Opa Iri, obrigado pelo comentário.
Neste capítulo eu tentei consertar meus erros de tempo verbal que é o meu atual defeito. Estou correndo atrás pra resolver. Também corrigi o erro, obrigado por falar.
Wadzar morreu de forma meio leve na minha opinião, planejava algo pior, mas decidi que essa morte ai foi o suficiente. O lance da sacolinha eu devo explicar no outro capítulo, o 46.
Espero que este capítulo seja do seu agrado
Bem pessoas, finalmente a busca pela cura de George está na reta final, mas não pensem que a história vai ter descanso ainda. Muita merda está por vir.
Espero que gostem.
No capítulo anterior:
Jack retorna e quase entra em conflito com um Watson possuído pelos poderes de demônio, mas ele consegue escapar do conflito graças ao exorcismo de Lokan. Ele então luta com Wadzar até a aparição do grifo, que pega seu inimigo e lança de volta a Jack, que o mata.
Capítulo 45 – Solução
A majestosa criatura posiciona-se próxima do grupo, e sua pose superior, com a cabeça levantada e a cauda abaixada, com o corpo reto e rígido sustentado pelas suas fortes patas e asas abaixadas, mostram o poder e imponência daquele ser.
[Grifo] — Parece que estou entre amigos. A morte deste verme pelas suas mãos foi o ato de confiança que eu precisava para poder conversar contigo, guerreiro. — Disse para Jack, com uma voz forte e com um pequeno tom tanto de uma águia quanto de um leão.
Watson se aproxima a passos cautelosos do grifo e lhe faz uma reverencia, da qual o animal retribui.
[Watson] — Saúdo-lhe, criatura. Meu nome é Watson, e almejo pela tua ajuda.
Jack olha de forma surpresa para Watson, não se lembrando da última vez do qual o feiticeiro fora tão comportado.
[Grifo] — Antes de tudo, gostaria que resolvessem a questão desta foice. Foi ela que reprimiu meus poderes na hora de lutar contra o desgraçado.
Watson fita a foice ainda na mão esquerda de Wadzar, que jazia morto aos pés de Jack. Ele decide, então, pegá-la. Quando este se abaixa, Jack sente-se visivelmente preocupado, chamando-lhe a atenção.
[Jack] — Não seria melhor Lokan pegar essa foice? Apesar de não ser muito sugestiva, ela tem mais a cara de um sacerdote usar.
[Watson] — É a foice do Primeiro Pecador, e você sabe o que eu sou. Não há ninguém melhor para usá-la senão eu.
[Grifo] — Tens razão, demônio. — Disse. A fala incomoda Watson, que não expressa o sentimento. — A foice é perfeita para você usar. Mesmo que Wadzar ainda estivesse vivo, não acho que ele duraria mais do que dois dias a usando. Ela estava drenando a vida dele, e se continuasse no ritmo de luta em que estava, não iria durar mais do que um dia.
[Jack] — Ele parecia bem para mim.
[Grifo] — Por hora ele ficaria bem, mas não por muito tempo. Wadzar me parecia estar usando magia arcana demasiada para controlar a foice e usá-la em combate. Acredito que nas mãos de Watson ela será mais poderosa ainda e terá diversos usos diferentes.
Watson abre a mão imóvel e mole do corpo de seu inimigo e pega a foice. Ao se levantar, a foice solta um som tonitruante e lança fagulhas brilhantes pela mão do mago, que tentava controlar seu poder. A atividade para e o rapaz suspira mais aliviado. Mas após o termino da atividade, uma grandiosa luz sai da foice e cega todos ao seu redor por alguns instantes, até ela se dissipar e então a foice terminar de escolher seu dono. A arma agora era maior, com um círculo cheio de pontas por dentro no começo de sua lâmina e três pontas onduladas atrás. Na frente deste círculo está a lâmina, agora negra e muito mais mortal. A transformação surpreendeu Jack, mas o grifo parecia já aguardar algo assim.
[Grifo] — Seu espírito é negro, Watson. Mas seu coração é puro e claro. A reprodução do seu coração está ai, na ponta do cabo desta foice.
O círculo espinhoso agora tinha em seu centro uma pequena bola de luz brilhante.
[Grifo] — A foice pertence a ti agora, Watson Amerake. Use-a bem. E seja lá qual dúvida você possua sobre esta arma, seu coração dirá o que é certo fazer com ela.
Watson fita a arma e abre um sorriso. Ele fica realmente surpreso por uma arma tão poderosa aceitar ter ele como seu dono. Sentia que poderia ser de mais ajuda do que antes, portando uma arma como aquela.
