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Tópico: O Guardião do Martelo

  1. #1
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    Curtir O Guardião do Martelo - Revamped [atualizado 04/07/17]

    Em 2012 dei início a esta história, a qual não acabei, mais de cinco anos depois eu retorno para reescrevê-la e, quem sabe, dar um fim a essa jornada. Acompanhem.
    _______________________



    Na primeira primavera do reinado do Imperador Armak em Kazordoon, em 5923, a cidade sofre um terrível ataque dos ciclopes, o que resulta na escravidão e morte de todos os anões da cidade.
    O feito repercutiu rapidamente por todo o Tibia, desde o Reinado de Thais, que havia se expandido por quase todo o mundo, até as tribos de dworcs nas florestas de Tiquanda ficaram sabendo que a cidade que outrora foi o palácio dos anãos, a cidade dos metais e da forja agora estava sob domínio dos terríveis ciclopes.
    Junto disso surgiu uma lenda que dizia que um anão havia escapado ileso, carregando consigo o lendário Martelo do Trovão, mas nada havia sido comprovado até então.

    Capítulos Reescritos
    Capítulo I - Versão II
    Capítulo II - Versão II

    Capítulos Originais
    Capítulo I - A Canção do Bardo
    Capítulo II - O Incidente Noturno
    Capítulo III - Tempo Perdido
    Capítulo IV - A Marcha dos Bobos
    Capítulo V - Novos Horizontes, Parte I
    Capítulo VI - Novos Horizontes, Parte II
    Capítulo VII - Ancorando

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    Última edição por Zath Elfir; 08-07-2017 às 15:33.
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  2. #2
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    Padrão Capítulo I - A Canção do Bardo


    A antiga taverna do Karl, em Carlin, com suas paredes cobertas de musgo e sujeira estava bastante movimentada naquela noite. Lá estava gente dos mais variados tipos, um anão acompanhado de um alto mago, elfos de Shadowthorn, ogros exilados de Ulderek’s Rock, todos em busca de um novo estilo de vida em Carlin, além deles tinha um bardo, quieto, com a cabeça abaixada e com uma besta pousada sobre a mesa, bebendo tudo que podia ali.

    De repente o bardo se levantou, pousou a caneca vazia sobre a velha mesa de teixo. Era magro e baixo, com cabelos loiros e longos, muito parecido com um elfo. Ele pegou seu alaúde, e começou a tocar as primeiras notas. Um sol maior, passando para um fá, e em seguida um dó, uma harmonia estranha e desafinada, mas chamava a atenção de quase todos ali, então ele começou a falar.

    — Orcs! Escutem essa canção!
    Anões! Escutem essa canção!
    Elfos e ladrões!
    Creio que disso nunca se esquecerão!


    A pequena rima faz com que todos voltassem sua atenção para o bardo, inclusive o bisneto de Karl, antigo dono e criador da taverna, que se esqueceu de servir os clientes. Então o bardo começou a cantoria.

    Em um dia de festa
    cerveja de sobra
    pouca conversa
    um pega a harpa e começa a trova.

    A guarda distraída
    todos sob efeito da bebida.
    Um grito se escuta
    e então o povo se assusta.


    A música cessa por alguns segundos, o público começou a cochichar entre si, de repente o bardo começa um dedilhado muito bem executado e cada vez mais rápido, o ritmo ficou um pouco assustador e sombrio, quando o bardo começa a cantar novamente, mas dessa vez com uma voz gutural e assombrosa.

    Ciclopes! Atacando!
    Não há escapatória!
    A derrota é evidente,
    sem chance para a vitória!

    A guarda bêbada
    não presta para nada,
    e facilmente Kazordoon
    será tomada!


    Então a canção foi interrompida pelo anão que estava acompanhado pelo mago.

    — Pare já essa canção! Não conte essa mentira para as pessoas! — Disse o anão furioso.

    — Desculpe senhor, mas o que há de errado na história? — Perguntou o bardo confuso.

    — A guarda não estava bêbada e a cidade não estava em festa. Os ciclopes estavam sendo auxiliados pelo Basilisco! — Esclareceu o anão apressadamente.

    O bardo e todas as pessoas do local começaram a rir do anão. — E como podemos acreditar em você nanico, todos aqui sabem que todos de lá morreram ou foram aprisionados. — Disse alguém da multidão.

