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Tópico: O Mundo Perdido

  1. #291
    Cavaleiro do Word Avatar de CarlosLendario
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    Padrão Capítulo 45 - Solução

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!

    Primeiramente, muito bom Capítulo!

    Em segundo... Vamos parar de misturar tempos verbais aí, mocinho! Se vc está contando a história no pretérito, atenha-se a ele! Ficar oscilando entre pretérito (perfeito e imperfeito) e presente do indicativo confunde um pouco o leitor, que perde a noção de sequência do seu texto!

    Outra coisa: em uma das linhas, onde o Jack fala "Exori Con", tem uma chave ( ] ) solta em meio à fala. Dá uma corrigidinha depois.

    No mais, gostei das descrições e achei merecido o final que Wadzar percebeu. Foi esmagado como o inseto que decidira ser, e eu achei ótimo! Gostei da aparição majestosa dessa criatura, e quero ver de onde o Jack conseguiu essa sacolinha do mal aí AEHUAEHUAEHUAEAHU

    Em suma, é isso -- continue, que tá shô de pelota!


    Abraço,
    Iridium.
    Opa Iri, obrigado pelo comentário.

    Neste capítulo eu tentei consertar meus erros de tempo verbal que é o meu atual defeito. Estou correndo atrás pra resolver. Também corrigi o erro, obrigado por falar.

    Wadzar morreu de forma meio leve na minha opinião, planejava algo pior, mas decidi que essa morte ai foi o suficiente. O lance da sacolinha eu devo explicar no outro capítulo, o 46.

    Espero que este capítulo seja do seu agrado






    Bem pessoas, finalmente a busca pela cura de George está na reta final, mas não pensem que a história vai ter descanso ainda. Muita merda está por vir.


    Espero que gostem.



    No capítulo anterior:
    Jack retorna e quase entra em conflito com um Watson possuído pelos poderes de demônio, mas ele consegue escapar do conflito graças ao exorcismo de Lokan. Ele então luta com Wadzar até a aparição do grifo, que pega seu inimigo e lança de volta a Jack, que o mata.



    Capítulo 45 – Solução




    A majestosa criatura posiciona-se próxima do grupo, e sua pose superior, com a cabeça levantada e a cauda abaixada, com o corpo reto e rígido sustentado pelas suas fortes patas e asas abaixadas, mostram o poder e imponência daquele ser.

    [Grifo] — Parece que estou entre amigos. A morte deste verme pelas suas mãos foi o ato de confiança que eu precisava para poder conversar contigo, guerreiro. — Disse para Jack, com uma voz forte e com um pequeno tom tanto de uma águia quanto de um leão.

    Watson se aproxima a passos cautelosos do grifo e lhe faz uma reverencia, da qual o animal retribui.

    [Watson] — Saúdo-lhe, criatura. Meu nome é Watson, e almejo pela tua ajuda.

    Jack olha de forma surpresa para Watson, não se lembrando da última vez do qual o feiticeiro fora tão comportado.

    [Grifo] — Antes de tudo, gostaria que resolvessem a questão desta foice. Foi ela que reprimiu meus poderes na hora de lutar contra o desgraçado.

    Watson fita a foice ainda na mão esquerda de Wadzar, que jazia morto aos pés de Jack. Ele decide, então, pegá-la. Quando este se abaixa, Jack sente-se visivelmente preocupado, chamando-lhe a atenção.

    [Jack] — Não seria melhor Lokan pegar essa foice? Apesar de não ser muito sugestiva, ela tem mais a cara de um sacerdote usar.
    [Watson] — É a foice do Primeiro Pecador, e você sabe o que eu sou. Não há ninguém melhor para usá-la senão eu.
    [Grifo] — Tens razão, demônio. — Disse. A fala incomoda Watson, que não expressa o sentimento. — A foice é perfeita para você usar. Mesmo que Wadzar ainda estivesse vivo, não acho que ele duraria mais do que dois dias a usando. Ela estava drenando a vida dele, e se continuasse no ritmo de luta em que estava, não iria durar mais do que um dia.
    [Jack] — Ele parecia bem para mim.
    [Grifo] — Por hora ele ficaria bem, mas não por muito tempo. Wadzar me parecia estar usando magia arcana demasiada para controlar a foice e usá-la em combate. Acredito que nas mãos de Watson ela será mais poderosa ainda e terá diversos usos diferentes.

    Watson abre a mão imóvel e mole do corpo de seu inimigo e pega a foice. Ao se levantar, a foice solta um som tonitruante e lança fagulhas brilhantes pela mão do mago, que tentava controlar seu poder. A atividade para e o rapaz suspira mais aliviado. Mas após o termino da atividade, uma grandiosa luz sai da foice e cega todos ao seu redor por alguns instantes, até ela se dissipar e então a foice terminar de escolher seu dono. A arma agora era maior, com um círculo cheio de pontas por dentro no começo de sua lâmina e três pontas onduladas atrás. Na frente deste círculo está a lâmina, agora negra e muito mais mortal. A transformação surpreendeu Jack, mas o grifo parecia já aguardar algo assim.

    [Grifo] — Seu espírito é negro, Watson. Mas seu coração é puro e claro. A reprodução do seu coração está ai, na ponta do cabo desta foice.

    O círculo espinhoso agora tinha em seu centro uma pequena bola de luz brilhante.

    [Grifo] — A foice pertence a ti agora, Watson Amerake. Use-a bem. E seja lá qual dúvida você possua sobre esta arma, seu coração dirá o que é certo fazer com ela.

    Watson fita a arma e abre um sorriso. Ele fica realmente surpreso por uma arma tão poderosa aceitar ter ele como seu dono. Sentia que poderia ser de mais ajuda do que antes, portando uma arma como aquela.

    [Watson] — Obrigado. E bom, ainda tenho dúvidas, e vim até aqui esperando que me ajude com elas.
    [Grifo] — Posso solucioná-las, se é o que quer.
    [Watson] — Meu grande amigo e irmão deste homem — Aponta para Jack — do qual se chama George, está com um selo em seu corpo. Este selo engana seu espírito e sua mente e o coloca num sonho sem fim, onde tenho certeza que ele está perdendo para o sonho. Você tem a solução para isso?

    O grifo fica algum tempo pensando sobre o que ouvira. Parecia saber a resposta.

    [Grifo] — Me parece ser um selo de alma amaldiçoada. Ele coloca um espírito dentro do corpo da vitima que tenta tomá-lo pouco a pouco. Se seu amigo ainda não sucumbiu, creio que ele seja muito forte. Bem, a foice que você possui em mãos será a primeira parte para destruir o espírito, a segunda é uma planta.
    [Jack] — E que planta seria essa?
    [Grifo] — Ela é chamada de Poméria. Essa planta é na verdade uma flor, que tem um caule bastante verde e pétalas muito peculiares, que são pequenas bolinhas. Entretanto, a flor já não nasce mais em lugar nenhum, senão na toca de uma bruxa local, que a usa tanto para criar quanto para destruir maldições.
    [Jack] — Há como explicar por que essas flores tem essa influência sobre maldições?
    [Grifo] — Ela foi criada por Lezario para que os sacerdotes de seu nome pudessem alimentar uma pequena criatura que trazia-lhes mensagens do deus. Mas ela morreu há muito tempo, então a flor deixou de ser plantada também. Ela tem aspectos divinos e amaldiçoados também, e é dessa maldição na flor que se cria outras maldições, como um catalisador.
    [Watson] — Algo mais?
    [Grifo] — Sim. A bruxa possui um amuleto que guarda um liquido feito dessa flor. Será importante no processo para destruir o selo.
    [Jack] — E como se destrói?
    [Grifo] — É bem simples, mas prestem atenção. — Disse, fazendo a dupla ficar mais atenta aos seus dizeres — Precisarão de um balde com água quente. Peguem primeiro algumas flores com a bruxa e joguem elas no balde. Elas irão derreter por serem muito fracas, e formarão o líquido em questão. Derrame mais do líquido que está no amuleto e então a água ficará mais branca do que leite. Mergulhem a ponta da foice neste líquido e então, levantem o amaldiçoado para que Watson, o portador da foice, possa penetrar a ponta da foice exatamente onde está o coração de George, mas terá que ser pelas costas, onde o espírito não espera um ataque. Toda a ponta molhada deve ficar dentro do corpo do seu amigo até que ele comece a reagir. Na hora que um grito forte for solto pelo seu amigo, retire rapidamente a foice e o espírito sairá dele e se destruirá. E assim o selo será destruído.

    A dupla reflete sobre tudo que foi ouvido ali, tentando entender tudo. O local fica silencioso por algum tempo.

    [Watson] — Agradeço de verdade pela ajuda.
    [Grifo] — Não há o que agradecer. Sei quem é George e sei de seu poder. Ele será necessário para evitar algo muito, muito grande que seus demônios tibianos estão planejando fazer com nosso mundo.
    [Watson] — Você poderia dizer o que é?
    [Grifo] — Infelizmente não. Mas sinto que descobrirão suas intenções em breve.

    A dupla reverencia o grifo e despede-se. Ao longe, Lokan e Polos os aguardavam para que pudessem continuar em sua busca. No meio do caminho para se juntarem, Jack acaba parando e voltando para o grifo. Algo mais assolava sua mente.

    [Jack] — Eu também possuo uma dúvida.
    [Grifo] — Pois fale, Alarstake.

    Jack fica cabisbaixo por algum momento, como se estivesse criando coragem para falar.

    [Jack] — Por acaso Watson é primo meu e de George?
    [Grifo] — Que dúvida inesperada. Mas sim, ele é.

    Jack paralisa por alguns instantes, assim como Watson, ao ouvi-lo. Ele logo retorna para o alcance do grifo rapidamente para saber mais.

    [Watson] — Como posso ser parente deles se somos de famílias diferentes?
    [Grifo] — Bem Watson, infelizmente seus pais morreram quando você tinha apenas um ano. Você foi adotado por um Amerake, que instaurou uma família pouco tempo depois com sua mãe. Você é filho de um Alarstake, e este Alarstake era irmão da mãe de George e Jack.

    Watson estava chocado. Seu semblante estava desacreditado, e ele não sabia como lidar com isso. Jack também estava muito surpreso, mas feliz por Watson ser originalmente de sua família.

    [Watson] — Você sabe como eles morreram?
    [Grifo] — Não. Pois você também não sabe.
    [Watson] — Como assim?
    [Grifo] — Apenas olhando nos olhos de um ser eu consigo ver sua história. Mas só o que ele viu e ouviu. Como há coisas que você claramente não sabe que ocorreram na sua vida, sempre há lacunas. Lacunas estas que não consigo preencher se você não sabe como também. Enfim, é tudo?

