Após finalizar, com sucesso, A Voz do Vento, trago mais uma história para a Seção Roleplaying. Essa, eu prometo, será bem mais curta que A Voz do Vento foi anteriormente (até porque trabalhar mais 5 anos em outra história seria complicado demais para aquela que vos escreve). Sem maiores delongas, apresento a vocês:
Behogár Bradana A Caçadora que Corre Milhas
Em Gaélico, a palavra 'Behogár' denota proteção, caminho, e, muitas vezes, um grito de guerra. Behogár é entoado por aqueles que precisam de força em suas horas de maior fraqueza, orgulho em suas horas de maior descrença e luz para se embrenhar nas matas mais escuras. 'Bradana', por outro lado, é uma palavra de significado muito mais humilde: salmão. Sendo dessa forma, como poderia alguém com um nome tão humilde, tão simples, poder aspirar à grandeza, proteção, a 'Behogár' de alguma forma?
Esse tópico é a história de minha personagem Bradana, de Beneva. Assim como n'A Voz do Vento, personagens e pessoas reais que fizeram parte da trajetória dela aparecerão aqui; como sempre, o feedback de vocês é totalmente aguardado! Me ajudem a seguir com a história xD
they see me rollin
they hatin
patrolling they tryin to catch me ridin dirty
tryin to catch me ridin dirty
tryin to catch me ridin dirty
tryin to catch me ridin dirty
Aguardo ansiosamente pelos capítulos, vamos ver o quanto Bradana vai render
We bury what we fear the most, approaching original violence, is the silence, where you hide it? 'Cause I don't recognize you anymore ---------------------------------------//------------------------------------------------------------------------------------------//--------------------
Aguardo ansiosamente pelos capítulos, vamos ver o quanto Bradana vai render
Motion <3
Espero que goste xD
Abração!
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Spoiler: Bônus Musical
Prólogo
Meu pai dizia que, quando ele fugiu e casou com a minha mãe, ele o fez em um local sagrado, onde se sentiu protegido pela primeira vez desde que saíra da segurança das montanhas. Quando se pertence a uma raça que não aceita muito bem estrangeiros e desertores, ficar privado dos túneis em que costumava andar torna-se um grande tormento.
Papai dizia que, quando mais novo, ele achava que seus caminhos sempre resultariam em grandes aventuras. A maioria acabou não dando muito certo. Na verdade, para alguém dedicado uma vida inteira à caça de criaturas fantásticas, seguindo ao máximo o juramento dos Comedores de Dragões, mal sabia ele que a maior de suas aventuras estava por vir.
E foi uma grande tristeza quando ele percebeu que ela duraria tão pouco...
Mesmo assim… Uma parte dela sobrou: eu. Junto àquele restante de verão que se seguiu, que, para meu pai, foi mais frio do que deveria ter sido, e mais agitado do que ele achou que seria...
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O Prólogo é curtinho, mas entreguei para não demorar muito a dar entrada na história xD
Bom demais acompanhar mais uma obra sua aqui, Iridium, e dessa vez desde o comecinho
Gostei do prólogo. Curtinho, mas já trouxe algumas dúvidas e aquele gosto de quero mais. Ver que Bradana tem relação com os dwarves foi ótimo, porque eu adoro eles (principalmente os dragoneaters). Não dá pra saber ainda o quão diferente essa narração será em comparação com a história de Ireas, mas com certeza a qualidade dela também se mostrará presente aqui.
Isso aí, ansioso pelo começo dessa aventura xD
Abraço!
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Demorei, mas retornei com capítulo novo! Ando um pouco desanimada do Tibia por conta de umas mortes chatas que eu tive, mas pretendo voltar em breve, mais animada e disposta! Ainda atualizarei o L.T. e espero que vocês visitem ambos tópicos mais vezes xD
Vamos ao comentário do @Edge Fencer, que prestigiou o prólogo:
Spoiler: Respostas aos Comentários
Postado originalmente por Edge Fencer
E aí!
Bom demais acompanhar mais uma obra sua aqui, Iridium, e dessa vez desde o comecinho
Gostei do prólogo. Curtinho, mas já trouxe algumas dúvidas e aquele gosto de quero mais. Ver que Bradana tem relação com os dwarves foi ótimo, porque eu adoro eles (principalmente os dragoneaters). Não dá pra saber ainda o quão diferente essa narração será em comparação com a história de Ireas, mas com certeza a qualidade dela também se mostrará presente aqui.
