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Tópico: O Incubo

  1. #71
    Avatar de Dert Twister
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    Cara Tá shooww de bola.
    Continua assim vc tem futuro.
    (Esperando o proximo capitulo)

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    Domingo, 22 de Marco de 2009
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    Quarta,30 de Setembro De 2009

    Rushing mode Turned on! :eek:


    http://img172.imageshack.us/img172/9499/patetico.png

  2. #72
    Avatar de Neal Caffrey
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    Citação Postado originalmente por Dert Twister Ver Post
    Cara Tá shooww de bola.
    Continua assim vc tem futuro.
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    Opa, obrigado! Não deixe de acompanhar!
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  3. #73
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    qnd sai o cap 9 mano?

  4. #74
    Avatar de Neal Caffrey
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    Falando nele, aí vai!



    CAPÍTULO 9 - E VOCÊ, CAPITÃO, É O PRÓXIMO!

    A Rainha Eloise estava na janela de seu Castelo, observando atentamente os portões da cidade, como quem esperasse a chegada de alguém. De Svan. A preocupação da mulher não era pequena, seu cavaleiro havia saído para defrontar um demônio. Todas as crenças e confianças de Eloise em Crunor cederam, naquele momento. O assombro de igual circunstância vinha da direção de Thais, onde Melchior e Tibianus III ainda travavam sua sangrenta batalha. O quarto perfumado da Rainha mal fazia-a lembrar-se da situação hostil na qual se encontrava a mais ou menos uma hora atrás. A cama, que tinha um cobertor de veludo impecável, somada à pintura das paredes e o chão de ouro assentado, dava à Rainha uma falsa sensação de sono. A curtíssima camisolinha provocante lembrava a ela, também, o beijo que ganhara de Svan. Mas aquilo certamente não dava à Rainha a tranqüilidade que ela desejava. Svan corria risco. Grave risco.

    Caminhando incessante porém vagarosamente pelo quarto, Eloise lembrou-se de tudo que fez com que Svan tornasse-se o Capitão dos Capitães da Armada que levava seu nome. A trincheira na guerra de Darama, todo o aprendizado em Rookgaard, e como cresceram juntos, como o cavaleiro a tirava do Castelo onde seu pai praticamente a mantinha prisioneira para fazerem suas artes na cidade. Lembrou-se de como era divertido roubar o capacete do velho Melchior, só para vê-lo rindo, depois de um bom tempo enfurecido tentando procurá-lo. Lembrou-se de tudo. Com o rosto colado ao espelho, sentiu uma lágrima rolar pelo seu rosto. Mas alguma coisa chamou sua atenção. Caminhou rapidamente para a janela, e viu na direção de Northport uma nuvem negra.

    - Mal sinal.

    ***

    O orvalho da noite era escorregadio para Svan. O cavaleiro caminhava sob firmes passos, mas estes oscilavam de vez em quando, quando ele escorregava em alguma plantinha molhada no caminho. Tudo já estava ajeitado. Quando ele chegou na pilha de pedras que bloqueava o acesso às cavernas, já havia uma pá do lado de fora. Arksoul astuto, não? Enquanto abria o buraco novamente, Svan pensou na Rainha Eloise. Naturalmente, se morresse, o último encontro entre ambos teria sido no beijo, o único beijo de toda a vida, de cada um deles. Desceu na caverna com um pouco de dificuldade. O ambiente era hostil e estreito: várias gotas de água fétida e podre, vinda dos bueiros e dos encanamentos de esgoto da cidade de Northport. Alguns pequenos ratos e aranhas eram facilmente mortos pelo Capitão, que caminhava com a mão esquerda estendida, de onde saíam fracos feixes de luz. Os golpes com a espada eram precisos, apesar dos errantes passos no irregular chão de terra. Encontrou um jardim subterrâneo. Como diz a lenda. Descendo no único buraco presente, havia uma alavanca. Realmente, como diz a lenda! Svan estava assustado. Tudo que tinha ouvido sobre Demona, tudo que sempre ouvira ser lenda, era verdadeiro. Puxou a alavanca, travando-a e posiocionando-a para o lado direito. Subiu novamente, e seguiu o caminho em direção à passagem que abrira. Uma gigantesca porta brilhante estava bem no meio do caminho. Ao atravessá-la, esta deteriorou-se. Não tem mais volta.