    Watson assente e dá meia volta. Jack despede-se novamente e alcança o primo.

    [Jack] — Sempre soube que você era da família. Alguém com tanto dinheiro e carisma como você só pode ser um Alarstake.
    [Watson] — Sempre senti isso também, por isso estar com vocês sempre pareceu meio diferente.

    Jack dá uns tapinhas nas costas de Watson e vão até seus amigos para sair dali. Pelo que conheciam, a saída era por onde entraram, então precisavam andar por um caminho tortuoso e entediante até este ponto de início. Até lá, a dupla diz tudo que ouviram do grifo. Esperavam que tudo aquilo estivesse certo e que poderiam finalmente salvar George.

    ~~**~~

    Inferno
    Castelo de Urgith



    Pumin ajoelha-se aos pés de Urgith, gravemente ferido. Sua casca não havia sido danificada significantemente, mas seu corpo original sim, e aquilo já refletia sob o receptáculo recebido no seu templo em Sensaton, devido ao muito sangue que saia de seu peito e de seu rosto. O general olhava com desgosto para o arquidemônio, com as pernas cruzadas e seu cajado em sua mão esquerda. Estava em seu formato esquelético, de menos poder.

    [Urgith] — Poderia me explicar o que diabos aconteceu, para me aparecer aqui coberto de sangue?

    Pumin tinha muita dificuldade para falar, mas se esforçava mesmo assim.

    [Pumin] — Juro que lutei com... T-tudo que tinha contra o maldito f-filho de Bano-or. Mas o espírito protetor... De Sensaton... Foi invocado pelo seu irmão e a-alguns outros vermes que o acompanhava, e isso aumentou demais o poder dele, que... Se tornou maior do que o meu. M-mil perdões, meu senhor...

    Urgith descruza as pernas e levanta-se, imponente. A passos lentos, ele se aproxima do arquidemônio.

    [Urgith] — Vejamos... Eu enviei você, com todo o seu poder, após ter tido o esforço de entrar naquele mundo e instaurar o culto a todos os Ruthless, para que você ganhasse uma casca, para então enfrentar um simples humano com alguns poderes, te mando junto de outro arquidemônio com o mesmo nível de poder que o seu — Seu tom de voz ia aumentando pouco a pouco — para garantir que tudo corresse conforme o plano, e nenhum de vocês se preocupa em ir atrás do irmão E IMPEDIR QUE AQUILO FOSSE INVOCADO POR ELES E IMPEDIR QUE TUDO FALHASSE?

    Pumin olha para o chão, resignado e humilhado. Ele não o respondeu.

    [Urgith] — Onde está Taffariel? Garanto que ela foi mais útil do que você.
    [Pumin] — Ela... I-infelizmente morreu... Senhor.

    Urgith suspirou fundo.

    [Urgith] — Eu não creio que após tudo isso você ainda tem coragem de não morrer junto dela e vir até meus salões. E ainda sujá-los com o seu sangue podre.
    [Pumin] — M-mas eu coloquei o... Selo n-no filho de Banor... Eu praticamente o m-matei...
    [Urgith] — Obviamente! Afinal, o selo é meu. Pelo menos algo você fez, tirou um grande empecilho do nosso caminho.
    [Pumin] — E-então você pode... Me perdoar... Senhor?
    [Urgith] — Claro. — Balbuciou, em seguida destroçando a cabeça de Pumin com seu cajado em sucessivos golpes.

    Após terminar de matá-lo, o general virou-se, e alguns demônios servos correram para retirar o corpo de Pumin dali.

    [Urgith] — Chamem-no.

    Um homem encapuzado, usando uma capa podre de cor cinza escuro que cobria todo o seu corpo vem até o salão a passos lentos, e para um pouco próximo de Urgith.

    [Urgith] — Localize os dois sobreviventes e mate-os.
    [???] — Será uma honra cumprir uma nova missão para ti, velho amigo.

    O homem dá meia volta e sai do salão. Urgith olha para cima, com a cabeça levantada.

    [Urgith] — Sua hora vai chegar, receptáculo da destruição.



    Próximo: Capítulo 46 - Caverna Inóspita


    A Foice do Primeiro Pecador foi inspirada nesta foice aqui:



    Então, sempre que virem a foice em ação, lembrem-se desta imagem.

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  2. #292
    desespero full Avatar de Iridium
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    Saudações!


    Vish... O Urgith, ele não tá feliz não

    Dos Implacáveis, dois já foram -- eu me havia esquecido da morte da Tafariel

    Gostei muito do capítulo; você está melhorando muito em quesito de tempos verbais. Lendo esse Capítulo, acho que compreendo de onde vem seu erro: você escreve em formato de texto teatral, ou seja, onde há as famosas rubricas (que são as manifestações psicológicas ou de trejeitos de personagens), você faz o correto para o formato teatral, que é usar o verbo no infinitivo. Entretanto, como sua narrativa é mista (possui descrições em discurso indireto e que requerem, portanto, o uso de tempos verbais no passado), você acaba se confundindo e mistura os dois tempos. Aqui eu já notei uma melhora, e vou pensar em uma maneira que fique mais fácil de você lidar com esse problema sem perder seu estilo.

    No mais, o capítulo está ótimo e estou ansiosa para o próximo --- quero muito saber de onde que vem a sacolinha do mal e quem é esse novo adversário dessa tchurma que Eu Há MuItO cOnHeÇo E cUrTo PaKaS.

    E boa sorte na tua Justa!


    Abraço,
    Iridium.

  3. #293
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    Padrão Capítulo 46 - Caverna Inóspita

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!


    Vish... O Urgith, ele não tá feliz não

    Dos Implacáveis, dois já foram -- eu me havia esquecido da morte da Tafariel

    Gostei muito do capítulo; você está melhorando muito em quesito de tempos verbais. Lendo esse Capítulo, acho que compreendo de onde vem seu erro: você escreve em formato de texto teatral, ou seja, onde há as famosas rubricas (que são as manifestações psicológicas ou de trejeitos de personagens), você faz o correto para o formato teatral, que é usar o verbo no infinitivo. Entretanto, como sua narrativa é mista (possui descrições em discurso indireto e que requerem, portanto, o uso de tempos verbais no passado), você acaba se confundindo e mistura os dois tempos. Aqui eu já notei uma melhora, e vou pensar em uma maneira que fique mais fácil de você lidar com esse problema sem perder seu estilo.

    No mais, o capítulo está ótimo e estou ansiosa para o próximo --- quero muito saber de onde que vem a sacolinha do mal e quem é esse novo adversário dessa tchurma que Eu Há MuItO cOnHeÇo E cUrTo PaKaS.

    E boa sorte na tua Justa!


    Abraço,
    Iridium.
    Opa Iri, obrigado pelo comentário e por solucionar meu problema. Vou continuar trabalhando pra tornar minha escrita pelo menos melhor para a leitura.

    A morte da Tafariel foi uma das mais fodas até agora e você não lembra? Porra, Iri. Acho que estamos precisando de um capítulo pra relembrar todo mundo do que ocorreu até agora, pois nem eu lembro de tudo

    E fique com esse capítulo, que espero que seja de seu agrado.






    Este capítulo já é a reta final da primeira parte deste livro. A segunda provavelmente vai dar um foco mais direto na história, assim espero.

    Espero que gostem!



    No capítulo anterior:
    O grupo encontra a criatura do mito, que era, na verdade, um grifo. Após uma boa conversa, eles descobrem como podem salvar George e o próximo passo a seguir. Também descobrem que Watson era, na verdade, um Alarstake, e originalmente primo de George e Jack. Urgith agora está irritado e manda um dos seus melhores servos atrás do grupo para acabar com os empecilhos de seu plano de uma vez por todas.



    Capítulo 46 – Caverna Inóspita




    Como esperado, o grupo consegue sair da Caverna do Grifo com sucesso, e agora se encontrava nas planícies claras de Polerion – Agora escuras, devido a noite. Pela altura da lua, já estaria próximo da meia-noite.

    [Jack] — Já é bem tarde. Que tal voltarmos para a cidade e procurar a bruxa amanhã?
    [Lokan] — Não será possível.
    [Jack] — Ora, por quê? Pelo que eu soube, vocês fizeram um serviço bom ali expulsando Wadzar da cidade.
    [Lokan] — Sim, só que na nossa saída, alguns soldados reais nos interceptaram. Talvez estivessem a mando do comandante, que não gosta de nós.
    [Jack] — Quem é esse comandante?
    [Polos] — Simplesmente a maior autoridade aqui, estando no mesmo nível que o governador. Ele é de Sensalia, e manda no exército da cidade.
    [Lokan] — Deve ter sido ele quem jogou aqueles soldados contra nós. Bom, o resumo disso tudo é que ele mandou aqueles soldados e Watson os matou. Não podemos voltar pra cidade por causa disso.
    [Jack] — Que ótimo... — Escarneia Jack, suspirando fundo. — Passaremos por aqui, então?
    [Polos] — Por mim tudo bem. — Disse tranquilamente. Os outros concordam também.

    O grupo vai até as árvores da colina e acomodam-se nas raízes, usando suas mochilas ou sacolas de travesseiros. Lokan possuía frutas boas ainda para comer, do qual repassa para os outros do grupo. Jack possui um cantil médio de água que ele compartilha com o grupo, ficando próximo do fim. Após algum tempo, adormecem.

    Ao longe, um homem pálido com uma capa cinza escuro vigia o grupo. Em suas mãos, um pingente com uma mão fechada de metal pendurada oscilava entre um brilho azul claro e cinza. Ele baixa seu olhar por alguns instantes para observar o objeto em mãos.

    [???] — Tão vulneráveis... Posso matá-los agora se eu quiser. Mas eu gostaria que fosse uma morte mais interessante e menos covarde. — Murmura, olhando fixamente para o pingente. — Sua hora de lutar chegará, meu servo. E eu espero que você não me decepcione.

    O homem desaparece num pequeno tornado de almas e mistura-se com as sombras da noite, aguardando o despertar de suas presas.

    ~~**~~

    O grupo desperta com fortes raios de sol batendo em seus rostos. A manhã chega cheia de incertezas para o grupo, principalmente dúvidas. Jack já se encontra de pé, observando a região abaixo da colina. Watson levanta e pega sua sacola vermelha, sua foice do qual coloca nas costas, e junta-se ao novo parente.

