala os dedos e uma luz branca começa a cercá-lo. Seu rosto, com uma pele levemente escura, rugas, o olho cego com a cicatriz, uma cicatriz enorme na boca do lado direito indo até próximo da orelha, uma barba mal feita e pouco grisalha e um olhar morto, sinistro e sério compõem o rosto do detetive. Alayen olha-o completamente pego de surpresa, com um semblante de medo e terror.

    — Satisfeito? Eu não sei o que a Irmandade será capaz de fazer no futuro, então é bom que você saiba como meu rosto é para que me reconheça caso alguém tentar se passar por mim. Lembre-se bem dele, pois é a primeira e a última vez que o verá. — Disse o detetive, estalando os dedos de novo e fazendo a luz sumir.
    — Meu Banor que estás no céu, você é horrível. Como a mestra Lea gosta de um cara como você?
    — Lábia, garoto, lábia. E ela sempre foi solteirona por nunca achar homens bons o bastante pra ela e achar que todos são frouxos. Nem preciso detalhar a surpresa dela quando me conheceu de verdade.

    Alayen balança a cabeça negativamente, voltando a fitar Aika.

    — Bem, então vai deixar o Dartaul olhando pra ela?
    — Sim, entramos num acordo. O garoto está determinado de verdade, nem parece aquele investigador bunda mole que eu conheci em Greenshore. Além disso, ele tentou defender Aika, então meu palpite é que ele se dê melhor com ela. — Disse Nightcrawler, dando outra garfada. Alayen ri baixo e sorri.
    — E Borges?
    — Foi pro bar. E eu to indo até Palimuth, até mais. — Disse, levantando-se do banco, colocando o pote sobre uma mesa próxima, pegando sua máscara e partindo até a sala de documentos. Mais uma vez, ele desaparece rapidamente.

    Alayen observa mais uma vez a maga e então olha Dartaul, sentado no chão, distante. Parece sentir um pouco de dó por vê-lo daquele jeito.

    — E aí, Dartaul? Vai ficar bem cuidando dela?

    O investigador parece surpreso com a pergunta.

    — Ah... Bem, acho que sim.

    Alayen se aproxima do rapaz, que segue do mesmo jeito. Agora sua feição parece melhor: Ele está com medo.

    — Devo te perguntar, Dartaul... Você parece ter alguma fixação nela. — Balbucia o mago, cruzando os braços. Novamente o rapaz parece surpreso, mas compreende a pergunta.
    — Bem... Ela me lembra alguém importante pra mim. Talvez por isso ela esteja me fazendo perder o controle.
    — Ah, entendo... Mulher é assim mesmo. Elas costumam sempre despertar algo em nós que nem sabíamos que existia. Mas fica tranquilo, irei te ajudar.

    Dartaul sorri e agradece com o olhar, voltando a atenção para o pote em sua mão, comendo a massa dentro dele com certo gosto.

    — Então... Que coisa é essa aí que você está comendo?
    — Macarrão.

    ~*~


    Uma semana depois, Aika está sentada em sua cama na mesma cela, lendo um livro. Dartaul está sentado do outro lado no fundo de uma sala, numa cadeira, observando-a, usando a luz da noite e um abajur do lado dela para tal.

    O restante do trio, assim como Zoe, está na sala dos documentos, próximos das muitas estantes de alumínio do local. Nightcrawler está sentado numa cadeira da mesma mesa em frente do elevador, ela está encostada na parede e o mascarado concentrado num caderno sobre suas pernas, que estão cruzadas. Os outros rapazes estão encostados nas estantes, esperando ele começar a falar.

    — Pois bem. O nome da garota é Aika Danguian, nascida em Porto Esperança*. Ela tem vinte anos, mas é um prodígio sem precedentes, pois sabe a maioria das magias de feiticeiros e druidas e combina-as bem. Entretanto, pelo que fiquei sabendo por um contato em Venore, a garota possuía outro nome originalmente, mas mudou quando foi para... Chor. Acredita-se que ela viveu com os lagartos, aprendeu sua cultura, sua língua e adotou alguns costumes deles. Não achei nenhuma informação sobre a sua família, mas dizem que a mãe dela teve quatro filhos, incluindo ela.

    Todos ficam em silêncio, sem saber o que dizer. Nightcrawler decide continuar e pigarreia.

    — Pra finalizar, ela não estava em Thais quando relataram que uma garota parecida com ela atacou um membro da Irmandade. Ela já estava a caminho de Yalahar. Além disso, ninguém sabia sobre os irmãos dela ou se recusavam a falar.