    O anão tirou um martelo brilhante da mochila e ergueu-o para que todos pudessem vê-lo. — Essa, meus amigos, é a verdade! Os ciclopes foram à Kazordoon por isso! Eu fui encarregado a proteger o martelo dos ciclopes! — Disse o anão, já sem paciência.

    — Então os boatos do martelo eram verdadeiros? O Martelo do Trovão realmente existe? Então isso quer dizer que você é Nevrok, o sobrevivente da lenda? — Perguntou o bardo assustado.

    — Quantas vezes eu terei que dizer que não há lenda nenhuma! — Disse o anão já perdendo a calma.

    O mago se levantou de onde estava e foi em direção à multidão. — Acalme-se Nevrok. — Disse o mago colocando a mão sobre o ombro do anão.

    — Sim, jovem bardo, a lenda é verdadeira, este é o Martelo do Trovão e este é Nevrok, o anão que escapou. — Esclareceu o mago.

    A multidão fica espantada e trocaram olhares ao saber que a lenda era verdadeira. Nevrok e o mago, aproveitando a situação, saíram da taverna para evitarem mais confusão.

    — Anão tolo! Que negocio é esse de levantar o martelo e bradar com todas as forças do seu pulmão que você é o anão da lenda e que os ciclopes estão atrás de você? — Xingou o mago, fazendo com que o anão se encolhesse.

    — Você sabe como são os anãos, quando bebem perdem o controle e fazem essas besteiras. Mas e agora Mirzig, o que faremos, minha cidade foi tomada, e logo os ciclopes virão atrás de mim! — Suplicou Nevrok.

    — Não só quando estão bêbados, não é, a sua gente é experiente e fazer isso. — Zombou o mago — Creio que deveremos dar algum jeito de reconquistar a cidade, e acho que esse bardo intrometido poderia ser útil! — Disse Mirzig indo em direção a um barril vazio e tirando o bardo de traz dele.

    — Desculpe senhor mago, eu fiquei tão atraído pela história de vocês, imagine quantas canções isso daria! — Disse o bardo animado e amedrontado ao mesmo tempo.
    — Me chame de Mirzig, não sou tão velho assim para ser chamado de “senhor mago”, atrás dessa longa barba branca e do chapéu pontudo há um espírito jovem meu amigo. Agora diga-me, qual o seu nome? — Perguntou o mago educadamente.

    — Karmin, Jonas Karmin, senhor ma.. senhor Mirzig. — Disse o bardo prontamente.

    — É um belo nome, você estaria interessado em acompanhar-nos para proteger o martelo e tentar resgatar a cidade? — Perguntou Mirzig.

    O anão Nevrok remexeu-se e cochichou para Mirzig: — Eu não confio nele, ele parece um elfo, e eu odeio elfos, acha que é uma boa idéia levá-lo conosco?

    O mago não deu resposta ao anão, já que era um mago, tinha completa razão que sabia o que fazia. O silêncio foi quebrado com a resposta do bardo.

    — Sim, é claro que eu aceito, será uma excitante aventura, e espero escrever sobre ela quando completarmo-la. — Respondeu Jonas.

    O trio se dirigiu a uma hospedaria a quinze passos ao norte dali, estavam cansados e precisariam de energia para planejar uma estratégia para reconquistar A Grande Velha.
    ______________
    O Martelo do Trovão, objeto carregado pelo anão Nevrok, refere diretamente ao item "Thunder Hammer", principal tesouro de Kazordoon, e uma das clavas mais cobiçadas pelos jogadores.
    A Grande Velha (The Big Old One) é na verdade o nome da montanha onde Kazordoon está situada.
    Última edição por Zath Elfir; 24-07-2012 às 23:52.
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  3. #3
    Avatar de Sombra de Izan
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    Padrão Martelo

    Lembro de ter lido essa história, uma martelo poderoso capaz de vencer o mais forte dos ciclopes, vai ser interessante sua história.

  4. #4
    Avatar de Lacerdinha
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    Citação Postado originalmente por Zath Elfir Ver Post
    Desculpe senhor mago, eu fiquei tão atraído pela história de vocês, imagine quantas canções isso daria! — Disse o bardo animado e amedrontado ao mesmo tempo.
    Simplesmente espetacular. Você escreve muito bem, e esse título + imagem falam por si só. Muito bem bolado, parabéns. Espero ansiosamente pelo próximo capítulo.