Isso aí, ansioso pelo começo dessa aventura xD
Abraço!
Edge! <3
Malz a demora! Fico feliz que tenha gostado, e estou ainda mais contente que seja do seu agrado a temática dos Anões xD
Já te adianto que pretendo fazer dessa história mais light, mais alegre. A Bradana também tem a dose de tragédias dela, mas quero algo menos triste do que a história do Ireas foi. A Voz do Vento foi incrível, mas não estou, atualmente, em uma vibe para fazer algo triste e sombrio sem acabar me entristecendo no processo. Behogár Bradana é para me trazer mais tranquilidade e paz nessa reta final de faculdade e tal. Ainda assim, espere por ação, caçadas, tretas engraçadas, cerveja e muita música celta ou folk (parece um clipe do Korpiklaani, só falta a rodinha no mato com os animais SHAUSHAUSAHUSHUSHAUSHUHS)!
Enfim, espero muito que goste!
Abração!
Sem mais delongas, o Capítulo de hoje!
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Spoiler: Bônus Musical
Para começarmos os trabalhos, recomendo:
Capítulo Um — A Filha de Dois Mundos
As asas do Dragão alçam voos altos e levam a sonhos impossíveis.
Dia chuvoso nos Campos da Glória; a chuva caía em finos e insistentes fios, em uma garoa que deixava aquela estação estranhamente fria. Em uma colina, próximo a um círculo de enormes e mágicos menires, havia uma caverna abaixo dos pés do sacerdote Humphrey, entretido demais com a chuva para dar qualquer atenção a outros peregrinos e transeuntes da região.
Nessa caverna, habitava uma pessoa. Uma moça de menos de um metro e sessenta de altura, com quadris largos, coxas grossas, braços com leve tônus muscular, com a pele em um tom levemente queimado de sol, com sardas bem pronunciadas no rosto, cabelos ruivos, cacheados, curtos e com uma mecha mais comprida, na altura dos ombros, atada em uma grossa trança presa por uma tira de couro marrom. Ela dormia um sono um pouco ruidoso, mas aparentemente tranquilo.
E eis que os céus fizeram-se ouvir, com o relâmpago cruzando as nuvens escuras e sendo seguido pelo ronco celeste que despertara até mesmo a moça que outrora dormia em seu refúgio escuro; sobressaltada, seus olhos castanhos com um anel interno azul investigaram o local rapidamente, a fim de encontrar algum sinal de familiaridade em meio à umidade e escuridão.
— Caraca… — Falou a moça, de voz forte e intermediária, nem muito aguda, tampouco muito grave. — Os deuses querem derrubar o mundo inteiro em nossas cabeças…
Com um suspiro, a ruiva sentou-se no chão e cruzou as pernas, olhando para o ambiente ao seu redor; sua fogueira ainda ardia em brasa. Sua mochila cinzenta, um pouco empoeirada pelo uso, estava perto dela, e abarrotada de comida.
— Vejamos… — Pensou a garota, passando levemente as unhas pelo queixo, reflexiva e sonolenta. — Vai demorar para a chuva passar... Melhor eu aproveitar para passar o tempo e ler um pouco mais… É chato, mas… Talvez papai tenha deixado algo para mim… Sei lá.
A garota alinhou a coluna, ajeitando a postura e apoiando as costas na parede mais próxima da fogueira, pegou a mochila empoeirada, dando uns tapas nela para que o pó saísse, abriu-a e pegou duas cartas que lá estavam, e abriu a primeira. A carta estava escrita em uma linguagem mais rudimentar, com um sistema de signos que não eram comuns aos humanos, mas comuns a essa garota em específico.
“Bradana, minha pequena caçadora,
Filha minha, eu lamento pela minha ausência. Lamento não poder estar perto para comemorarmos seu aniversário; sinto tanto, minha filha, pela doença que devora meus ossos e mata a minha vontade. Quando você ler essa carta, suponho que será seu aniversário de dezoito anos, então eu vou contar algumas coisas que você provavelmente não sabe sobre mim, sobre sua mãe e sobre você mesma.
Primeiro de tudo, você não é humana, e também não é anã. Você é um híbrido, uma mestiça. Você jamais chegará à altura que sua mãe teve em vida, seus um metro e setenta e poucos de altura, e não terá uma constituição tão delgada quanto ela teve. Provavelmente, você sairá mais parecida comigo, com pernas e braços mais grossos e mais baixa. Você certamente passará de um e quarenta. E eu espero que a Terra seja benevolente e nunca, NUNCA DEIXE VOCÊ TER BARBA. Sua mãe era linda sem pelos faciais e você também é e espero que seja para o resto de sua vida. Você tem o melhor dos dois sangues, das duas raças… Mas também pode ter o pior de ambas.