    Zoe está pensativa, com uma mão no queixo e o olhar distante. Quando ela volta para a realidade, seu semblante parece claro como água.

    — Nightcrawler... E se ela tiver uma irmã gêmea?

    Todos olham para Zoe com surpresa.

    — Você tem um ponto, Zoe. — Disse Nightcrawler, balançando o dedo indicador direito — Vou me lembrar disso. Porém, precisamos achar os irmãos dela, quem sabe informações sobre os pais dela, sobre parentes, qualquer coisa. A vida dessa garota é muito escondida, como se ela não existisse até a Irmandade atacar Carlin.
    — Eu apoio a ideia dela ter uma doppelgänger. — Comenta Borges, cruzando os braços e olhando pro chão. Alayen olha pra ele com desprezo por achar sua ideia estúpida.
    — Seja lá o que ela for ou o que ela ter, já temos informações, isso é bom. Além disso... Tem uma semana desde que Palimuth a examinou e não achou merda nenhuma. Nem os sacerdotes. Porra, nem mesmo aquele yalahari original cedido pelo próprio governador da cidade achou alguma coisa nela. — Disse Nightcrawler, com frustração, jogando o caderno na mesa e cruzando os braços.
    — Então o pulsante não funcionou nela?
    — Tenho certeza que funcionou, mas enquanto eu não souber o que um pulsante faz, eu não saberei dizer se ela está segura ou não. De qualquer forma, ela tem uma conexão com os vermelhos, visto aquelas frases que ela falou. Mas, bem... Só podemos ficar de olho.

    Na sala de plataformas e celas, Dartaul está de pé na escuridão, olhando para algo do lado da cela de Aika. O abajur ao lado está apagado. Ao lado, surge um espírito vermelho no ar, que desaparece rapidamente do mesmo jeito que surgiu. A moça olha para o investigador, assustada, e se ajoelha no chão, parecendo mais fraca e pálida.

    — Me ajude...





    Próximo: Capítulo 14 – Manchas


    * Tradução livre para Port Hope.
    ** Doppelgänger é uma lenda germânica sobre uma criatura capaz de tomar uma aparência igual a uma pessoa, como se fosse sua reprodução num espelho.





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  7. #57
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    Eita, dois capítulos seguidos sem lutas sanguinárias? Tô prevendo uma treta daquelas nos próximos kkkk.

    Interessante o capítulo, Carlos. Não consigo gostar do Nightcrawler de jeito nenhum, mesmo quando concordo com ele... Bom, talvez mude de ideia quando conhecer mais de seu passado, traumas e motivações; esperarei um pouco pra julgá-lo.

    O Alayen, que conversa igual os mano da quebrada, teve uma participação interessante no capítulo, estando em vários dos diálogos do texto. Desconfio muito da relação dele com o Crawler, além dos efeitos do pulsante que se manifestaram levemente nele... Aí tem coisa.

    Já a Aika, ficou ainda mais misteriosa. Achei bacana ela desenvolver técnicas tanto de druidas quanto de sorcerers, mostra que é uma personagem bem promissora. As frases que ela disse durante a possessão, esse "me ajude!" aí no final... Se pensei certo, vieram mais dicas sobre o funcionamento do pulsante aí. Vou esperar um pouco mais pra tirar conclusões.

    Continue animado a escrever, tô gostando bastante da história até aqui. Ela tem tudo pra se tornar uma grande obra.

    Abraço!
    Son of a submariner!

  8. #58
    Avatar de Senhor das Botas
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    Bom, em minha ausência o Carlão já procede com mais 2~3 capítulos. Que coisa heim, só me falta a animação pra escrever no mesmo ritmo que você

    Ótimos capítulos. Não pensei na possibilidade da Zoe, de Aika ter uma irmã gêmea... Faz sentido. Nightcrawler já prevendo a m*rda toda, mandando cercar o fuckin quarteirão; tenho certeza que você imaginou muitas coisas mirabolantes pros próximos capítulos, e peixe grande indo pra Yalahar com sangue nos zóios( em todos os sentidos, se me perdoar a piada)...

    O passado de Dartaul em Rookgaard... De cabeça só me lembro de uma história que não tenha dado uma m*rda grande em Rookgaard( Dan, da Cidade de Carlin); pela recusa de Dartaul de falar sobre, no mínimo aconteceu algo ruim do nível Voz do Vento... Ou te conhecendo, algo nível Character´s History

    MUITO INTERESSANTE essas frases da Aika:

    Os oprimidos sangrarão em fúria
    Mas sua opressora cega também sangrará
    O formoso monte, o capitólio humano, antes cinza, será vermelho
    Assim o ciclo das manchas mundiais terminará, e assim Máquina ressuscitará
    Todavia, o desafiante precisará viajar
    Depois eu edito com minhas impressões...

