
Postado originalmente por
Skirt Underdome
É ou não é uma fic naruteira? 
Essa luta nos esgotos é Naruto puro, cheia de inversões e surpresas.
Parabéns Charles, voce foi realmente legendary nesta treta subterrânea, esta ficando muito boa.
Tem naruto aqui não, sai dai
Se fosse Naruto mesmo, os personagens parariam o tempo inteiro pra ficar explicando o que acabaram de fazer, o que não acontece aqui. Aqui, ou você presta atenção, ou se fode.
e não é porque o nightcrawler destravou teoricamente um susano'o que a historia virou naruto
Obrigado pelo comentário e pelos elogios Skirt, espero sua presença nos próximos capítulos.

Postado originalmente por
Senhor das Botas
QUE CAPÍTULOS CARLÃO.
Desculpa a demora a comentar. Mas, estou adorando a perseguição de Redchain no esgoto... Que pode ter se encerrado?
Ativou o Sharingan, e é um Sharingan do outro mundo pelo visto, que nem o do Kakashi
Brincadeiras a parte, pelo visto se trata de alguém importante, do outro, que Nightcrawler perdeu durante sua vida, e que deseja o fim da Irmandade tão intensamente quanto Suzio... Ou simplesmente se trata de Zoe.
Enfim, no aguardo dos próximos capítulos.
Diga aí Botas, obrigado pelo comentário e pelos elogios.
Ainda não acabou a parte dos esgotos, mas a perseguição sim. Nightcrawler mostrará o que tem escondido na manga agora e finalmente revelará o ser que tem conversado com ele internamente há muito tempo. E não, não é a Zoe.
Espero que continue aparecendo.

Postado originalmente por
Iridium
Saudações!
Vou comentar logo antes que você poste novamente, @
CarlosLendario! Adorei o capítulo, está fantástico. Finalmente vi o Dartaul menos "passivo" diante das grandes figuras que o cercavam (r.i.p. Borges) e tomando as rédeas do combate com o potencial que sempre teve. Mas, tem Nightcrawler. E Nightcrawler
sempre rouba a cena <3
Aguardo o próximo!
Abraço,
Iridium.
E aí Iri, obrigado pelo comentário e pelos elogios.
Dartaul terá seu destaque agora e deixará de ficar sempre em segundo plano. A verdade é que não deu pra incluir Dartaul na construção da história até esse clímax, mas agora haverá mais espaço para fazer isso.
E não tem como mesmo, Nightcrawler sempre rouba a cena. Imagino se depois desse capítulo você irá gostar mais ainda dele e se o pessoal que não gosta dele passará a gostar. Espero que desperte algo nos leitores.
E você previu certo hein, realmente ia publicar hoje o capítulo novo. Então, espero que goste.
Bom pessoal, creio que algumas revelações serão feitas agora. Então, prestem atenção e criem suas teorias!
Também é possível notar que os capítulos estão tendo várias partes. Mas isso está acontecendo pois eles são realmente longos e há muita coisa para explicar e contar. Mas creio que, depois do 22, não haverá muito mais capítulos divididos. Bem, assim espero.
Espero que gostem!
No capítulo anterior:
Redchain ainda persegue Dartaul. O investigador encontra Nightcrawler enquanto escapa dela, e este fala para o jovem como ele se sente a respeito de tudo que está acontecendo. Dartaul é pego numa armadilha e Nightcrawler obrigado a lutar contra Redchain, e notando que, para sobreviver, terá que usar tudo que possui. Até mesmo poderes proibidos.
Capítulo 22 – Nightcrawler
Parte 1
É isso. Não havia mais jeito.
Você não está errado em usar isso. É o símbolo de quem você é. É o símbolo da sua covardia.
Essa é a demonstração de quem você realmente é.
Essa é a prova de que você vendeu sua alma para o demônio.
Múltiplos pensamentos martelam a mente de Nightcrawler enquanto ele observa Redchain tentando se levantar. Ela não entende o que a atingiu, nem porque não conseguiu matar o detetive. Mas sabe que terá que lutar agora como nunca antes.
