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"Eu não deixo, não aceito, não abro,
não permito, não tolero
botar a perder essa bendita ereção"
“Que saudade eu tenho das arvores de Ab’dendriel
Do orvalho da manhã
E da comida do velho Galadriel.
Que saudade eu tenho dos tempos em que era livre
Quando Kazordoon ainda era próspera”
— Pelas barbas de Mirzig! O que eu poderia adicionar para finalizá-la, Nevrok? — Perguntou Jonas dedilhando algumas notas em perfeita harmonia.
— Não sei amigo bardo, mas acho que uma coisa que meu pai falava a mim toda vez que eu acordava, quando criança, “acorde e respire”. — Respondeu o anão ouvindo atentamente a canção
— Brilhante, Nevrok! Você daria um bom letrista se não fosse guerreiro. — Disse o bardo rindo.
— Silêncio! Os dois! — Disse Mirzig empunhando o cajado.
Jonas parou de tocar, assustado. — O que foi Mirzig?
— Apenas fique quieto e escute. — Respondeu o mago fechando os olhos.
— São passos, e são muitos, com certeza são mais de quinze. — Disse Nevrok que tinha boa sensibilidade auditiva.
Os três empunharam suas armas e foram esgueirando-se por entre as arvores para ver o que os esperava. Passando por quatro grandes carvalhos e um salgueiro os três avistam um grupo de aproximadamente vinte bobos da corte com as roupas sujas e esfoladas perseguindo um javali.
— Como eu disse, realmente são mais de quinze. — Disse Nevrok vangloriando-se.
De repente o bardo retira uma flecha da sua aljava e dispara contra o javali, o acertado em cheio na altura do pescoço.
O anão e o mago olham para o bardo com um olhar de reprovação.
— Ora, eles não podem nos fazer mal algum, estão perseguindo um javali com paus e pedras, vamos falar com eles, talvez possamos nos aliar a eles.
Mirzig e Nevrok trocaram olhares até que os dois assentiram com a cabeça e saíram, junto com Jonas de onde estavam escondidos.
Guardando as armas eles dirigem-se ao grupo de bobos de uma forma amistosa.
— O que faz um grupo de bobos, desarrumados e esfolados tão longe assim do reino? — Perguntou Mirzig curioso.
Um deles, trajado de verde e laranja deu um passo a frente dos demais e respondeu: — Estamos em luta por nossos direitos, o Rei foi destronado e substituído por um tirano, que nos despediu sem discutir como ficaria a nossa situação.
— Realmente isso é uma pena, mas diga-me uma coisa, vocês têm habilidades com algum armamento ou magia? —Perguntou Mirzig.
— Alguns aqui tiveram treinamento na guarda real antes de entrarem na corte como bobos do Rei, outros foram treinados nas artes mágicas na Academia Mágica e Arcana de Muriel.
— Então creio que possamos fazer um acordo, até porque Muriel é um brilhante mago e instrutor, ele vive a tanto tempo que dizem que ele descobriu a fórmula da imortalidade. Venham conosco até onde estávamos alojados esta noite, assim vocês podem desfrutar deste belo javali e recuperar as energias. — Sugeriu Mirzig.
O grupo de bobos aceitou a sugestão do mago e seguiram-no pela mata densa até chegarem onde estava a fogueira acesa e as mochilas dos aventureiros.
— Desculpe eu não ter me apresentado antes, sou Furfaram, líder deste grupo e ex-bobo do Rei Rhames III. — Apresentou-se o bobo trajado de verde e laranja, fazendo uma reverencia.
— Prazer em conhecê-lo Furfaram, eu sou Mirzig e estes são Jonas Karmin, e este é Nevrok. — Disse Mirzig apontando para os seus companheiros.
— A proposta que tenho a oferecê-los é que vocês nos ajudem a reconquistar Kazordoon, que está dominada por ciclopes, e em troca vocês serão recompensados com ouro, bebidas e com o título de bobos do Império Anão, ou se preferirem, daremos total apoio caso queiram montar o maior circo que o Tibia já viu. — Propôs Mirzig ao líder do grupo.
Uma gama de murmúrios tomou conta da clareira onde estavam, os bobos pareciam interessados na proposta.