    [Jack] — Bom dia! Tá menos do mal hoje? — Disse, com um sorriso zombeteiro no rosto.
    [Watson] — Bom dia. Estou melhor, mas não dormi tão bem como esperava. Na verdade, eu nem esperava dormir. — Disse, sério e sombrio.
    [Jack] — Como assim?
    [Watson] — Sinto que algo estava nessas planícies nos observando essa noite. Mas creio que seja só impressão.
    [Jack] — Bah, relaxa. É só impressão sua. — Disse, espreguiçando-se — O pessoal tá acordando?
    [Watson] — Sim. Mas... Ainda tenho dúvidas quanto a você, Jack. Por onde você esteve? Você estava me matando de preocupação junto de George.
    [Jack] — Ah, me desculpe. Eu não lembro direito do que eu fiz, mas lembro de ter recebido a ajuda de um homem estranho naquelas montanhas a oeste de Sensalia. Eu estava buscando a cura para George, e algo me dizia que eu iria encontrar naquelas montanhas, e achei.
    [Watson] — O que era?
    [Jack] — Um sábio que eu não sei o nome ainda, mas que parecia se comparar a um deus. Ele me colocou dentro de outra realidade e botou minha mente nos trilhos novamente lá, além de ter me passado um rápido treino de controle do meu poder. É graças a ele que eu posso fazer coisas como isso — Disse, fazendo uma espécie de um cilindro de vidro de fogo na sua mão esquerda — E isso — Com sua mão direita, ele gera um foco de fogo puro e brilhante.
    [Watson] — Uau! Você parece mais um mago agora...
    [Jack] — Longe disso — Murmura, quebrando o cilindro em vários pedacinhos e desfazendo o foco de fogo — Eu sou algo próximo de um demônio, mas ao mesmo tempo não sou. Ainda sou aquele besteiro maluco, irmão do aventureiro mais insano e poderoso de Tibia. Eu quero voltar a ouvir as piadinhas sem graça que ele solta as vezes. O modo engraçado que ele lida com mulheres e crianças. A alegria e carisma dele. Também quero sair logo desse mundo, pois desde que ele entrou aqui, ele foi ficando cada vez mais sombrio e sério. Pelo menos desde o momento em que o tutor dele morreu na nossa primeira ida ao inferno.
    [Watson] — Já tinha esquecido daquilo. Acho que só vi uma vez ou outra aquele homem.
    [Jack] — Eu tive uma tutora, e George sempre caçoou disso, e também me dava cartas coisas para eu entregar a ela pra tentar conquistá-la, mas eu nunca quis isso. Ela era apenas quatro anos mais velha do que eu, mas sempre que eu a olhava, eu via alguém inalcançável, muito além da minha compreensão. Um olhar de muita experiência, tanto boa quanto ruim. Eu jamais conseguia pensar que alguém como ela poderia ser minha, entende?
    [Watson] — Ah, eu entendo isso. Era parecido com meu irmão.
    [Jack] — Bom, desculpe encher seu saco com isso. — Disse, dando um tapa no ombro do mago — Bem, eles já estão levantando. Vamos em frente?
    [Watson] — Você não explicou ainda sobre aquele saco e aquele pó que virou essa espada na sua cintura.
    [Jack] — Foi esse sábio que me deu. Ele disse que esse pó viraria uma espada se energia arcana em alta quantidade fosse despejada sobre ele. Eu ia pedir pra você fazer isso, mas Wadzar foi um bom candidato. Não desvalorizando seus poderes, claro.
    [Watson] — Acho que gostaria de conhecer esse sábio.
    [Jack] — Ah, não queira. Ele é bem chatinho.

    A dupla cumprimenta os outros membros do grupo e conversa rapidamente sobre os futuros planos. Mas ainda precisavam desenvolver um plano decente para lidar com a bruxa. Com isso, eles sentam no chão e formam uma roda para planejar os próximos passos.

    [Lokan] — Muito bem. Eu sei onde fica a caverna, costumam chamá-la de Caverna Inóspita, por sua vista de fora ser muito desconfortável e sempre parecer que ela está envolta de coisas ruins.
    [Polos] — Não nos ajuda em nada. Seja mais direto.
    [Lokan] — Tá certo... — Disse, visivelmente incomodado — A caverna não é uma caverna exclusivamente de uma bruxa, mas é quase como uma pequena sociedade. Existe elfos malignos morando lá, além de goblins e orcs. Teremos que passar por eles para chegar na bruxa.
    [Jack] — Sugere matar cada um deles?
    [Lokan] — Claro que não! Passaremos disfarçadamente entre eles até encontrarmos a bruxa. Ela está no final da caverna, numa cabana.
    [Watson] — Tenho uma ideia melhor. Chegamos lá e intimidamos todos eles, liberando espaço para chegarmos na bruxa. São seres malignos, mas não são idiotas.
    [Jack] — Concordo. É pelo fato deles não serem idiotas que podemos ser descobertos quando tentarmos passar por eles. Notarão que somos forasteiros quando pisarmos lá com muita certeza.

    Lokan fica pensativo por algum tempo, cogitando o plano.

    [Lokan] — Ok, e o que faremos para intimidá-los?
    [Jack] — Watson é um feiticeiro, tem a habilidade de se transformar em alguma criatura. Ou então podemos simplesmente expor nossos poderes, mas não num estágio avançado.
    [Polos] — Péssimo. Ainda acho melhor entrar ali e matar todo mundo.
    [Jack] — Não podemos chegar lá e botar o pau na mesa! Nem sabemos quantas criaturas vivem lá, é arriscado!
    [Polos] — Não me venha com essa, Jack. Você matou todos aqueles Juggernauts para chegar onde estávamos. Aquelas criaturas são brincadeira de criança pra você.
    [Lokan] — Tenho que concordar. Mas podemos fazer o seguinte: Entramos lá, intimidamo-los, e se não for o suficiente, matamos uma parte fazendo pouco, isso deve servir pra fazê-los fugir. Em seguida teremos que ir rápido até a cabana da bruxa, antes que ela tente fugir.

    O grupo fica em silêncio, cogitando o plano. Aos poucos, eles vão concordando.

    [Polos] — Vale tentar.
    [Jack] — Sobre matar sem fazer muito, Watson é um feiticeiro, logo ele deve saber usar o Núcleo do Inferno, certo?
    [Watson] — Posso fazer um com as minhas chamas roxas sem gastar um rastro de mana.
    [Lokan] — Ótimo! Vamos lá então!

    O grupo levanta-se e parte para o grande monte ao sudoeste. Esperavam algo ruim lá, mas estavam bem preparados.

    Caminhando pelas planícies, eles atravessam dois rios, pequenos bosques e elevações. Próximo do monte, eles encontram alguns lobos que Lokan consegue convencer a irem embora sem precisar matá-los. E quanto mais se aproximavam, mais a aura sombria os envolve.

    [Polos] — Esse lugar está um pouco mais estranho do que antes...

    A própria luz do sol parecia mais ausente mesmo que não estivessem sob a sombra do monte. E quando a alcançaram, a luz quase se extingue, deixando-os próximo de uma escuridão total. Pouco a pouco, seus semblantes eram tomados pelo medo. A passos lentos, o grupo aproxima-se da entrada da caverna. A Caverna Inóspita, como era chamada, possui um grande arco feito de troncos secos, e sua entrada tinha algo em torno de dois a três metros de altura. Ela era realmente escura, e o ar próximo dela cheirava a uma mistura de queimado e podridão. A grama no chão já havia perdido parte de sua cor e um mato seco ia tomando conta do cenário em volta da caverna.

    [Polos] — Chegamos. É tudo ou nada agora.
    [Jack] — Não fale essas coisas. Vai ser fácil, vamos lá.
    [Lokan] — Tem algo diferente aqui hoje. Tenho certeza.
    [Polos] — Pare de ser medroso e vamos.

    O grupo parte sem delongas para a caverna. Mas algo prende Lokan, como se ele estivesse sendo transportado pra outro lugar. Sua visão deixa a entrada da caverna e se projeta num local cujo céu era branco e o chão parecia ser feito de memórias e outras visões. Duas silhuetas, uma de um homem, aparentemente um cavaleiro, brandindo uma longa espada com espirais a cercando, e outro homem, este encapuzado e com uma roupa semelhante a de um cultista, encaravam-se naquele cenário peculiar e estranho. Sem rodeios, os dois disparam ao mesmo tempo um contra o outro, em uma altíssima velocidade. Quando ambos se chocam, Lokan volta a ver o monte, e o rosto preocupado de Polos.

    [Polos] — Lokan? Lokan! — Grita, sacudindo o sacerdote com as duas mãos sobre seus braços.
    [Lokan] — Calma! Vamos.
    [Polos] — Você está bem? Por um momento, você pareceu ter deixado nossa realidade.
    [Lokan] — Não, que isso. Estou ótimo, vamos.

    Polos deixa-o, ainda em duvida sobre o que aconteceu, e ambos entram na caverna. Nela, há um grande caminho de terra, escuro e fétido. Após alguns minutos andando, eles chegam a uma escadaria, aparentemente longa e esculpida na terra.

    [Watson] — Utevo Gran Lux! — Pronuncia, iluminando o caminho para o grupo.

    Com a luz, eles podiam ficar mais atentos a armadilhas ou qualquer outro perigo. Eles também podiam observar manchas peculiares de sangue, desenhos e marcas estranhas nas paredes, mas felizmente, nenhuma armadilha.

    Após algum tempo descendo as escadas, eles finalmente alcançam a luz — O interior da caverna. Um verdadeiro submundo se encontrava abaixo daquele monte; Muitos orcs e goblins andavam de lá pra cá, ocupados com suas vidas. Havia pelo menos dois andares, esculpidos na terra e reforçados com suportes de madeira. Casas, pontes ligando os andares e principalmente um local cheio de vida eram as maiores características, além das lojas e armazéns no térreo, cuja madeira usada na construção parecia de boa qualidade. O local tinha uma coloração alaranjada, devido as muitas tochas espalhadas em vários locais, com sua luz batendo nas paredes de madeira de cor marrom ou âmbar. Outra característica dali era o intenso som das criaturas que viviam lá, além do barulho de forjas ou coisas caindo.

    O grupo entra no local e para pra observar toda a infraestrutura daquele lugar. Mas quando percebem, os muitos sons da caverna cessam. Ao olhar pra frente, notam que dezenas de criaturas os encaravam com cara de poucos amigos. Apesar da grande ameaça, o grupo permanece parado, encarando de volta os monstros.

    [Jack] — Bom dia! — Disse, com um sorriso irônico no rosto — Meu nome é Jack. Vocês poderiam levar a mim e os meus amigos ao seu líder?

    Pouco após terminar sua frase, uma enorme criatura salta do alto da caverna e pousa a alguns metros deles, levantando uma considerável quantidade de terra no impacto. O ser tem uma capa rasgada cobrindo parte de seu peitoral e costas, de cor bege. Seu corpo tem uma tonalidade de amarelo escuro, é alto e musculoso, possuindo em torno de 2 metros de altura. Ele usa uma grande espada curvada e rústica, consideravelmente rachada em algumas partes e mal acabada, mas podia desferir golpes fatais em humanos. O monstro em questão era um ogro, e bem forte.