[Watson] — Obrigado. E bom, ainda tenho dúvidas, e vim até aqui esperando que me ajude com elas.
[Grifo] — Posso solucioná-las, se é o que quer.
[Watson] — Meu grande amigo e irmão deste homem — Aponta para Jack — do qual se chama George, está com um selo em seu corpo. Este selo engana seu espírito e sua mente e o coloca num sonho sem fim, onde tenho certeza que ele está perdendo para o sonho. Você tem a solução para isso?
O grifo fica algum tempo pensando sobre o que ouvira. Parecia saber a resposta.
[Grifo] — Me parece ser um selo de alma amaldiçoada. Ele coloca um espírito dentro do corpo da vitima que tenta tomá-lo pouco a pouco. Se seu amigo ainda não sucumbiu, creio que ele seja muito forte. Bem, a foice que você possui em mãos será a primeira parte para destruir o espírito, a segunda é uma planta.
[Jack] — E que planta seria essa?
[Grifo] — Ela é chamada de Poméria. Essa planta é na verdade uma flor, que tem um caule bastante verde e pétalas muito peculiares, que são pequenas bolinhas. Entretanto, a flor já não nasce mais em lugar nenhum, senão na toca de uma bruxa local, que a usa tanto para criar quanto para destruir maldições.
[Jack] — Há como explicar por que essas flores tem essa influência sobre maldições?
[Grifo] — Ela foi criada por Lezario para que os sacerdotes de seu nome pudessem alimentar uma pequena criatura que trazia-lhes mensagens do deus. Mas ela morreu há muito tempo, então a flor deixou de ser plantada também. Ela tem aspectos divinos e amaldiçoados também, e é dessa maldição na flor que se cria outras maldições, como um catalisador.
[Watson] — Algo mais?
[Grifo] — Sim. A bruxa possui um amuleto que guarda um liquido feito dessa flor. Será importante no processo para destruir o selo.
[Jack] — E como se destrói?
[Grifo] — É bem simples, mas prestem atenção. — Disse, fazendo a dupla ficar mais atenta aos seus dizeres — Precisarão de um balde com água quente. Peguem primeiro algumas flores com a bruxa e joguem elas no balde. Elas irão derreter por serem muito fracas, e formarão o líquido em questão. Derrame mais do líquido que está no amuleto e então a água ficará mais branca do que leite. Mergulhem a ponta da foice neste líquido e então, levantem o amaldiçoado para que Watson, o portador da foice, possa penetrar a ponta da foice exatamente onde está o coração de George, mas terá que ser pelas costas, onde o espírito não espera um ataque. Toda a ponta molhada deve ficar dentro do corpo do seu amigo até que ele comece a reagir. Na hora que um grito forte for solto pelo seu amigo, retire rapidamente a foice e o espírito sairá dele e se destruirá. E assim o selo será destruído.
A dupla reflete sobre tudo que foi ouvido ali, tentando entender tudo. O local fica silencioso por algum tempo.
[Watson] — Agradeço de verdade pela ajuda.
[Grifo] — Não há o que agradecer. Sei quem é George e sei de seu poder. Ele será necessário para evitar algo muito, muito grande que seus demônios tibianos estão planejando fazer com nosso mundo.
[Watson] — Você poderia dizer o que é?
[Grifo] — Infelizmente não. Mas sinto que descobrirão suas intenções em breve.
A dupla reverencia o grifo e despede-se. Ao longe, Lokan e Polos os aguardavam para que pudessem continuar em sua busca. No meio do caminho para se juntarem, Jack acaba parando e voltando para o grifo. Algo mais assolava sua mente.
[Jack] — Eu também possuo uma dúvida.
[Grifo] — Pois fale, Alarstake.
Jack fica cabisbaixo por algum momento, como se estivesse criando coragem para falar.
[Jack] — Por acaso Watson é primo meu e de George?
[Grifo] — Que dúvida inesperada. Mas sim, ele é.
Jack paralisa por alguns instantes, assim como Watson, ao ouvi-lo. Ele logo retorna para o alcance do grifo rapidamente para saber mais.
[Watson] — Como posso ser parente deles se somos de famílias diferentes?
[Grifo] — Bem Watson, infelizmente seus pais morreram quando você tinha apenas um ano. Você foi adotado por um Amerake, que instaurou uma família pouco tempo depois com sua mãe. Você é filho de um Alarstake, e este Alarstake era irmão da mãe de George e Jack.
Watson estava chocado. Seu semblante estava desacreditado, e ele não sabia como lidar com isso. Jack também estava muito surpreso, mas feliz por Watson ser originalmente de sua família.