    Enfim, só para finalizar: atente para as palavras empregadas. Pode ser birra minha( como foi em diversos comentários meus na história), mas:

    — Café da manhã belo e saudável, hein? — Comenta Alayen, de cima da primeira plataforma.
    — Estou praticamente morto, garoto. Não faz mais diferença.
    — Mas que papo mais boiola.
    Cuidado. Talvez substituir boiola por algo mais... Bem colocado, ainda mais se tratando do Nightcrawler, seria melhor.

    É isso aí. Abração Carlão.


    Não espere algo bem elaborado e feito. De resto...

  9. #59
    Avatar de Manteiga
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    HÁ, dessa vez perdi só dois, não três. Estou ficando bom nisso.

    Bom, como de praxe, vou me focar mais no último capítulo que você postou, já que o anterior já recebeu mais atenção. Acho que você ficará feliz em saber que não vou quotar o capítulo inteiro e fazer o doido que aponta todos os erros que nem da última vez HAHAHA, por que este capítulo teve uma quantidade subtancialmente menor de errinhos, então não acho que compense quotar tudo. A maioria dos erros são uns acentos que faltam, palavras repetidas, letras que foram comidas ou adicionadas onde não deveriam e alguns verbos com conjugação estranha, mas acho que se você reler o capítulo com mais calma deve conseguir identificar todos. Não tem nada muito gritante e nem que atrapalhe a leitura.

    Achei esses últimos capítulos meio mornos... Acabei me acostumando com a ação presente nos capítulos anteriores, então acho que comecei a sentir um pouco de falta do excesso de sangue e de geral morrendo. Mas tenho a impressão que estamos na calmaria antes de uma tempestade, certo? Pelo que entendi dessa 'profecia' aí, muitas cabeças ainda vão rolar lol Tô doido pra ver.

    Enfim, no mar: bom trabalho com o Dartaul. Desde o começo ele tinha me chamado a atenção, e estou bastante contente por ele estar aparecendo mais e nos mostrando um outro lado dele. Acho que é um dos personagens com mais potencial da tua história, e gostaria muito de ver mais interações dele com o Crawler no futuro. Bom ver o Alayen interagindo com todo mundo também, gosto da personalidade dele. Só me pergunto se acabarmos sabendo mais sobre a Zoe ou se ela ao menos terá mais destaque no futuro; por enquanto estou sentindo ela meio solta no meio de todos eles. Talvez seja só impressão minha mesmo.

    Aguardando o(s) próximo(s) capítulo(s)! Quando você tiver postado uns 3-4 eu devo conseguir parar pra ler de novo HAHAAHSUYD
    Abraços!
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  10. #60
    desespero full Avatar de Iridium
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    Saudações!

    Não curto muito o uso da palavra "shipp", mas aquela hora acabou saindo. Eu não curto muito fazer isso não, então relaxa que não vai ter e relaxa, eu não sou fujoshi. Por mais irônico que seja, eu não costumo imaginar casais gays em histórias que eu leio, e nem os faço em fanfics a não ser que a orientação sexual de um dado personagem tenha sido explicitada pelo autor de modo a me dar sinal verde. HAUEHUAEHAUHUEUHUA Mas, não costuma ser minha primeira opção. Fujoshis são MEIO perturbadoras pra mim kkkk. Prefiro ver se você fará os pares ou não. AHUEHAUEAHUEHU

    Puta, achei q tivesse perdido um cap, mas não perdi. Tudo está na normalidade HAEUEHUEHUHEAHEUEHU a tia tá meio loca do finds ainda, me ignore pfvr Segue jogo forístico!

    Enfim , o pessoal acima já falou o que eu tinha pra falar, então vou pro início do capítulo: a discussão sobre guerras e pontos de vista. Cara. Amei isso. Eu gosto MUITO do Nightcrawler por essa "crueza" que ele tem (que é diferente de crueldade); ele é realista, prático, crítico e levemente ácido. Ele é extremamente REAL, mesmo com habilidade surreais. Eu gosto dele por não querer "bancar o heroi", mesmo sendo o heroi em muitos momentos. De fato, ele e Borges são os personagens que eu mais gosto. Se o Nightcrawler é a face sombria da realidade, o Borges meio que é a escrachada, e as duas se complementam muito bem. Sem falar que eu adoro a sonoridade do nome "Borges" AHUEHAUEHUEHAEUHUEHUEH

    No mais, é isso. Até o próximo capítulo!



    Abraço,
    Iridium.

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