Parte 3
O pequeno intervalo de tempo que Ravina sumiu foi importante para que Ram notasse o rumo mais intenso da luta. Embora, achasse que os três queriam apenas ganhar tempo. Eles não poderiam lutar contra os inimigos, caso eles decidissem lutar seriamente. Assim, Ram teve uma ideia:
- Persie! Depósito – apontando seu dedo indicador pra os corredores.
Logo, Persie entendeu que seu amigo tinha um plano em mente, ainda que não soubesse qual era, resolveu confiar. Afinal, ele não poderia contestar, pois, Ophelia estava começando a se concentrar na luta, o que poderia indicar algo não tão bom para eles.
Subitamente, houve uma pequena fumaça próximo onde a família real estava e, Ravina reapareceu.
- Nós não somos simples cavaleiros, druida, você não pode nos deter, acredite! – assim, começou a aproximar o seu indicador esquerdo obliquamente o centro da testa, e seu punho direito cerrado transversalmente à cicatriz umbilical, logo, pronunciou um feitiço - Utito res “Dragonik Power”.
Ravina começou a brilhar, e era um intenso vermelho. Sua aparência também tinha se alterado, embora, não muito que desse a perceber. Um pequeno aumento no comprimento das orelhas, e um leve alongamento de suas unhas foram possíveis de serem notados. O mais especial da mudança, porém, foram sua força física e velocidade, que aumentaram bastante.
Ram não conhecia aquele tipo de feitiço. Apenas tinha visto as magias Utito Tempo, para aumentar a força de guerreiros e Utevo res, magia invocatória. Os magos daquela época aprendiam seus feitiços através das escolas e academias, todavia, Ram sabia que alguns mestres possuíam seus próprios ensinamentos e ficou curioso. A sua pequena distração, contudo, resultou em ação imediata de sua rival que correu em sua direção.
- Nunca viu invocação de poder mago? O que está tão curioso? – indagou
Ravina ao ficar cara a cara com Ram.
Após as palavras, uma explosão de poder o empurrou, e este caiu no meio do Hall Principal, próximos aos corpos petrificados de alguns membros da família real. Logo, Ram viu que não podia perder tempo; antes que a luta começasse a demonstrar os verdadeiros poderes de Ravina ele deveria agir. Então, levantou-se e seguiu para os corredores de onde ele tinha vindo para aquele lugar.
Como Persie já havia notado, ele apenas começou a segui-lo. Entretanto, foi surpreendido por Ophelia que conseguiu correr mais rápido que o próprio, parando-o.
- Sua luta é entre você e eu! Não se intrometa na outra batalha.
Ophelia reagiu com um golpe de seu calcanhar e Persie conseguiu evitar. Em seguida, ele a puxou pelo mesmo e a jogou a uma distância considerável. O feito lhe rendeu alguns minutos de vantagem sobre a rival.
Ao mesmo tempo desses eventos, Miluda e Elmdor começaram a lutar nas escadas. Como não tinha uma arma adequada para luta, ela segurava uma lança que conseguiu retirar da estátua ao seu lado. Elmdor, ao contrário, possuía arma própria, uma espada, a qual tinha algumas iniciais gravadas na sua lâmina, R.Z.H., vistas ao manejar sua espada. Aparentemente, ele estava brincando com Miluda, apenas evitando seus ataques. Ela, que parecia estar tomada pela fúria, continuava.
A luta se processou por mais alguns minutos, e se ouvia o encontro das lâminas pelas proximidades do Hall, inclusive de fora do portão principal, o que fazia com que os reforços ficassem mais intimidados a entrar no castelo. No entanto, Elmdor tinha um grande sorriso no rosto, e seu cabelo grisalho, caído sobre os ombros, também acompanhava a linha das órbitas o que até mesmo podia atrapalhar sua visão.
Os olhos de Miluda brilhavam com uma chama ardente pela vingança de seus pais, o que a tomava sua consciência, e toda a moral que havia tomado para si como lema. Isso despertou a atenção de seu adversário, que ficava mais satisfeito com o que via; como um parasita se alimentando do hospedeiro.
