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Tópico: Bloodtrip

  1. #11
    Avatar de Edge Fencer
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    Olá xD

    Bom, os comentários anteriores já trouxeram uma ótima análise sobre o capítulo, então tentarei abordar questões que não foram levantadas por eles (ou as que eu tenha um ponto de vista diferente).

    Pra começar, achei muito bacana a forma como você alternou sua escrita entre as falas do personagem; tá certo que o Tibia nos passa um clima "medieval", então partirei do princípio de que você quer retratá-lo dessa forma. Acho completamente inviável usar uma linguagem similar ao que vemos nos textos e relíquias históricas do período medieval, já que praticamente todos eles foram produzidos pela pequena parte da população que era letrada, não retratando de fato a forma de se expressar da maioria da população -- incluo nessa os cavaleiros e nobres, já que uma parte do clero (destaque aos monges copistas) era praticamente a única parcela da população que deixou registros escritos. Pra piorar, ainda há a barreira do idioma: O que veio a se transformar no português de hoje, na época era completamente diferente; aumente essa diferença se analisar o português falado no Brasil (já que aqui não existiu uma "idade média"). Partindo desse ponto, fica MUITO difícil se aproximar da fala do "povão" do período medieval, que com certeza tinha suas versões de "caralho" e afins bastante presentes no vocabulário; então, acho que o uso das nossas gírias e expressões talvez cheguem até mais próximo do que era falado na época do que aquela linguagem semi-rebuscada que geralmente vemos em histórias sobre o período (se formos notar, até mesmo a tradução brasileira dos livros do George R. R. Martin faz uso de muitas palavras que você também utilizou). Posso ter falado um monte de bobagem aqui, mas é o meu ponto de vista sobre essa parte da sua escrita

    Ainda sobre a narração, apesar de você quase não cometer erros ortográficos, achei um pouco estranho o excesso de pontos finais nos seus parágrafos; acho que ficaria mais legal se você "unisse" mais as frases em cada período, tanto com conjunções, vírgulas, dois pontos, ou até mesmo travessões. Não me estenderei muito porque pode muito bem ser uma opção sua: talvez isso ajude na criação do ambiente da sua história, e, se for o caso, essa crítica é inútil :s

    Sobre a história em si, achei bem interessante; uma boa forma de começar, já mostrando intensidade desde o primeiro capítulo e dando brecha pra muito mais nos que estão por vir. Sinto que o Nightcrawler será um personagem daqueles!

    Vou encerrar por aqui, já que o comentário já ficou gigante. Reforço que gostei do começo da história, e fico ansioso pela continuação! xD

    Abraço!

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  2. #12
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    Padrão

    Saudações!

    O @Gabriellk~ já falou muita coisa, então sinto uma baita dificuldade em acrescentar algo. Primeiramente, acho que sua escrita está melhorando. Suas questões de conjugação verbal ainda precisam ser muito trabalhadas. No entanto, teu trabalho descritivo está no caminho certo e com bom progresso. Como já havia dito antes, gostei do cenário mais dark e trevoso, que é bem a sua cara e sua pegada. Siga as dicas do nosso bom amigo Elk e acho que você estará no caminho correto para melhorar ainda mais.


    Aguardo o próximo, e lamento pelo "atraso" em comentar.


    Abraço,
    Iridium.

  3. #13
    Cavaleiro do Word Avatar de CarlosLendario
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    Padrão Capítulo 2 - Aqueles que Derramaram Demais

    Citação Postado originalmente por Skirt Underdome Ver Post
    Vou lendo essa. Depois que voce reescrever os capitulos da outra eu leio la tambem vc so reescreveu uns dois se tanto

    O capitulo deixou varios misterios para serem solucionados. Quem sao esse exercito de sangue e o tal do Nightcrawler. Mas tem uma coisa que eu fiquei meio encafifado. A pericia de Thais fazendo pericia em Carlin. As carlineanas deixariam os peão do Tibianus se meter na cidade delas? Não são cidades independentes e ate rivais?
    Entendo que ler a história com aquela escrita zoada realmente tira o potencial dela para o leitor, então eu voltei a reescrever os capítulos. Tentarei até o fim do ano reescrever até o capítulo 10 e lhe aviso

    Só vou corrigir que não é um exército e sim uma Irmandade, aos poucos vou dando os panos na história para esclarecer como trabalham e porque dão esse nome para seu grupo. Quanto ao trabalho conjunto de Carlin e Thais, é porque a cidade das amazonas ficou com pouquíssimo pessoal dentro da perícia após o ataque e fez um acordo com Thais para trabalharem juntos. Eu ia contar isso nos próximos capítulos, mas considerando que o pessoal também tá com essa dúvida e ela não é algo tão relevante, decidi contar.

    Citação Postado originalmente por Gabriellk~ Ver Post
    Bom, para começar, Carlos, vou concordar com o @Skirt Underdome e dizer que é um tanto quanto estranho a perícia de Thais estar metendo o bedelho nos problemas de Carlin, até porque ambas as cidades são "rivais", para usar um eufemismo, considerando-se a história canônica do Tibia. Enfim, se tem uma coisa que rola aqui na seção, é licença poética, e eu não ligo muito pra isso. Os fatos apresentados podem estar ocorrendo em outro momento cronológico da história tibiana ou até mesmo pertencerem a alguma realidade alternativa. Talvez você até explique essa situação melhor posteriormente.

    Eu gostei da ideia de uma "perícia" tibiana, embora não posso deixar de me perguntar sobre a extensão da utilidade dela, haja vista que o contexto tecnológico tibiano não oferece lá muitas opções para desvendar crimes hahaha. Se até a perícia criminal atual, com um acervo tecnológico nível CSI tem problemas para resolver vários crimes, imagino que Borges e cia precisem ralar pra caramba kkk. Será que existe alguma magia para reconhecimento de digitais?

    Curti a personalidade do Borges, mas alguns dos diálogos me pareceram estranhos, porque, embora você talvez tenha conseguido passar o clima da relação entre um superior da polícia e seu subordinado, achei que algumas das expressões utilizadas transformaram o personagem em algo muito atual. Todos os "caralhos" que ele dizia me faziam pensar mais em um sargento da polícia atual do que em um cara trabalhando em um contexto "medieval" e fantasioso. O fato do nome dele ser Borges não ajudou nessa impressão huehue. Mas esse tipo de coisa pode ser muito difícil de se fazer. Criar diálogos é sempre algo delicado, ainda mais quando você tem que fazer a coisa soar natural, informal e ainda assim "old school". Recomendo para isso ler os mestres do gênero e ver como eles fazem. O George R. R. Martin pra mim é um cara que consegue fazer isso com maestria.

    Outra coisa, e é algo que eu já vi em outras histórias suas, é a indecisão entre usar o presente ou o pretérito na narrativa. Está claro que a ideia é fazer uma narrativa no presente, e na maior parte do tempo vc faz isso com consistência, mas as vezes você mistura uns verbos no passado ali meio fora do contexto.

    Dito isso, eu gostei da descrição inicial da cachina, e dos detalhes da descrição do castelo, como o sangue escorrendo pelas torres e etc. Esse tipo de detalhe de cenário é sempre legal e ajuda a criar o clima pra mim. E novamente o tema das cerejeiras e do sangue serviu para atiçar a curiosidade a respeito desses caras. Como disse a você já no chat, eu gostei desse detalhe.

