Então galera, só posso mexer no final de semana, e como passei na prova seletiva do Instituto Federal de ensino, agora é trabalho pra quase todos os dias, provas e tal... Aí ficou difícil mesmo, mas como vocês já estão acostumados eu apareço e sumo repentinamente do fórum. Não vou poder entrar para postar todos os dias (como nunca fiz mesmo), então vai continuar como normalmente...


Capítulo VII - O Mal que nos Assola



"Sabe-se lá quando acontecerá, mas um dia terá de acontecer.
Está escrito nas estrelas, está traçado no destino."


- Se você continuar me obrigando, vou ter que mover meus dedos. E você sabe o que acontece quando eu me mexo, não é?

- Você vai ficar me ameaçando ou vai fazer? Pode acabar comigo, mas será caçado até sua morte.

- Pensando bem, não entendo porque lhe colocaram para me vigiar. Você não tem competência nem para me encostar em uma batalha. Seria muito fácil atravessá-lo. E se estas pensando que se importam tanto assim com você, fique sabendo que os magos da alta elite são de maior importância, e o mestre dessa civilização que me expulsou precisa muito deles. Você é só mais um.

Mas o rapaz estava cansado. Depois dessa pequena conversa, o prisioneiro mexeu suas mãos delineando golpes no ar. Uma pressão muito forte chocou-se com o corpo do vigia, rompendo várias veias do seu corpo. Seu coração rompeu-se e começou a desmanchar, e o homem começava a voar na direção dos pilares. Já estava morto, mas seu corpo ainda tinha um longo trajeto. Chocou-se nos pilares, partiu dois deles, e despencou torre abaixo.

É bom agir logo, para evitar exércitos irritantes que possam me atrasar.

O homem começou a descer as escadas em caracol. Desceu um andar, dois andares, três andares e finalmente chegou ao solo. O vento gélido começava a fazê-lo tremer. Nessa época do ano, era um perigo para sua saúde manter-se sem abrigo à noite. Tomou a direção norte e correu. Chegou nas duas torres vigias da entrada, onde estava um homem. Escondeu-se atrás de uma árvore, planejando seu próximo ato. O vigia virou, deu uma olhada e girou de novo, olhando a entrada. O prisioneiro, prático e rápido, saiu de trás da árvore, elevou um pouco suas mãos, mirando as costas do vigia, concentrou-se mentalmente e gritou: Exori Flam. Uma bola de fogo atravessou o homem, incinerando-o imediatamente. Logo depois, o prisioneiro gritou: Exori Aer, concentrando e depois direcionando uma onda de ar sobre as roupas do homem morto, fazendo o fogo apagar. Tudo isso de longe da torre. Ele seguiu adiante, virou à esquerda, subiu e desceu escadas, e já estava fora da vila.

Isso foi planejado, facilitado. Eles não deixariam eu escapar assim sem nenhuma razão. Não creio que sejam burros e fracos desse jeito. Não com o mestre que eles tem.



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- Areth, seu destino é benigno. Você viverá entre os humanos e será um líder reconhecido. Siga pelo oeste à toda, e logo chegará a um grande reino.

Cada dia que passava suas conversas com "Deus" tornavam-se mais concretas, não apenas um sonho. O jovem já seguia há três anos como um andarilho, sem família, sem pertences, sobrevivendo de pequenos furtos. Seguia tudo o que "Deus" lhe dizia, embora fosse um ladrão.



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- Dreon? Porque tanta demora?

- Já vou mãe. O meu braço ainda está doído. Ele está assumindo uma cor esverdeada! Será uma inflamação?

- Dreon, venha logo. Vamos ver isso depois, mas venha que temos que correr! Traga tudo o que puder consigo, e vamos embora!

As feras já invadiam sua casa. A mãe do menino não tinha por onde escapar, estava longe de todas as janelas, e logo as bestas à consumiram. Dreon conseguiu pular por uma janela, a do seu quarto, e começou a correr para longe da marchada das feras.

De aspecto marrom, unhas afiadas, olhos verdes e pele escamada, os Trolls se apresentavam como feras irritantes e dominadoras, por vezes cruéis, mas não tanto quanto os Orcs. Eles planejavam essa tomada há anos, embora não tivessem uma garantia de efetividade na ação, devendo-se à sua falta de inteligência.

Tomara que a Sarah esteja em casa. Só ficarei tranquilo quando garantir sua segurança. Ele sabia que sua mãe não escaparia, restava-lhe o pai, que era comerciante e estava viajando.

- Saraaah! Gritava o menino, diante da casa da moça. - Saraaaah! Mas ninguém atendia. Ele invadiu a casa, e não havia ninguém lá. Mas que droga! Para onde ela foi? Será que ela já deixou a cidade?Dreon não tinha opção, ou ficava ali e morria, ou abandonava a cidade na esperança de encontrar Sarah. Pensando corretamente, o menino correu para a saída sul da cidade.

Um grande obstáculo. Os Trolls conseguiram planejar de modo efetivo. A saída sul também já havia sido tomada. Dreon se escondeu dentro de uma casa, embaixo da cama, na esperança de que os Trolls já tivessem passado por ali. Mas não, não haviam passado, e certamente passariam.