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Danboy x Zath Elfir (2º Torneio Roleplay - Quartas de Final)
E que venha a próxima disputa!
O tema escolhido para este embate foi O Sumiço de Noodles.
Todos podem votar até às 23h59 do dia 13/05/2012 (domingo). Em caso de empate, a votação se estenderá por mais dois dias!
Como já sabem, não revelarei o nome dos autores, e peço que também não o façam de modo algum. E aqui vão eles:
Texto 1
Spoiler: Texto 1Ser Ou Não Ser, O Cachorro do Rei
Uma semana antes do Dia do Rei, a cidade de Thais estava agitada para terminar os preparativos para a grande festa. Decorações nas ruas, ofertas especiais nas lojas, treinamento da guarda da cidade para garantir a segurança do pessoal, até no castelo real as coisas estavam agitadas, Bozo teria que bolar novas travessuras, o Rei deveria treinar discursos para o público e para os visitantes que com certeza seriam muitos, aliás, pessoas do mundo todo teriam suas atenções voltadas para Thais.
Depois de um dia cansativo de muito trabalho, o Rei Tibianus III pode finalmente relaxar em seu trono, comer, beber e brincar com o seu cachorro Noodles.
Dirigiu-se a um de seus guardas pessoais e pediu para que trouxesse o cachorro real.
—Guarda, traga-me meu maior tesouro, para que ele possa sentir as carícias de seu dono em seu focinho tão bem treinado – ordenou o Rei.
O guarda retirou-se da sala e saiu em busca de Noodles. Encontrou-se com um dos cozinheiros e questionou-o se teria visto o cão, o cozinheiro respondeu negativamente, então o guarda seguiu a procura.
Cerca de trinta minutos depois, o Rei já estava impaciente, nunca demorou tanto para que o guarda encontrasse Noodles, talvez estivesse na hora de demitir aquele magrelo preguiçoso, pensou, levantou-se de seu trono, foi até a porta, olhou para um lado, olhou para o outro, quando de repente o guarda apareceu correndo e sem querer derruba Tibianus.
— Alteza! Desculpe-me, eu realmente sinto muito, deixe-me ajudá-lo. — Disse o guarda estendendo as duas mãos em direção do Rei já idoso, ajudando-lhe a levantar.
— Tenha mais atenção quando corre por aí no castelo! — Resmungou Tibianus. — Agora diga-me, por que não trouxe o pequeno Noodles com você?
— É exatamente por isso que eu estava correndo vossa majestade, eu procurei no castelo todo, perguntei a todos que encontrei pelo caminho, e ninguém sabe do paradeiro do seu cão! — Disse o guarda apressado.
— Não é possível! — Gritou o Rei. — Não posso reinar com o meu pobre Noodles perdido por aí! E logo agora, na véspera do Dia do Rei! — Disse preocupado, andando de um lado para o outro.
— Bem, já está ficando tarde, vamos esperar até o meio-dia de amanhã, ele deve vir para o almoço especial da quarta-feira, ele adora filé de troll! — Sugeriu o Rei, um pouco mais calmo.
O Rei voltou para o seu trono e pediu que trouxessem algo para beber. Dois minutos depois um dos cozinheiros aparece trazendo uma xícara de chá.
— Se ele não aparecer até amanha ao meio-dia, teremos de fazer uma reunião aqui no castelo e formar equipes de busca, não posso viver sem o pequeno Noodles. — Disse o Rei agitado.
Uma hora depois o Rei dirigiu-se ao seu quarto acompanhado por seus guardas pessoais, deitou-se para tentar dormir e relaxar um pouco, mas não conseguiu, levantou-se, abriu uma gaveta ao lado de sua cama, retirou um porta-retrato onde havia uma pintura sua quando criança brincando com o cão. Uma lágrima escorreu de seu rosto e caiu sobre o vidro que protegia o papel e a tinta, foi até a janela e ali ficou quase a noite toda, olhando para a pintura e para a rua, imaginando onde e como estaria Noodles agora.
Enquanto isso, num beco escuro, nos subúrbios da cidade, um grupo de cinco cães estava fuçando nas lixeiras em busca de algum alimento.
Dois cães começaram a brigar ferozmente por um grande pedaço de carne de ovelha, que um deles havia encontrado.
Um cão forte, com três cicatrizes próximas ao olho direito, que possivelmente teria conseguido em uma briga com outro cão, interveio na briga dos outros dois. Pegou o pedaço de carne e dividiu entre todos do grupo, dando o maior pedaço para o cão que encontrou a refeição e o menor pedaço para o que iniciou a briga.