    A história já começou bem agitada e misteriosa, o que particularmente acho legal. Vc criou um cenário com possibilidade de dar muito pano pra manga, e os caminhos a se seguir são inúmeros. Com a rainha desaparecida, a irmandade e esse Nightcrawler, você conseguiu me deixar curioso sobre o que irá acontecer. E está fazendo uma história com clima e temas diferentes do que geralmente se vê por aqui (ou que se via na minha época, pois admito que não leio nada aqui faz tempo), e só por isso já agradeço. Criatividade você sempre teve de sobra, e espero que consiga nos manter entretido nos capítulos que estão por vir.

    Até!
    Grande Gabriel, esperava seu comentário pra pelo menos saber se estou fazendo direito, pois o considero bem mais experiente do que eu escrevendo.

    Como expliquei pro Skirt, apesar das cidades serem rivais, elas podem trabalhar em conjunto eventualmente através de acordos, que foi o que aconteceu aqui(Se até os EUA e a URSS trabalharam juntos em um momento da corrida espacial na Guerra Fria, porque Carlin e Thais não podem trabalhar juntos também?). Eu também ia contar sobre futuramente, como você disse, mas decidi contar desde já por não ser algo tão relevante na história, visto que ela não terá foco nas duas cidades.

    Borges foi uma experiência nova para mim pois eu não crio personagens assim com frequência, tampouco para ser protagonista duma história minha. Então, sinto muito se ele tenha quebrado um pouco a imersão, mas com o tempo o gordão da perícia vai baixando a bola. E você verá o porquê.

    Por fim, eu também vou explicar como a perícia tibiana trabalha futuramente, considerando a falta de tecnologia do mundo de Tibia. E também espero surpreender com essa história, não sei o quão grande ela será, mas espero conseguir contar tudo de uma forma entendível, interessante e legal. Então, espero que goste deste capítulo de agora

    Citação Postado originalmente por Senhor das Botas Ver Post
    Bom, fiz a leitura do seu capítulo.

    Acho que o comentário do Gabriellk foi a melhor análise feita até agora, então não adicionarei muito em relação a pequenos erros aqui e ali.

    E btw, realçando o que ele, é uma história deveras diferente. Em vez de um pessoal aventureira barra pesada, pegamos investigadores, embora eles talvez não sejam barra pesada. Ao menos nada foi demonstrado da força deles por oras, e talvez nem venham a ter, sendo a inteligência deles a única alternativa pra enfrentarem essa Irmandade( quem dira Nightcrawler, que fugiu de uma Irmandada que "só" acabou com metade da cidade de Carlin e muito provavelmente com o reinado de Eloise).

    Enfim, é isso aí Carlão. No aguardo dos próximos capítulos xD.
    Enfim, deu um bom
    Opa Botas, obrigado pelo comentário.

    Eu quebrei o conceito de aventureiros barra pesada nessa história e usarei um conceito diferente para enfrentar uma poderosa Irmandade. Eu não planejo mostrar apenas referências de seres poderosos aqui, mas eles não aparecerão, de fato. É uma brincadeira de polícia e ladrão onde a polícia precisa tomar muito cuidado com o ladrão, e só o fato de metade de Carlin ter ido pro saco por causa dele já justifica bastante isso.

    Espero que continue acompanhando ativamente.

    Citação Postado originalmente por Senhor das Botas
    Enfim, deu um bom


    Senhor das Botas e da maconha?

    Citação Postado originalmente por Edge Fencer Ver Post
    Olá xD

    Bom, os comentários anteriores já trouxeram uma ótima análise sobre o capítulo, então tentarei abordar questões que não foram levantadas por eles (ou as que eu tenha um ponto de vista diferente).

    Pra começar, achei muito bacana a forma como você alternou sua escrita entre as falas do personagem; tá certo que o Tibia nos passa um clima "medieval", então partirei do princípio de que você quer retratá-lo dessa forma. Acho completamente inviável usar uma linguagem similar ao que vemos nos textos e relíquias históricas do período medieval, já que praticamente todos eles foram produzidos pela pequena parte da população que era letrada, não retratando de fato a forma de se expressar da maioria da população -- incluo nessa os cavaleiros e nobres, já que uma parte do clero (destaque aos monges copistas) era praticamente a única parcela da população que deixou registros escritos. Pra piorar, ainda há a barreira do idioma: O que veio a se transformar no português de hoje, na época era completamente diferente; aumente essa diferença se analisar o português falado no Brasil (já que aqui não existiu uma "idade média"). Partindo desse ponto, fica MUITO difícil se aproximar da fala do "povão" do período medieval, que com certeza tinha suas versões de "caralho" e afins bastante presentes no vocabulário; então, acho que o uso das nossas gírias e expressões talvez cheguem até mais próximo do que era falado na época do que aquela linguagem semi-rebuscada que geralmente vemos em histórias sobre o período (se formos notar, até mesmo a tradução brasileira dos livros do George R. R. Martin faz uso de muitas palavras que você também utilizou). Posso ter falado um monte de bobagem aqui, mas é o meu ponto de vista sobre essa parte da sua escrita

    Ainda sobre a narração, apesar de você quase não cometer erros ortográficos, achei um pouco estranho o excesso de pontos finais nos seus parágrafos; acho que ficaria mais legal se você "unisse" mais as frases em cada período, tanto com conjunções, vírgulas, dois pontos, ou até mesmo travessões. Não me estenderei muito porque pode muito bem ser uma opção sua: talvez isso ajude na criação do ambiente da sua história, e, se for o caso, essa crítica é inútil :s

    Sobre a história em si, achei bem interessante; uma boa forma de começar, já mostrando intensidade desde o primeiro capítulo e dando brecha pra muito mais nos que estão por vir. Sinto que o Nightcrawler será um personagem daqueles!

    Vou encerrar por aqui, já que o comentário já ficou gigante. Reforço que gostei do começo da história, e fico ansioso pela continuação! xD

    Abraço!
    E aí Edge, confesso que não esperava que fosse fazer um comentário assim e esperava uma crítica assim apenas por parte do Gabriel, mas gostei disso.

    Bem, devo já dar início que Tibia não é medieval. Ele, por muito pouco, não é atemporal, pois temos Rathleon e seu tema steampunk, Venore e Carlin com seus climas renascentistas, além de Yalahar e sua aparência avançada para uma cidade medieval, atendo-se bastante a um tema fantástico. Partindo disso, eu uso algumas gírias e palavreados comuns nossos nos meus trabalhos, seja eles de Tibia ou não, pois gosto de deixar o leitor mais confortável lendo, levando em conta que ele não é tão imerso num clima medieval e nem mesmo lembre que apenas o clero na época da Idade Média que tinha acesso aos livros e a escrita e com certeza não colocava "palavrões do povão" no que escreviam, hehe. Enfim, eu realmente não levo muito em conta o aspecto de uma idade em específico, então não tenho muitos limites nos palavreados nesse quesito.

    Quanto aos pontos e vírgulas, isso é algo comum da minha escrita e não costumo mudar muito, pois soa tranquilo tanto pra mim quanto para outros leitores; Logo, não vejo necessidade em mudar. Mas não excluirei sua observação e tentarei deixar meus textos mais equilibrados.