Nightcrawler salta de um lado para o outro, dando um soco onde Redchain está, mas papéis surgem no lugar. Ele dá uma cotovelada para trás, com sua área de efeito aumentada pela energia etérea, conseguindo acertar a adversária. Ele gira e tenta um novo soco, mas ela salta para trás, aterrissa um pé na beirada da vala e lança-se na direção do inimigo novamente, que soca-a, mas apenas recebe papéis em troca.
A Sangue surge a alguns metros do oponente, mas ele prevê isso e lança uma onda de chamas alaranjadas em sua direção, fazendo ela recuar saltando para trás. Num pulo, o mascarado surge em frente dela e soca sua barriga, fazendo-a se curvar de dor e tossir sangue mesmo dentro da máscara. Ele aplica uma joelhada não acompanhada de seu poder em seu rosto e aplica um gancho de direita em seu rosto, lançando-a longe. Antes que ela pudesse tocar o chão, ele enche suas pernas desse poder alaranjado, pula até o alvo e chuta seu peito no ar, esmagando-a contra o chão e fazendo-o se despedaçar.
Nightcrawler cai na vala, mas pega com as duas mãos Redchain e joga-a contra a parede do outro lado. Ela volta para trás apenas para receber um chute alto do inimigo, lançando-a para o alto e batendo-a no teto. O detetive aumenta a extensão da energia do seu braço direito, fazendo-o ir em direção da Sangue para esmagá-la contra o teto.
— Sua natureza do sangue não permite que você a use tantas vezes seguidas. Ao menos disso eu sei.
Correntes embebidas de sangue cercam o braço etéreo, mas ele se desfaz, voltando ao acumulo comum no braço real do detetive.
— Você é realmente novata. Não tem nenhuma estratégia.
Redchain consegue sair e voltar para o chão, a metros do inimigo. Sua máscara está rachada e partes dela caíram, revelando algumas áreas de seu rosto. Partes da sua roupa, bem como da sua saia, também possuem danos, bem como a cobertura em suas mãos, apesar da proteção de correntes.
— Tenho. Mas nenhuma delas envolve lidar com um detetive veterano com poderes demoníacos.
— Não cheguei a esse nível nem mesmo com Senzo. Deveria se sentir orgulhosa.
— Usar esses poderes contra mim é o mesmo que usar contra ele.
— O que quer dizer?
Redchain avança em segundos em direção de Nightcrawler para socá-lo, mas ele defende com um pilar extremamente ágil de fogo etéreo e então a soca novamente quando esse se dissipa. Ela se choca contra a parede e despedaça parte dela, mas não cai no chão, apenas cambaleia para o meio da vala de novo.
— Vou repetir: O que você quer dizer com isso?
— Urgh. Você até parece estar brincando perguntando dessa forma.
A moça endireita sua postura. Não parece sentir dor, apesar de tudo.
— Você se chamava de Nuito há décadas atrás. Deveria lembrar de quem eu sou. Ou de quem Senzo sempre foi para você.
— Que delírio. Me chamo Suzio desde que me lembro por gente. Tinha pais cuzões que apenas trabalhavam e não tinham cérebro para acompanhar o do filho.
— Também era assim antigamente. Você não tinha tempo para os seus pais, pois sempre foi um gênio. Não ligava nem para a Ember, que era apaixonada por você.
Nightcrawler começa a sentir o seu peito ficar apertado. De alguma forma, ele sabia do que ela falava. Cada fala dela é como se fosse algo real acontecido há muitos anos atrás.
— Apenas uma mulher se apaixonou por mim, e ela não se chamava Ember. E eu tenho certeza que Senzo a conhece, pois foi graças a ele que ela morreu.
— Senzo não se importaria com uma memória falsa.
O sangue de Suzio ferve. Sente-se ofendido e confuso. E sente hesitação de matar Redchain; ela parece ser uma fonte valiosa de informação. Mas esse sentimento passa em momentos.
O poder de Nightcrawler fica mais intenso. Ele reforça melhor seus braços e protege levemente seu tronco.
— Memória falsa...? — Murmura Nightcrawler, com uma voz sombria. Como se tivesse sido possuído. — Tudo aqui é falso. Esse momento. Os momentos anteriores. Essa vida que você tem. É tudo falso!