Quando finalmente ele decidiu encerrar com a brincadeira, ficou diferente, robótico, e curioso com o que estava vendo ou sentindo.
- O quê? (...) Não é possível que eu a encontraria nessas circunstâncias (...), afinal, Ela nos guiou a esse castelo esta noite para cumprir com o combinado, certo? (...) – pensou consigo.
Miluda notou a distração de Elmdor e se aproveitou do momento, como Ravina havia feito com Ram. Dessa vez, ela agiu rápido, desviando ataques “cegos” do conde e, acabou por encravou a lança na sua coxa, e afundando sua arma com a força que tinha, resultando em um gemido de dor. Em seguida, deu-lhe um golpe com a o membro inferior direito que atingiu a face da vítima, quebrando seu nariz.
As coisas para Ram e Persie estavam tomando rumos similares. Na correria Persie ganhou grande vantagem de Ophelia por ela estar se recuperando do golpe e conseguiu avistar Ram, e também Ravina.
Notando que ela estava mais concentrada no movimento de seu colega, para se aproximar dele, acompanhou o ritmo de Ravina sem ser percebido e, quando chegou próximo dela, deu um salto com ambas as mãos, finalizando em um pouso com as mãos sobre os ombros de Ravina, desmontando-a.
Enquanto ela se levantava ele conseguiu alcançar Ram e Ophelia a alcansou. E, continuou-se a correria pelos corredores até que Ram e Persie chegassem a porta do depósito selada com magia.
- Persie, fique aqui comigo e ao meu sinal saia do caminho do portão, espere que elas cheguem.
Então Persie compreendeu o recado. Ram queria usar a força das cavaleiras contra a magia do portão, e assim quebrando o feitiço e derrotando a magia dos magos da Red Corps.
Quando ambas chegaram ao local onde eles se encontravam, resolveram encerrar a brincadeira que se sucedia e acabar com a vida de ambos. E quando Persie e Ram notaram, continuaram em frente ao portão como se estivessem encurralados.
- Não há escapatória para vocês! Irão morrer aqui e suas almas se uniram a
Ela, aumentando seu poder. Ravina, este é o momento.
Então, elas uniram uma das suas mãos próximas à última costela e a outra acima da suas cabeças. Ambos os rostos se encontraram e se viu um flash por um momento, a intensa luz azul que emanava das cavaleiras acompanhou-se por um breve som “Tzzziumm!” e a pronuncia de um feitiço:
- Flarori Giga! – ouviram-se duas vozes ao mesmo tempo.
A intensa luz se reuniu no espaço entre as mãos que se encontravam mais distal e a face proximal de ambas, e logo após, foi lançada em direção aos cadetes.
Persie rapidamente notou o ataque, embora Ram tivesse paralisado. E jogando-se encima do seu amigo, empurrando-o, exclamou:
- Ram, cuidado!
O feitiço, então, chocou-se com o portão e um grande barulho de catastrófico ressoou em todo o castelo e fora, permitindo que os guardas que estavam no depósito ouvissem, embora não tivesse acontecido aparentemente nada com a porta, embora não se tivesse a mesma certeza em relação à barreira mágica da Red Corps.
Os guardas então forçaram novamente a porta para entrar, e esta, abriu-se normalmente. E, observaram Ravina e Ophelia, ainda na mesma posição, por um ou dois instantes, e então, elas desapareceram antes que a fumaça, a qual o feitiço provocou nos corredores, desaparecesse totalmente.
Elmdor e Miluda ouviram o acontecido. O conde, então, levantou-se cambaleando e resmungando:
- O quê? Ravina e Ophelia suas incompetentes! Miluda, essa batalha irá terminar aqui, venha comigo.
Ele se jogou no abdome de Miluda e a agarrou. Ela, tentando se soltar planejou alcançar sua lança, que estava um pouco longe e socou a cabeça de Elmdor. O conde então reagiu:
- Onerari Vid
Novamente, viu-se um grande Flash de Luz, dessa vez branca de onde Miluda estava. Não havia, no outro instante, mais nada se encontrava ali, exceto um pequeno objeto que reluzia naquele quadrado que se encontravam três escadas.
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