    Espero que goste da história e acompanhe-a ativamente. Nightcrawler será só um dos personagens grandes que aparecerá na história, isso eu garanto.

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!

    O @Gabriellk~ já falou muita coisa, então sinto uma baita dificuldade em acrescentar algo. Primeiramente, acho que sua escrita está melhorando. Suas questões de conjugação verbal ainda precisam ser muito trabalhadas. No entanto, teu trabalho descritivo está no caminho certo e com bom progresso. Como já havia dito antes, gostei do cenário mais dark e trevoso, que é bem a sua cara e sua pegada. Siga as dicas do nosso bom amigo Elk e acho que você estará no caminho correto para melhorar ainda mais.


    Aguardo o próximo, e lamento pelo "atraso" em comentar.


    Abraço,
    Iridium.
    Opa Iri, obrigado pelos elogios e pelo comentário, não ligue pro atraso, já disse que pode comentar sempre que quiser.

    Eu notei minhas falhas quanto a conjugação verbal(Ao menos aqui) e vou tentar trabalhar melhor nisso. E, claro, o Gabriel disse coisas valiosas a mim, então as seguirei, pode deixar.

    Eu realmente tive muito mais intenção de deixar um cenário dark nessa história do que em qualquer outra minha, juro. Se acabei deixando mais sombrio o clima na minha história principal, foi sem querer, sério

    Espero que goste deste capítulo




    Agradeço por todos os comentários, pessoal. Já tá tendo mais comentários em média por capítulo do que na minha história principal, mas não tem problema, isso é normal, considerando o tamanho dela e que essa acabou de começar.

    Bem, vamos para o próximo?



    No capítulo anterior:
    Centenas de pessoas foram mortas num misterioso ataque à Carlin. Thais e Carlin se juntam para investigar o caso, enquanto dois investigadores e um membro da guarnição thaiana partem para Greenshore encontrar o misterioso Nightcrawler, um detetive independente.




    Capítulo 2 – Aqueles que Derramaram Demais



    Os túneis abaixo de Carlin são levemente iluminados e fétidos, além de um tanto confusos. Apesar disso, a comitiva em busca da rainha Eloise, composta por guerreiros thaianos e guerreiras carlinídeas, segue firme dentro dos túneis, logo abaixo dos esgotos.

    A operação seguiu sem distúrbios até chegarem à caverna que dá acesso para o clã de Coryms da região. Ao entrarem, notaram que o lugar e todo o trajeto que passaram está diferente, embora não consigam notar as ligeiras mudanças.

    — Ei, Gregor, certo?
    — Sim... O que foi?
    — O lugar está tranquilo demais... Não acha?
    — Um pouco. Encontramos só bichos inúteis como ratos ou rotworms, mas realmente, está suspeito esse lugar.
    — Anseio para encontrar minha rainha e pedir uma redenção pelo meu feito. Não ter morrido tentando defender Carlin foi um completo sacrilégio.
    — Você foi nocauteada! Não tem culpa disso.
    — É fácil para o líder dos cavaleiros, que parou de se meter em batalhas reais, sem um líder para guiá-lo, falar algo assim. Mas eu tenho um compromisso com vossa majestade. Não posso cansar até cumpri-lo.
    — Vamos nos preocupar com o caminho agora. Pois quanto menos inimigos aparecem, mais perigoso o caminho se torna. — Disse, olhando adiante de forma séria — E eu tenho um líder, que é Tibianus II. E eu o sigo, assim como todas as suas ordens.

    A comitiva, formada por trinta soldados, invade os limites do território Corym para entrar em seu ninho. É agora ou nunca.

    Eles descem o buraco, e conforme o fazem, iluminam mais o lugar. Quando todos os soldados apareceram, já é possível saber a situação da caverna: Vazia. A preocupação bate instantaneamente, apesar de faltar um perigo real para eles.

    — Isso é mal — Disse Blossom, guiando suas vinte guerreiras pela caverna — Não há um único sinal das criaturas aqui. Nem as armas foram deixadas para trás, tampouco rastro. O que sugere?
    — Voltar já não é mais uma opção. Vamos.
    — Era o que eu queria ouvir, homem. — Disse, em tom de deboche.

    A comitiva encontra um novo buraco, e algumas guerreiras descem primeiro, seguidas por Blossom, Gregor e o restante dos soldados. Um cheiro horrível invade seus narizes, os distraindo do provável perigo para tentar aguentar o cheiro. Ao olhar adiante, notam que há luzes fracas em alguns cantos aleatórios da caverna. Pareciam olhos.

    — Alabardas! — Grita Gregor, com seus soldados tomando a frente com suas armas. Dez guerreiras pegam suas bestas e as restantes sacam suas espadas.

    Com uma tocha na mão esquerda e um machado de mão na direita, Blossom avança devagar, visando descobrir o que há no escuro.

    Os olhos eram de criaturas, ou melhor, coryms. Mas seus corpos não estavam ali, apenas suas cabeças, pregadas com estacas avermelhadas lembrando ossos ensanguentados, e penduradas por cordas no teto. Há corpos encostados e com cabeças, mas sem algo que segurasse suas tripas, vazadas pelo chão. Os Coryms detém expressões de horror enquanto presos pelas próprias armas contra as paredes, cercados por uma quantidade excessiva de sangue. A visão faz alguns soldados se entreolharem, sentirem nojo e até passarem mal. Os líderes olharam com surpresa e desprezo pros corpos.

    — Desfazer formação... Vamos seguir em frente. — Disse Gregor, desanimado.
    — Vamos, maricas! Não quero machos e suas fraquezas me atrasando! — Grita Blossom, incomodada com os homens passando mal. No instante em que ela terminou de falar isso, três guerreiras vomitaram. Ela olha pra elas com mais desprezo ainda.

    Após algum tempo, os soldados se convenceram a continuar andando, mas sem olhar pros corpos, apenas pra frente. Logo, eles encontraram uma nova saída pela caverna através do teto. Lançaram uma corda com um gancho, prendendo nas pedras ao redor do buraco com sucesso. Logo estavam subindo aos poucos, sendo as primeiras as guerreiras mais preparadas, depois os líderes, e então os soldados.

    O cheiro de podre está mais poderoso ali, mas a atmosfera é diferente.

    — Irmã, lance uma flecha incendiada em frente. — Disse Blossom a uma guerreira com uma besta. Ela assim o faz, usando uma tocha para acender uma flecha com um pedaço de pano ao redor da ponta, molhado de piche. Ela atira a flecha, que atinge algo à pelo menos doze metros da comitiva.

    O local onde ela atinge começa a pegar fogo devagar. Outras flechas são lançadas, e pegam em outros alvos estranhos. Só depois de um tempo que eles reparam que as flechas foram atiradas contra corpos. E que a primeira atingiu a rainha, já morta, pregada contra um pilar de material semelhante as estacas de antes, com o vestido bastante estragado e destruído, manchado de sangue em vários locais e com seu penteado desfeito e cobrindo seu rosto. Já seu corpo parece seco, profundamente desnutrido e muito ferido, com sangue seco antes escorrendo por suas pernas, braços e rosto. Ela está tão seca quanto uma maçã podre que jamais fora atirada no lixo, cheia de golpes de espada e coberta de sangue seco. Os corpos pareciam ser de guerreiras carlinídeas, com condições semelhantes.