    Enquanto andava, Svan não pode deixar de notar que a caverna estava muito larga para a ocasião. A alguns passos atrás, ele espremia-se para poder passar no estreito caminho, e naquele momento sabia que naquele largo caminho caberiam pelo menos três dele. Algumas tochas estavam acesas, presas à parede, como que criando um caminho. Havia uma bifurcação: por uma, havia um segmento de tochas, por outra, breu completo.

    - Pela lógica, o caminho de tochas deve ser o verdadeiro.

    Svan seguiu sua intuição. Em alguns minutos, o chão de terra batida transformara-se num categórico e negro chão de pedra-marfim brilhante e em alguns momentos até mesmo escorregadio. Svan olhou para o teto e, para sua surpresa, havia um enorme símbolo da Armada Inversa lapidado na mais perfeita descrição. À frente, apenas uma escada de concreto, e algumas inscrições em linguagem desconhecida num pequeno quadro negro. Parou em frente ao quadro, coçando o queixo, numa falsa tentativa de entender o que ali estava inscrito.

    - Há, eu já sei - Svan tentava convercer a si próprio -, devo descer a escada.

    Tentando manter o humor no ar, apesar de ter entre os seus sentimentos maiores o medo, Svan desceu. Era uma pequena sala, com alguns pilares e uns esqueletos humanos, dos que ousaram chegar até ali, também. Do lado esquerdo, um pequeno elfo não trouxe problemas ao Capitão, que com apenas um golpe, o matou. Svan seguiu em frente. Havia uma porta lacrada. Ele fez força e conseguiu a abrir. Que espécie de magia negra é essa?

    - Estou sentindo a aura. O Incubo está próximo.

    Caminhou por um longo corredor, que tinha um tapete vermelho impecável. Havia uma bifurcação. Direita ou esquerda? Seguiu pela direita. Um pequeno lance de escadas, para subir, e um barulho infernal de vozes. Svan prosseguiu.

    Demona era a cidade dos poderosíssimos magos, chamados Warlocks. A construção torrencial de pedra e mármore preto trazia tom fantasmagórico ao local. Os Warlocks eram conhecidos por sua força inigualável entre os magos da mesma categoria, e tinham dominado facilmente a cidade, depois de sua construção pelos seres humanos normais. A aura mágica que envolvia o lugar era forte o suficiente para poder manter a força dos demônios fora, mas não foi capaz de deter o Incubo.

    Enquanto caminhava dentro de Demona, ele teve a impressão de que uma seita demoníaca estava para se iniciar. Chegou próximo de outro lance de escadas, no fundo de Demona, que dessa vez, descia. O Capitão deitou-se no chão, pressionando a cabeça contra o mesmo, e fazendo com que seu ouvido tivesse mais precisão sobre o que acontecia lá embaixo.

    - QUIETOS, DESGRAÇADOS.

    As vozes cessaram-se.

    - É chegado o grande dia, meus Warlocks! Melchior com certeza deve ter matado aquele desgraçado que é o único que sabe como me prender de volta nessa desgraça aqui, então, eu acho que eu já posso emergir.

    A voz era seca, e ríspida. Amedrontadora. Svan sentiu um arrepio subir-lhe a espinha. A voz continuou.

    - Começou com sangue, e com sangue vai terminar. Tá na hora de eu trazer esse planeta na xinxa e destruir tudo. De vocês, réles mortais, já não preciso mais.

    Svan assistiu a tudo. Com um golpe só, o Incubo matou cerca de quarenta e nove Warlocks.

    Como eu vou combater essa coisa?

    Lá de baixo, o Incubo estava de costas para a escada.

    - E você, Capitão, é o próximo!

    Svan sentiu-se gelar.

    ***

    O castelo de Thais poderia facilmente ser confundido com uma ruína qualquer. Alguns cidadãos de Edron apontavam dizendo "O que será aquilo?", ou "Fogos de artifício? Qual a comemoração?". Dentro do Castelo, a situação era outra. Dois dos mais poderosos magos do continente travavam uma batalha épica, e nenhum dos dois aceitaria sair derrotado. Mesmo porque, a derrota resultaria em morte.