Ele parecia ser o líder da matilha, todos os outros cães o obedeciam e respeitavam.
Os ouvidos aguçados daqueles cães captaram barulhos vindos da entrada do beco. Eles ficaram de prontidão e começaram a rosnar em direção da rua. O cão que parecia ser o líder estava à frente dos outros e emitiu um latido firme e assustador.
Da rua pouco iluminada surgiu, aos tropeços, um cachorro um pouco desastrado, que não fazia parte do grupo, no seu pescoço havia uma coleira com o símbolo do Rei de Thais.
A matilha observou aquele cachorro diferente se aproximar, parecia abatido e triste, nunca o haviam visto pela cidade. Parecia desorientado naquela noite fria.
Em sinal de afeto para com o franzino cachorro, o líder deu seu pedaço de carne para que Noodles comesse.
Faminto, ele devorou a carne sem titubear, era bem diferente daquilo que estava acostumado a comer, mas ainda assim era saborosa.
Noodles entendeu aquilo como um convite para juntar-se a eles. E assim fez.
A matilha, agora com um novo membro, dirigiu-se a uma construção abandonada fora da cidade, e lá passaram a noite.
A quarta-feira amanheceu fria em Thais, o Rei estava na cama pensativo, havia dormido um pouco, mas um pesadelo com o cão o acordou, levaram até ele o café da manhã, uma maçã, duas bananas e uma taça de vinho, era parte da nova dieta do rei.
A majestade se dirigiu até seu trono e ficou aguardando até o meio-dia, quieto e cabisbaixo. Não dera a devida atenção aos vassalos que foram requisitar auxílio, nem mesmo ao lindo poema élfico recitado em forma de agradecimento ao convite para a festa que estava por vir. Só pensava no cão.
O tempo pareceu passar devagar naquela manhã, quando chegou meio-dia, convidaram o Rei a comparecer ao banquete. Ele se deslocou pelo castelo, esperando encontrar com o cão feliz, abanando o rabo e comendo o suculento filé de troll. Entretanto isso não aconteceu, lá estavam somente seus dois guardas pessoais, o bobo da corte e o matemático do castelo.
O almoço foi rápido, não demorou nem vinte minutos, o Rei convocou uma reunião com o General do exército Harkath Bloodblade, Baxter o guarda do castelo, e com os principais solados do General para a primeira hora da tarde.
Todos foram recebidos no salão real, no total eram oito pessoas, incluindo o próprio rei e o bobo da corte que entrou de penetra na reunião fazendo malabarismos com bolas coloridas.
— Acredito que sabem por que foram convocados para uma reunião a essa hora. Se não sabem, o motivo é o sumiço do cão real, Noodles. — Começou o Rei.— Quero que montem grupos de procura pela cidade e perguntem aos cidadãos se o viram por aí. Ofereçam uma recompensa se for preciso para quem trazê-lo até mim.
Dando um passo à frente o General Harkath disse: — Aposto que foram os edronianos, eles estão ganhando poder e sabem que o senhor tem um imenso apreço pelo cão. — Sempre amedrontado com conspirações continuou – aposto que vão exigir a independência da ilha como resgate.
— Ora General, não seja bobo, aliás, o bobo aqui sou eu, o Noodles deve ter se encantado por alguma cadelinha e foi atrás dela para garantir o futuro da espécie. — Disse Bozo num tom debochado.
— Guarde suas piadinhas para outra hora Bozo, vossa alteza nos deu uma ordem, e devemos obedecê-la. — Disse Baxter educadamente.
A reunião não se alongou, cinco grupos foram montados para procurarem pela cidade, duplas foram selecionadas para ficarem em cada portão de entrada, trios foram dispersos por pontos estratégicos como a fazenda, o porto e o centro comercial.
Cartazes foram espalhados, oferecendo grandes tesouros e dinheiro para quem encontrasse Noodles.
A cidade ficou eufórica, todos queriam a recompensa, alguns aproveitadores até levaram cães de outras raças para o rei, o que mais apareceu naquele dia foram pessoas com gatos alegando ser o cachorro do rei.
A busca durou o dia inteiro, mas sem nenhum sinal de encontrarem o cão.
Quando estavam todos voltando para o castelo para relatar ao Rei que haviam fracassado, um fazendeiro abortou um dos guardas e disse que havia visto um grupo de cães andando perto da montanha de trolls ao sudeste da cidade.