    [Ogro] — Não precisa, humano. Estou aqui. — Disse, usando de uma voz grossa e um pouco baixa.
    [Jack] — Melhor ainda. — Disse, coçando o queixo — Vejo que tem educação por não me chamar de pele pálida. Talvez você possa me levar até a bruxa que vive nesse lugar, que tal?

    O ogro fica em silêncio por alguns instantes, e logo cai na gargalhada junto de boa parte das criaturas no lugar.

    [Ogro] — Vocês são realmente corajosos de chegarem até aqui, no nosso lar, sem nem ao menos um exército atrás de vocês para tentar nos subjugar! E ainda chegam querendo impor moral, pedindo coisas assim, do nada? HÁ! Vocês são todos iguais. E eu sozinho vou botar a moral de vocês abaixo!

    O ogro prepara-se para avançar contra o grupo. Eles ainda se encontravam parados e despreocupados.

    [Jack] — Quer fazer as honras? — Sussurra tranquilamente.
    [Watson] — Não, vai você. Já tenho um serviço a fazer aqui.
    [Jack] — Certo...

    Jack dá alguns passos pra frente e faz uma posição com as mãos, lembrando a forma de empunhar um arco. A criatura dispara até Jack, deixando um rastro de poeira e terra para trás e uma expressão de fúria em seu rosto. O paladino, apenas com uma mão, começa a gerar uma forma do fogo, semelhante a um arco, e o cobre de vidro e reforça-o com um vidro mais endurecido, fazendo assim um vidro de fogo em formato de um arco. A criatura está a dez metros; Jack gera uma corda de cristal fino e brilhante, e aponta o arco para a criatura. Ela está a cinco metros; O rapaz agora puxa o fio e gera uma brilhante flecha de fogo. Quando ela está a dois metros, com a espada já levantada, o homem finalmente solta a corda, que choca-se com imensa força na cabeça do ogro e explode.

    A fumaça toma o tronco da criatura por alguns momentos, e um cheiro de queimado começa a se alastrar. Quando ela finalmente se dissipa, nada mais há ali acima do tronco do ogro senão partes queimadas de seu quase inexistente pescoço. Ele ajoelha-se e tomba no chão, sem vida, fazendo o grupo vibrar de alegria, enquanto as criaturas que observavam o rápido combate olhavam o corpo sem vida de seu antigo líder, completamente chocadas.

    [Polos] — É... Você fez o suficiente, eu acho.
    [Jack] — Espero que sim, pois isso foi bem arriscado.

    Mas não é o que acontece. As criaturas começaram a gritar e praguejar, dando pulos e socos no ar de pura raiva. Elas então começam a puxar suas armas e avançar contra o grupo numa massiva horda de inimigos. É então que Watson corre na direção da horda e irradia suas chamas púrpuras, levando sua mão direita para cima e estufando seu peito.

    [Watson]Exevo Gran Mas Flam! — Urra, e de uma simples brasa na sua mão surge uma explosão gigantesca que toma toda a caverna e inclusive os seus andares superiores, e as chamas roxas começam a perseguir qualquer ser vivo presente ali.

    Ao dispersar da magia, praticamente nenhuma criatura se encontrava viva. Os únicos presentes ali era o grupo, que observava os estragos feitos por Watson. Logo eles percebem que a magia apenas matou o que estava vivo, mas não danificou nenhuma estrutura e nem ao menos queimou nada, senão os corpos. Eles ficam um pouco apreensivos desse poder, principalmente Jack.

    [Jack] — Um pouco desnecessário, não?
    [Watson] — Eram só criaturas quaisquer. E que queriam nos matar.
    [Jack] — Certo, não vamos discutir sobre isso. — Disse, observando os arredores e fitando o andar logo acima deles — Se a bruxa está na parte mais afundo da caverna, ela deve estar por ali. — Disse, apontando para o local onde olhava.
    [Polos] — Então estamos perdendo tempo. Vamos!
    [???] — Daí vocês não sairão. — Murmura uma voz sinistra, que parecia ressoar por toda a caverna.

    Tão logo começaram a procurar a origem da voz, uma sombra estranha aparece na frente de Watson, com um circulo mágico inteiramente desenhado em mãos.

    [???] — Odioso. — Sussurra, lançando sua mão com o círculo até o coração do mago, pego de surpresa. Jack rapidamente nota o ato e se prepara para reagir, apontando sua mão na direção de Watson.
    [Jack]Imperdoável! — Pronuncia, fazendo as chamas de Watson ficarem brancas, rechaçando o golpe da sombra. Em seguida, Watson explode em chamas púrpuras e lança a sombra até uma loja de armaduras próxima. Eles então percebem que era a tal bruxa.

    Watson pega sua foice de suas costas e gira-a rapidamente, posicionando-a para a luta.

    [Watson] — Tentando me aplicar uma maldição, não é? Desculpe, mas eu não vou deixar mais nenhum ser da sua escória nojenta aplicar qualquer magia em mim de novo. Nunca mais! — Disse, tendo seu corpo coberto por dois grandes espirais negros.

    Mal havia sido exorcizado e seus poderes já haviam retornado. Watson estava pronto para matar de novo.




    Próximo: Capítulo 47 - Morte em Mãos



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  4. #294
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    Saudações!

    Primeiramente, desculpe a demora em responder. Desse capítulo, gostei da justificativa para a sacolinha e a aparição do homem misterioso, que vai dar problemas pra turminha op kkkkk

    Se é questão de confessar, as vezes tenho dificuldades em ter empatia pelos teus protagonistas. Seja pela força ou pelas atitudes, ou pelo fato de eu torcer por azarões, eles às vezes me parecem antipáticos. E isso não é uma crítica --- é apenas uma confissão minha, nada mais. E eu tô bolada pelo Ogro kkkkkkkk

    No mais, gostei do capítulo e aguardo o próximo.

    Abraço,
    Iridium.

  5. #295
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    Padrão Capítulo 47 - Morte em Mãos

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!

    Primeiramente, desculpe a demora em responder. Desse capítulo, gostei da justificativa para a sacolinha e a aparição do homem misterioso, que vai dar problemas pra turminha op kkkkk

    Se é questão de confessar, as vezes tenho dificuldades em ter empatia pelos teus protagonistas. Seja pela força ou pelas atitudes, ou pelo fato de eu torcer por azarões, eles às vezes me parecem antipáticos. E isso não é uma crítica --- é apenas uma confissão minha, nada mais. E eu tô bolada pelo Ogro kkkkkkkk

    No mais, gostei do capítulo e aguardo o próximo.

    Abraço,
    Iridium.
    Opa Iri, que bom que gostou do capítulo e das explicações sobre a sacolinha, espero ter ficado convencível.

    Bem, quanto ao teu problema em simpatizar com meus personagens... Eu ainda estou lutando para separar a personalidade de cada um e aplicar de uma forma que pareça mais única ou distinta. Mas sinto que daqui pra frente isso vai mudar e talvez você curta mais um personagem ou outro. No mais, OP não será uma coisa muito frequente de ser vista deste capítulo em diante, e você verá o porquê. E o ogro era só mais um terciário qualquer que apareceu só pra morrer, não fique bolada.

    Espero que goste deste.





    Capítulo grande, envolvendo duas lutas e algum realismo a mais na história. Espero que gostem.




    No capítulo anterior:
    Jack, Watson, Polos e Lokan chegam até o local onde vive a bruxa, chamado de "Caverna Inóspita". Eles foram mal-recebidos, mas se livraram dos mal-encarados sem dificuldades e rapidamente. Mas o ataque inesperado da bruxa começa a colocar preocupações sobre o fim daquela jornada.



    Capítulo 47 – Morte em Mãos




    A caverna tremia e as luzes eram grandiosas e fortes. No campo de batalha, a bruxa, cuja usa um vestido negro com um casaco cinzento que ia até a sua cintura, onde ela carregava diversas poções, runas, encantamentos, joias mágicas e outros objetos mágicos, defende-se o máximo que pode. Ela usa um chapéu negro e pontudo, possui cabelos negros e longos e seu rosto era coberto por runas desenhadas com algo pontudo, como uma adaga, assim sendo cicatrizes formando runas e ornamentos. Um grande círculo que cobre sua testa, bochechas e queixo, e runas dentro dele, sendo abaixo do olho, no nariz, na boca, abaixo do nariz, é, provavelmente, a fonte de seu poder. Ela consegue aguentar a maioria dos golpes de Watson, que eram, em sua maioria, golpes de sua foice.

    Finalmente, Watson para um pouco e analisa. Sua foice não conseguia penetrar na defesa mágica da bruxa por algum motivo e algumas de suas magias também. Ele teoriza que o escudo apenas absorva os golpes, e decide testá-lo.

    [Watson]Utori Mort! — Pronuncia, lançando de sua mão um projétil escuro e redondo, com traços de podridão ao seu redor, até a bruxa. Como esperado, o golpe é absorvido pelo escudo.

    Algo muda nele, aparentemente, o golpe agora faz o escudo se regenerar com frequência, já que ele tenta desfazer o mesmo o apodrecendo. A bruxa fica revoltada e coloca seu poder a prova.

    [Bruxa]Exevo Gran Mas Tera! — Grita, fazendo centenas de vinhas e raízes subirem do solo ao mesmo tempo em vários locais, com bastante violência. Watson não consegue escapar do golpe e é envolvido pelo mesmo. Apesar disso, o trio não se preocupa muito, sabendo do alto poder do rapaz.

    Quando toda a vegetação volta para o chão, Watson está ajoelhado e envolvido pelas suas chamas. Ele encara a bruxa com desdém.

    [Watson] — Descobri seu segredo, lixo.

    Watson passa suas espirais negras para a foice, a fazendo aumentar o dobro de seu tamanho. Ele gera grandes asas de cristal e dá um salto até a inimiga, preparando-se para um golpe. Quando este golpe desce, a bruxa salta para o lado, assim atingindo o chão e causando um estrondo, seguido de muito pó de terra sendo levantado. Watson percebe que aquele é o melhor momento para destruir seu escudo. Percebendo o perigo, a bruxa começa a fugir, jogando várias runas de campo de fogo e atrasando o caminho do mago, que simplesmente começa a voar em alta velocidade para alcançar a mulher. Ao chegar perto, sua inimiga atira uma runa de Morte Súbita contra ele, que defende com as suas chamas. Em seguida, o homem consegue pegar ela e jogar ao outro andar, e é seguido pelos seus amigos, que atravessam devagar os campos de fogo no caminho, com alguns grunhidos de dor.