    Por quê você usa itálico nos diálogos? Fica meio estranho de ler... Mas não é nada tão sério. Sugiro que você deixe normal pra ficar mais agradável de ler.

    Fico pensando, o que o Navrok vai tramar agora.

  5. #5
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    Gostei

    Trazer canções a narrativa foi bem bolado.

    Que abertura maravilhosa.




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  6. #6
    Avatar de Elite Meth
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    É.. foi engano meu mesmo, haha..
    a historia ta legal,não entendo nada de redacção e pa, então não posso dar dicas sobre tal.Vi que ainda ta crua, não tem nada ainda mas indica o começo de um grande desenvolvimento acompanhando.
    Última edição por Elite Meth; 08-05-2012 às 15:36.

  7. #7
    Avatar de Zath Elfir
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    Spoiler: comentários

    Prosseguindo com a história.


    Aquela noite foi longa e fria na cidade de Carlin, o piar de uma coruja na madrugada acordou Nevrok que estava sonhando, suando e imaginando algum ataque, enquanto o mago e o bardo dormiam tranquilamente. Levantou-se e foi até a janela para pegar um pouco de ar fresco, estendeu-se para fora da janela e viu dois ciclopes, um pouco menores que o comum trajados de pesadas armaduras de prata, falando com o dono da hospedaria.

    Rapidamente o anão acordou os outros dois e ordenou que arrumassem as mochilas e saíssem dali o mais rápido possível.

    — Ainda é madrugada, nanico, deixe-me dormir. — Disse o bardo cobrindo-se e indo de encontro ao sono novamente.

    O mago levantou-se rapidamente, e perguntou ao anão o que aconteceu para acordá-los tão depressa e assustado nessa altura da noite, o anão simplesmente apontou para a janela. Mirzig dirigiu-se a onde Nevrok havia apontado e viu o motivo de tanto alarde.

    — Levante-se Jonas, ou virará café da manhã de ciclope. — Disse o mago assustando o bardo que se levantou de um salto.

    — Vamos, peguem suas coisas rápido e vamos dar o fora daqui. — Disse o anão atravessando a janela.

    Os outros dois seguiram-no pelo telhado frágil da hospedaria.

    — Será que vocês poderiam pelo menos me contar o que está acontecendo? — Perguntou o bardo indignado.

    — Silêncio, os ciclopes estão ali embaixo, aposto que estão a minha procura. — Disse Nevrok apontando para a rua.

    Os três seguiram a fuga dando passos mais silenciosos que uma lontra. Quando de repente o telhado desabou sob os pés do bardo, caindo exatamente na mesma sala onde os ciclopes estavam.

    Mirzig e Nevrok logo em seguida saltaram pela cratera aberta no telhado para a luta que agora era inevitável.

    Os dois mal caíram e já tinham armas às mãos, preparados para a briga com os ciclopes que já vieram empunhando clavas cravejadas, preparados para a batalha, que esperavam ser rápida e silenciosa.

    O bardo levantou-se com um pulo e escondeu-se junto do dono da hospedaria atrás de um barril de cerveja, tremendo de medo, nunca tinha visto um ciclope tão de perto.

    Um dos ciclopes avançou desengonçadamente contra o mago, e com uma força descomunal lançou o primeiro ataque, sorte de Mirzig que desviou facilmente, pois se fosse acertado iria passar o resto da vida delirando por causa do impacto.

    Nevrok avançou contra um dos ciclopes que parecia um pouco perdido por não saber de onde surgiram de repente tantas pessoas, o ciclope recebeu um golpe certeiro no joelho, chutando espontaneamente o anão para o outro lado da sala.

    — O que eles não têm de inteligência eles tem de força. — Disse o anão levantando-se.

    — Fechem os olhos. — Ordenou Mirzig.

    Sem entender muito bem, Nevrok, os outros dois medrosos e um dos ciclopes obedeceram a ordem do mago que levantou seu cajado emitindo um brilho ofuscante, que deixou um dos ciclopes cego por um bom tempo. Logo na sequência o bardo empunhou sua besta e disparou um dardo certeiro no olho do ciclope que obedeceu a ordem do mago.

    O anão foi em direção aos ciclopes e deu o golpe final a ambos, que caíram no chão com um estrondo que acordou boa parte da vizinhança.

    Nevrok se virou furiosamente contra o bardo.

