Saudações!
Hoje é dia... DeMariaBehogár Bradana! A estação se encerra hoje! O Verão está acabando, mas o Outono logo vem! Perdoem o atraso de dois meses (!!!), mas as coisas ficaram BEEEEEM complicadas aqui...
Vamos aos Comentários (que foram muitos, yaaay!):
Spoiler: Respostas aos Comentários
Sem mais delongas, o Capítulo de Hoje!
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Spoiler: Bônus Musical
Capítulo Cinco — O Sonho Interrompido
A Estação está acabando…
O Basilisco, ou ao menos sua suposta visão, encheu de pânico o coração de cada Humano e Anão que habitava Kazordoon. Por semanas a fio, inúmeras operações de busca foram feitas no território do Império de Kazordoon, onde cada pedra e cada canto escuro foram vasculhados em busca da mítica cobra capaz de petrificar qualquer coisa com o olhar.
Nada. Nem escamas, em sangue, tampouco sombra. O Basilisco, se é que ele um dia aparecera na cidade, sem ser algum tipo de farsa de algum Geomante, sumiu sem deixar rastros. O pior disso tudo era saber que, caso a criatura fosse real, seu esconderijo ainda era um mistério.
Havia chegado o momento, finalmente, de Bradana reclamar seu lugar em meio a uma das Irmandades dos Anões. Na tenda de Tezilla, que um dia foi a casa em que Mikhail viveu com Eleonor, o Comedor de Dragões falou a Bradana sobre o porquê de seu semblante não gerar tanto estranhamento quanto deveria, especialmente para uma raça desconfiada e um tanto xenófoba.
— O motivo de os demais não estranharem você é pelo seu Batismo de Escamas, meu anjo.
— Como assim, paizinho? — Indagou a moça metade anã, metade humana, intrigada.
— Cada Irmandade, como você sabe, abraçou algo como símbolo. — Mikhail continuou, colocando algumas coisas sobre a mesa. — Os Machados Selvagens, obviamente, usam seus machados, em geral cruzados, dessa maneira. — O anão fez um rabisco de dos machados de lâminas duplas cruzados um sobre o outro. — Eles são os guerreiros de nossa gente, guiados pelo aço e fúria. Não gostam de magia.
Bradana assentiu, ouvindo atentamente; Mikhail seguiu em frente com seus dizeres.
— Os Rochas Derretidas usam a rocha desintegrada, ou unida novamente, pelo magma como símbolo. — O anão desenhou um rio com pedaços de rocha em meio a ele, dando a entender uma cisão de um todo maior ou a colagem das peças por meio de fogo. — A maioria deles é adepta às forças das profundezas, aprendendo a domá-las por meios mágicos. Em suma, os Geomantes e Piromantes costumam ser filiados a essa Irmandade.
— E a sua Irmandade, paizinho? — Indagou a moça, começando a entender. — E os Comedores de Dragões?
Mikhail abriu um largo sorriso e bagunçou os cachos ruivos de sua filha mestiça, sempre tão curiosa e determinada, como uma caçadora incansável. Ele pigarreou um pouco antes de seguir com suas explicações, tentando deixar sua voz o mais limpa possível.
— Nós, os Comedores de Dragões, exploramos. — Falou o Anão, começando o desenho de uma majestosa e assustadora fera alada e cuspidora de fogo. — O primeiro de nossa Irmandade, como dizem as runas, ficou conhecido por encontrar o esconderijo de uma dessas criaturas e matá-la sozinho, com as próprias mãos, e usar seu couro e suas escamas na criação de novas peças de armaduras e armamentos para continuar suas explorações.
— Uau! — Disse a moça, com os olhos arregalados e brilhando de surpresa e fascínio. — Um dragão… E com as mãos nuas… — Repetiu para si mesma, olhando suas próprias mãos, fantasiando sobre a história.
— Os Dragões podem ter a terra e os céus em suas patas. — Continuou Mikhail, sorrindo contente. — Suas asas são poderosas e lhes dão vôo livre, enquanto que suas quatro patas poderosas os ajudam a correr pela terra como se não houvesse obstáculos. — O desenho estava quase completo no chão, e Bradana voltou seus olhares para ele. — Essas feras míticas já governaram Tibia em tempos antigos, antes de nós andarmos sob as montanhas e os Homens caminharem pela superfície. Por isso, escolhemos e adotamos o Dragão como símbolo.
