Fala @
Angel of Darkness , quanto tempo. Vai tomar chifrada também.
Pra não dizer que não falei de COVID e me apagarem tambem, como tá aí na sua cidade, quarentena sendo respeitada?
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Postado originalmente por
Don
Eu não sei se é só burrice não, eu duvido que o Lula assumiu planejando corrupção ou que o Bolsa assumiu planejando colocar os interesses dele e da família na frente do Brasil, o que me parece é que ambos não tinham o menor preparo pra receber um poder tão grande e acabaram corrompidos por ele (ou podemos citar tambem aquele "Dê poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é"). Claro que, como você disse, cometer esse tipo de coisa não é exclusividade de gente simples, mas acho mais seguro escolher alguém que ja teve algum poder e trilhou um caminho reto, do que pegar um qualquer e tentar a sorte.
Você tem uma certa razão. Mas o problema maior é que o PT e a corrupção do governo fuderam tanto a cabeça das pessoas que elas passaram a se concentrar apenas na corrupção como uma questão legal, se esquecendo de analisar a corrupção no aspecto ético. O problema é que o aspecto ético da corrupção é o pai do patrimonialismo.
Então criou-se um tipo de político que não comete corrupção, legalmente falando, mas que comete falhas ética evidentes. Por exemplo, não é ilegal o cara nomear como assessor quem ele quiser, é cargo de livre nomeação, tá na lei. Mas será que é ético o cara
nomear assessores que não trabalham só por serem da família ou
por favor a amigos? Pode ser legal o cara nomear um amigo para um cargo estratégico, mas será que é ético quando esse órgão precisa de independência? No final das contas, tem interesses públicos e dinheiro público envolvido, não deveriam existir desvios de finalidade desse tipo na política se o objetivo fosse o bem da população.
Ou seja, as questões legais nem deveriam ser discutidas. Crime é crime. Agora, essas questões éticas são o ninho do patrimonialismo no Brasil. É a brecha no sistema que os políticos sempre utilizaram (e, propositalmente, criam) para utilizar o Estado como se fosse deles. O foda é que o Bolsonaro conseguiu fugir desses questionamentos éticos todos e sair com a pecha de "o mais honesto", sem nunca ter sido exemplo ético para nada. Agora a gente vê que honestidade não está apenas em não cometer ilegalidades. O Bolsonaro pode não cair, pode não ser condenado por crime. Mas é impossível alguém dizer que ele é um cara correto.
P.S.: Quando eu digo corrupção legalmente falando, levo em consideração a questão da condenação. Algumas atitudes do deputado Jair Bolsonaro e dos outros filhos como figuras públicas podem sim serem encaixadas em acusações formais de ilegalidades. Mas, pelo menos até o momento, nenhuma virou realmente uma condenação. Isso não quer dizer que sejam inocentes, apenas que a justiça ainda não os considerou culpados.