    A bruxa corre o mais rápido que pode caverna adentro, tentando voltar para a sua casa. Watson começa a fazer várias runas de Morte Súbita das suas chamas púrpuras e atirá-las em direção do alvo. Elas golpeiam e fazem o escudo pouco a pouco fraquejar, enquanto uma perseguição voraz se inicia dentro daquele corredor, onde casas dentro de paredes e muitos corpos se encontravam no caminho, além de diversos objetos pelo chão, como cestos, armas, vegetais, potes cheios de bebida, caixotes com frutas espalhadas, entre outras coisas. A bruxa pula muitas vezes pela caverna, tentando não tropeçar nos corpos, e também tenta desviar dos golpes do seu inimigo. Assim, os dois seguem caverna adentro, em alta velocidade, até chegarem numa espécie de clareira, onde vários túneis acabam.

    Esta caverna maior possuía uma cabana alta, de dois andares, feita de uma madeira de boa qualidade e um pouco escura também. O chão do local era de pedra, todo branco, e todo o local era enorme, além de iluminado por pedras brilhantes e flores estranhas, que ficavam em jardins ao lado das paredes. A bruxa para de correr, virando-se para o alvo e derrapando levemente no chão, tentando parar. Ela junta as mãos em prece, separa-as e revela dois outros selos em suas mãos, almejando invocar algo. Ela faz isso com um largo sorriso no rosto, crendo que Watson será derrotado por sua última artimanha. O mago prepara sua foice para um inesperado novo combate, mas vê-se mais surpreendido ainda quando uma mão pálida atravessa o pescoço da bruxa.

    Muito sangue cai de seu pescoço. Na mão fechada, encontra-se algo que estava dentro dela, talvez sua faringe. O mesmo dono da mão explode-a, e em seguida uma aura cinzenta emana do corpo da mulher, passando para o do braço do ser misterioso. No fim, a bruxa desabou no chão, sem vida, deixando uma poça de sangue no chão limpo de pedra, e revelando um homem relativamente alto, vestido com uma capa negra envolvida pelo seu corpo e mostrando traços de uma calça cinzenta e longa e botas brancas. Ele está encapuzado, mas revelava alguns fios de cabelo brancos. Pouco do seu rosto era visível, boa parte se encontrava oculta pelo capuz.

    Algum tempo depois, o trio chega à caverna, sendo pegos de surpresa com a bruxa morta e o homem com uma mão sangrenta. Enquanto Jack e Polos se posicionam ao lado de Watson, Lokan se apressa a procurar as flores de Poméria dos jardins pequenos nos cantos da caverna, aproveitando-se do tempo livre que tinham por hora.

    [Watson] — Quem é você? — Indaga, enquanto o homem pega a bruxa pela cabeça e pega algo pendurado em seu pescoço, um amuleto negro, cuja forma era um livro deitado com um símbolo branco estranho no centro.

    O homem larga a mulher no chão e observa o amuleto. Ele então o joga até o mago, que o pega no ar.

    [Homem] — Olha só... Vocês são realmente todos iguais. — Disse, com uma voz sinistra e corroída, cruzando os braços — Perguntam o nome do inimigo ao invés de colocá-lo no chão e dominá-lo. Ridículo. Duvido que valham meu tempo.
    [Watson] — Não só valho como farei ele acabar. — Vocifera, fazendo dois espirais negros correrem em volta de suas chamas. Jack e Polos se afastam um pouco, e o homem estranho se vê surpreso pela resposta.
    [Homem] — HAHAHAHAHA! Ótimo, Wu’tkar! Você é realmente filho de Pumin! Palavras diretas e objetivas, como sempre! Falta apenas a psicopatia, que ele largou quando viu o poder daquele humano. George, não é? Quero lutar com ele, não com você.
    [Watson] — Não me chame por esse nome! E como sabe dessas coisas?
    [Homem] — Observei Pumin lutar com George e fiquei surpreso. Não imaginava que um humano sozinho pudesse dominar um Ruthless. Ou melhor, dois. Eu te entreguei esse amuleto pois eu quero lutar com aquele homem e ver se ele possui todo o poder que parece ter.
    [Watson] — Você vai lutar COMIGO! — Ruge, jogando várias runas de Morte Súbita contra o inimigo, que ao ser atingido, nem ao menos se mexe.
    [Lokan] — Imune... — Murmura, com uma sacola em mãos, provavelmente com as flores.
    [Homem] — Terá que fazer melhor.

    Watson pega um cristal provindo de sua foice e o carrega com suas chamas púrpuras, e então o lança com toda a força contra o inimigo. Mas antes de atingi-lo, uma mão relativamente grande, pálida e suja de terra sobe do chão e pega o cristal no ar, destruindo-o em seguida.

    [Homem] — É por isso que eu disse que quero lutar com George.

    Neste momento, Lokan novamente se vê sendo retirado da realidade novamente. Agora, ele vê a saída de uma caverna, e muitas e muitas mãos cobrindo tudo, inclusive sua visão. Ele volta novamente a ver o homem, agora bastante assustado.

    Jack concentra seu olhar acima do encapuzado, projetando um fogo envidraçado acima dele. Ele consegue fazer um enorme cristal perfurante e deixa-o cair sob o oponente, mas dezenas de mãos semelhantes a anterior saem do chão para pegar o objeto pesado, e conseguem. Elas o soltam e ele cai de lado, fazendo uma explosão e queimando tanto elas quanto a capa do homem.

    Após essa explosão se dissipar, revela-se a face do homem: Sua testa é carne podre, com diversos vermes correndo por ali. Sua pele é realmente pálida, seus olhos eram amarelos e seu cabelo é completamente branco. Trajava uma longa túnica negra e um colar com a figura de uma mão fechada de metal. Lokan fica com ânsia de ver aquilo na cabeça do ser.

    [Homem] — Esperto, mas não o bastante.
    [Watson]Inferno Cruzado! — Grita com a mão esquerda espalmada, lançando uma grande cruz de fogo roxo na direção do homem.

    Dezenas de mãos pálidas saem do chão, espalmadas de forma defensiva, formando uma parede. O ataque é facilmente refletido por elas, voltando um pouco mais fraco e desaparecendo depois.

    [Homem] — Tsc. Grotesco. George é forte, mas vocês não.

    Uma única mão surge do chão abaixo de Watson e soca-lhe o rosto. Outra surge da parede logo atrás dele e o puxa até ela. Polos se apressa com seu machado e corta ela, soltando-o. No processo, o braço vira cinzas e desaparece.

    [Homem] — HAHAHA! Ridículo. Como você pode cair em algo tão infantil? Você realmente não vale o tempo do general dos mortos-vivos.
    [Jack] — General... Dos mortos-vivos? — Gagueja Jack, temendo saber de quem se trata o inimigo.
    [Homem] — Sim, mortal. Sou Ashfalor, a mão direita de Urgith.

    Jack arregala os olhos, extremamente surpreso, Watson também. Lokan e Polos o desconheciam, mas temiam que fosse um inimigo muito poderoso. Rapidamente Jack rodeia sua espada em chamas e reforça sua pele com fogo envidraçado, e Watson flameja com mais intensidade, novamente retornando ao campo de combate com sua foice. Os dois avançam em conjunto contra o Ruthless, em alta velocidade.

    A foice de Watson vem primeiro e tenta acertar o alvo, sem sucesso, já que o mesmo abaixa. Jack aparece em seguida e chuta seu rosto, tentando acertar um golpe com a lâmina, mas uma mão pálida sai do peito de Ashfalor e defende-o. Ele dá alguns passos para trás e lança alguns projeteis de morte, e o mago repele-os girando sua arma, enquanto Jack dá um salto, gira no ar e tenta novamente acertar outro golpe de espada, mas o homem salta para o lado, fazendo outra mão surgir do chão e socar o rosto do paladino no ar, jogando-o no chão.

    [Ashfalor] — Eu tenho a MORTE EM MÃOS!

    O chão fica completamente negro e centenas de raios negros saem do chão, golpeando o grupo inteiro. Muitos desses golpes acertam Lokan, ferindo-o de forma um pouco grave, assim como Polos, mas a dupla de parentes consegue aguentar os golpes. Ao dispersar da magia, a dupla mais fraca ajoelha-se, feridos por dentro, e Jack e Watson parecem mais cansados. Ashfalor põe-se a rir numa risada macabra, como se outras vozes malignas estivessem junto dela.

    [Ashfalor] — Como eu disse, vocês são demais pra mim. É por isso que quero enfrentar George, e apenas ele! Não me importo com o que Urgith mandou-me fazer, eu quero ter uma batalha épica! Divina! Como as batalhas que eu tive contra as criaturas de Uman e Fardos! Como a grande luta que tive com Banor há séculos atrás! Quero ver isso de novo, e sei que terei isso quando eu lutar contra aquele mortal.
    [Jack] — Por que você não cala a boca?
    [Ashfalor] — Hm... Não. Vou fazer você calar a boca. — Disse, pegando seu colar e tirando-o do pescoço e jogando para cima — Vinde a mim, meu servo! PROCURE E DESTRUA!

    O colar começa a se transformar. Primeiro a mão clareia, ficando num tom cinza maléfico, com alguns traços de preto e um azul bem claro; Surge, de trás dela, um grande e musculoso braço, seguidamente de um tronco, pernas, outro braço, uma cabeça, dois chifres longos e uma armadura cobrindo todo o corpo musculoso. A criatura logo volta ao chão, desfazendo-se rapidamente em gelo quando o toca, desfazendo suas pernas e fazendo um turbilhão de fagulhas de gelo logo abaixo dele para aguentar o dano da queda e passar irrelevante. Ele se move para frente junto do turbilhão, e logo toma altura o bastante para suas pernas retornarem. Ele inicia o combate socando Watson para a direção da parede da caverna e chutando Jack pra longe.

    [Ashfalor] — Se vocês não podem contra mim... Quem sabe contra meu servo, Annihilon.

    Annihilon corre em direção de Polos e Lokan, ajoelhados. Lokan rapidamente cura algumas partes de seu corpo e prepara-se para o combate.

    [Lokan]Defesa de Lezario! — Pronuncia, criando um grande escudo branco, pontudo embaixo e com dois ornamentos acima, que possui uma grande ankh dourada no centro.

    A investida do demônio trinca o escudo, mas não o destrói. Ele arrasta seu pé direito para trás, levando traços de gelo, e começa a desferir sucessivos murros contra o escudo do sacerdote. O mesmo tenta resistir o máximo que pode, usando sua mana para regenerar o escudo.

    [Lokan] — Eu... Não vou aguentar... Muito tempo! — Suplica, chamando a atenção dos caídos de volta para a luta.

    Polos corre para salvar seu amigo e branda seu grande machado duplo para tentar um golpe no demônio, almejando acertar seu flanco direito.

    [Polos]Utito Tempo!