— Oh…. — Replicou Bradana, fascinada, encarando o desenho por um longo tempo com seus olhos sempre tão curiosos.
“Um dragão… É uma fera tão forte, tão rara… Será que serei capaz de abatê-la algum dia? Assim como fizeram os caçadores que vieram antes de mim?”. Devaneou a garota, perdida em seus sonhos de caçada.
— Tibia para Bradana! — Mikhail falou um pouco mais alto, passando a mão em frente ao rosto da filha distraída. — Tibia para Bradana!
— Ah! — A menina assustou-se, olhando para Mikhail com um pouco de vergonha, voltando à realidade. — Errr…. Desculpe, me distraí!
— Não tem problema, filhota… — Riu Mikhail. — Mas, diga lá… É fascinante, né?
— Sim, sim… — Suspirou a menina, ainda fascinada e se recompondo de sua imaginação. — E esse papo de batismo, paizinho? — Retomou a garota. — Como funciona?
— Quando você nasceu, Bradana, eu me encarreguei de te iniciar nos Comedores de Dragões. — Replicou Mikhail, um pouco mais sério. — Todo Anão e Anã, quando nasce, é iniciado na Irmandade de sua família, para mostrar que é parte de nossa sociedade. Mas, depois da maioridade, esse mesmo Anão ou Anã é livre para escolher se continuará nessa Irmandade ou se seguirá para outra.
— Oh… — Replicou Bradana, fascinada.
— Eu te iniciei em minha Irmandade pois você é sangue do meu sangue, alma da minha alma… — O Anão tira de dentro de suas vestes um colar feito com escamas de réptil que tremulam na proximidade do fogo. — Escama de minhas escamas.
Bradana toca o amuleto de seu pai, fascinada com a beleza e letalidade daqueles artefatos. Aquelas escamas eram quentes, pesadas, afiadas… Vivas. O poder do dragão do qual foram tiradas aquelas escamas ainda estava ali, dormente e para sempre presente. O dragão poderia não estar mais vivo, mas sua magia ainda estava ali, ultrapassando a expectativa de vida de quem um dia a possuiu.
— Você é uma Comedora de Dragões, minha querida filha… — Replicou Mikhail, emocionado. — E a sua maioridade chegou.
Bradana olhou no fundo dos olhos do pai, surpresa e sentindo-se cada vez mais emocionada.
— Então, minha querida criança, caberá a você decidir se quer continuar como Comedora de Dragões ou se quer começar sua jornada em outra Irmandade. — Falou Mikhail, por fim, solene.
Bradana ficou um tempo em silêncio, olhando para o chão e para suas mãos. Do pouco que vira das Irmandades, sua curiosidade a fazia querer conhecê-las mais. Entretanto, ela talvez já soubesse que, no fundo no fundo, não haveria como negar sua linhagem. Não havia motivo para ela querer negar seu destino.
— Pai… Não vejo porque mudar de Irmandade. — Replicou Bradana, a meio tom, mas firme em suas palavras. — Eu sou sangue do seu sangue, alma da sua alma e escama da sua escama. E eu pretendo continuar assim.
Emocionado e surpreso, Mikhail abriu o mais largo e orgulhoso sorriso, abraçando com força sua única e preciosa filha.
— Ah, é assim que se fala! — Exclamou, exultante. — Essa filhota só me traz orgulho! Vai explorar pra caramba, beber muito e caçar muito, muito, minha filha! É uma Comedora de Dragões autêntica, essa menina!
Bradana retribuiu o abraço de seu pai, contente, lacrimejando. Por cima dos fortes ombros de seu pai, por instantes que pareceram uma eternidade, ela poderia jurar que viu a alma de sua mãe, Eleonor.
E Eleonor sorriu de volta para ela, com um colar de escamas em seu pescoço, da mesma forma que seu pai. Bradana sentiu suas lágrimas saírem em meio àquele silencioso, porém amoroso encontro, apenas para ver a alma de sua mãe desaparecer com um sorriso terno da mesma efêmera forma que apareceu: discreta, silenciosa, terna, amorosa.
Fim da Estação.
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Gente, mil perdões pela demora! Demorou, mas finalmente saiu! Agora, estou de férias e férias is all! xD
O Outono tá chegando, galera! Aguardo o feedback de todos!
Abraço,
Iridium.
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Sobre o Afonso ele está aparentemente quietinho, o que significa que está aprontando e em breve teremos "ibagens
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