    Na parte interna do Castelo, Melchior tinha uma ligeira desvantagem: o terreno havia sido santificado pelo Rei, dando-o força extra. Tudo já estava planejado para a guerra. Mas Melchior tinha vantagem mágica no duelo, mesmo que nenhum dos dois pudesse ser considerado o vencedor, por hora.

    - E então, Melchior? Seremos dois imortais engajados numa batalha épica até o fim da história da humanidade?
    - Claro que não. Você pode desistir, se quiser.

    Um novo golpe mágico, e Melchior desviou-se facilmente. Tibianus III estava claramente abatido. Mas a vitória começa em Demona... o pobre Svan não conseguirá defrontar o Incubo nem por cinco minutos. Com o rosto encostado ao chão, o Rei pode sentir o novo golpe que aproximava-se. Mas deste, não houve como desviar-se: pancada na certa, e novamente o seu corpo dava voltas no ar, em direção à parede, onde sofreria outro fortíssimo baque. Melchior estava de pé, posicionado com as duas mãos abertas, na direção do Rei.

    - Vá em frente, Melchior. Termine com isto.
    - Não hesitarei.

    Mas rapidamente, Tibianus desapareceu. Usando-se com Melchior da mesma técnica que usou com Eloise, surgiu às suas costas, fazendo-o bater de frente com a parede, devido ao golpe mágico. Paredes... não haviam mais muitas paredes em pé no castelo. Toda a estrutura tinha vindo abaixo, nenhum dos dois magos controlara seu poder e Melchior certamente não se sentia sequer com a consciência pesada por destruir todo o Castelo de Thais.

    ***

    Às oito da noite, aquela figura avermelhada, tenebrosa e com os quatro braços abertos gritava em frente a Svan, que permanecia de pé, com a espada embainhada, e sem medo. O Incubo já estava gritando por segundos, talvez minutos, na esperança de abater a vítima e não ter de realizar uma luta justa.

    - Você tem algum problema mental? - Svan provocava-o. Neste instante, o grito cessou, e o Incubo passou a encará-lo diretamente nos olhos, pronto para atacar. Porém, nenhum movimento se seguiu. - Eu vou perguntar novamente: você tem problemas mentais, sua coisa feia e medonha?
    - Tu deveria ter respeito comigo, seu bastardo.
    - Ah, sim. Sob que circunstâncias?
    - Melchior não me desafiou, e eu dei-lhe a vida de volta. Você não acha que eu posso fazer o mesmo por você?
    - Isso não será necessário. Eu acabarei com você PRA SEMPRE, agora mesmo.

    Desembainhando a espada, Svan permaneceu imóvel à frente do demônio, visivelmente determinado a acabar com aquilo de uma vez por todas.

    - Se é o fim que tu quer, cavaleirozinho de sub-exército, é isso que eu vou lhe dar.
    - Você não pode dar a vida, seu desgraçado. Apenas Crunor pode. Você é um ladrão de almas, nada mais que isso, só tem o poder de devolvê-las a seus corpos. Não seja idiota de achar que me surpreende. Fale menos, e faça mais.

    Do golpe que se sucedeu, Svan desviou com muita facilidade. Algo o dizia que o próximo seria bem mais mortal.
    Última edição por Neal Caffrey; 31-07-2008 às 18:57.
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  5. #75
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    Achei esse capítulo muito bom!
    Você conseguiu descrever quase durante o capítulo todo o caminho de Svan sem fazer com que o leitor enjoasse de tantas descrições(pelo menos eu não enjoei).

    A história está chegando nos momentos finais, creio eu, a única coisa de que não gostei.... não gostar não seria a palavra certa, mas não compactuar, foi a velocidade da história, me deu a impressão que todos os acontecimentos passaram rápido demais, mas tudo bem, cabe a mim criticar o que você escreveu, e não moldar a sua história, pelo que está escrito está ótimo mesmo, sem erros de gramatica pelo que eu vi(e nem me preocupei, a história estava mais interessante)

    Creio sinceramente que se você se esforçar no próximo capítulo ( que pelo rumo talvez seja o final, ou o mais importante), conseguirá levar os leitores ao delírio

    Acompanhei até aqui, não é agora que vou parar né, até porque a qualidade da história não me permite que eu o faça

    até mais!