Braços etéreos e alaranjados surgem do chão, prendendo Redchain. Ele prepara uma magia em suas mãos.
— E eu odeio coisas falsas. Exori Gran Flam! — Pronuncia Nightcrawler, lançando a magia em direção do peito dela.
Ela transforma-se em papéis. Parece o momento perfeito para ele.
Ele lança seu braço demoníaco ao chão e puxa Redchain de lá. Segurando ela pelo pescoço, ele prepara-se para um soco. Leva seu braço direito o mais para trás que consegue, e enquanto o faz, sua energia torna-se mais forte. Tão forte que ela começa a projetar algo em cima dele. A alguns centímetros, surge parte de um tronco, um pescoço e um rosto demoníaco, levemente feminino. Ele sorri enquanto Nightcrawler pega força para o golpe. E, finalmente, ele desfere esse soco, que possui um som fraco, quase como se um demônio tivesse suspirado.
A mulher é lançada para bem longe com o golpe. Ela quebra a parede do fim do túnel e vai parar no outro lado, batendo em alguns canos grandes da sala e caindo no chão sem resposta.
Ela demora a levantar, pois o golpe foi realmente sentido por ela. Seu corpo treme e reclama de dor. Metade da sua máscara quebrou, revelando parte de seu rosto. Ela usa essa parte para vomitar sangue, mesmo que parte dele não consiga sair normalmente por ali. Em seguida, ela tenta levantar, mas alguém supostamente a ajuda. E este é Nightcrawler, que a puxa pelo pescoço.
Ele deixa-a em pé, de frente para ele, suportada apenas pelo seu braço cercado por poder. Esse poder cerca metade do rosto de Nightcrawler. Metade daquele rosto de antes está nele.
— Três naturezas de sangue e mesmo assim você perdeu. Novata de merda.
Mais uma vez as correntes de Redchain cercam seu braço.
— Quem disse que eu perdi?
As correntes tentam esmagá-lo, mas quebram. Ela demonstra horror em seu rosto.
— Eu disse.
Ela começa a gritar. Tudo que Nightcrawler mais queria. O rosto formado pelo poder sorri malignamente, mostrando seus dentes, que ironicamente completam os que faltam na máscara.
— Exevo Gran Mas Flam!
Uma explosão gigantesca cobre toda a sala e parte do túnel onde o combate ocorreu. Um grito profundo de dor o acompanha. É o fim da luta.
Momentos se passam após a explosão. Nightcrawler visualiza um corpo no chão, que parece ser de Miraya. Mas ao se aproximar, inúmeros pedaços pequenos de papel saem do corpo e se espalham. O detetive fica sem saber o que fazer quando percebe que o cadáver na sua frente pertence a rainha Eloise.
~*~
Os túneis tremem e um pouco de poeira e fragmentos de pedra caem do teto. Trevor e Alayen param, com medo de seguir adiante e serem esmagados por pedras. Ou pegos numa armadilha de Redchain.
— Primeiro aquela coisa de hakugai e agora isso? — Comenta Alayen, emburrado. Entretanto, ele também está perplexo.
— Alguém parece estar lutando. Foi o som de uma explosão. Mas não uma que cabe numa armadilha.
— Então faremos bem se continuarmos andando!
Hesitantes, eles continuam a caminhar. O medo os domina, mas eles se sentem assim desde que entraram nos esgotos. As paredes de placas de alumínio podres, o caminho mal iluminado, os ratos correndo, tudo isso fortalece um clima ruim e desagradável. Clima este do qual eles são obrigados a lidar.
Mais adiante, eles param de novo. Veem um corpo. A luz projetada por Alayen revela quem é. Dartaul.
Trevor corre em direção ao corpo e ajoelha-se rápido. Precisa prestar primeiros socorros. Mas não sabe a quanto tempo ele está ali, então, talvez seja tarde demais. Ao analisar o corpo, ele nota que há um buraco na região direita do tórax, e o sangue já embebeu grande parte da sua camisa preta, tornando-a grossa. Ele checa os batimentos, mas não percebe nenhum. Pede mais luz para Alayen pra ver a cor da pele, e ela está pálida.