— Acho que aceitar a proposta seria bom para ambos os lados, se continuássemos marchando teríamos a chance de morrer para alguma criatura selvagem ou sermos escravizados. Com vocês teremos alguma chance, embora pareça pequena. — Estamos com você Mirzig. — Disse Furfaram estendendo a mão para o mago.
— Então temos um acordo, comam a vontade, descansem que amanhã teremos uma longa caminhada pela frente, e, por favor, tomem um banho, vocês estão cheirando como um gambá afugentado! — Disse Mirzig rindo.
Última edição por Zath Elfir; 25-07-2012 às 00:15.
"Eu não deixo, não aceito, não abro,
não permito, não tolero
botar a perder essa bendita ereção"
Muito boa a sua história!
Espetacular mesmo! Tem tudo para ser a melhor da seção! Só não desista dela!
Você utilizou um RPG verdadeiro, bem ambientado ao universo do Tibia! Parabéns!
Achei apenas errinhos bobos, por exemplo, no fim do capítulo 2 está "estrados" ou deveria ser "estragos"..
Por favor, continue!!!!
Gosta de Roleplay?
Então pegue uma xicará de chá, sente-se e leia a história de Dan da Cidade de Carlin.
(Última Atualização: Livro V: Capítulo 5 - A Guera de Reconquista (Parte 2/2), postado no dia 06.03.2017)
Achei bem engraçado este capítulo, uma marcha de bobos seria um coisa bem legal se realmente ocorresse, mas um bando desordenado desses mataria todos os inimigos - de rir, bem massa está sua história continue ela viu.
Dando continuidade a saga de Nevrok.
Eis com vocês o capítulo V!
CAPÍTULO V - Novos Horizontes, Parte I— Mais uma tarefa para aquele maldito ciclope, ele que espere até que eu capture o martelo, a minha irá cairá sobre ele. Agora terei de matar aquele bastardo do Mirzig para fazer aquele caolho feliz, como se isso fosse fácil. — Pensava Dorghel conduzindo um grupo de doze mercenários pelos Campos da Glória.
— Andem logo seus preguiçosos não temos o dia todo! — Gritou Mirzig aos companheiros de viagem.
---
Longe dali Nevrok, Jonas O Bardo, o mago Mirzig e a sua trupe de bobos da corte seguiam caminhada além dos bosques de Carlin, ao longe eles podiam vislumbrar a pequena vila de Northporth à beira do grade mar, vagavam rumo ao leste, para Ab’dendriel, Mirzig alegava que os elfos dali tinham uma dívida com ele, Nevrok receava em seguir àquela cidade, há muito que anãos e elfos não se dão muito bem, mas não abriria mão da companhia do experiente mago e amigo.
Os bobos comentavam entre si coisas sobre uma almofada de pum perdida por entre as ruínas de Darashia, que havia sido aniquilada pelos necromantes dez anos antes, e Jonas ouvia atento às histórias com a esperança de ganhar fama escrevendo canções sobre a saga de um nobre bobo da corte que encontra a almofada e domina o rei pelos puns que ela produzia, sem saber, é claro, que estava sendo motivo de piada, a tal almofada não existia.
A comitiva parou de caminhar para descansar e comerem alguma coisa, já passava da segunda hora da tarde e não haviam comido desde a madrugada passada, quando se encontraram com os bobos. — Estamos a menos de dez horas de viagem, se tudo ocorrer dentro dos conformes, estaremos em Ab’dendriel ainda hoje. — Disse Mirzig apontando para a trilha a frente deles.
Após todos comerem e recuperarem a energia a comitiva seguiu viagem.
— E como é essa brilhante almofada de pum?— Perguntou Jonas curioso.
— Alguns dizem que é amarela, outros dizem que é verde — explicava um velho bobo de roupas rosadas. — mas tudo que se sabe até hoje é que...
— Que ela não existe! — Gritou Mirzig — Pobre Jonas, caiu na tradicional piada da almofada de pum.
— Droga Mirzig, ele estava acreditando até agora! Estava muito divertido. — Disse Nevrok rindo.
Jonas seguiu o resto da caminhada indignado por ter acreditado em tamanha bobagem, e ficou atento a toda história que saia da boca dos seus acompanhantes.
