Pensamentos, frases e contos ao vento...

[Melgraon I]

Olá, meus caros.

Simples assim: Eu tenho umas poesias, frases e historietas escritas que geralmente faço quando alguma coisa me chama a atenção na rua, ou numa "quebra da realidade".

E o que seria essa "quebra"? É mais ou menos quando se perde a noção de tempo e espaço diante de um acontecimento. (ou pelo menos é assim que eu concebi o termo.)

Este tópico abrigará textos curtos, primeiramente, ou então meras frases de minha autoria. Não são muitas, mas eu pretendo ir escrevendo mais e colocando algumas de quando em quando.
Nas segunda fase, o conteúdo será outro.

Provavelmente será um tópico meio abandonado. Mas, quando quiserem fazer uma leitura simples e sem muito compromisso com estética, fiquem à vontade para visitarem os sete primeiros textos.

Se quiserem algo mais sério, dêem uma olhada nos objetos do índice do 8 em diante.

Obs1:
Não sei bem como vocês vão criticar o que estiver aqui, pois o conteúdo será bem variado. (Na primeira fase, e algumas poucas partes da segunda.)
E repetindo, não tenho compromisso nenhum com métrica. Portanto, acho que uma crítica tratando de estilo de rima não seria muito adequada...

Obs2:
Na segunda parte o conteúdo é mais literário e homogêneo. Sendo assim, nos textos 8 em diante eu gostaria de ver tantos comentários e críticas quanto se fosse uma história normal aqui da seção.

Enfim, espero que lhes agrade.
Este será um lugar muito pessoal. (pelo menos para mim.)


Índice:

1- O Bosque e Os Passos [Página inicial]
2- O Duelo
3- Conforto
4- Cenário
5- Avenida
6- O Homero do Valle
7- As Gravatas (Final da primeira fase)
8- Capítulo Sem Nome 1
9- Sem Nome 2
10- O Livro dos Clichês: Capítulo 1 - Introdução ao Clichê
11- Anotações de um cego
12- Vácuo
13- Memória Pilchada (Participante do concurso de contos de 2008)
14- Sonâmbulo (Poema)



Abrindo a série, o poema de outono:

O Bosque e os passos

Caminho por entre as árvores do meu bosque urbano
O vento me acompanha, silencioso, revelando a mim segredos de outro mundos...
O som das folhas caindo lembra vagamente a chuva, e me inunda...

Estou vivo.

[Wk~]

Melgraon, quanto tempo!

Estou aqui mais para servir-me do prestígio do que para criticar. Gostei bastante da iniciativa e vou procurar acompanhar sempre seus "pensamentos, frases e contos ao vento".

O som das folhas caindo lembra vagamente a chuva, e me inunda...

Gostei tanto dessa parte *-*

Abraços.
Wk~.

[Steve B]

Eu gostei da expressão Bosque urbano.

Bem legal isso, mas tipo, eu também tenho pensamentos, frases e contos ao vento, como acho que qualquer pessoa que se interessa em escrever tem, daí fiz um Blog. o/

[Hovelst]

Melgraon.

Sempre quis ver um trabalho seu.

Parecem interessantes ao meu ver. E bem pensados.

Só mesmo.

[Ayakumus]

Achei interessante a idéia.

Talvez se fizer sucesso poderiamos ter mais poesias, que estão realmente em falta no fórum.

[Dark Psycho]

É bem a cara do Melgraon.
^^
Boa sorte.

[Melgraon I]

Que bom que gostaram, fico muito satisfeito.

(Muito mesmo)



A.E. Melgraon I

[Hugoca2x]

EDITADO


Omg, malz... :S
Pensei que fosse para todos. Editado já. ^^

[Chazys]

Lol, Hugoca o tópico é do Melgraon...

u.u"

Sem palavras para ti, Melgraon. Adorei teus versos.

^^

[Melgraon I]

Aqui está um pequeno conto:

(Se não entenderem depois de umas duas lidas, é só me perguntar que eu explico.)
(E não me levem a mal se o próximo texto demorar uma semana pra aparecer, ok? Novamente, espero que gostem.)

O Duelo

Em uma pequena abertura no prédio antigo, estava o balcão. O fedor de toucinho assado tomava o ar e os três senhores já velhos que estavam a atender olhavam aos passantes como se perguntassem se o cheiro os incomodava, em tom de desafio. Vestidos a rigor como verdadeiros guascas, faziam o seu trabalho enquanto espelhos velhos e pedaços de couro cru dependuravam-se nas paredes. A música tradicional, no volume suficiente apenas para ser ouvida, embalava o ritmo da curiosidade.

Os muitos apetrechos gaudérios disputavam a atenção do garoto, que olhava para todos os lados de cenho franzido. Uma ferradura aqui, um vaso com um chuchu podre que germinava ali, um poema exaltando a beleza dos pampas mais ao fundo...
Aquém do contraste que aquele ambiente tinha com a cidade, que estava há apenas alguns passos, um homem olhava desconfiado debaixo de seu chapéu para o jovem, tal qual imagem viva de um livro de Érico Veríssimo.
Enquanto seu pai conversa com um dos pilchados sobre o conserto da bota de couro que tem em mãos, imagina o garoto, imerso em seus próprios pensamentos:

-“Olha, meu filho faz faculdade de história.”

-“Bueno, guri... Conheces a história do Rio Grande?”

-“Não... Não estudei essa parte ainda.”


...
Perdi o duelo.
























Edit:
(Como o wicht não entendeu, e imagino que outros esbarrarão no mesmo obstáculo, eu explico: Eu sou o personagem do conto. As últimas frases compõem o diálogo que eu imaginei que iria acontecer caso meu pai falasse para o atendente da loja que eu faço História na faculdade.[A primeira frase quem fala é meu pai, a segunda é o gaudério e a terceira sou eu quem falo.]. E para quem não entendeu o porquê do uso da palavra "duelo", releia o texto tendo em mente que antigamente essa era uma prática comum gaúcha, sendo que nesses duelos eram usadas armas brancas [também existia o duelo de prosa], e os gaudérios atuais geralmente entendem de história do RS.)