O capitão afasta os braços e despende-os. Mantém sua cabeça abaixada. Alayen mostra uma expressão triste e sentida. Trevor soca o chão. Dá mais socos a cada fala que pronuncia.
— Merda, merda, merda, merda, merda, merda, merda, merda, merda, MERDA, MERDA, MERDA, MERDA, MERDA, MERDA, MERDA, MERDA, MERDA, MERDA, MERDAAA!
O homem coloca uma das suas mãos em seu rosto. Ele senta no chão, resignado.
— Irmandade desgraçada! Ele era tão jovem, tão promissor, tão bom! Por que fizeram isso com ele? Por que tiveram que matar ele?
Alayen vira a cabeça para o lado e põe uma mão na cintura. Seus olhos estão entreabertos.
— Conhecíamos ele há pouco tempo, mas era um cara legal...
— Foda-se se o conhecemos há pouco tempo! Eu já estou de saco cheio de mortes! Não importa o que eu faça com meu cargo, eu nunca consigo evitar nenhuma morte!
Trevor mantém-se no chão por algum tempo. Alayen decide fazer algo a respeito.
— Utevo Res: Orc! — Pronuncia o rapaz, fazendo um orc surgir ao seu lado. Ele vai em direção do corpo de Dartaul e recolhe-o.
Trevor olha, com algumas lágrimas no rosto.
— Quer uma verdade, Trevor? Nunca conseguiremos evitar mortes nesse mundo. Não somos deuses ou coisa assim. Somos apenas baratas rastejantes com vidas pré-determinadas, vivendo porque uns caras poderosos decidiram que tem que ser assim. Não podemos fazer nada, pois somos apenas baratas que vão morrer um dia. E é isso.
O homem enxuga as lágrimas e se levanta. Bate as mãos nas pernas, tirando o pó.
— Tem razão.
A dupla segue em frente. Encontram um caminho bloqueado, mas acham um corredor à esquerda, e decidem seguir por ele. Veem outro corredor para a direita, e seguem por ele, ainda em silêncio absoluto, para entrar num túnel onde aparentemente houve um combate.
Tem razão. Ele merece uma segunda chance.
Dartaul volta subitamente a respirar, como se tivesse saído do mar após uma eternidade dentro dele. Ele cai do ombro do orc, que se desfaz em fumaça, e vai direto pro chão, onde tosse violentamente. Trevor e Alayen vão ampará-lo, mas ele já está se levantando. Aos tossidos, mas levantando.
— Ei, ei! Qual é a tua, cara? Você estava morto há pouco tempo atrás!
Dartaul olha para o mago com um olhar desanimado, mas também profundo. Como se tivesse visto muita coisa.
— Eu sei.
Dartaul anda em direção do túnel e adentra-o, apenas para ver Nightcrawler à sua esquerda, ainda envolto pelo poder demoníaco, carregando um corpo envolto pelo seu sobretudo. Ele desaparece em um instante e volta ao normal.
— Está vivo então, hum? Vamos seguindo. Redchain está morta e eu achei uma saída.
A dupla aparece em seguida. Sentem uma tensão esquisita no lugar ao verem Dartaul e Nightcrawler olhando um para o outro.
Todo o trajeto até a saída foi envolto pela tensão. Ao acharem uma tampa de bueiro, Nightcrawler decide ir primeiro, apesar de estar levando o cadáver. Ao saírem, não encontram nada lá fora. Apenas veem o distrito vazio, com a alta possibilidade dos militares terem saído para patrulhar e guardar todas as áreas de importância de Yalahar. E deixando sua base desprotegida. Suzio ri por dentro.
Eles seguem andando, passando pela torre e próximos da colina, sob o pôr do sol. A movimentação nela é mediana. Enquanto andam devagar e desanimados, Dartaul vê a chance de começar a falar.
— Eu conheci Varmuda.
Nightcrawler para de andar. Os outros também param.
— Ele não me contou muito sobre você. Mas disse para voltar. Deu-me a vida de novo, de alguma forma. E agora eu quero saber por que você vendeu sua alma para o demônio. Pode me dizer?