Dois soldados foram até as proximidades da montanha, estava tudo quieto e o céu estava nublado. Viram vultos se movendo perto de uma moita e foram ver o que era, empunharam suas espadas e foram em direção ao vulto, acenderam uma tocha para dissipar a penumbra e viram um cão revirando a carcaça de um veado. Parecia que estavam perto do grupo de cães que o fazendeiro havia falado.
Esconderam-se e ficaram vigiando o cachorro, que latiu e atraiu o resto do bando, sete cães apareceram e começaram a dilacerar a carcaça do veado. Os soldados reconheceram a coleira de Noodles e se dirigiram até ele. A matilha ficou acuada, os cães latiam e mostravam os dentes para amedrontar os soldados.
Os dois soldados não mostraram medo e seguiram avançando para capturar o cão fujão. Vendo a rede em uma mão e a espada em outra, o líder do grupo atacou um dos soldados, que caiu ao chão tentando fazer com que o cão não dilacerasse sua face. O outro soldado não hesitou em sacar a espada e fincá-la no torso do cão, fazendo soltar um último latido de agonia e dor. Antes de morrer ainda esticou a cabeça como se dissesse fujam daqui. Vendo isso, Noodles ficou paralisado e foi facilmente capturado pelos soldados. Os outros cachorros entenderam e embrenharam-se no matagal, mas quando entenderam que o único alvo daqueles homens era o cachorro encoleirado, voltaram e postaram-se ao lado do corpo do líder, lamentando a morte.
Imobilizado em uma rede, a maior aventura de Noodles havia terminado, nunca havia se sentido tão vivo e feliz. Também nunca havia se sentido tão triste como no ocorrido com aquele que o acolhera sem segundas intenções, aprendeu muito com aqueles cães, comuns aos olhos dos homens, mas espetaculares aos olhos deles. Lembrar-se-ia pelo resto da vida das caçadas que fizeram, das brigas, das brincadeiras, de tantas fugas que tiveram que fazer quando tentavam roubar comida. E tudo isso em um único dia. Lembraria de como o líder era fiel ao seu bando a ponto de dar sua vida para protegê-los.
Meia hora depois os soldados chegaram ao castelo, carregando Noodles. O Rei vendo a cena saltou de seu trono alegremente por ter seu fiel amigo de volta.
— Mandem preparar o melhor filé de troll para o meu pequeno Noodles! — Gritava o Rei com um sorriso gigante em seu rosto.
O Rei fora informado do que ocorrera e medidas para a segurança de Noodles agora deveriam ser tomadas, o Rei mandou deixá-lo trancado em uma das torres do castelo enquanto não está na presença de ninguém.
Três dias depois, o Dia do Rei havia começado, a cidade ficou infestada de gente, e o pobre Noodles estava lá trancado no alto da sua nova torre, olhando pela janela seus amigos cachorros e sonhando se em algum outro dia iria vê-los novamente.
O cachorro do Rei tinha de tudo e melhor, vivia cheio de bajulações e carinhos.
O rei da cachorrada tinha uma vida difícil e às vezes sofrida. Mas é livre para fazer o que deseja, é respeitado pelos outros, cuida dos seus companheiros e é amparado pelos amigos de verdade
Trancafiado naquela torre Noodles refletia sobre o que era melhor, ser o Cachorro do Rei ou o Rei da Cachorrada.
Texto 2
Spoiler: Texto 2Uma Missão Real
Carlos e André eram uma dupla quase imbatível. O primeiro era um Cavaleiro de Elite, especialista em Machados e capaz de defender praticamente tudo com o seu escudo. Já André era um Druida Ancião, especialista em curar as pessoas e capaz de recuperar Carlos de qualquer ataque que ele sofresse.
Os dois passaram seus últimos anos em Yalahar, onde uma ligação com o inferno fazia surgir criaturas demoníacas, como diabinhos famintos, ratos infernais, pragas e em alguns casos os próprios demônios.
Mas, após tanto tempo impedindo que aqueles seres alcançassem a cidade, ambos estavam cansados e tinham juntado muitos itens para vender.
Por isso, eles decidiram tirar umas férias das caçadas e rodar o mundo de Tibia procurando os melhores preços de venda.
E foi assim que eles chegaram à cidade Thais, a capital do Reino que leva o seu nome, na esperança de encontrar muitos compradores para os seus itens. Só que encontraram a cidade um pouco diferente do local que eles conheciam anteriormente.
– Não parece a mesma cidade em que fomos promovidos anos atrás, não é mesmo? – perguntou André.