    Quando o golpe estava próximo de acertá-lo, Annihilon bate o pé esquerdo no chão e faz ele tremer. Polos desfaz seu golpe e tenta se equilibrar, mas no meio do processo, o arquidemônio vira-se para ele e acerta um poderoso murro, lançando-o para longe. Ao cair no chão, ele acaba largando seu machado, que fica a alguns metros dele.

    [Lokan] —Não!

    Annihilon dá um pulo alto, carrega uma esfera transparente estranha e brilhante em uma das mãos e lança até Lokan. Ele defende com o escudo, mas pouco depois ele quebra e se desfaz.

    [Lokan] — Minha... Mana...

    O demônio desce com um pé pronto para acertar o sacerdote. Antes dele ser atingido, Watson o atinge com um golpe fraco para jogá-lo pra frente, assim fazendo o chute inútil. Ao chegar no chão, uma imensa bomba de morte, num formato de uma grande corrente de energia negra, se espalha a partir do pé da criatura. Ela alcança Watson e Lokan, golpeando-os de forma fatal.

    Uma explosão negra atinge a cabeça de Annihilon: Era um dardo gigante da besta gigante de Jack. Ele a recarrega com outro dardo, mas uma dezena de mãos pálidas surge do chão, ameaçando sua besta. Ele dá um salto com ela em mãos e a transforma num cilindro novamente, e encara Ashfalor, próximo da cabana, com um sorriso amarelo no rosto. Ele volta ao chão e avança até o inimigo de azul. Enquanto isso, Watson pega a sua foice e projeta novas asas de cristal, e avança contra Annihilon. Ele desfere golpes de vários lados, todos ágeis, visando distrair a criatura, que defende com os braços. Jack saca sua espada novamente, cobre ela por chamas, salta e consegue acertar a cabeça do demônio, que ruge de dor. Ele pega impulso para tirar a espada botando sua própria força contra o corpo do monstro usando os pés, e consegue sair.

    Annihilon urra com muita força, fazendo o chão, as paredes e o teto tremer. Estava enfurecido, tanto que sua armadura escureceu, tomando um aspecto de gelo mais escuro. Neste momento, Watson aproveita para tentar cortar um de seus chifres para fora, mas recebe um raio de gelo em troca, quase sendo paralisado.

    [Watson]Exevo Gran Mas Flam!

    A magia de Watson toma seu próprio corpo como epicentro e se espalha para baixo, para cima e para os lados. Ela acerta em cheio o arquidemônio, mas não o machuca muito. Por fim, ele se aproxima o máximo que pode da criatura e, usando sua foice, consegue cortar parte de seu chifre direito. Ao dispersar das chamas, o demônio percebe o que aconteceu — E fica imensamente furioso.

    Annihilon salta alto, chegando ao teto, e então desce até o chão com toda a sua força. Ao se chocar, um poderoso estrondo irrompe pela caverna, rachando severamente o chão ao seu redor e criando praticamente um terremoto. O que era um terremoto revela-se como a queda da caverna; Ela estava caindo devido ao ato do demônio. Enquanto os outros ficam inquietos, Ashfalor afunda sua cabeça em sua mão, decepcionado.

    [Ashfalor] — Demônio retardado... Não era para fazer isso.

    Annihilon, ao se levantar, congela e se quebra em vários pedaços de gelo, sobrando apenas sua grande mão direita fechada. Ela diminui de tamanho, fica negra e retorna ao Ruthless. Pedras começam a despencar do teto da caverna. Ao que parecia, ela não iria durar muito tempo.

    [Ashfalor] — Não foi dessa vez que tivemos uma batalha empolgante, mas certamente na próxima teremos. Livrarei-me de vocês e chegarei até George, e enfim terei o que busco!

    O grupo começa a correr para a saída, aos risos maléficos de Ashfalor. Eles correm em alta velocidade, usando magias e tentando não cair, mas conforme avançavam, mais pedras caiam. É então que atrás deles, dezenas de mãos pálidas e sujas de terra começam a surgir rapidamente, tapando a via de trás. Elas pareciam perseguir o grupo e querer esmagá-los contra as paredes.

    [Jack] — Corram! Corram o mais rápido que puderem!
    [Polos] — Não precisa nem dizer!

    Eles chegam até o centro da caverna, onde se concentrava a maior parte das criaturas dali, agora mortas. No entanto, ainda era possível ver os tais elfos malignos, todos curvados, correndo para as saídas de cima da caverna, tentando escapar. Outros orcs e goblins apareceram tentando fugir também, mas as mãos também apareciam dos andares de cima, tapando as vias pouco a pouco.

    Chegando à escadaria para a entrada da caverna, as mãos os alcançam e começam a pressionar mais sua corrida. Lokan vai ficando para trás, e resolve pegar sua sacola e dar para Watson, que já se encontrava com o amuleto da bruxa. O mago estranha o ato do rapaz.

    [Watson] — Por que está me dando agora? É você que fará o líquido que precisamos!
    [Lokan] — Desculpe, temo que não vou conseguir.
    [Watson] — Porra, Lokan! — Grita, ofegando — O que você está dizendo? Quer se jogar pra morte?
    [Lokan] — Eu já sei o que acontece aqui.

    As mãos estavam bem próximas de Lokan. O próprio já sentia os pedaços de terra que voavam devido ao aparecimento das mãos atingindo seu rosto, e o vento intenso que lançavam para frente graças ao seu movimento rápido até a outra parede. Watson estava a três metros dele, já imaginando seu destino. Ele tenta queimar as mãos, mas não consegue, pois as queimadas são substituídas e defendidas rapidamente. Como em câmera lenta, o mago vê cada detalhe daquela cena; Os muitos rastros de terra sendo lançados para fora, as inúmeras mãos e braços pálidos e sujos logo atrás, surgindo um atrás do outro, sem parar, e o rosto triste, porém, de aceitação de Lokan. O destino já estava traçado.

    As mãos pegam Lokan e em poucos segundos fazem-no desaparecer entre o meio de dezenas de outras. Polos e Jack também veem a cena e ficam chocados, mas não param de correr. Já estavam longe da escadaria e a luz de fora da caverna é a última esperança deles. Quando finalmente a alcançam, saltam direto para a grama seca, ouvindo seguidamente a entrada da caverna sendo fechada pelas inúmeras mãos de Ashfalor.

    Jack olha para a entrada, sentado, com as pernas soltas e um olhar vazio. Polos estava com uma perna ajoelhada, ofegando fortemente. Já Watson estava deitado no chão, quase em posição fetal, gritando de raiva com a sacola cheia de flores em mãos.

    Eles conseguiram o que queriam, mas a um preço muito, muito alto. Mas apenas uma coisa era o alento de seus espíritos: George estava próximo de ser salvo.





    Próximo: Capítulo 48 - Dia Ruim




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  6. #296
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    Saudações!

    Agora que tive tempo de ler com calma e atenção, devo lhe dar os parabéns por um primoroso Capítulo! Fora os eventuais erros de tensão verbal e de formatação (partes que eram pra ser em negrito e itálico que acabaram não saindo assim, sabe-se lá pq), adorei as descrições.

    Imaginava que o adversário da vez podia ser Ashfalor, mas, como vc havia falado outra coisa ao fim do Capítulo anterior, meio que fui despistada

    Excelente trabalho! Foi tenso, foi emocionante e perigosamente mortal! Estou pasma, boquiaberta e aguardando por mais! Continue o excelente trabalho

    Te confesso que tenho um fraco pelo Polos, no sentido de gostar muito dele. Ele é um dos membros da trupe mais sensatos, e que tem um potencial ainda a ser muito explorado.

    E eu concordo com o Ashfalor --- o Annihilon é retardado mesmo


    Abraço,
    Iridium.

  7. #297

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    Bom como eu havia dito no post da minha história, estava acompanhando a sua faz algum tempo. E percebi logo o porque que você havia pegado no meu pé quanto a descrição, e quando vi na sua realmente me surpreendi ainda mais pela premissa de apresentar um mundo novo, novas armas, novas criaturas, novos reinos entre outras coisas. Além dos carismáticos personagens envolvidos e amostrados durante ela, como disse parei na saga da arma branca, mas achei que desse ponto já dava para fazer algum comentário (mesmo que sobre algo muito atrás do ponto que você está).

    Só uma coisa que queria ver mais era um aprofundamento da cultura deles, tudo bem que as cenas são muito bem descritas, mas mostrar um pouco mais do lado cultural desses novos povos não cairia mal. Talvez até tenha mais pra frente e eu não tenha lido ainda (porque você e Iridium escrevem capítulos super curtos kkkkk).

    Por enquanto é isso, abraços!

  8. #298
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    Padrão Capítulo 48 - Dia Ruim

    Citação Postado originalmente por Iridium Ver Post
    Saudações!

    Agora que tive tempo de ler com calma e atenção, devo lhe dar os parabéns por um primoroso Capítulo! Fora os eventuais erros de tensão verbal e de formatação (partes que eram pra ser em negrito e itálico que acabaram não saindo assim, sabe-se lá pq), adorei as descrições.

    Imaginava que o adversário da vez podia ser Ashfalor, mas, como vc havia falado outra coisa ao fim do Capítulo anterior, meio que fui despistada

    Excelente trabalho! Foi tenso, foi emocionante e perigosamente mortal! Estou pasma, boquiaberta e aguardando por mais! Continue o excelente trabalho

    Te confesso que tenho um fraco pelo Polos, no sentido de gostar muito dele. Ele é um dos membros da trupe mais sensatos, e que tem um potencial ainda a ser muito explorado.

    E eu concordo com o Ashfalor --- o Annihilon é retardado mesmo


    Abraço,
    Iridium.
    E aí Iri, compatriota desta bela, adorável e fofa história. Fico feliz que o capítulo tenha atendido minhas expectativas e que tenha sido bom para você. Também fico satisfeito em saber que consegui te despistar

    Polos ainda terá muitos usos nessa história, aguarde. Tenho muitos planos para ele. E o Annihilon é retardado, pois, na minha concepção, aquele que só mata e não faz nada além disso é retardado.

    Espero que goste deste!


    Citação Postado originalmente por Wixsxx DjaDje Ver Post
    Bom como eu havia dito no post da minha história, estava acompanhando a sua faz algum tempo. E percebi logo o porque que você havia pegado no meu pé quanto a descrição, e quando vi na sua realmente me surpreendi ainda mais pela premissa de apresentar um mundo novo, novas armas, novas criaturas, novos reinos entre outras coisas. Além dos carismáticos personagens envolvidos e amostrados durante ela, como disse parei na saga da arma branca, mas achei que desse ponto já dava para fazer algum comentário (mesmo que sobre algo muito atrás do ponto que você está).