Diferente da maioria dos anões, você corre milhas. Você aguenta correr longas distâncias sem se cansar tão rápido, e nada sob as águas muito melhor do que jamais um anão nadará na vida. Além disso, você sabe que sua visão funciona melhor na escuridão das cavernas e que o calor da terra te abriga e te conforta muito mais que o relento da superfície. Você sabe trabalhar a terra e o metal muito bem, melhor do que a maioria dos humanos, mas não com o mesmo refino que muitos tem em Kazordoon.
Junto aos humanos, você verá que é mais forte, mais resistente e talvez mais impulsiva que a maioria. Você verá que suas emoções são mais intensas que as deles em geral, independente do sentimento que te carregar. Mas, você terá muito mais consciência disso em seus poucos anos de vida do que eu jamais tive a vida inteira. Precisei amar sua mãe para entender isso tudo.
Em muitos momentos na sua vida, filha minha, você sentirá algo que nós não costumamos sentir: insegurança. Você ficará insegura com a sua aparência, com seus modos e suas manias diante dos humanos. Entenda: seus sentidos são melhores que os deles, mas temos muitas falhas quando se trata de política. Humanos são melhores na arte da lábia e da manha do que nós, mas somos combatentes mais apaixonados que eles.
Meu maior medo, minha filha, é que você tenha herdado de mim a longevidade dos anões: nós vivemos o dobro, talvez o triplo de tempo que os humanos vivem. Isso significa que você terá que aprender a lidar com a morte de entes queridos e com o envelhecimento do mundo ao seu redor enquanto o tempo passa mais devagar para você. Pequena caçadora, aprenda a sentir luto. Aprenda a chorar, a lamentar, a negar, a barganhar, sentir raiva e seguir em frente. Não ignore nenhum desses estágios do luto. Não faça como eu fiz diante do leito de morte de sua mãe. Eu usei a caça e seu treinamento para ignorar partes do meu luto, da dor incurável que senti quando meu sol e minhas estrelas* foi arrancada de mim antes que eu pudesse levá-la a todos os locais que prometi.
Eu, Mikhail Barbarruna, fui membro da Irmandade dos Comedores de Dragões. Por anos vivi minha vida atrás de incessantes aventuras, de histórias impossíveis e de locais nunca antes vistos. Eu consegui muitas dessas coisas. No meio disso tudo, veio a minha maior aventura: sua mãe, Eleanor, e você.
Eleanor largou tudo por mim. Ela era uma amazona, uma mulher livre. Behogár. Um dia, você vai entender o significado dessa palavra. Eu costumava contar para você que sua mãe morreu de doença. Hoje, em meu leito de morte na cidade em que nasci, tenho todos os motivos do mundo para acreditar que não foi assim. Eu tenho quase certeza em meu coração aventureiro que a morte de sua mãe foi planejada por alguém.
Ainda assim, esse delírio, essa certeza que carrego a ferro e fogo em meu coração… Pode ser apenas reflexo da febre que agora tomou conta de mim. Hoje é um dia muito importante… Quando você ler essa carta, terão se passado dezoito verões da continuação da maior aventura da minha vida, e vinte e um verões de quando aceitei essa jornada maravilhosa que foi ser o marido de sua mãe e seu pai.
Estou doente, mas meu coração ainda anseia por mais uma aventura. Espero me recuperar em breve. Eu durmo em Kazordoon, no Quartel Militar, à espera de um milagre para acabar com essas dores. Não se preocupe, minha pequena caçadora: vaso ruim não quebra, e esse vaso ainda é novo… Esse vaso que atende pelo nome de ‘seu pai’ tem apenas sessenta e três anos, e ainda quer viver para ouvir mais sobre suas caçadas e, um dia, quem sabe, ser parte delas de novo.
Feliz aniversário, filhota. Beba muita cerveja (mantenha-se SEMPRE hidratada) e cace bastante por mim. Estaremos juntos em breve.
Com amor,
Paizão Mikhail.”
****
(Narrado por Bradana)
Sou péssima nisso.
Péssima. Sempre fui ruim em contar histórias. Prefiro que minhas flechas falem por mim. Escrevo mal e me expresso mal na maior parte do tempo, mas é o que temos para hoje, pelo visto.