– É verdade... Está tão vazia... Silenciosa... Parece sem vida... – respondeu Carlos.
Eles puderam observar poucas pessoas passando por eles, todas correndo e visivelmente tensas. Algumas pareciam estar fugindo de alguém, enquanto outras pareciam estar procurando alguma coisa.
Na medida em que foram se aproximando do depósito, começaram a ouvir a voz do arauto, que gritava a mesma frase repetidamente.
[Towncryer] - Ouçam-me! Ouçam-me! Noodles se foi, o Rei está desesperado! Encontrem o pequeno malandro, olhem em todos os lugares. Tragam-no de volta para serem recompensados por seu cuidado!
Carlos não deu muita atenção para o que o arauto estava dizendo, mas André guardou bem aquelas palavras, apesar de não dizer nada naquele momento. Os dois entraram no depósito e estavam guardando as suas coisas, quando André finalmente resolveu falar.
– E então? Vamos procurar o cachorro do Rei? – perguntou fingido desinteresse.
– Por que faríamos isso? – questionou Carlos, curioso.
– Você não ouviu? Há uma recompensa! – disse André sem esconder um sorriso.
– Mas nós não tínhamos combinado de tirar umas férias das caçadas?
– Você não pode chamar isso de uma caçada! É apenas uma missão! Uma missão para o nosso Rei! E ainda vamos ganhar alguma coisa! – disse ainda sorridente.
– Tudo bem, mas não vamos perder muito tempo. Ainda temos muita coisa para vender – disse Carlos pensativo.
Após terminarem de guardar todos os itens que pretendiam negociar, os dois seguiram ao palácio real para ter uma conversa com o Rei e tentar descobrir os lugares aonde Noodles poderia ter ido.
Eles encontraram uma pequena fila no palácio, aparentemente eles não eram os únicos interessados na recompensa do Rei. Foram necessárias algumas horas até que fossem chamados por um dos guardas do castelo.
– Vocês dois! Podem vir! – disse o guarda chamado Harsky.
Eles seguiram o guarda escada acima e encontraram um triste Rei Tibianus III, encostado em sua cadeira, com uma aparência ruim e um olhar perdido. Harsky rapidamente se colocou ao lado do Rei, assim como fazia Stutch, o outro guarda.
– Salve o Rei! – disseram Carlos e André.
– Salve o Rei! – responderam os guardas Harsky e Stutch.
– Saúdo-os, meus fieis soldados! Como vocês se chamam? – disse o triste Rei.
– Eu sou Carlos e esse é meu amigo André. – respondeu o cavaleiro com cuidado.
– Eu me lembro de vocês! Parece que foi outro dia que eu os promovi a Cavaleiro de Elite e Druida Ancião! Por onde vocês andaram? E o que estão fazendo aqui? – disse o Rei um pouco mais animado.
– Isso mesmo, senhor! Nós passamos alguns anos em Yalahar, lutando contra criaturas demoníacas. – Carlos fez uma pequena pausa antes de dizer o motivo da visita – Estamos aqui pelo Noodles, senhor!
– Ah claro! O cão real desapareceu! Mais uma vez! – o tom triste na fala do Rei voltou rapidamente - Eu aposto que ele está fazendo uma caminhada em algum lugar fora de Thais. Se vocês quiserem ajudar a trazê-lo de volta, eu poderia entregar-lhes uma de suas coleiras.
– Isso seria muito útil, senhor! – respondeu André.
O rei fez um sinal para o guarda Stutch que pegou uma das guias do cachorro em uma gaveta atrás deles e a entregou a André.
– Aí está uma das coleiras do Noodles! Espero que ele a reconheça e encontre o caminho para o castelo! – disse o Rei triste novamente por lembra do sumiço de seu cão.
– Pode ficar tranquilo, senhor! Nós vamos encontrá-lo! – disse Carlos tentando transparecer confiança.
Os dois se despediram do Rei e saíram do castelo para começar a busca.
– E então, André, tem alguma ideia? – perguntou Carlos apreensivo.
– Bem... Eu estivesse pensando... Cachorros gostam de ossos... Então ele pode estar em algum... – André foi subitamente interrompido por seu amigo.
– Em algum cemitério! – disse Carlos contente – Você é muito inteligente, meu amigo! Vamos para o cemitério da cidade!
Assim, os dois seguiram para o cemitério de Thais com uma grande expectativa de encontrarem o Noodles lá. Entretanto, a expectativa diminuiu bastante logo que eles chegaram no local.