    Enquanto os soldados iam notando o que tinha acontecido, um indivíduo ao lado do corpo morto da rainha olha para a escuridão logo adiante. Alguém está ao lado do pilar artificial construído na caverna, e está vestido com uma roupa vermelha, mas os detalhes não são muito visíveis. A única coisa visível nele é um objeto estranho e pulsante em sua mão esquerda.

    — Perdão, mas a rainha está viajando. — Disse a figura, com uma voz sombria — Felizmente, ela convidou vocês para ir com ela também.

    O homem força o objeto com a mão e ele explode, lançando uma grande quantidade de líquido que se derrama por um corpo logo ao seu lado e lança uma pequena fumaça no ar. Nesse instante, os soldados se preparam para avançar, mas o ser os interrompe fazendo um sinal negativo com a mão.

    O corpo se mexe.



    ~*~



    — Hm... Então metade de Carlin morreu, enquanto a rainha está desaparecida? E tudo isso aconteceu em uma tarde?
    — Pois é... Um dos potenciais suspeitos desse massacre é a Irmandade. Prato cheio pra ti.

    O homem de chapéu cruza as mãos, próximas do nariz, enquanto curvado sobre a mesa de madeira grossa de seu quarto, coberta por papéis e pergaminhos abertos. Ele fita a vela a sua direita, com um olhar pensativo. O trio observa-o, sendo Dartaul e Borges os mais perplexos, já que estão de frente com uma figura lendária. Nem mesmo fazem ideia da resposta que virá dele.

    — Incrível. Simplesmente, horrorosamente incrível. Esses filhos da puta atacavam desde templos à pequenas fazendas de uns anos pra cá, e agora decidiram jogar tudo pro alto e fazer metade da segunda maior cidade do continente sentar no colo do diabo? Eu não acredito. É o ato mais incompreensível, rebelde e impensável que eu já vi! — Disse, terminando com um soco contra a mesa. A dupla da perícia treme levemente e Trevor reage com desdém.
    — Acho que foi um aviso... Do poder deles. Já faz alguns meses que eles têm sido intensamente perseguidos tanto pela coroa carlinídea quanto pela thaiana. Outro país também envolvido é Yalahar.
    — Tem razão. O ataque à Nargor quatro meses atrás também foi um aviso que o próximo seria maior. Ou não? Preciso pesquisar... Preciso ver se há algo escondido dentro desses ataques. Esse grupo não é amador, nem de brincadeira. — Disse, levantando-se rapidamente e avançando até o trio — Bem, vejo que há dois sujeitos desconhecidos contigo. Imagino que os conheça bem para lhes mostrar meu esconderijo.
    — Claro. Este é Borges, investigador-chefe do terceiro escritório da perícia da Guarnição Thaiana. Já este é Dartaul, um investigador recém-formado da Universidade de Fibula.
    — Interessante. Sinto que a vinda deste Borges e a sua é para me arrastar oficialmente com algumas regalias e panos quentes pro caso. E para a Guarnição.

    Borges olha-o ainda perplexo, para finalmente após algum tempo quebrar sua expressão, levantar uma sobrancelha e conseguir falar algo.

    — Uau, Trevor, puta merda. Este é exatamente o que eu não imaginava ser o Nightcrawler. Quer dizer, cadê a loucura que diziam que ele tinha? Os problemas pra sair de casa ou falar? Talvez ficar sentado com os pés na cadeira? Ele me parece perfeitamente normal.

    Nightcrawler ri baixo.

    — Perdão por lhe decepcionar, mas não tenho nada de tão marcante na minha aparência. Por outro lado, não sou normal. Na verdade... — Disse, aproximando-se um pouco mais, mostrando melhor seu rosto para uma vela próxima deles, revelando uma cicatriz que ia da sobrancelha direita até abaixo do olho, além do seu olho esquerdo ser branco, como se ele fosse cego — Estou longe de ser.

    O rosto do homem é magro e tem uma barba malfeita. O chapéu, de aba fina e grande, aplica um ar mais sombrio ainda para a sua face. Esses elementos deixam a dupla tensa, mas não surpreende Trevor, que se acostumou há tempos.

    — Ok, ok... Peraí. Você mostrou o seu rosto para nós dois? Por quê? Nem tem certeza se somos membros da Irmandade ou não!
    — Claro que tenho. — Disse, afastando-se e voltando a ter seu rosto pouco iluminado. — Meu olho esquerdo serve justamente para identificá-los. É um presente de alguém especial... E parte do motivo do meu nome existir. — Finaliza, abrindo um sorriso macabro.
    — Chega, Crawler. Pegue seus relatórios, vamos pesquisar.
    — Heh. Relaxem, não quero fazê-los borrar nas calças.

    O detetive vai para o fundo do quarto procurar algo nas estantes que cobriam as paredes do lugar. Apesar da fraca iluminação, é possível notar muitos livros nelas, além de algumas pastas e pergaminhos. Ele pega uma pasta e caminha até o trio, passando por eles e subindo as escadas.

    — Sigam-me. O lugar é escuro demais para nós analisarmos tudo.

    O rapaz abre a portinhola, subindo para a casa. Eles o seguem, subindo as escadas de madeira. Chegando ali, a casa parece um pouco diferente; Dessa vez, eles notam um grande candelabro no teto, e há velas iluminando todo o local. A janela é coberta por cortinas grossas, onde uma única fresta de luz atravessa, iluminando um canto do local com a luz do sol.

    Nightcrawler era mais visível agora. Ele usa um sobretudo de cor bege, e um chapéu da mesma cor. E agora está usando uma máscara no rosto: Uma máscara de teatro sorridente, cujas expressões possuem contornos de um azul bem fraco.

    — Me perdoem a falta de educação, não tenho nada para lhes servir e preciso deixar as cortinas fechadas. — Lamenta, sentando num sofá bege e colocando a pasta sob uma mesa, abrindo-a. O trio se junta a ele para analisar, com Trevor sendo o último e deixando a bainha com sua espada encostada logo ao seu lado.
    — Possui tudo sobre eles aí? — Questiona Borges, observando atentamente o aglomerado de documentos.
    — Tudo que consegui reunir. Dois anos parecem suficientes para pegar um grupo de malucos fazendo arruaça em cidades e aldeias, se eles não fossem como a Irmandade do Caminho de Sangue. — Disse, virando uma página e iniciando alguns relatos — O primeiro ataque oficial deles foi em Yalahar. Mataram os donos do zoológico antigo de lá e liberaram tudo pros animais dominarem. É o que diz os relatórios. Mas quando analisei melhor, notei que ninguém liberou os portões, foram arrombados por forças diferentes. Ou seja, pelos animais. Além disso, os funcionários desapareceram e os donos tinham apenas a parte de cima do corpo. Não é difícil de dizer o que aconteceu, difícil é procurar o motivo. Antigamente, aquele lugar não tinha ordem por causa da ação de um deus yalahari, agora voltou a ficar sem ordem de novo.

    Borges analisa os dados. Há relatórios feitos tanto pelos yalahari quanto por outros investigadores de fora, e descrições feitas pela guarnição.