De repente, ao mesmo tempo em que um grito agourento de um corvo ressoou pelos ares, surgiram de cima de arvores e atrás de pedras e arbustos Dorghel e os doze mercenários.
— Ora, ora, ora, se não é o meu velho amigo Mirzig e seus amiguinhos, lembra-se de mim, e do laboratório, em Yalahar? — Dizia Dorghel circulando na volta do grupo. — Lembra-se de ter destruído minha vida! De ter me desfigurado desse jeito que nem minha família me aceitou mais? Lembra-se do que fez? — Gritava Dorghel.
— Você sabe tão bem quanto eu que aquela explosão foi um acidente, e se não fosse pela sua imprudência manuseando aquelas substâncias só para me ver com raiva você não teria tais seqüelas. — Disse Mirzig preparando seu cajado para um ataque disfarçadamente.
— Mentira! Eu era uma ameaça à você, você estava com inveja que seu aprendiz iria ser melhor que você, por isso fez isso comigo. — Esbravejava Dorghel aos soluços.
— Então se estava tornando-se melhor que eu, porque não és, hoje, agora, melhor que eu? — Retrucou Mirzig provocando-o.
— Basta! Matem todos! — Gritou Dorghel aos mercenários que brandiram seus gigantes machados e golpeavam a comitiva de bobos.
Mirzig rapidamente conjurava magias e encantamentos contra os mercenários, mas estes mal sentiam dor, eram treinados para matar e dilacerar seus oponentes e sentirem o mínimo de dor possível. Três bobos da corte já haviam morrido, e as coisas ficavam cada vez pior para o lado de Nevrok e dos outros, as flechas de Jonas acabaram sem que ele percebesse e de seus ataques não surgiram efeitos nos mercenários. Em uma das magias de Dorghel mais cinco bobos vieram ao óbito, Nevrok tentava com todas as forças atacar, mas seus golpes eram desviados facilmente, parecia que seus adversários estavam sob algum encantamento ou coisa do tipo.
Mirzig golpeava e conjurava magias sem parar contra os inimigos, até que um deles sucumbiu à dor e não resistiu, caiu ali mesmo, mas com suas últimas forças atirou seu grande machado contra o anão, que foi atingido na perna direita, onde abriu um talho imenso por onde jorrava sangue sem parar.
— Fujam daqui, eles vieram por mim, essa batalha é minha, escapem enquanto ainda podem. — Disse Mirzig aos outros.
Nevrok negava-se a abandonar o amigo, mas era puxado por Jonas parar irem, era fugir ou morrer ali mesmo.
— Vá logo Nevrok e liberte Kazordoon mais uma vez! — Disse Mirzig, que foi golpeado nas costas, caindo em pranto.
Nevrok emitiu um grito angustiante e tentou correr em direção ao amigo, mas já era tarde, não tinha forças, e Jonas puxava-o para fugirem dali, a isto fizeram. Os dois, fugindo às cegas por entre os pinheiros e carvalhos, sem rumo, sem destino, movidos pelo instinto e para vingarem Mirzig. Correram e correram, sem parar por um segundo, embora a dor na perna de Nevrok fosse muita, ele não parava e seguia correndo.
— Olá Mirzig, vejo que perdeu suas habilidades. — Disse Dorghel.
O mago havia somente desacordado por alguns instantes, se não fosse a vontade de Dorghel fazê-lo sofrer os mercenários teriam o matado eles mesmo, rápida e brutalmente. Mas não, Dorghel queria vê-lo sofrer o que ele sofreu.
— Está esperando o que? Acabe logo com isso. — Gritava Mirzig aos prantos.
— Não, ainda é cedo, e quero brincar um pouco com você. Por anos eu vivi à sua sombra, como um simples aprendiz, que tinha que fazer todas as regalias de seu mestre, mas agora não, não, agora o mestre sou eu, e você é somente um velho ultrapassado. Não vou mentir que não estou, de certa forma, grato por você, aquele acidente abriu minha mente, me mostrou o verdadeiro poder da magia. — Discursava Dorghel.
— Seu problema sempre foi esse, você fala demais e quando chega o momento não percebe o que o atingiu. — Disse Mirzig tirando debaixo do seu manto algumas runas escuras com inscrições arcanas e o símbolo de uma caveira, era a famosa Runa da Morte Súbita.