– Parece que não fomos os únicos a ter essa ideia... – disse Carlos desolado ao ver o cemitério cheio de aventureiros procurando pelo cão. – Acho melhor irmos procurar em outro lugar...
– Calma aí... Acho que eu sei aonde o Noodles está! Vamos ali! – André sussurrou.
Os dois então foram para trás de um arbusto, ao lado de uma árvore morta, onde André apontou um estreito buraco no chão.
– Lá embaixo tem uma cripta com alguns caixões, abandonada, aposto que ele está lá em baixo! – André sussurrou novamente.
– Pode ser... Mas se nós descermos, todos irão ver... – disse Carlos apontando para as pessoas que estavam no cemitério – eles vão vir atrás e alguém pode acabar encontrando o Noodles antes de nós!
– Não se preocupe! Eu vou levá-los para longe! – respondeu o Druida. – Espere-me aqui!
– O que você vai fazer? – perguntou o Cavaleiro.
– Utevo Res Ina “Dog” – André pronunciou as palavras mágicas.
Carlos ficou apenas assistindo, enquanto o seu amigo diminuía de tamanho, ficava em quatro patas e por fim se tornava um cachorro completo.
– Woof! Woof! – latiu o Druida como um verdadeiro cão.
Na mesma hora, todos os aventureiros olharam para aquele cachorro que partiu em disparada rumo à floresta, sendo seguido por todos os presentes, exceto o Cavaleiro de Elite Carlos.
Passaram-se poucos minutos e o Druida Ancião voltou da floresta, como um humano normal.
– Vamos descer logo, antes que eles percebam o truque. – disse André sem esconder o sorriso.
Rapidamente, os dois desceram o buraco até a cripta subterrânea. Eles viram dois caixões logo à frente e ouviram alguns barulhos, mas não conseguiam enxergar muita coisa devido à escuridão do local.
– Utevo Vis Lux – pronunciou o Druida.
A magia de André rapidamente iluminou o lugar e revelou as criaturas que habitavam aquele lugar: os Trolls.
Carlos se animou para o combate, mas o Druida tratou de usar uma nova magia.
– Exevo Tera Hur – pronunciou novamente.
Plantas surgiram por todo o lugar, agarraram os Trolls e os prenderam ao chão, até que todos sufocassem.
– Eu achei que fosse lutar... Estou com saudade de uma boa luta... – murmurou Carlos.
– Guarde suas energias para encontrar o cachorro... – retrucou André.
A fala do Druida foi interrompida por latidos de diversos cães.
– Trolls comem cães! Eu tinha me esquecido disso! Eles devem guardar os animais aqui! Espero que o cachorro do Rei ainda esteja vivo! – disse André agitado.
Os dois começaram a olhar ao redor procurando Noodles e acabaram encontrando diversos cães, mas nenhum se parecendo com o cão real.
André então pegou a coleira que o Rei havia lhe dado e começou a chacoalha-la no ar.
– Noodles! Noodles! Vem cá garoto! – gritava o Druida, até que escutou o latido inconfundível.
– Woof, Woof – latia um cachorro em algum lugar próximo.
– Noodles! – gritou Carlos enquanto ia em direção ao barulho – Você está aí campeão! – disse sorridente ao ver o cachorro!
André se aproximou rapidamente, abrindo a coleira para colocar no cão, mas o animal foi recuando, recusando a coleira.
– O que foi Noodles? Não quer voltar para casa? – perguntou André ao cão, como se ele pudesse responder.
Curiosamente, o cachorro deu uma volta para trás, foi andando até o canto e se sentou ao lado de uma pequena cachorra branca.
– Arranjou uma namoradinha? – disse Carlos rindo alto – Vamos leva-la conosco! Pegue-o André!
O Druida colocou a coleira no Noodles e começou a o puxar, enquanto o Cavaleiro pegou a pequena cachorra no colo.
Assim, eles levaram não apenas o Noodles, mas também uma companheira para ele, que mais tarde ficou conhecida como Poodla.
Os dois aventureiros foram recebidos com muita festa no castelo do Rei Tibianus III que como prêmio deu 500 moedas de ouro para cada um.
Dizem que depois que a Poodla foi para o castelo, Noodles nunca mais fugiu de lá.
E conta-se ainda que quando eles tiveram filhotinhos, a primeira ninhada foi enviada em uma cesta como presente aos dois bravos aventureiros Carlos e André, salvadores do cão real.
Boa sorte!
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