[Watson] — Você sabe como eles morreram?
[Grifo] — Não. Pois você também não sabe.
[Watson] — Como assim?
[Grifo] — Apenas olhando nos olhos de um ser eu consigo ver sua história. Mas só o que ele viu e ouviu. Como há coisas que você claramente não sabe que ocorreram na sua vida, sempre há lacunas. Lacunas estas que não consigo preencher se você não sabe como também. Enfim, é tudo?
Watson assente e dá meia volta. Jack despede-se novamente e alcança o primo.
[Jack] — Sempre soube que você era da família. Alguém com tanto dinheiro e carisma como você só pode ser um Alarstake.
[Watson] — Sempre senti isso também, por isso estar com vocês sempre pareceu meio diferente.
Jack dá uns tapinhas nas costas de Watson e vão até seus amigos para sair dali. Pelo que conheciam, a saída era por onde entraram, então precisavam andar por um caminho tortuoso e entediante até este ponto de início. Até lá, a dupla diz tudo que ouviram do grifo. Esperavam que tudo aquilo estivesse certo e que poderiam finalmente salvar George.
~~**~~
Inferno
Castelo de Urgith
Pumin ajoelha-se aos pés de Urgith, gravemente ferido. Sua casca não havia sido danificada significantemente, mas seu corpo original sim, e aquilo já refletia sob o receptáculo recebido no seu templo em Sensaton, devido ao muito sangue que saia de seu peito e de seu rosto. O general olhava com desgosto para o arquidemônio, com as pernas cruzadas e seu cajado em sua mão esquerda. Estava em seu formato esquelético, de menos poder.
[Urgith] — Poderia me explicar o que diabos aconteceu, para me aparecer aqui coberto de sangue?
Pumin tinha muita dificuldade para falar, mas se esforçava mesmo assim.
[Pumin] — Juro que lutei com... T-tudo que tinha contra o maldito f-filho de Bano-or. Mas o espírito protetor... De Sensaton... Foi invocado pelo seu irmão e a-alguns outros vermes que o acompanhava, e isso aumentou demais o poder dele, que... Se tornou maior do que o meu. M-mil perdões, meu senhor...
Urgith descruza as pernas e levanta-se, imponente. A passos lentos, ele se aproxima do arquidemônio.
[Urgith] — Vejamos... Eu enviei você, com todo o seu poder, após ter tido o esforço de entrar naquele mundo e instaurar o culto a todos os Ruthless, para que você ganhasse uma casca, para então enfrentar um simples humano com alguns poderes, te mando junto de outro arquidemônio com o mesmo nível de poder que o seu — Seu tom de voz ia aumentando pouco a pouco — para garantir que tudo corresse conforme o plano, e nenhum de vocês se preocupa em ir atrás do irmão E IMPEDIR QUE AQUILO FOSSE INVOCADO POR ELES E IMPEDIR QUE TUDO FALHASSE?
Pumin olha para o chão, resignado e humilhado. Ele não o respondeu.
[Urgith] — Onde está Taffariel? Garanto que ela foi mais útil do que você.
[Pumin] — Ela... I-infelizmente morreu... Senhor.
Urgith suspirou fundo.
[Urgith] — Eu não creio que após tudo isso você ainda tem coragem de não morrer junto dela e vir até meus salões. E ainda sujá-los com o seu sangue podre.
[Pumin] — M-mas eu coloquei o... Selo n-no filho de Banor... Eu praticamente o m-matei...
[Urgith] — Obviamente! Afinal, o selo é meu. Pelo menos algo você fez, tirou um grande empecilho do nosso caminho.
[Pumin] — E-então você pode... Me perdoar... Senhor?
[Urgith] — Claro. — Balbuciou, em seguida destroçando a cabeça de Pumin com seu cajado em sucessivos golpes.
Após terminar de matá-lo, o general virou-se, e alguns demônios servos correram para retirar o corpo de Pumin dali.
[Urgith] — Chamem-no.
Um homem encapuzado, usando uma capa podre de cor cinza escuro que cobria todo o seu corpo vem até o salão a passos lentos, e para um pouco próximo de Urgith.
[Urgith] — Localize os dois sobreviventes e mate-os.
[???] — Será uma honra cumprir uma nova missão para ti, velho amigo.
O homem dá meia volta e sai do salão. Urgith olha para cima, com a cabeça levantada.
[Urgith] — Sua hora vai chegar, receptáculo da destruição.
Próximo: Capítulo 46 - Caverna Inóspita
A Foice do Primeiro Pecador foi inspirada nesta foice aqui:
Então, sempre que virem a foice em ação, lembrem-se desta imagem.
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