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  6. #76
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    ÉÉ parceiro... complicado... estou com o próximo capítulo quase pronto, espero por mais comentários.
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  7. #77
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    CAPÍTULO 10 - TEMA O PODEROSO INCUBO, CAPITÃO!

    Melchior e Tibianus III se encaravam, olho a olho, sem deixar na batalha escapar um detalhe sequer, sabendo que seria nestas condições que ela iria ser decidida. Melchior mantinha uma expressão branda, tranqüila, apesar da batalha épica e envolvente, a qual estava lutando. Do lado oposto, Tibianus III não sabia onde pôr a própria cara. Naquele instante, caía por terra tudo que o elegera o maior mago do continente. Nunca imaginou que alguém pudesse o alcançar, ou pior, o ultrapassar em termos de poder e técnica. Ele sabia que Melchior estava muito mais forte, porque ele mesmo tinha conhecimento das regras do Incubo. Cada minuto corresponde a um ano para uma alma, quando ela está no poder do Incubo! Eu deveria ter pensado nisso! Melchior estava sendo o mais inteligente possível. Utilizava as regras do Incubo como sua própria fonte de energia, tornando-o ainda mais poderoso que o Rei.

    - Lamentável, não é, Tibianus? Eu estou utilizando de uma técnica rara. Tão rara que levei mil quatrocentos e quarenta anos para aprendê-la.
    - Eu não pude imaginar que aquele desgraçado o daria novamente sua alma.
    - E eu, não podia imaginar que você colocaria toda Tibia em cheque, por causa de uma Feira de Décadas, Tibianus.

    Enquanto conversavam, ambos lançavam fracas magias um no outro, tentando esgotar de seu adversário cada vez mais energia. Melchior estava alcançando seu objetivo, mas TIbianus estava longe disso. O Rei não aguentava mais o embate, e com seu Castelo destruído, e sua última esperança de trazer sua esposa de volta dentre os mortos abalada, o Rei perdera totalmente sua vontade de lutar. Melchior era o maior inimigo de Tibianus nas terras do continente, e seu maior inimigo o havia superado através de sua própria invocação, o Incubo.

    - Não se preocupe, Tibianus - Melchior lançava uma nova magia sobre o Rei, subindo graduadamente sua força a cada novo lançamento -, neste momento, Svan já deve estar destruindo o Incubo. Não há mais um porquê de continuarmos lutando, velho. Todos os motivos pelos quais nós nos envolvemos nesse embate caíram por terra há um bom tempo desta noite, Rei.

    Perdoe-me, Cecillia. Eu falhei.

    Mas, mostrando-se novamente um covarde, Tibianus usou de uma das magias proibidas do continente. Sussurrou algo realmente baixo e lançou contra Melchior, que desacordou.

    ***

    - Tema o poderoso Incubo, Capitão!
    - Jamais. Sua aparência fantasmagórica não me ameaça, desgraçado. E onde está a minha luta? Estou esperando.

    Svan estava em pé, de frente para os quatro braços abertos do demônio. Com a espada empunhada na mão direita, e o escudo em modo defensivo na esquerda, o Capitão permanecia ileso, e já havia desviado de muitos dos possíveis golpes letais do Incubo. Não estava mais tão preocupado com o combate. Só se preocupava no modo de destruir um demônio imortal. Tinha de encontrar depressa um modo de fazê-lo, sem que sofresse qualquer dano e sem dar ao Incubo uma nova chance de reação. Com um golpe rápido, Svan concretizou uma tentativa frustrada: a espada penetrou no peito do adversário, mas não foi o suficiente para inflingí-lo qualquer dano. Numa segunda tentativa, Svan o fez na cabeça. Nada aconteceu. Mas que merda é essa?

    - Ah, cavaleiro. Certamente, utilizando da força você não me vencerá, seu fraco.
    - Eu vou utilizar mais do que a força aqui hoje, seu verme - Svan golpeou num dos braços, frustrada e decepcionantemente, mais uma vez.
    - Já lhe disse, Capitão. Não adianta tentar usar a força.

    Então, um dos golpes do Incubo surtiu efeito. Svan foi golpeado com violência no rosto, e sentiu seu corpo ser carregado pelo ar. Sem poder reagir, ele acertou violentamente com as costas numa das paredes da gruta, caindo no chão com muitas dores. O Incubo já estava de pé à sua frente, e chutava-lhe suavemente o estômago, como quem quisesse apenas causar um desconforto e não morte.

