E aí Iri, fico feliz que o capítulo tenha ajudado a melhorar seu dia. Quis dar uma suavizada na tensão da história, e creio que a partir de agora a ação frenética vai parar um pouco.
Obrigado pelo comentário e espere que goste desse capítulo também.
Mad Edge, rindo das pessoas chocadas pelo seu líder ter morrido logo depois de metade da cidade ter ido pro caralho. Não esperava isso de você.
Tive um certo esforço para intercalar essas três coisas no capítulo sem ficar forçado. Fico feliz que o resultado tenha sido positivo.
E claro, espero que goste desse aqui também. Obrigado pelo comentário e sim, vou precisar de sorte.
Pois bem, após terminar o texto das Justas, retomei este capítulo que já pensava em escrever tem algum tempo. Isso depois de escrever dois textos, praticamente.
"Porra cara, como tu consegue escrever tão rápido? Você é um robô?"
Meu amigo, meu nome é Carlos, vulgo Lendário. Não há nada nesse mundo que eu não possa fazer quando estou determinado.
E fiquem com o capítulo. Porra.
No capítulo anterior:
O trio chega a Carlin, onde descobrem que a rainha tinha sido morta e sua cabeça jogada no meio da cidade, criando o caos e o desespero por todos os lados. Nightcrawler, então, decide ir até uma amiga visitá-la, mas acaba irritando ela e fazendo-a atacá-lo. Entretanto, o ataque serviu para matar um rastreador que queria matar todos eles.
Capítulo 7 – Seguidos
Lea abaixa-se para analisar o montante de pó que pertence ao membro que tentou matá-los. As cinzas possuem uma leve tonalidade roxa, bastante peculiar a primeira vista.
— Sabe dizer o que é isso, Nightcrawler? — Indaga Lea, fitando-o com firmeza.
— Bem, olhando para isso, só posso confirmar minhas teorias. Ele deve ser quem eu pensei por um instante.
— E quem seria?
Nightcrawler abaixa-se também, analisando os restos de pó e pegando uma pequena parte, que se desfaz aos poucos do meio de seus dedos.
— Este membro se chama Toxi. O nome é semelhante a Rossi, permitindo que os membros lembrem-se rapidamente de quem ele é.
— Mas que criatividade de merda, hein. — Disse Borges, com uma sobrancelha levantada.
— Bem, eles não ligam para nomes bem elaborados, só pegam seus feitos e criam seus próprios nomes a partir daí. No caso, Toxi era um rastreador perito em venenos. Eles envolvem as mais diversas estruturas manipuláveis possíveis, que foi o que ele fez sobre a cidade... Impressionante que ele tenha feito uma simples bola de barro parecer a cabeça da rainha em tão pouco tempo.
Todos ficam perplexos. O mais impressionado é Ian, que observava tudo de trás de uma casa e decidiu sair logo ao ouvir o detetive.
— Espera aí! Quer dizer que a rainha não está morta?
— Oh, Ian. Achei que você nunca ia sair de trás daquela casa.
Ian engole em seco. Não imaginou que Nightcrawler rapidamente o rastrearia.
— Responda! Isso é verdade?
— Sim... É verdade. Toxi não foi só enviado para nos rastrear, ele também queria causar caos em Carlin e dar a facada final na cidade, a facada que ela precisava. Agora, se você seguir para o leste, vai encontrar centenas de pessoas tentando entrar em três navios capazes de suportar apenas trezentas pessoas juntos, junto de uma multidão fugindo para Ab’Dendriel ou tentando a sorte e fugindo para as Ilhas Geladas. De qualquer forma, Carlin já era. A Irmandade do Caminho de Sangue conseguiu matar uma cidade.
Todos ficam em silencio por algum tempo. Dartaul fica cabisbaixo, mais impactado do que os outros pelo que acaba de ouvir.
— Puta merda, hein. No fim não adiantou nada os thaianos se juntarem com as metidas a macho pra tentar limpar a bosta que fizeram aqui. To dando o fora, e você, Dartaul? — Disse Borges, olhando com certo desânimo para o jovem. Ele ainda está cabisbaixo.
— Ainda não. Preciso que Nightcrawler me responda alguma coisa. — Sussurra de forma irritada, mas ao levantar a cabeça, parece calmo.
— A vontade.
— Você se aproveitou de que o barqueiro ia vir aqui em Carlin, não é? Para se livrar de prováveis seguidores e ainda chamar alguém para substituir Trevor, pois você sabe que ele não sobreviveu a luta com os membros da Irmandade, estou certo?
Nightcrawler vira seu corpo completamente para a direção de Dartaul, focando-se inteiramente nele. Parece interessado no jovem investigador.
— Ora, ora. Então você não é apenas um coadjuvante que observa os principais fazendo os papeis importantes da peça.