    Só uma coisa que queria ver mais era um aprofundamento da cultura deles, tudo bem que as cenas são muito bem descritas, mas mostrar um pouco mais do lado cultural desses novos povos não cairia mal. Talvez até tenha mais pra frente e eu não tenha lido ainda (porque você e Iridium escrevem capítulos super curtos kkkkk).

    Por enquanto é isso, abraços!
    Bem vindo, novo leitor. Fico feliz em saber que a história te agradou.

    Eu pego no pé de todo mundo sobre descrição, sou meio chato com isso. É porque eu sempre me forço a descrever o máximo o que aparece nas minhas histórias, por mais que fique um tanto cansativo ler. Simplificar as descrições é algo que eu tenho tentado a algum tempo pra deixar mais curto, pois hoje em dia eu já estou fazendo o dobro de páginas que eu fazia em 2012.

    Peço perdão por não ter atualizado os capítulos antigos ainda com a minha escrita atual, espero que não tenha incomodado muito. Está nos planos ainda reescrever tudo. E agradeço a recomendação.

    Espero que termine logo. A história está num ritmo legal, até mesmo pra mim.







    Bem, cá venho-lhes trazer mais um novo capítulo. Falta pouco pra fechar a primeira parte do livro, então, preparem-se!

    Espero que gostem deste novo capítulo.



    No capítulo anterior:
    Watson luta com a Bruxa da Caverna Inóspita, mas a luta é interrompida pela aparição de um Ruthless Seven conhecido como Ashfalor, a mão direita de Urgith. O grupo luta contra ele, e perde. Ele, então, joga Annihilon contra o grupo, mas acaba sendo uma luta sem vitória, já que o arquidemônio começa a causar o desabamento da caverna. O grupo aproveita o momento e foge, sendo perseguidos por uma atividade mágica de Ashfalor, e no processo de fuga, Lokan é pego e morto.




    Capítulo 48 – Dia Ruim





    Quase em Polerion, o sol havia se posto com uma tonalidade mais avermelhada do que o normal. O dia foi sangrento, triste e silencioso. Durante a tarde toda, nenhuma palavra foi dita por nenhum dos membros da comitiva, que agora era um trio. Agora, próximo da região de trabalho, onde os homens já partiam de volta para as suas casas dentro da cidade ou fora dela, Polos lembra-se de algo.

    [Polos] — Merda!
    [Jack] — Hm? — Murmura, parando de andar juntamente de Watson — O que foi?
    [Polos] — Lembrei de algo. Watson fez algo imbecil que nos manchou na cidade. Não podemos ir entrando assim.
    [Jack] — O quê? — Indaga, ligeiramente surpreso. Watson fecha a cara para o julgo de Polos sobre seu ato.
    [Polos] — O responsável pelo exército da cidade mandou quatro guardas sinistros atrás das nossas bundas e Watson matou eles como se fossem baratas. Não acho nem um pouco que deixarão que a gente entre aqui.
    [Jack] — Isso é sério? — Pergunta para Watson, com um olhar sério.
    [Watson] — Não foi nada.
    [Polos] — Não, imagina. Agora como vamos ir até o porto para pegar nosso navio e voltar para Veneraten?
    [Watson] — Eu fiz o que eu devia. Se não tivesse feito isso, eles poderiam ter matado você e Lokan.
    [Polos] — Eu não iria morrer pra guardas comuns. Lokan... Também não. — Disse, com um certo pesar na fala.
    [Watson] — Eles não eram guardas comuns.
    [Jack] — Tá, chega! Precisamos entrar na cidade, ou pelo menos nadar até o navio. Eu tenho um plano.

    Algum tempo depois, já se iniciando a noite, o trio se encontra ao lado de uma casa, praticamente na saída da cidade. Agachados nas costas do edifício, eles conversam baixo.

    [Jack] — Certo, revisando o plano. Polos disse que há Vigias da Noite* por ai e eles são perigosos, então o que precisamos é traçar uma linha reta a partir daqui e subir pelo rio até próximo da muralha e ir pro mar. E claro, evitar qualquer Vigia. Certo?

    Todos assentiram. E, dessa forma, o plano se inicia.

    Devagar e atento, o trio segue através das casas e ruas, com certo medo, pois desconheciam a força dos Vigias. Watson era o mais calmo, pois acreditava que poderia facilmente derrotar os tais temidos, apesar da surra de anteriormente e da advertência de Jack para não atacar ninguém. O clima seguia bem silencioso, escuro e tenso, conforme passavam por algumas casas.

    O trio chega até o meio da área coletora de Polerion. Todas as ruas entre os armazéns, casas, barracas e moinhos estavam vazias. Era possível ouvir algumas vozes vindas das casas e sons até de serras. Mas, num súbito momento, todos os sons cessam. Aquilo abala o trio de uma forma maior do que imaginavam. Eles se entreolham e, reunindo alguma coragem, Jack resolve olhar para os lados. Ele olha para o sul, mas não havia nada. Ele olha para o oeste, e nota algumas luzes apagando, e algum frio subindo pelo seu corpo. E então, ao olhar para o norte, ele vê uma das coisas mais assustadoras da sua vida.

    O Vigia da Noite era um homem velho, encapuzado, vestido de um manto marrom, onde a partir da cintura é cortado para um losango, indo até seus joelhos. Tem um colar cheio de pequenos crânios de animais, ossos presos na região da barriga e outros pendurados por longos fios vindos de seu colar. Usa também calças e botas escuras e sujas, e seus maiores destaques são uma lamparina com um objeto azul brilhante dentro, e um cajado peculiar, com a forma de uma cabeça de uma cobra naja no topo.

    Jack rapidamente tira a sua cabeça do alcance do olhar do ser e volta com um semblante assustado para os dois.

    [Jack] — Quer dizer que realmente tem uma coisa dessas andando pelas ruas?
    [Polos] — Eu te falei. Existem só alguns, eles andam nas partes mais perigosas da região. Todos evacuam as ruas no por do sol, pois eles aparecem logo no começo da noite.
    [Jack] — Mas pra que isso é necessário?
    [Polos] — Polerion é assombrada, Jack. Esses caras filtram todos os espíritos malignos na lamparina deles. E quando eu digo região perigosa é porque é uma área onde muitos espíritos costumam andar.
    [Jack] — Puta merda...

    Watson fica visivelmente preocupado, chamando a atenção de Polos.

    [Polos] — Algum problema, cabelo de fumaça?
    [Watson] — Não consigo ativar minhas chamas.

    Jack fita o primo, assustado.

    [Jack] — Como não?

    Os passos do Vigia ficam levemente mais altos, indicando sua aproximação. Watson continua tentando fazer o que fazia para ativar suas chamas, sem sucesso.

    [Watson] — Não consigo. Elas foram roubadas de mim.

    Jack fica levemente chocado e boquiaberto, e rapidamente decide dar uma olhada rápida no Vigia da Noite. Ele nota que ele parou de andar, e ao vê-lo, sua lamparina se encontrava púrpura. Ela vai ficando vermelha e tremendo com força, fazendo o velho pegá-la e analisá-la. Ela então explode, lançando um impulso de força para todos os lados. O que seria o poder de Watson retorna para ele numa grande mistura de espirais roxos e negros, atraindo o olhar do Vigia. Jack volta a olhar para o mago, já sabendo da situação.

    [Watson] — Corram.

    Jack e Polos correm para o leste, enquanto Watson se transforma num espírito cheio de espirais e partículas roxas em volta de seu corpo, dirigindo-se ao moinho logo à frente e o escalando em alta velocidade. O Vigia anda rápido até o moinho, indo para a sua entrada, enquanto a dupla contorna a casa e pega um beco para ir até o outro lado. O espírito abre um buraco no teto do moinho e entra lá dentro, cessando sua luz pouco depois. O homem encapuzado entra no edifício, e é nesse momento em que Watson escapa pelo buraco e dá um salto até o armazém no outro lado da rua, conseguindo pousar ali. Ele salta até outra casa logo ao lado, e pula até o beco da direita, reencontrando a dupla.

    [Watson] — Fácil.
    [Jack] — Ok, agora vamos garantir que nenhum Vigia roube sua energia novamente. Inibir! — Disse, pousando sua mão sobre o peito de Watson, espalhando uma energia branca peculiar pelo tórax do homem e retirando pouco depois.
    [Watson] — O que você fez?
    [Jack] — Eu diminui a intensidade dos seus poderes temporariamente. Dessa forma, a lamparina deles não vai te rastrear.
    [Watson] — E quando você aprendeu a fazer isso?
    [Jack] — O sábio me ensinou. Ele também me ensinou aquele bloqueio de selo que eu fiz lá na caverna.
    [Watson] — Voltou preparado, então.

    Jack sorri. Eles seguem devagar por outros becos e ruas, olhando para os lados com bastante cautela. Estavam a quatro fileiras de distancia, logo, duas ruas. Eles colocaram-se ao lado de um armazém, novamente olhando para as ruas, quando Jack nota a aproximação de um novo Vigia da Noite, este vindo do sul. Ele rapidamente vai com o trio trocar de lado, e quando o fazem, o Vigia passa por ali, ligeiramente devagar, mas atento.

    O trio espera ele ficar um pouco distante para seguir. Só não contavam com outro Vigia da Noite vindo da última rua, ao oeste. Eles não são vistos, mas conseguem correr para o sul, pegando outro beco logo após duas casas. Finalmente, eles atravessam a última rua, chegando a um porto sem navios ou barcos, sequer iluminação. Ele se encontra escuro, com seus dois lados fechados por caixas e apenas o caminho do meio, com duas casas do lado, estava liberado. Sem escolha, eles seguem por aquele caminho.

    [???]Luz Formosa!

    Uma poderosa luz se forma do meio do caminho, revelando muitos soldados cobrindo o caminho. Eles eram iguais aos quatro guardas da saída de Polerion que Watson havia matado, e agora havia duas dezenas deles. Na frente, se encontra o líder deles, um pouco obeso, com uma armadura sob medida, e braços e pernas cobertos por uma malha grossa de aço. Seu capacete estava envolvido pelo seu braço esquerdo, enquanto no direito estava uma cimitarra. Tinha uma barba que estava a talvez dois ou mais meses sem ser feito, e tinha várias rugas no rosto.

    Jack identifica o líder ao vê-lo.

    [Jack] — Tariko?! — Grita, extremamente surpreso e boquiaberto.
    [Tariko] — Confrades! E... Polos. — Disse, com certo desprezo no final da fala.
    [Polos] — Bola de ferro!

    Tariko aponta sua cimitarra para Polos, irritado.

    [Tariko] — Olhe sua maldita língua, antes que eu a corte!

    Polos deu uma risada. Já Jack e Watson estavam um pouco perplexos.