O velho mago disparou-as contra os ajudantes de Dorghel, estes por sua vez começaram a deteriorar-se imediatamente até virarem pó.
Dorghel caiu assustado, subestimara demais o seu velho mestre, que ia a sua direção apoiado em seu cajado.
— Pequeno Dorghel, você nunca aprende mesmo, o aprendiz nunca deve superar seu mestre.
Mirzig empunhou a última de suas runas e disparou-a contra o antigo aluno.
— De pó a pó, Dorghel, de pó a pó.
Mirzig recolheu suas coisas, sentou-se por alguns instantes, acendeu um cachimbo e começou a tratar de seus ferimentos e a sepultar os bobos. Teria de apressar-se e encontrar Nevrok e Jonas o quanto antes.
Última edição por Zath Elfir; 25-07-2012 às 00:17.
"Eu não deixo, não aceito, não abro,
não permito, não tolero
botar a perder essa bendita ereção"
Nossa mas ele se mostrou com muita habilidade secreta não é verdade, vamos ver se os outros tem sorte igual ao mestre deles.
CAPÍTULO VI - Novos Horizontes, Parte II— Acho que já é seguro pararmos de correr. Agora somos só nós dois, e temos de tratar da sua perna. — Disse Jonas rasgando uma perna da calça do anão na altura do joelho.
— Argh! Mais cuidado seu bardo inútil!
— Cale a boca e beba isso Nevrok, irei estancar o sangramento. — Xingou o bardo entregando uma garrafa de hidromel ao anão.
O anão deu um grito tão alto quanto o barulho das cachoeiras de lava nos Portões do Inferno.
— Silêncio seu tolo, ou você quer que eles nos encontrem aqui e nos matem igual fizeram ao mago?
Nevrok somente assentiu com a cabeça e bebeu mais alguns goles da bebida.
— O que faremos agora sem Mirzig para nos orientar, ele era o cérebro do grupo, e eu a força, e você... bem, você é você! — Disse ele quase caindo em lagrimas.
— Primeiro teremos de arranjar alguns disfarces, mudar nossa aparência e ir a Ab’Dendriel, o mago tinha assuntos a tratar lá, ouvi ele pensando sozinho enquanto fumava sobre, falava sobre um pirata, um tal de Scot Mão-de-cegonha, acho que é com ele que ele iria falar. — Disse o bardo pensando no que fazer depois disso.
— Então tratemos de agir logo! — Respondeu Nevrok bebendo mais hidromel.
— Chega de hidromel por hoje, e fique parado, temos de cortar essa barba ou os ciclopes saberão que somos nós, há essa hora eles já devem estar espalhados por todos os lugares. — Disse Jonas empunhando um pequeno punhal e puxando a barba do anão.
— Está louco! Garoto estúpido! Quem pensa que é para desonrar a mim e a minha barba? Eu, Nevrok, O Guardião do Martelo, não deixarei que faças isso, ouviu bem? — Disse Nevrok levantando seu tom de voz, a ponto de quase gritar.
— Cale a boca, sua honra e a de sua barba não nos servirão de nada depois de mortos.
Com um único corte a barba de Nevrok despencou. Aquele engomado de cabelo caindo aos pés dos dois marcou o início de uma nova era na vida dos dois, novos horizontes se abririam para os dois, e era dever deles expulsar aqueles ciclopes de onde estavam, não faziam mais isso por honra nem por glória, faziam isso para vingar um amigo, faziam isso para vingar Mirzig, O Mago.
— Seu bastardo inútil! Veja o que você fez! Agora eu pareço um bebezinho! Se meu pai visse isso me daria para os sacerdotes e todos me olhariam como se fosse uma menininha sem barba! — Nevrok xingava, recolhendo os restos da sua longa barba.
O bardo também se desfez de suas características, cortou seu longo cabelo loiro e fez em si mesmo um grande e fundo corte no rosto, daquele dia em diante passou a ser chamado de Jonas, O Bardo Renegado.
Após se disfarçarem, ambos seguiram estrada rumo a Ab’Dendriel, a cidade dos elfos.
---Depois de mais duas horas de caminhada eles finalmente chegaram aos portões da cidade.
Dezenas de elfos andavam pelas ruas vívidas da cidade de Ab'Dendriel, alguns estavam sentados ao lado de grandes árvores escrevendo canções ou poemas, outros falavam com os pássaros que pousavam em seus ombros.