— Não.
O detetive continua andando. Dartaul se irrita.
— Por que você tem poderes demoníacos? Por que você escondeu isso de nós?
— Ei, Dartaul! Do que está falando?
— Vai me dizer que não viram os braços dele cobertos por uma coisa laranja?
Nightcrawler vira sua cabeça para trás. Trevor e Alayen parecem perplexos.
— Varmuda te deu alguma coisa?
— Não. Apenas a minha vida de volta.
— Ele não te deu a vida. Ele te tirou do limbo. Simples assim.
— E não é a mesma coisa?
Dartaul nem mesmo parece se assustar com a naturalidade do qual Suzio fala sobre o tal demônio. O detetive também não se sente intimidado pelo fato do jovem ter descoberto um de seus segredos mais sombrios.
— Veja bem. Ele é só a porra de um demônio. E eu não faço ideia do porque ele foi até você.
— Ele me pediu para te acompanhar, mas eu não quero saber disso. Eu quero saber o que diabos aquilo tem a ver com você! O que você é, Suzio?
— EU NÃO SEI!
O lugar fica em silêncio por algum tempo. Nightcrawler parece realmente irritado, além de frustrado.
— O que você pensa, Dartaul? Que eu fiz um pacto porque eu quis? Que eu queria esse poder, pois eu desejava ser poderoso? Eu nunca pedi por isso! Nunca pedi para ter essa essência demoníaca correndo pelo meu corpo! Eu fiz para sobreviver, fiz para agradecer aos meus amigos que me deram mais uma chance de viver! Pra fazer o que eu sempre quis! Você nem mesmo imagina quantas noites eu perdi em claro pensando nessa merda! Pensando se eu estava fazendo o que os meus amigos queriam ou se eu estava me aproveitando da morte deles para conseguir sucesso! Eu perdi tudo e todos os dias eu sinto medo de puxar mais gente pro buraco! De puxar tanto Lea quanto Rachel pra ele! Eu nunca me perdoaria por isso!
Nightcrawler se aproxima a passos nervosos. Dartaul parece um pouco surpreso, mas ainda indiferente.
— E agora você viu, não viu? Viu que eu puxei mais gente pra esse buraco de merda onde eu vivo? Viu seu companheiro morrer, não viu? Viu aquela jornalista morrer também, não é? Se pergunte agora se poderá voltar pra perícia depois de não comparecer mais por um mês! Você não atirou o cargo de paladino no lixo pra ser um investigador? Como vai conseguir agora, depois de ter trabalhado com alguém que metade do seu reino deseja ver atrás das grades?
O investigador arregala os olhos. Agora, ele parece ter sido pego de surpresa.
— Entenda, Dartaul! Esse poder não significa nada senão morte e azar! Ele me fez perder tudo e continua fazendo os outros perderem também! Seja lá o que aquele demônio filho da puta tenha falado pra você, ele não sabe de nada! Nenhum demônio sabe o que significa o sofrimento humano, e jamais saberá!
Nightcrawler vira-se e se afasta a passos largos. Dartaul está surpreendido, mas aquilo não parece tão novo para Trevor e Alayen. O trio fica em silêncio enquanto Nightcrawler some ao virar a esquina para subir a colina.
— Espero que tenha sido o suficiente pra você, Dartaul. Nightcrawler está a um passo da loucura. E eu até entendo o porquê disso. Segurando sentimentos ruins por tantos anos, sem derramar uma lágrima, deve ser o inferno. — Disse Trevor, cruzando os braços.
O capitão segue andando, aparentemente para seguir Nightcrawler. Alayen vai atrás, calado.
— Ele é o homem mais forte que eu já conheci. E se você quiser ser alguém melhor do que ele, terá que se esforçar bastante.
Os dois se afastam e somem. O sol se põe no horizonte. Dartaul, com a cabeça baixa, senta-se numa rocha próxima da colina, e repousa seu corpo sobre a parede rochosa logo atrás.
Mais uma vez, derrotado. Mais uma vez, sem saber o que fazer.
Próximo: Capítulo 22 – Nightcrawler II