    [Jack] — O que diabos você está fazendo aqui?
    [Tariko] — Ué? Você se esqueceu, confrade? Eu sou o GENERAL de Sensalia! Ando onde eu quero, quando eu quero! Vocês apareceram aqui em uma má hora, justamente quando eu estava ajudando o exército local com alguns problemas causados por um arcanozinho de merda. Por coincidência, acabei sabendo que vocês estavam perambulando pela área e decidi agir, sem nem precisar mostrar as caras.
    [Jack] — Mas por quê?
    [Tariko] — Vocês são um maldito imã de problemas. O Rei usou sua habilidade secreta para ir até onde vocês foram vistos, lá no Acampamento de Sangue, para não encontrar nada! Então, fui enviado para esse lugar por algum motivo. É particular de vossa majestade.
    [Polos] — Corrigindo, SUA majestade!
    [Tariko] — O que eu falei? — Vocifera, avançando contra o trio, mas sendo parado por dois de seus soldados. Polos se diverte com aquilo.
    [Jack] — Pare, Polos. — Disse, sério, fazendo Polos ficar apenas com um sorrisinho no rosto. — Veja, a causa da morte de seus soldados foi um acidente. Acreditamos que eram inimigos, apenas isso!
    [Tariko] — Então vocês estavam certos, nobres confrades! Vocês são meus inimigos. Acham que eu gostei de passear pelo inferno? Foi até mesmo horrível dormir depois de ter passado por aquilo. Além disso, vocês causam problemas demais. Preciso resolvê-los, por ordem da coroa e pelo poder da fala de Searos V!
    [???] — Não tão rápido!

    O trio olha para trás, na direção da voz, e encontram ninguém mais, ninguém menos que Pierret Ahreaxon, acompanhado de duas figuras cobertas por uma longa capa púrpura. Ele vem a passos longos e põe-se do lado do trio.

    [Tariko] — O que é isso, governador? Está contrariando vossa majestade?
    [Pierret] — Vou! Esses três homens serão os salvadores deste mundo, que está sobre a ameaça de algo muito maior do que você imagina!
    [Tariko] — HÁ! Papo. Vai me dizer que o que aconteceu em Veneraten e no sudoeste de Sensalia foi pura coincidência, confrade?
    [Pierret] — Não sei. Não é minha jurisdição, assim como não é a sua! Veneraten é independente e o Acampamento de Sangue é um antro composto por uma minoria que seu rei gordo e fajuto tem medo de exterminar! Se nem isso ele pode lidar, quem dirá lidar com estes três? Ou até mesmo com um arcano como Wadzar?
    [Tariko] — Olhe como fala de Searos! Você é apenas o governador desta colônia, não se esqueça!
    [Pierret] — Tanto faz! General Tariko, daqui você encerra suas atividades. Está livre para pegar seu navio de volta para aquele lugar, e acho melhor que não retorne. E os soldados são meus, então, rapazes, de volta a guarnição!

    Tariko abre um sorriso irônico, crendo que se tratava de um blefe, mas era real. Os seus soldados guardaram seus berdiches** e caminharam até fora do porto, seguindo em direção da guarnição.

    [Tariko] — Só pode estar de brincadeira.
    [Pierret] — SOME! — Urra o governador, fazendo Tariko tremer e dar um passo para trás. Ele então endireita sua pose, assente e segue até fora do porto, direcionando um olhar mortal para o trio. Apenas Polos caçoa do ocorrido, dando uma risada.

    Pierret se põe na frente do trio, e a dupla misteriosa fica ao seu lado. Os capuzes longos e a capa cobrindo todo o corpo deles não permitia identificá-los.

    [Pierret] — Vocês dão trabalho, hein.
    [Polos] — Não mais. Obrigado, Pierret.
    [Pierret] — Ah, não se importe. A propósito, quem é o rapaz de vermelho aqui?
    [Jack] — Ah, meu nome é Jack. Prazer em conhecê-lo, governador. — Disse, apontando sua mão para um cumprimento formal, e Pierret responde apertando-a.
    [Pierret] — Igualmente. Bem, e quanto ao Wadzar?
    [Polos] — Com a cabeça longe do corpo. Agradeça a esses dois, fizeram praticamente todo o trabalho. — Disse, batendo amigavelmente nos ombros de Jack e Watson.
    [Pierret] — Excelente. Sabia que podia confiar em vocês para esse serviço. Agora, e quanto ao sacerdote que acompanhava vocês? Ele falava bem e tudo mais...

    O trio ficou em silêncio. Watson fica cabisbaixo, lembrando-se da morte de Lokan. Um amigo temporário, que morreu na sua frente sem que ele pudesse fazer nada. Pierret percebe o ocorrido e seus olhos ficam levemente mais abertos.

    [Pierret] — Ah... Bom, aposto que foi uma missão bem difícil, e que vocês tiveram um dia ruim por isso. Que ele descanse em paz.
    [Polos] — Que assim seja.

    Um silêncio mortal se seguiu por alguns instantes. Ele é quebrado pelo governador, que pigarreia.

    [Pierret] — Bem, agradeço pelos seus serviços. Polos, sabe que sou seu aliado secreto em sua revolução, mas que mandar o general de Sensalia embora sem mais nem menos só aumentou as suspeitas. Preciso que você vá embora rápido.
    [Polos] — Claro, claro. O Adaga D’água está aportado ainda?
    [Pierret] — Sim, bonitinho e endireitado. O Grito de Águia está te esperando no navio, já que ficamos sabendo que vocês estavam chegando à cidade no fim do dia.
    [Jack] — Perai... Como?
    [Pierret] — Batedores, meu caro. Esta ilha é cheio deles, e eles são ótimos em se esconder. Inclusive eles me noticiaram a morte dos quatro Guardas do Governador. Foi uma perda relativamente grande para mim, mas isso foi culpa de Tariko. Vocês fizeram o que era óbvio que fariam. Então, eu os perdoo.
    [Jack] — Ficamos agradecidos.
    [Polos] — Bem, estamos indo então. Mande lembranças pro pessoal da guarnição, já que não pude visitá-los dessa vez. — Disse, apertando a mão do governador.
    [Pierret] — Sim, sim, mas antes, eu chamei esta pessoa aqui para te ajudar, Polos. Será como sua guardiã.

    O trio olha para a tal pessoa, a direita de Pierret. Ela puxa o capuz e revela-se uma mulher relativamente jovem, com uma cicatriz no canto do lábio superior, olhos verdes e relativamente puxados, loira e com uma pele bem clara.

    [Pierret] — O nome dela é Agatha. Ela será bem útil para suas jornadas, uma vez que ela é uma assassina hábil e uma duelista, além de saber fazer inúmeras coisas. — Disse, dando um teor diferente no final da fala e dando uma piscadela. Agatha não notou e apenas fez uma reverência aos três.
    [Polos] — Bem vinda, então. E obrigado por tudo, Pierret. Nos veremos de novo.
    [Pierret] — Claro. Eu sei que vocês vão precisar de mim ainda.

    O trio se despede e parte junto da nova companheira. Eles seguem para o norte, onde seguirão para o porto e então entrarão no Adaga D’água. Já o governador e o encapuzado ficaram por lá, em silêncio.

    [Encapuzado] — Devemos confiar neles?
    [Pierret] — Não tanto. Mas é a melhor opção que temos.
    [Encapuzado] — O homem encapuzado que estava com eles é algo que Agneir tem temido desde sua chegada a Sensaton. Sabe o porquê?
    [Pierret] — Deve ser mais uma paranoia dada pelo vinho dele.
    [Encapuzado] — Quem me dera fosse. Aquele é o próprio filho de um dos príncipes do inferno tibiano. Enquanto o homem de vermelho é um Caído, que eventualmente pode se tornar um destruidor de mundos.

    Pierret fechou a expressão.

    [Pierret] — Tsc. Que belas opções que nós temos, hein.
    [Encapuzado] — Por isso pedi para que Agatha fosse com eles. Para ficar de olho. Eu dei a ela um objeto que ela deverá usar para anular os poderes do encapuzado. Já o tal Jack tem uma força desconhecida, não é maligna, tampouco boa. É algo entre esses dois. Provavelmente a Ordem não terá nada para contê-lo ainda por mais alguns meses.
    [Pierret] — Relaxa. Não vão demorar muito aqui. Estão determinados a voltar para Tibia por algum motivo. Me pergunto se esse mundo é tão bom assim.
    [Encapuzado] — Eu não gostaria de saber. Este já é ruim o bastante para mim. Enfim, vamos voltar?
    [Pierret] — Lógico. Dormir ao relento é agradável, mas num porto em frente de uma zona trabalhista onde você manda...

    Pierret e o encapuzado seguiram caminho até a muralha. Ele parecia ansioso para alguma coisa, algo que o trio está envolvido. E parecia apressado.





    Próximo: Capítulo 49 - Sábio.



    * - Vigias da Noite são arcanos treinados para matar qualquer espirito e qualquer alma, assim como para capturar energia maligna de qualquer ambiente. Eu já os descrevi no capítulo, mas aqui há a imagem que o inspirou:





    ** - Berdiche é uma arma surgida no leste europeu, um machado com uma lâmina diferente do habitual. Imagem dele:

    Última edição por CarlosLendario; 04-06-2016 às 18:29.



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  9. #299
    Avatar de Senhor das Botas
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    Olá.

    Enfim, relendo a história, tomará um pouco de tempo(afinal estou na sua e na da Iridium agora).

    Relendo a história, reparo que faz tempo que não leio uma boa história( no sentido de não ser maçante nem nada, a leitura ser fluída e prazerosa) em Terceira pessoa. Eu escrevendo a minha história, as vezes quero reescrever tudo em primeira pessoa... Mas vejo que não faz muito o meu estilo, embora eu ache mais dinâmico escrever em primeira pessoa, no sentido de ser mais "fácil" desenvolver a dinâmica, as personalidades de cada personagem, etc.

    Enfim, só comentando pra falar que você terá mais um leitor


    Não espere algo bem elaborado e feito. De resto...

  10. #300
    desespero full Avatar de Iridium
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    Saudações!

    Novamente, desculpa a demora em comentar. O clima pesar foi do início ao fim nesse capítulo; bem dark, bem pesado... muito bem escrito. Alguns pequenos erros de grafia e tensão verbal, mas nada de muito grave.

    Sentirei falta do Lokan, mas sei que a morte dele teve significado e que dará nova perspectiva à trupe do George. Gostei dessas novas edições que foram os Vigias da Noite, o Tariko (escrevi certo?) e o Pierret. Muitas pontas soltas que quero ver como você vai entrelaçar e enriquecer ainda mais esse universo que você criou.

    Aguardo ansiosamente o próximo!


    Abraço,
    Iridium.

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