A cidade parecia ter uma espécie de magia sobre os elfos, algo que os deixava dourados e ainda mais belos e vivos, o mesmo afetava Jonas.
— Então é um elfo? Sempre suspeitei das suas orelhas pontudas. — Perguntou Nevrok.
— Na verdade um meio-elfo, meu pai era humano, um ferreiro em Thais, e minha mãe era da vila dos elfos, perto de Venore. Ambos se conheceram certa vez que alguns revolucionários atearam fogo em Shadowthorn, e meu pai, por sorte do destino foi enviado até lá para salvar o vilarejo. — Explicou Jonas.
— Bela história, mas agora temos de encontrar o Mão-de-cegonha. Com licença senhora, onde fica o porto daqui?
Os dois seguiram para onde a mulher havia indicado, passaram por uma plantação de trigo e viram uma grande torre abandonada, onde outrora viveu o ferreiro ciclope que forjava metais especiais, hoje perdidos pela civilização.
Aproximando-se do porto avistaram dois grandes navios, um grande e belo, feito do mais nobre carvalho da região, aquele era um dos navios comerciais que navegavam os mares, haviam dezenas deles pelo mundo todo. O outro jogado às traças, velho, negro e feio, parecia ser tão antigo quanto aquela cidade, e o pior de tudo, fedia, com certeza era o barco que procuravam.
Os dois aproximaram-se do barco velho e podre, subiram a bordo e encontraram uma pequena tripulação de dois homens limpando o convés.
— Estamos procurando por Scot Mão-de-cegonha, vocês o conhecem? — Perguntou Jonas.
— E quem é você, elfo? — Perguntou um dos marujos.
— Eu sou Jo... Jorb, venho do sul, e este é meu amigo Warf, ele teve problemas de crescimento na infância, por isso a baixa estatura. — Respondeu o bardo, dando de ombros quando encontrou o olhar de censura do seu amigo.
— Hah, sim, agora tudo faz sentido... nunca ouvi falar de vocês, dêem o fora daqui. — Disse o marujo apontando uma foice aos dois.
— Pra que a pressa, meu bom e velho Mqlor, vamos ouvir o que eles têm a me dizer. — Disse uma voz que vinha da cabine do capitão.
Um homem alto e careca, trajado com vestimentas azuis e pretas, que trazia em vez de um papagaio em seu ombro, um sapo.
— Acreditamos que nosso amigo Mirzig queria falar com você, mas agora ele está morto. — Começou o bardo.
O pirata olhou-os dos pés à cabeça, andou por alguns instantes em volta dos visitantes e por fim falou: — Então o velho está morto? Bem, não é de se espantar, falei com ele alguns meses atrás, ele havia me dito algo sobre um anão — o pirata voltou seu olhar arregalado diretamente a Nevrok — que estava indo a Carlin procurá-lo, e que em breve eu teria um papel nessa história. E parece que esse maldito momento chegou, devo levá-los imediatamente ao Porto Esperança, e lá, talvez eu acompanhe-os. — Scot acariciou o verde sapo que carregava e seguiu o discurso — Porém, sempre tem um porém, não é elfo? Vocês terão de trabalhar pra mim durante a viagem, coisas simples, limpar o chão, içar velas, lustrar o mastro, coisas fáceis.
Os dois olhavam fixamente para o sapo que recebia carícias de seu dono.
— Então, o que me dizem? — Perguntou, por fim o Mão-de-cegonha.
— Huh? Hah, sim, aceitamos. Mas por que você é chamado assim, mão-de-cegonha. — Perguntou tímido o anão.
O pirata levantou sua mão direita, retirou a luva de couro que usava e sua morena, cheia de calos e sujeira envolta em pêlos foi revelada. Na sua palma estava uma tatuagem de uma grande cegonha ao lado de três papagaios menores.
O anão engoliu em seco e somente disse um breve “Bela tatuagem senhor” e desviou seu olhar da mão do capitão.
—Então, vamos indo senhores. Mqlor, içar velas! — Gritou o capitão aos marujos. — Hah, e vocês não precisam usar esses nomes feios aqui, eu sei quem vocês são, Nevrok e Jonas.