    — Essa pasta é mais grossa que meu braço gordo. Quer dizer que a Irmandade age há anos? — Indaga Borges, incrédulo.
    — Isso. Seu primeiro ataque já foi de grande escala, já que o distrito do zoológico é enorme, mas ainda não sabiam quem tinha feito aquilo até nove anos atrás, quando eles recomeçaram os ataques com sua marca registrada: Sangue para todos os lados. Esse primeiro ataque tinha muito sangue no edifício de administração, mas os seguintes foram estranhamente limpos, mas com membros da Irmandade flagrados em ação. Um deles é este aqui.

    Nightcrawler vira quatro páginas e mostra um relatório que ocupava metade da página à esquerda. As páginas eram feitas de papiro, aquela não era diferente.

    — Eles atacaram um distrito de Edron e depois fugiram para o norte. O distrito em questão é o dos magos, assassinaram um mago próximo de Wyrdin, chefe da academia. Os magos de Edron os perseguiram, e deram de cara com, adivinha...
    — Um grupo de lobos? — Disse Dartaul, curioso. Nightcrawler não parecia ter um olhar positivo, apesar da máscara.
    — Seu pensamento é tão fechado que me dá nojo. — Disse, fitando-o com uma cara feia, porém, escondida pela máscara — Eles encontraram com um demônio. Um real, das lendas, com seis metros de altura, olhos verdes e corpo sarado e vermelho. Fugiram ao primeiro encontro, e pelo menos quatro dos doze magos morreram tentando fugir. Um ficou pra trás pra segurar os restantes, seu nome é conhecido como Azabaraun, um dos últimos magos servos de Nornur.

    Dartaul e Borges ficam boquiabertos. O detetive já esperava essa reação, e ri baixo.

    — Espera, espera! Como diabos você pode falar que um demônio apareceu de forma tão natural? E como espera que acreditemos em você? — Dispara Dartaul, ainda mais surpreso que os outros dois. Nightcrawler não responde, mas Borges fica notavelmente incomodado.
    — Cala a boca, moleque! — Repreende Borges, dando um tapa na cabeça do jovem — Desculpe por isso, é... Nai... Cra...
    — Nightcrawler. — Responde o próprio, com certo incomodo.
    — Isso! Dartaul é jovem, não liga para os fatos e não conhece Tibia direito... Além de ser apenas um novato. Não se importe com ele. Eu acredito em você.
    — Não precisa se desculpar.

    Borges suspira, aliviado.

    — Se desculpe por você. Eu sei que você não acredita em mim, pois eu olhei para você um pouco antes de terminar de falar e vi que você tinha um semblante parecido com o do garoto. Eu sei que vocês estão ansiosos pra me trazer para trabalhar com sua guarnição, mas sabem que isso não vai acontecer.

    Borges fita-o, desacreditado e Dartaul está irritado. Trevor não esboça reação, pois esperava por algo assim, mas precisa assegurar que as coisas deem certo.

    — Crawler, reconsidere. Eles vivem em cidades, investigam crimes. Não são do tipo que acreditariam que existem magos lutando contra demônios com metros de altura.

    Nightcrawler cruza os braços, batendo o indicador direito contra o braço esquerdo.

    — Ok. Continuando — Disse, surpreendentemente calmo, apontando para a outra página — O caso obviamente não veio a público, disseram que alguns magos viajaram para outras regiões atrás do rastro dos assassinos e todo mundo acreditou. Mas eu consegui todas as informações subornando alguns magos e lhes fazendo alguns favores. Por fim, eu consegui informação sobre outro caso dias após esse, dessa vez em Stonehome, onde pintaram marcas de garras ligadas a pequenas bolas nas plantações com sangue, um símbolo jamais visto antes. E usaram todo o sangue dentro do corpo do líder da vila, na época. Isso aconteceu a noite, de manhã já era possível notar as pinturas e ver o formato de cima do monte do norte da vila.

    Dessa vez, há um desenho registrando a plantação desenhada. Há algumas anotações logo abaixo, também especificando o caso.

    — Não pegaram ninguém? — Questiona Dartaul, ainda levemente irritado.
    — Claro que não. É a Irmandade. Não há nenhum registro de um membro preso, pois quem tenta costuma morrer depois. Não querendo me achar, mas é um dos motivos de eu estar aqui conversando com vocês ainda.
    — Parabéns, garotão. — Disse Borges, debochando.
    — Mas, claro, posso ficar mais tempo assim que o sujeito de vermelho na janela ir embora desse lugar. E eu, de preferência.

    O trio fica confuso de início, mas quem entende primeiro é Dartaul, que se vira rapidamente para a janela e vê um vulto deixando-a, liberando mais luz pra sala a partir de uma abertura na cortina. Os outros dois entendem também e Trevor logo se levanta, pegando sua bainha e desembainhando sua espada.

    — Quantas pessoas você trouxe, Trevor? — Questiona Nightcrawler, fechando a pasta e se levantando.
    — Quinze. Dentro do limite que você estipulou.
    — Eu falei vinte, mas em casos emergenciais, ou chamaria demais a atenção deles! — Disse, levantando-se junto dos dois investigadores.
    — Metade de Carlin ter morrido não é emergencial, Crawler?

    O homem suspira, decepcionado. Todos correm pra fora, não vendo ninguém nas redondezas. Após algum caminho andado, eles ouvem o pelejar de espadas, e olham para todos os lados procurando a origem dos sons, mas Nightcrawler já percebera desde o inicio.

    — Seu navio.

    Trevor olha para o navio, nota um pequeno foco de fogo vindo de trás dele e algumas figuras lutando umas com as outras.

    — Assassinos... No meu navio?





    Próximo: Capítulo 3 - Sem Precedentes



    Abaixo, uma imagem representando toda a região vítima da Irmandade Bloodway. Tudo em vermelho foi atacado por ela.






    Revisado novamente no dia 29/03/2018.
    Última edição por CarlosLendario; 29-03-2018 às 14:17.



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  4. #14
    desespero full Avatar de Iridium
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    @CarlosLendario

    Saudações!

    Muito bom capítulo! A personalidade da Blossom ficou perfeita, exatamente da forma como imaginei que ela agiria diante disso. Interessante a parte mais ligada à porção mágica da cidade não ter sido atacada (a guilda dos Knights e dos Paladinos foi beeem sitiada, mas a parte que compete à Padreia e à Lea manteve-se intacta). Curioso... E que dá margem para algumas especulações...

    ...Assim como as áreas que você também revelou terem sido atacadas a priori! Yalahar foi feita pra se lascar, impressionante! De qualquer maneira, estou adorando. Fora teus errinhos de conjugação (que são tua maior e mais pesada cruz), não vi mais nada que me distraísse da narrativa. Acho que você está cada vez mais "se encontrando" em sua escrita, pois, de uns tempos para cá, você tem escrito cada vez melhor, de forma mais confortável e com os cenários cada vez mais imersivos e detalhados. Olhando textos seus de 1-2 anos atrás, a melhoria foi não apenas notável, como imensa. Way to go!

    Aguardo o próximo. E vê se trabalha na outra história tmb, quando tiver tempo. XD


    Abraço,
    Iridium.

  5. #15
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    SALVE CARLÃO!

    Mais um ótimo capítulo. Não que você não tenha conseguido por imersão nos outros capítulos, mas esse, caceti!