— Não mesmo! — Disse, aumentando a voz — E eu inclusive consegui perceber que sua vinda pra cá causou esse caos sem limites que está acontecendo na cidade! É sua culpa Toxi ter enganado todas as pessoas sobre o estado da rainha!
— Nisso você está errado, Sr. Dartaul. Eu vindo ou não resultaria na mesma coisa. Não é de hoje que a Irmandade tem algo contra Carlin. Portanto, a bola de barro com gás ilusório já era algo planejado muito antes de pisarmos os pés aqui.
— E quanto aos assassinos sempre estarem aonde vamos? Não vai me dizer como que eles colocam alguma coisa para se transportar instantaneamente de um lugar para outro?
— Ah, espera ai, filhote! Acha que eu sei de algum caso deles se teletransportando de uma cidade pra outra? Isso é um absurdo, nem a magia tibiana é capaz de fazer isso!
— Pois deveria abrir mais a sua mente, Nightcrawler.
A voz desconhecida passa pelo meio deles como uma manada de elefantes. Seus olhos chegam ao limite e suas barrigas são forradas pelo frio. O primeiro a ter coragem para virar para o lado e ver de onde veio a voz foi Ian, confirmando que é um membro da Irmandade. Este membro possui o mesmo uniforme vermelho, a cobertura de manequim e a capa negra cobrindo boa parte do seu corpo, além de sua cabeça, com o capuz. No seu rosto coberto, há a mesma tatuagem tribal de um espírito, assim como no peito.
— Como... Você faz isso, Soulslayer? — Indaga com temor Nightcrawler, que finalmente, após tanto tempo, sente medo de verdade.
— Você tem a resposta, meu caro detetive mascarado. Lembra o que eu disse uma vez? Seu defeito sempre foi seu realismo. Aceite que vivemos em um mundo mágico antes que seja tarde demais, e aceite a possibilidade de existir magias, feitiços e conhecimentos desconhecidos o suficiente para fazer até mesmo alguém como você perder a lucidez.
O vento passa por eles, como um corte de uma lâmina. Quando este passa, a cabeça de Ian sai de seu lugar para encontrar o chão logo atrás de seu corpo sem vida, que ajoelha-se ao mesmo tempo em que ela cai. Tudo aquilo é visto por Dartaul, Borges, Lea e Rachel em câmera lenta, menos por Nightcrawler, que se recusa a olhar para o assassino.
Rachel berra e corre para dentro da loja. Os outros continuam imóveis, assim como Soulslayer, que nem chegou a sair do lugar.
— Antes que a vida parta de seu corpo, lembre-se de quem eu sou. E também, relembre-se do que eu também disse outro dia: Se voltássemos a nos encontrar duas vezes no mesmo dia, só um de nós dormirá e acordará no mesmo mundo.
Nightcrawler parece irritado e levemente trêmulo. Entretanto, ele se levanta e, nesse ato, Lea também se levanta, mas com um olhar determinado e sério.
— Você se acha demais, Soulslayer. Isso irrita, e não é pouco.
— Nunca me achei, mascarado. Apenas disse verdades e nada mais.
— Vou te falar, e com sinceridade: Eu te odeio. Você e sua Irmandade foderam a minha vida. Transformaram-na num inferno. Eu nem mesmo me reconheço mais. Eu podia acabar com tudo isso agora, mas não vou. Eu cheguei longe demais, não vou terminar este show tão cedo. Então, vamos continuá-lo, matador, agora é a minha vez.
Soulslayer abre um sorriso em sua máscara de madeira da mesma forma que antes.
— E como fará isso, se não possui nada que possa defendê-lo de mim?
— Engano seu. É que você não percebeu ainda.
Lea estala os dedos. O espaço a direita do encapuzado explode em fogo, em seguida a esquerda explode também. E, de repente, um míssil de fogo é lançado contra ele também da esquerda, que defende com uma adaga na mão esquerda. Quem lançou foi um Diabrete de Fogo, aparentemente invocado por alguém. E este alguém é Lea.
Soulslayer virou a cabeça levemente para o lado para ver o diabrete vindo até sua invocadora, para defendê-la lado a lado.
— Entendo.
— Isso aí, velho amigo. Carlin inteira é uma área de ação para Lea. Se você tentar fugir a pé ou até mesmo explodindo em sangue, como costuma fazer, você será atingido por uma magia dela do mesmo jeito, pois, querendo ou não, você está na área dela, e não pode sair tão facilmente.
— Então... Você sabia que iríamos atrás de você, decidiu vir para Carlin para matar o rastreador usando a professora feiticeira, recrutá-la e ainda usá-la para se defender de qualquer outro membro que viesse atrás de você?
Nightcrawler levanta os braços, deixando-os lado a lado do corpo e com as mãos folgadas. Uma posição de dominante.
— E aí, gostou?
Soulslayer treme um pouco, e quando menos se percebe, está rindo. Sua risada é pesada e assustadora.