Fiquei um tempo olhando para a carta de meu paizão para mim; eu me lembrava pouco de minha mãe, pois ela morreu quando eu era tão criança… E, mesmo que ele tenha me deixado chorar tudo que tinha para chorar, ele nunca se permitiu o mesmo, o que fez com que eu engolisse minha tristeza e meu choro.
Comecei a sentir meus olhos marejarem, e logo comecei a procurar por algo para distrair minha cabeça. Achei três garrafas de cerveja e abri uma delas, pronta para bebê-la. A segunda carta, que tinha o nome de minha mãe escrito no envelope, eu guardei. Não queria ler aquilo naquele momento. Aproveitei para tirar um pouco da carne que havia reservado para assar e acompanhar a cerveja. Espetei o naco em um graveto de madeira e segurei-o pouco acima do fogo, com a mão esquerda, enquanto bebia a cerveja com a mão direita.
Metade anã, metade humana. Metade amazona, metade Comedora de Dragões. Apesar das suspeitas do meu pai, sorri. Quem poderia dizer que eu não era sortuda? O homem mais difícil com uma mulher que nunca poderia ser domada… E eu saí como resultado. Talvez haja um motivo maior… Ou tenha sido uma bela coincidência.
De qualquer maneira, dei de ombros e mordi a carne suculenta e assada ao ponto perfeito, casando perfeitamente com a cerveja escura e forte que eu estava tomando. Cerveja é néctar da montanha. A gente não desperdiça por nada nesse mundo. E carne é alimento da alma. Também não dá para largar.
Decidi que esperaria a chuva passar com aquele banquete, pois a palavra de pai e mãe a gente respeita. E, se o paizão falou para eu beber por ele, beberei por ele.
Continua….
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Glossário:
(*): Inspirado em Game of Thrones; na linguagem dos Dothraki, era a maneira como Daenerys Targaryen e Khal Drogo referiam-se um ao outro.
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E é isso aí, povo! Aguardo o feedback de todos! Até o próximo capítulo!
they see me rollin
they hatin
patrolling they tryin to catch me ridin dirty
tryin to catch me ridin dirty
tryin to catch me ridin dirty
tryin to catch me ridin dirty
Excelente começo, Iridium. Não deu pra deixar de notar que, assim como na Voz do Vento, os capítulos iniciais trouxeram a personagem principal se deparando com uma carta de um dos seus pais. A semelhança para por aí, entretanto: dessa vez quem morreu foi a mãe, e o pai parece ser gente boa (não que seja muito difícil ser melhor que Esquecimento, né...). Sem contar que ele recomenda pra filha se manter hidratada sempre com cerveja. Por isso adoro os anões kkkkk.
Tendo agora um capítulo pra usar como base, deu pra notar mesmo que a história vai ser mais leve. Dá pra ver pela própria escolha das palavras e, principalmente, pela forma como a Bradana narra a história. É uma outra face da sua escrita que vai aparecer por aqui, e tenho certeza que será muito bom acompanhar o desenvolvimento dela.
Vamos ver agora o que Bradana vai aprontar na sequência. Espero que o Mikhail se recupere e junte-se a ela nas aventuras que irão surgir. Isso tem tudo pra gerar cenas emocionantes e bem cômicas também
É isso aí, gostei bastante do início. Se a primeira impressão é a que fica, já afirmo que isso aqui vai ser bom demais!
Belo começo. Creio que dessa vez eu não senti nenhuma semelhança com sua história anterior. Acho que o clima aqui é outro, e que será menos turbulento e conflituoso que o que Ireas precisava lidar.
Achei interessante a personagem de início, uma mestiça. Quero ver como ela consegue se virar no mundo dos humanos. Também gostei do pai dela apenas pela carta. Mandar a filha se manter hidratada com cerveja é certamente algo vindo de um bom pai(Ou não).
Olár, procrastinei de mais essa lida no capitulo, but here i am.
Como o pessoal ai em cima já foi bem incisivo em relação as qualidades do primeiro capitulo, eu vou falar de forma bem simples.
Gostei bastante da "vibe" diferente do que era em "A Voz do Vento". Me parece ser um personagem interessante, um mestiço de anão e humano, já que os anões tem uma personalidade bem diferente dos humanos.
Gostei também do simples fato do pai dela ser super atencioso, espero que esta enfermidade dele não o mate T.T
Já estou interessado e aguardando o próximo capitulo
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