    O discurso da patrulha nos esgotos de Carlin, a tensão ao não ver nenhuma forma de vida... Todo mundo se cagando cada vez mais, e aquela cena final, com a situação da rainha sendo revelada... E claro, não podia faltar o famoso surprise mothafucka.

    E pelas informações que o Crawler revelou, é um culto do demonho, não tem outra . Reparei em BEM MENOS erros de conjugação. Pelo visto, como a própria Fefê já destacou, você está se descobrindo cada vez. HUUUMMMMMMM...




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    Não espere algo bem elaborado e feito. De resto...

  6. #16
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    Excelente capítulo, cara!

    Deu pra notar nesse começo de história que a descrição é um dos seus pontos fortes; realmente o ambiente e os cenários são muito bem detalhados e imersivos, o que deixa a leitura muito agradável.

    Você está cumprindo muito bem com a promessa de sangue haha. O que mais me agradou foi o fato de não ser nada forçado demais (tipo transformar qualquer discussãozinha em um açougue), mas sim tudo bem coerente e encaixado na história; não é muito comum eu gostar desse tipo de enredo, então creio que esse seja o maior sinal de que está ficando bom, pelo menos para mim xD.

    O Crawler com certeza não decepcionou as minhas expectativas. É um personagem que vai enriquecer bastante a história, não tenho dúvidas disso.

    Enfim, gostei bastante dos primeiros capítulos, me animaram a ir conferir sua história principal, então espere por um comentário meu lá nos próximos dias.

    Abraço!
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  7. #17
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    Padrão Capítulo 3 - Sem Precedentes

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    @CarlosLendario

    Saudações!

    Muito bom capítulo! A personalidade da Blossom ficou perfeita, exatamente da forma como imaginei que ela agiria diante disso. Interessante a parte mais ligada à porção mágica da cidade não ter sido atacada (a guilda dos Knights e dos Paladinos foi beeem sitiada, mas a parte que compete à Padreia e à Lea manteve-se intacta). Curioso... E que dá margem para algumas especulações...

    ...Assim como as áreas que você também revelou terem sido atacadas a priori! Yalahar foi feita pra se lascar, impressionante! De qualquer maneira, estou adorando. Fora teus errinhos de conjugação (que são tua maior e mais pesada cruz), não vi mais nada que me distraísse da narrativa. Acho que você está cada vez mais "se encontrando" em sua escrita, pois, de uns tempos para cá, você tem escrito cada vez melhor, de forma mais confortável e com os cenários cada vez mais imersivos e detalhados. Olhando textos seus de 1-2 anos atrás, a melhoria foi não apenas notável, como imensa. Way to go!

    Aguardo o próximo. E vê se trabalha na outra história tmb, quando tiver tempo. XD


    Abraço,
    Iridium.
    Opa Iri, imaginei que iria gostar da Blossom. Aparentemente você tá começando a pensar melhor sobre a história e algumas circunstâncias que levam aos ataques da Irmandade, logo tu entende o título da história.

    Obrigado pelos elogios a escrita, minha evolução parece notável, mas ainda tenho muito a melhorar. Não posso parar enquanto não me sentir totalmente satisfeito.

    A outra história provavelmente só ano que vem irei dar continuidade, isso se eu tiver paciência também. Preciso terminar essa primeiro.

    Citação Postado originalmente por Senhor das Botas Ver Post
    SALVE CARLÃO!

    Mais um ótimo capítulo. Não que você não tenha conseguido por imersão nos outros capítulos, mas esse, caceti!

    O discurso da patrulha nos esgotos de Carlin, a tensão ao não ver nenhuma forma de vida... Todo mundo se cagando cada vez mais, e aquela cena final, com a situação da rainha sendo revelada... E claro, não podia faltar o famoso surprise mothafucka.

    E pelas informações que o Crawler revelou, é um culto do demonho, não tem outra . Reparei em BEM MENOS erros de conjugação. Pelo visto, como a própria Fefê já destacou, você está se descobrindo cada vez. HUUUMMMMMMM...
    Salve botas, obrigado pelos elogios. Isso é só o começo, as coisas vão ficar ainda melhores.

    Será que é um culto do demonho? Ou só uma seita maluca? Continue lendo pra saber!


    só o troxa ai msm que achou que tem malicia em "se descobrindo cada vez mais"

    Citação Postado originalmente por Edge Fencer Ver Post
    Excelente capítulo, cara!

    Deu pra notar nesse começo de história que a descrição é um dos seus pontos fortes; realmente o ambiente e os cenários são muito bem detalhados e imersivos, o que deixa a leitura muito agradável.

    Você está cumprindo muito bem com a promessa de sangue haha. O que mais me agradou foi o fato de não ser nada forçado demais (tipo transformar qualquer discussãozinha em um açougue), mas sim tudo bem coerente e encaixado na história; não é muito comum eu gostar desse tipo de enredo, então creio que esse seja o maior sinal de que está ficando bom, pelo menos para mim xD.

    O Crawler com certeza não decepcionou as minhas expectativas. É um personagem que vai enriquecer bastante a história, não tenho dúvidas disso.

    Enfim, gostei bastante dos primeiros capítulos, me animaram a ir conferir sua história principal, então espere por um comentário meu lá nos próximos dias.

    Abraço!
    E aí Edge, obrigado pelos elogios. Manter as coisas sem forçação de barra é uma das coisas que foco em trabalhar durante a construção de um roteiro, para assim a história ter mais valor e ser mais interessante.

    Nightcrawler será um personagem de destaque, mas não ofuscará os outros, isso é certeza.

    Espero que goste de O Mundo Perdido!






    Bem pessoal, venho lhes trazer mais um capítulo. Espero que gostem.



    No capítulo anterior:
    O famoso Nightcrawler junta-se aos investigadores e ao chefe de guarda Trevor para o caso da Irmandade Bloodway. Enquanto isso, a comitiva enviada para as cavernas de Carlin é atacada por uma figura misteriosa, além de confirmar a morte da rainha Eloise.




    Capítulo 3 – Sem Precedentes



    O trio observa, desamparados, chocados e abismados, o navio de Trevor, ou melhor, da guarnição thaiana, reproduzindo um ato bárbaro em tempo real. Lembra algo como um teatro bizarro, onde os atores não tinham compaixão um pelo outro, apenas lutavam pela atuação perfeita e nada mais, buscando deixar a peça inesquecível e inalcançável. A diferença entre o teatro e o navio é que a cena do navio é real.

    Os quinze soldados se encontram todos dentro do navio, lutando uns contra os outros, num jogo maldito de sobrevivência. Sangue jorra de feridas abertas com selvageria, enquanto espadas se encontram com as outras numa dança pesada e desumana. Os soldados aos poucos se cobrem de sangue, assim como a vela do navio, que a todo momento recebe mais e mais sangue, assim como o piso do navio e suas laterais. Para completar, a traseira do navio, de alguma forma, está incendiada, e o fogo está se infiltrando devagar dentro do navio. Entretanto, este está baixo no momento e provavelmente desaparecerá antes de fazer um estrago real.

    Tirando Nightcrawler, todos estão chocados e sem reação, parecendo em transe. O detetive parece simplesmente decepcionado, não tendo intenção de demonstrar compaixão pelas vidas perdidas que ainda teimam em continuar lutando. O choque do trio é forte o bastante para eles não escutarem os múltiplos sons do momento, desde o pelejar das lâminas até a carne dos homens sendo aberta pelas mesmas, deixando todo o foco de sua mente para seus olhos, que observam as feições desesperadas, assombradas e assustadas dos soldados. Pior é para um dos chefes da guarnição, que via seus subordinados matarem uns aos outros, sem nem notar que alguém os chama.