— Genial, Nightcrawler, genial. Como esperado do detetive que foi mais além do que qualquer outra pessoa tentando nos investigar. Não é a toa que nunca conseguimos pegar você.
— Oh, obrigado pelos elogios. Vou até deixar você ir embora, dessa vez. Pense em mim na volta, mas não vá se apaixonar.
O assassino abre um sorriso maior ainda no rosto de manequim, dessa vez contendo o formato completo de uma boca com dentes sorridentes.
— HAHA! Pode deixar! — Responde, explodindo em sangue e desaparecendo.
Quando acabou, Lea desaba no chão e respira fundo. Rachel sai de trás das escadas, com uma bolsa cheia de runas cinzas com uma caveira negra desenhada no meio. Eram runas de Morte Súbita.
— Desculpe por isso, Lea. Mesmo. Não queria envolver você nisso.
— Tsc. Cale-se. Não pense que eu sou fraca como você para me acovardar frente a essa situação. — Disse, levantando-se e fitando-o com um olhar sério.
— Fico feliz por isso. É o que sempre gostei em você.
Lea sorri timidamente. Borges olha curiosamente para os dois, mas decide ficar calado.
— Ah, Crawler... Faz muito tempo que gostaria que você largasse a vida de detetive e parasse de se arriscar tanto. — Disse, de forma um pouco baixa, mas um tanto avoada, como se imaginasse muitas coisas. Ela pouco a pouco se aproxima de Nightcrawler. — Lembre-se que ainda estou te esperando aqui quando terminar tudo, ok? — Termina, por fim, com um semblante amoroso e suas mãos apertando as do detetive.
Dartaul e Borges se impressionam com o que estão vendo, inclusive Rachel, que deixa a sacola de runas cair no chão.
— Claro, Lea. Mas minha intenção aqui é que você me acompanhasse, afinal, você já está no meio disso...
— Infelizmente, não posso. — Disse, largando as mãos de Nightcrawler e virando de costas, enquanto cruza os braços — Eu preciso proteger Carlin. Se a rainha estiver, de fato, morta, eu preciso proteger essa cidade junto de Padreia até que a herdeira de Eloise venha tomar seu lugar.
— Mas... Eu preciso de um mago nessa jornada. Eu preciso de você.
— Que fofo ouvir você falando isso. — Balbucia, abaixando um pouco a cabeça com um sorriso tímido.
Nightcrawler bate a mão cerrada no peito e pigarreia, retomando sua posição normal.
— Er... Bem, preciso de suas habilidades. Você é a melhor maga que eu conheço para esse caso.
— Sinto muito. Mas, para compensar, há alguém bom o bastante para me substituir, e é um dos meus melhores aprendizes. Seu nome é Alayen, e está justamente pra onde você está indo.
— Bom, pelo menos há alguém para compensar sua falta.
— Então galera, não queria quebrar o clima, mas... E esse corpo aqui? — Indaga Borges, apontando para um Ian perecido.
— Estou impressionado que eu tenha evoluído o suficiente pra não ligar pra um corpo quase do meu lado. — Comenta Nightcrawler, olhando para o corpo, que está há alguns metros da entrada da loja.
— Eu também... Rachel, vá chamar Padreia. Ela deve ter algum druida para nos ajudar a dar um bom fim para este homem.
Rachel assente apressadamente e corre até o oeste da cidade, visando ir atrás da morada dos druidas de Carlin. Ou uma delas.
— Então eu vou voltar, Lea. Obrigado por tudo.
— Não há de quê, querido. E para encontrar Alayen, basta procurar por algum jovem com cabelos descabelados como os do jovem aqui, mas com uma espada nas costas e um colete.
— Uma... Espada?
— Isso aí. Até mais, rapaz. Vou dar um jeito nessa sujeira aqui também logo, logo.
Nightcrawler tira o chapéu e coça um pouco os cabelos, tentando pensar numa descrição boa para quem Lea se referiu.
— As vezes, eu odeio ser realista...
~*~
O navio já levantou sua ancora e içou velas, agora se encaminhando para Yalahar. Nightcrawler está na mureta à esquerda, observando o oceano. Borges e Dartaul se aproximam dele, visando alguma conversa.
— Estou impressionado que um maluco que nem você tenha uma namoradinha. — Começa Borges, com um olhar de ironia.
— Não é bem isso, mas tudo bem. Não é importante.
— Ah, cala a boca, chapéu de couro. Seja um homem e assuma que conquistou o coração de uma mulher linda, não é vergonhoso. Acredito que você seja humano o suficiente pra isso.
— Eu não sou humano.
— Huh. Babaca.
Borges se afasta para ir ao subsolo do navio, visando conseguir alguma bebida. Dartaul observa o horizonte com ele, enquanto continua cheio de dúvidas. Mas após enfrentar o detetive com argumentos fortes como os de antes, decidiu deixar isso de lado e seguir viagem calado.
Próximo: Capítulo 8 - Arsenal de Ratos
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