    - Onde está toda sua bravura, Svan?
    - Está aqui.

    Svan cravou a espada exatamente entre as pernas do Incubo, que contorceu as mesmas. Percebendo que havia causado-lhe dor, Svan retirou a espada e cravou-na no mesmo lugar, com mais violência. O Incubo caiu no chão e passou a contorcer-se de dor, enquanto o Capitão correu para o lado oposto na gruta tentando ganhar tempo. Havia uma enorme esfera de energia no fundo da gruta, que crescia vagarosamente. Era avermelhada, e tinha cerca de quatro metros de altura e alguns tantos outros de comprimento. Avermelhada, como sangue. Aterrorizante, como o Incubo.

    - VOLTE AQUI, DESGRAÇADO!
    - Você vai precisar muito mais do que força, desgraçado - Svan caçoava.

    Um golpe forte do Incubo fez com que o mesmo interrasse o braço direito na parede, devido à ágil esquiva do Capitão. Svan fez novamente a espada penetrar por entre as pernas do demônio, causando-lhe dor inexplicável. Mas recebeu um soco de um dos quatro braços como contra-ataque, fazendo com que batesse novamente violentamente contra a parede. Este segundo golpe fez com que ele oscilasse um pouco, na tentativa de levantar-se. O outro estava visivelmente furioso, pensando numa forma de acabar completamente com aquilo, antes que fosse tarde. O Capitão estava ganhando vantagem rapidamente.

    - Acabou, Capitão. Esse negócio acaba por aqui, tá certo?
    - Ainda não, verme.

    ***

    Eloise corria freneticamente pelo centro de Thais. Tenho que chegar naquele castelo! Depois de fazer algumas curvas pela sinuosa cidade, chegou até a entrada do mesmo. Não havia mais pedra sobre pedra, ali. Entrou rapidamente entre os escombros e viu Tibianus pronto para matar Melchior, de frente para o velho, com as mãos estendidas. Não pensou duas vezes, estendeu suas mãos em direção do próprio irmão, com plena consciência do que faria.

    - Mors omnia solvit*.

    O corpo de Tibianus foi atingido por um feixe de luz negro, que o atravessou completamente. Enfim, a luta chegava ao fim. Ele estava morto. Com um pouco de dificuldade, o corpo delicado e provocante da Rainha carregava Melchior nas costas, na tentativa de o tirar dos escombros. Rapidamente, a Rainha já estava na avenida principal novamente, sendo vista com um pouco de desconfiança pelos cidadãos da cidade. Estes estranharam, Melchior estava sendo removido por ela, e o festival de luzes vindos do Castelo havia cessado. Entrou na embarcação para Carlin, acompanhada de Melchior, desacordado. O barco então partiu.

    Svan, meu querido... volte logo!

    ***

    - Do que é que você está falando, miserável?

    Svan sorria suavemente, como quem já esperasse sua própria morte, mesmo sabendo que faria algo de útil para a humanidade.

    - Eu encontrei, enfim, um modo de te destruir.

    O demônio estava sorrindo, como quem encarasse aquilo como um blefe apenas.

    - Essa esfera mágica... tudo que você tem recebido é através dela, Incubo. Logo, se ela for destruída, você irá para as profundezas junto a ela.
    - Como é que é? - arregalou os olhos, observando com espanto para o Capitão. Sorrateiramente, agarrou-lhe pela gola da armadura e o arremessou contra a escadaria da sala, mantendo-o longe da tal esfera.
    - Não vai adiantar. Vamos acabar logo com isso.

    Svan, sereno, sabia que aquilo significaria sua própria morte. Mas era um risco que ele estava disposto a correr pelo continente. Sacou sua espada, e levantou-se com dificuldade. Estava de pé, a cabeça zonza, mas não deixava de manter-se de frente para seu alvo, o Incubo. Eloise... me perdoe. Não poderei voltar, dessa vez. Pelo menos, farei com que você continue vivendo neste continente, minha Rainha linda.

    - O que vai fazer?