    — Foi você não é? Você que informou a eles onde estávamos. Eu sabia desde o início que não deveria confiar em você. — Disse Nevrok apertando o pescoço do bardo.

    Jonas tentou falar algo, mas não conseguiu. O anão deu uma brecha e a voz do bardo, um pouco ofegante, pode ser ouvida.

    — Como eu poderia ter informado-os se eu passei o tempo todo com vocês?

    — Mas então quem foi! — Gritou Nevrok.

    O dono da hospedaria levantou-se de onde estava escondido, viu os dois ciclopes caídos no seu estabelecimento, deu um grito abafado e começou a falácia: — Eu vi um homem, ou seja lá qual criatura era, falando com eles antes de entrarem aqui.

    — O que? Conte mais sobre isso, como era esse homem? — Perguntou Nevrok virando sua atenção para o velho que falava.

    — Eu não pude ver muito bem, mas era muito pequeno e curvado, e estava usando um capuz preto. Lamento por não poder dizer mais nada sobre isso. — Disse o dono da hospedaria.

    — Acho que o melhor que temos que fazer agora é sair da cidade o mais rápido, quanto menos atenção atrairmos, melhor. Espero que isso pague os estragos. — Disse Mirzig pousando um saco de moedas sobre a mesa e andando até a porta.

    O anão nada disse, largou o bardo que seguiu os dois sem dizer nada.

    Os três seguiram em direção ao norte, na calada da noite, com a intenção de montar acampamento nas planícies e pensarem sobre uma suposta investida contra os ciclopes.

    Seja lá o que iriam enfrentar com certeza o último incidente era apenas uma pequena amostra.
    Última edição por Zath Elfir; 25-07-2012 às 00:01.
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  8. #8
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    Dois dias após o ataque a hospedaria um pequeno ser curvado e encapuzado entrou pelos portões de Bragor’ Hed (ou Covil de Brog no dialeto local), a montanha onde outrora foi Kazordoon.

    Ele se dirigiu a um dos guardas ciclopeanos falando num idioma rude e estranho, após os guardas trocarem olhares assustados, a passagem do visitante foi permitida.

    O visitante seguiu pelos corredores mal iluminados até onde era, antigamente, a sala do Imperador da Grande Velha, agora decorada com esqueletos humanos e armamentos pendurados à parede, sem contar a imensa quantidade de ossadas de peixes jogadas ao chão.

    — Salve grande Golark. — Disse o pequeno ser, tirando o capuz e revelando um rosto enrugado e deformado, muito parecido com um orc, porém não era verde, parecia mais com um humano que sofreu algum acidente de magias, levando em conta que apresentava alguns poucos cabelos grisalhos. — Trago-lhe novidades sobre o martelo. — Prosseguiu o visitante.

    — Aproxime-se, meu velho Dorghel. — Disse o ciclope que estava sentado ao trono. — E diga logo o que tem a dizer.

    — São péssimas notícias meu senhor, seus dois mercenários foram facilmente derrotados dois dias atrás, e o anão está acompanhado do mago Mirzig, o que piora ainda mais as coisas para o nosso lado. — Disse Dorghel ajoelhando-se perante o Imperador Ciclope que se levantou e soltou um grito de raiva, quebrando com uma das suas quatro mãos um crânio que segurava.

    — Não pode ser! O mago não pode estar vivo!

    Golark dirigiu-se a um de seus guardas ordenando: — Dorbok, chegou a hora, vá àquele prisioneiro resmungão da cela quinze e obrigue-o a iniciar a construção da máquina do tempo. Isso já se alongou mais do que deveria.
    Sem hesitar, o guarda retirou-se da sala apressado.

    — Quanto a você, Dorghel, quero que execute uma nova missão.

    ---

    — Já estamos caminhando há quinze horas sem parar nem para comer, como esperam que eu entre em batalha e vos ajude, se nem posso deixar meu estômago tranquilo. — Resmungou Jonas aos seus companheiros que seguiam caminhando a sua frente.

    De repente o mago parou de caminhar, olhou para os lados e disse: — Creio que aqui será bom para descansarmos por algumas horas. — Dirigiu-se a Nevrok dizendo: — Vá com Jonas rumo ao norte, a poucos passos daqui, lá, se não me falha a memória, há uma pequeno riacho, pesque alguns peixes e volte pra cá até o meio-dia, irei explorar um pouco as redondezas e acender uma pequena fogueira, até logo.