O anão e o bardo trocaram olhares arregalados.
— Cantemos então senhor. Conheço uma bela canção sobre navios e viagens ao mar. — Sugeriu o bardo.
“Até o fim dos tempos, vamos navegar pelos mares
com sabres na mão
vamos aterrorizar a região.
Embora as mãos do destino possa nos abater
Nós vamos lutar até cairmos
ferrabrás até morrer!”
E assim, entoando essa canção a tripulação abandonou a bela Ab’Dendriel e partiu rumo ao Porto Esperança.
_______________________
A canção no final do capítulo não é de minha autoria, eu fiz a devida tradução para encaixar as devidas rimas.
A canção verdadeira pode ser conferida aqui.
Última edição por Zath Elfir; 25-07-2012 às 00:25.
"Eu não deixo, não aceito, não abro,
não permito, não tolero
botar a perder essa bendita ereção"
‘Cê falou que era para meter o pau...
Não vou comentar cada capítulo ou passagem de texto individualmente. Como comecei a ler por agora, vou fazer um “resumão”.
Acho que sua história é um clichê bem escrito.
Não me leve a mal, eu gostei dela. Achei divertida, leve. Mas nem um pouco envolvente, nem um pouco nova. A questão não se dá somente no enredo. Mas na superficialidade em que acontecem as coisas (as ações) e das personagens. Bem escrita, não diria. Com ortografia apurada, talvez. Mas, bem escrita não. Vamos em partes, então:
Sua história segue um estilo muito recorrente no fórum. Tudo bem, estamos na seção Roleplaying, não na seção Literatura (ainda acho um absurdo essa divisão, mas, enfim), mas isso não quer dizer que todas as histórias tem de seguir um padrão semelhante. Escreve sobre o Tibia? Tranqüilo, mas dê alguma novidade no seu texto. Seja por um enredo envolvente (onde todos parecem apostar, e na maioria das vezes são dão mal), seja por um bom desenvolvimento de personagens diferencial, seja por estilo diferente. Não precisa imitar as outras histórias presentes na seção.
As suas personagens estão fracas e superficiais, assim como suas ações. Pessoas morrem, pessoas surgem, fala uma coisa, depois cai no pranto, depois fala outra coisa, depois saca runas phodarásticas e mata todo mundo. Como por exemplo, seu mago, que esperou todos os bobos morrerem, assim como os amigos fugirem para mostrar que tinha poder para matar os inimigos. A não ser que haja uma reviravolta na trama que explique isso, não há coerência. Os diálogos, as emoções...
Tudo tão rápido!
As personagens declaram tudo que são, como num desenho japonês. Falta só falar qual é seu principal golpe.
Dá uma lida nos links abaixo. O primeiro é de uma história de um usuário muito prepotente, mas bom (nada excepcional, como todo mundo falava antes, eu inclusive, mas deixou uma crítica importante.
Caboom:
http://forums.tibiabr.com/showthread.php?t=48914
O segundo possuí um estilo próprio fascinante, e construções de personagens fodas!
Drasty
http://forums.tibiabr.com/showthread.php?t=85237
E o terceiro fica como dica para escrever histórias com o tema do Tíbia...
Histórias no Tibia:
http://forums.tibiabr.com/showthread.php?t=159123
Vou acompanhar
p.s: lembrando que tudo que eu disse é MINHA opinião, de maneira alguma a verdade absoluta. Posso estar só falando merda.
Quer participar de uma alta aventura com essa turma do barulho? Quer escrever sobre Tibia, ser enganado por um monge pra lá de pestinha? Achas que tens o que é preciso para esma... digo, para entrar no Hall da fama? Passa lá na Biblioteca-imensa-cheia-de-coisa-e-mundialmente-conhecida!
Finalmente uma verdadeira crítica, é meio difícil fazer algo inovador na primeira história, eu nunca havia redigido textos antes de conhecer o torneio roleplay.
Gostei da sua crítica, sério, queria que mais pessoas aqui "metessem o pau" igual você fez. Pode ter certeza que amanhã lerei novamente isto que você postou e focarei nos erros e tentarei acertá-los pra tornar a história mais atraente.
Obrigado.
"Eu não deixo, não aceito, não abro,
não permito, não tolero
botar a perder essa bendita ereção"