    — Trevor! Trevor! — Clama Nightcrawler, balançando-o e tentando acordá-lo do transe, sem sucesso. Ele então esbofeteia o rosto do mesmo, fazendo-o dar dois passos pra trás e então acordar.
    — Hã...? Crawler?
    — Não, sua mãe tirada da tumba. Temos que sair daqui, seus soldados não tem mais salvação.
    — Espere! Eles não sabem o que estão fazendo, preciso ajudá-los!
    — Não tem como. Foi feito pelo mesmo membro da Irmandade que estava nos observando. Não tenho certeza ainda do que é, então é melhor irmos andando.

    Trevor assente pesadamente e vira-se para os outros companheiros, também dando tapas em seus rostos para acordarem do transe.

    — Ah...! Que merda, pra que isso? — Reclama Borges, irritado.
    — Pra irmos logo! Não podemos ficar aqui!

    Um calafrio sobe a espinha de Dartaul.

    — Não se preocupem. Vocês também se juntar a eles.

    Uma voz sombria corta o ar e assusta o grupo. Próximo de Dartaul, uma figura coberta por uma capa negra revela-se. Era possível ver sangue pingando de dentro da capa.

    — E-Essa não... — Tartamudeia Dartaul, dando alguns passos pra trás.
    — Corram! Eu vou segurá-lo! — Grita Trevor, tomando a frente com sua espada.

    Dartaul ia protestar, mas Nightcrawler logo aparece e puxa-o pelo braço, ao mesmo tempo mandando Borges segui-lo também. Os três correm para dentro da vila, enquanto o homem permanece em posição para enfrentar o encapuzado.

    — Estúpido.
    — Você vai pagar caro pelo que fez! — Vocifera o guerreiro, cheio de raiva.

    Ele avança contra o encapuzado, que apenas lança sangue de sua mão direita, visando cegá-lo por alguns instantes. Mas rapidamente a tática é percebida e Trevor se joga contra o chão, deixando o sangue passar direto, levantando rapidamente em seguida e lançando um golpe de lado contra o individuo, que simplesmente desvia levando a parte superior de seu corpo para trás. O encapuzado gira, levanta uma das pernas e chuta a barriga do adversário, afastando-o em alguns passos. Sem perder tempo, o homem sombrio pega uma faca da cintura e lança-a, mas o espadachim defende com a espada. Ambos voltam a uma posição normal, encarando um ao outro.

    O vento uiva pela planície. A peleja sangrenta do navio já não é mais ouvida.

    Ali, resta apenas ódio.

    Seus companheiros conseguem chegar à vila, ainda vazia. Nightcrawler entra rapidamente em sua casa, vai até a sala e pega a pasta, que felizmente ainda se encontra no mesmo lugar. Ele agora corre pra fora, acompanhado da dupla de investigadores, que seguem para a saída de Greenshore.

    — Não temos escolha... Vamos pra Thais. — Disse Nightcrawler, um pouco baixo e visivelmente desamparado.
    — Espera, e Trevor? — Protesta rapidamente Dartaul, com preocupação notável em seu semblante.
    — Não precisaremos fazer nada. Trevor não é fraco e num combate direto, aquele membro está destinado à morte ou a fuga.
    — Ótimo, então vamos logo! — Disse Borges, apressando-se para a entrada, apesar de cansado pela corrida.

    O trio rapidamente segue até a ponte de pedra. Ao pisar no primeiro degrau, Dartaul e companhia escutam um grito rompendo o silencio do lugar. Dartaul olha para trás, mas não compreende aquele grito, nem quem o lançou. Mas logo ao subirem na ponte, eles puderam ouvir mais gritos, que pareciam falas. Quando entenderam que era Trevor alertando-os, já era tarde demais.

    Um homem encapuzado surge na frente do trio. Ainda há sangue pingando de suas mãos. Sem rodeios, Nightcrawler toma a frente deles e os mantém próximos. Em seguida, o mesmo puxa o pé esquerdo pra cima, revelando um fio transparente, que se parte e cria pequenas explosões nas duas pontas da ponte.

    Os dois lados caem no rio, deixando apenas o meio de pé sob um pilar natural de pedra preso debaixo do rio. O detetive e os investigadores agora estão presos com o encapuzado, que nem mesmo deu atenção para o ocorrido, continuando imóvel. Sua capa está aberta, revelando um uniforme vermelha, com um cinto cinza-escuro e facas presas a ele. Suas mãos eram de uma cor próxima da madeira e escorriam sangue.

    — Então... Cá estamos, frente a frente. Um membro da Irmandade e o principal caçador dela. Não é empolgante? — Disse Nightcrawler, animado, enquanto a dupla logo atrás está aflita.

    O homem não responde. O detetive cruza os braços.

    — Certo... Vejo que não é de papo. Afinal, deve ser difícil falar com isso aí no rosto, né? Ou melhor, no corpo.

    Ele levanta levemente o rosto, mas é possível ver que seu rosto é, na verdade, de um manequim, feito de madeira. Não há espaço para boca, nariz ou olhos, apenas uma ondulação no rosto lembrando a de um nariz, a profundeza dos olhos e nada mais. Aquilo intimida os investigadores, mas deixa o detetive cada vez mais animado.

    — Sei que você quer me capturar. Também quer matar os outros dois. Mas não conseguirá. Observe esta última linha, no meu pé direito.

    Uma linha branca se encontra na bota negra que o homem calçava. Há bastante tensão nela, como se estivesse próxima de se partir.

    — Se eu partir essa linha, nós cairemos no rio. Não sem antes nos machucarmos um pouco com a altura, e, claro, matarmos VOCÊ no processo. Um manequim colocado no corpo intimida pra caralho, tenho que admitir, mas com tanta água entrando dentro dessa cobertura e tornando ela mais pesada vai te afundar e te matar, o que não será meu caso, mesmo que a correnteza dificulte minha volta. Estilo é ótimo, mas performance é mais importante.

    O membro continua imóvel, mas o recado não precisava ser dado mais de uma vez.

    — Nightcrawler... Não fugirá para sempre. Estamos sempre a espreita. — Disse, explodindo em sangue e desaparecendo no processo. Apesar do feito, nenhuma gota de sangue atingiu o trio.

    Trevor finalmente os alcançou, parando ao chegar perto da ponte.

    — Mas o que diabos aconteceu aqui?
    — Ah... Um monte de coisas. Mas então, pode arranjar uma escada pra gente? Não, duas.
    — Quer dizer que você faz esse plano suicida, todo bonitinho, pra no fim não ter nem um modo de sair daqui após os dois lados da ponte caírem? Que porra de gênio você é? — Reclama Borges, cruzando os braços, com insatisfação.
    — Pois era para caso eu fosse encurralado, não você. Afinal, eu tenho certeza que um gordo de meia-idade que nem você não consegue pular dessa distância até o solo.

    Dartaul disfarça uma risada. Borges fica irritado, mas entende que era verdade.