    O bardo e o anão pegaram suas mochilas e adentraram na mata densa e seguiram na direção indicada pelo mago. Ali realmente havia uma conexão com um riacho. Jonas agachou-se diante da água azulada e levou com as mãos um pouco a sua face.

    Nevrok tirou duas varas de pesca de sua mochila e entregou uma ao bardo. Os dois se sentaram à margem do rio e iniciaram a pesca.

    Minutos depois sem nenhum sinal de peixe, Jonas quebrou o silêncio tentando iniciar um diálogo com o anão.

    — Acho que não tivemos tempo o suficiente para conversarmos. Mas tem algo que eu ainda não pude assimilar muito bem, o que há de tão especial nesse martelo para o ciclopes quererem-no tanto?

    — É uma longa história, mas acho que teremos tempo o suficiente para contá-la até duas vezes. Tudo começou eras atrás, mais precisamente em 744, o império de Kazordoon esta dando os primeiros passos. Estavam começando a ganhar prestígio no mundo com a forja e a cerveja. Mas algo terrível aconteceu. — Nevrok abaixou a cabeça e coçou os olhos, disfarçando a emoção de relatar a história do seu povo, agora extinto. — Os ciclopes atacaram as minas e aprisionaram uma grande quantia de anões que lá estavam, em sua grande maioria eram brilhantes ferreiros e metalúrgicos, ótimos trabalhadores que levaram consigo para o túmulo o segredo de grandes construções e armamentos, e levaram-nos para a sua própria montanha, o Monte Esterno. Eles ficaram aprisionados lá por anos sem que o Imperador tentasse regatá-los. Mas um anão em especial, chamado Kazrad, conhecido por ser um herói da época foi até onde eles estavam aprisionados. — Disse Nevrok com um certo brilho nos olhos.

    — Brandindo seu martelo, Kazrad dilacerou todos os ciclopes que apareciam no seu caminho, e levou os prisioneiros para uma grande fuga para a liberdade. Porém algo saiu errado. Na tentativa de fuga os anões acabaram emboscados em um beco sem saída, de um lado o exército ciclope em peso, de outro uma grande parede que impedia a passagem, lutar seria suicídio, pois só contavam com o martelo de Kazrad como armamento. Tudo que restou para os prisioneiros foi rezar, e foi aí que a esperança ressurgiu, Durin, o meu deus e de todos os anões abençoou o martelo de Kazrad, que emitiu uma brilhante aura avermelhada. O herói brandiu o martelo e quebrou a parede que impedia a passagem, libertando assim todos os prisioneiros. — Disse Nevrok, que levantou o martelo e completou: — E esse, meu amigo, é o martelo que esta história conta, ele está na minha família a gerações, este é o Martelo do Trovão.

    — Então isso explica tudo! Ei! Veja só, é o nosso primeiro peixe. — Disse Jonas retirando o peixe do anzol.

    E os dois continuaram pescando por horas e horas, até que chegou o momento de se reencontrarem com Mirzig, onde comeram a primeira refeição desde o incidente na taverna.
    __________________________
    Os mercenários, citados no texto, não existem realmente no jogo, mas na história eles são o equivalente aos Ciclops Smith do jogo, mas mais equipados, como se fizessem parte da guarda ciclopeana.

    Levando em consideração que a trama se passa no futuro, e que os Dwarfs da classe Technomancer estão sempre buscando inovações tecnológicas (vide o NPC Talphion), pode-se estipular que eles tenham adquirido conhecimento para uma máquina do tempo ser desenvolvida.
    Última edição por Zath Elfir; 25-07-2012 às 00:12.
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  9. #9
    Avatar de Death Killer
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    Gostei, cap fico legal agora fora uns erros básicos desenvolva a historia.
    As circunstâncias do nascimento de alguém são irrelevantes; é o que você faz com o dom da vida que determina quem você é. (Pokémon - O Filme).

  10. #10
    Cavaleiro do Word Avatar de CarlosLendario
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    Comecei a ler hoje sua historia.



    Poxa vc escreve bem.
    A historia está ótima, muito interessante. Mas afinal, em que ano tibia está? Afinal, 5000 e pokos e longe viu...


    E também agora sei donde vem aqueles "hail durin!" dos anões...

    Espero proximo cap.

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