    Levou o braço suavemente para trás, tentando dar propulsão à espada. O Incubo correu violentamente contra ele, para tentar evitar o inevitável. Svan arremessou a espada, o que fez com que o Incubo, voando, desse meia volta e a tentasse parar. Mas não houve como. A lâmina mágica e de brilho impecável da espada do cavaleiro penetrou bruscamente na esfera avermelhada, fazendo com que o demônio sangrasse, agora de verdade.

    - Eu não... não acredito nisso! MALDITO CAPITÃO!
    - Vitória limpa - Svan fez o sinal da Armada Inversa. O Incubo ficou perplexo com aquilo, e era este sentimento que o dava a sensação de morte, de destruição. Um demônio sentimental. Apenas um pensamento passava pela cabeça da aterrorizante criatura, no momento. Como pode ser tão frio?

    O demônio começou a encher-se de ar, e Svan sabia que ele explodiria. Não há tempo para escapar. Sentou-se na escada, e aguardou pacientemente.

    ***

    Em Darashia, Olk virou-se com tristeza para Mercy, que estava sentado à beira do rio.

    - Mercy...
    - Sim, Olk?
    - O Incubo foi destruído.

    Mercy levantou-se rapidamente e começou a festejar, mas o que ouviu em seguida o fez fraquejar.

    - Svan foi junto.

    ***

    Mors omnia solvit significa "A morte soluciona tudo", em latim. Língua morta, mas eu me interesso por ela. (:
    Última edição por Neal Caffrey; 08-08-2008 às 13:28.
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  8. #78
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    Uau, muito show cara. :thumb:
    História muito boa, pena que vai acabar. Mas isso também é um bom sinal, pois poucos são os que acabam seus RP's :triste:
    Mas não tem problema, foi bom enquanto durou.
    <Esperando ansiosamente o próximo capítulo>
    http://i212.photobucket.com/albums/c...dos/Streek.png
    Valeu, Sherman I. :rolleyes:
    ***
    Gifts, outfit e coisas assim
    ***
    Citação Postado originalmente por Troyler Ver Post
    chaves owna também, agora essas crianças assisti digimon, ai ve o digimon vuando vai tentar voar do 36 andar e acaba morrendo.
    Citação Postado originalmente por Hohenhein Ver Post
    montinho: um sujeito está andando tranquilamente quando um individuo mal intencionado lhe passa uma rasteira fazendo-o cair no chão.
    Em seguida grita:-Montinho!!!! e imediatamente um grande número de pessoas provindas de todos os cantos pulam por cima do pobre sujeito causando possível esmagamento e morte.

  9. #79
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    pow cara, esse capítulo ficou legal... mas sei lá... soou estranho.
    Li ele estranhamente e no final vi a explicação. Você está mal pelo pessoal passar e não comentar. Mas brother, você mesmo me disse que é assim mesmo, só que sua tristeza foi transmitida pro capítulo, se você reler, vai notar alguns erros de grafia, repetições. Pow isso não acontecia nos capítulos anteriores..... procure esquecer o pessoal que lê, concentre-se na sua obra, sua história. Depois quando você terminar em grande estilo, ela ficará aqui pros próximos leitores verem e aplaudirem de pé.

    Se teve um capítulo que eu gostei menos na sua histporia, foi esse. Não por estar mal escrito, mas por ter sido feito com pesar. Você tem o último capítulo pra dar a volta por cima e surpreender, aproveite a chance!

    eu vou ler até o final!
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  10. #80
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    @Claudio di Martino
    Sinceramente, fiquei surpreso com o seu comentário. Eu achei que tinha escrito o melhor capítulo da minha série, acho que devo rever meus conceitos, então. De qualquer forma, Claudio, sua opinião conta muito pra mim. Eu removi algumas passagens e apaguei algumas repetições na releitura do capítulo, de acordo com o que eu consegui refazer para ele. Removi também a passagem final, mostrando a minha frustração, porque talvez tenha sido o que pesou no final de contas pro capítulo, porque... não achei que tivesse ficado tão ruim. Mas, eu faço um pedido, re-leia e faça um novo comentário, apenas para eu saber se a releitura o melhorou ou o piorou.

    Obrigado.

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    Jason Walker e o Retorno do Príncipe
    Sexta história da série de Jason Walker e contando. Quem sabe não serão dez?

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