    — Ah, Nightcrawler... Borges... Esqueci de mostrar algo importante. Peguei em Carlin, dentro do castelo da rainha. — Disse Dartaul, pegando uma folha de papiro de seu bolso, dando para o detetive, que a recolhe e desenrola-a.

    Em apenas cinco segundos ele a lê e enrola-a de novo.

    — Hm... Um deles tem interesse em Thais, então?
    — Espera, o quê? Por que você não me mostrou isso antes, moleque?
    — Pois nenhum de vocês seria capaz de entender isso. É uma linguagem feita para ser lida apenas por eles. Tem palavras-chave e outras que apenas eles entendem. Eu sei pois estudei isso, então, não é problema pra mim. — Disse, entregando para Dartaul, mas Borges toma-a de sua mão e começa a lê-la.
    — Mas que... Merda é essa?
    — Já disse, não vai entender. E eu não vou te explicar.

    Trevor vem ao longe com duas escadas, uma em cada ombro.

    — E o meu navio, Crawler?
    — A julgar pelo fogo, ele não se espalhará. E seus soldados não tem salvação. Em Thais você pode conseguir a ajuda que precisa pra recuperar o navio e recolher os mortos.

    Trevor fica cabisbaixo e assente, posicionando a primeira escada para em seguida subir na ponte. Finalmente iriam sair.


    ~ * ~


    Thais está movimentada. O que não falta ali é pessoas, pois, afinal, a maior cidade do continente tibiano precisa de muitas pessoas. A maior concentração está num edifício maior, conhecido como Depósito, enquanto outros iam para o templo, para a taverna do Frodo ou para as partes mais fundas da cidade, nas áreas residenciais.

    Dartaul, Borges e Trevor estão indo em direção do centro, buscando ir ao Depósito. Nightcrawler decidiu ir por outro lado, sozinho, para passar despercebido. Mas logo ao chegarem no centro da cidade, o homem da máscara de teatro já estava ao lado deles, os assustando.

    — Acredito que Thais não seja o alvo deles, por hora. — Disse, olhando sua pasta de arquivos e folheando-a — Observei os registros de Nargor e foi um ataque brutal onde mataram todos os piratas que existiam na ilha. O lugar é uma ilha fantasma atualmente, ninguém entra ou sai de lá. Eles não fazem ataques grandes assim com essa frequência, ainda mais considerando que o alvo é Thais.
    — Isso não importa, mascarado. Temos que procurar. — Disse Borges, sério.
    — Procurar nessa cidade gigante um punhado de vermelhinhos? Ah, quem sabe não seja um bom serviço pra você, gordinho. Vai perder um bom peso. — Rebate Nightcrawler, sereno. Borges se incomoda bastante.
    — Ô, Sr. Mistério, lembre-se que você está em Thais, sob minha jurisdição. Baixa a bola ou eu baixo os seus braços com algemas.
    — Parem, vocês dois! — Protesta Dartaul, colocando-se entre os dois — Nightcrawler, você não tinha dito que dois assassinos dessa Irmandade iam se encontrar aqui em Thais?
    — Segundo a carta, sim.
    — Então, temos que pensar num lugar ideal de Thais em que eles poderiam se encontrar.
    — Esse é o problema, jovem. Thais não é só a cidade. Temos Greenshore, uma vasta área até o Monte Sternum, as planícies do sul, Fíbula e o leste também.
    — Bem, eu conheço Fibula! Posso ajudar vocês caso eles tenham decidido ir pra algum lugar de lá.
    — Não é necessário. Se eles decidiram se encontrar na cidade, meu palpite está na nossa frente. — Disse, olhando para um edifício no centro da cidade, ao lado do templo: A biblioteca de Thais.
    — Boa. Ninguém vai pra biblioteca esses dias. Vamos lá. — Comenta Trevor, indo na frente do restante, que o segue.

    A biblioteca de Thais é, de fato, vazia em quesito de pessoas, mas em livros, é vasta. Os mais variados livros, dos mais variados tamanhos, podiam ser encontrados ali. O chão de madeira clara e as paredes brancas dão um aspecto calmo para o lugar, permitindo uma leitura tranquila.

    Geralmente um bibliotecário fica atrás do balcão no primeiro andar, mas naquele dia, não há sequer uma mosca. Absolutamente ninguém. Nightcrawler pôs a mão no queixo.

    — É, acho que fui certeiro demais. Não teve graça.
    — Cala a boca, nem vimos o primeiro andar ainda! — Protesta Borges, cruzando os braços.
    — Claro, não faço investigações superficiais assim.

    O detetive ia subindo quando Trevor toma a frente pra subir. Dartaul parece bem receoso, mas sobe junto dos outros. O que encontraram já era esperado.

    Sangue, muito sangue. O local próximo da cobertura da biblioteca está coberto de sangue, provindo do corpo do bibliotecário. Seu peito está aberto, assim como seus braços, jorrando do líquido vermelho. E na sua frente, impedindo a passagem para a cobertura, está quem esperavam.

    — As vezes, eu odeio estar certo. — Sussurra Nightcrawler, um pouco intimidado. Mas comparado aos outros três, ele está muito calmo.

    O membro vestia a mesma capa preta, mas esta possui várias marcas de sangue escuras pelo tempo. Além disso, tinha uma aura completamente diferente de qualquer outro, parecendo mais forte que deveria.

    — Eu também. De qualquer forma, eu estive esperando por você, Nightcrawler. — Disse o encapuzado, de forma bem sombria.
    — Ah... Interessante. Pois eu não. Se me der licença...

    O sangue das paredes começa a descer, e o do chão sobe pelas pernas do homem. Todo o sangue do corpo do bibliotecário começa a subir pelo encapuzado, como se estivesse sendo drenado, intimidando mais ainda o grupo.

    — Vamos começar nossa discussão. — Disse, fazendo, em um instante, todas as paredes do lugar ficarem cobertas de sangue, que bombeava e escorria por todos os lados, como se estivesse dentro de um corpo humano — Primeiramente... Meu nome é Soulslayer. E vocês?






    Próximo: Capítulo 4 - Debate na Encruzilhada




    Revisado novamente no dia 04/04/2018.
    Última edição por CarlosLendario; 04-04-2018 às 12:57.



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  8. #18
    desespero full Avatar de Iridium
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    Saudações!

    E temos gente nova no enredo! Bom capítulo! Ainda vejo os errinhos de conjugação mas, aos poucos, você vai dar conta de corrigir isso. No mais, achei interessante a mudança de cenário... E a imensidão dos estragos dessa galera. Aguardo o próximo.


    Abraço,
    Iridium.

  9. #19
    Avatar de Edge Fencer
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    O Nightcrawler nesse capítulo me lembrou muito o L de Death Note haha.

    Muito bom o capítulo! As descrições foram ótimas (novamente) e a narração foi bem intensa. O encontro do grupo com o encapuzado já deu mostras de que eles não terão vida fácil, e esse Soulslayer também parece ser bem forte.

    Achei interessante você ter escrito a maior parte do capítulo no presente, o texto ficou com uma "cara" diferente do que costumo ver; eu gostei do resultado.

    Ansioso aqui pela continuação, abraço!
    Son of a submariner!

  10. #20
    Avatar de Skirt Underdome
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    Gostei do estilo ninja do Nightcrawler

    E esses caras dos blood também me lembram muito o estilo dos vilões de Naruto

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