Que venha a quinta disputa!
O tema escolhido foi Draconia.
Vale relembrar que todos podem votar até dia 15/04/2012 (domingo), e no caso de empate, mais dois dias de votação!
Como é de praxe, os autores não terão seus nomes revelados. Sigam os textos:
Spoiler: Texto 1Conto sem título.
- EXEVO GRAN MAS FRIGO! - Gritou a jovem druida aos prantos, ao ver a espada do homem que jurou um dia desposá-la, sob as patas daquela horda de dragões.
Em uma fração de segundo, todo o banho de sangue que assolava as terras de Tibia há quase três meses havia terminado. Uma poderosa tempestade de gelo formou-se em torno da jovem druida e assim que seus tornados perderam força, pude ver flocos de neve caindo sobre aquele mar de estátuas.
Se não tivesse visto com meus próprios olhos, diria que aquilo fora obra de medusas. Centenas de dragões petrificados. Draconia, o lar dos dragões, agora não passava de um cemitério.
Três meses antes...
Eu te vejo mais tarde! - Disse o jovem guerreiro sorrindo.
Acenar com a cabeça. Foi a única coisa que consegui fazer. Não sei porque depois de todos esses anos, ainda estremeço quando ele sorri assim para mim. Treze anos se passaram, e ainda consigo sentir meu coração pulsar tão forte quanto a primeira vez, como se quisesse saltar para fora do meu peito.
Não sei se foram os conselhos da mamãe, mas sempre sonhei em me casar com um homem nobre de espírito, que fosse doce o suficiente para me fazer corar, mas destemido igualmente para me fazer suspirar.
Eu tive certeza, no momento em que nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, que eu o amaria pelo resto da minha vida e que nada nem ninguém poderia destruir isso.
Apesar da torcida do papai, decidi me tornar uma druida. E isso não tem nada a ver com o fato do Ustan ter escolhido ser um guerreiro, ou talvez sim. Talvez nossos destinos tenham sido laçados antes mesmo que eu pudesse julgar que minha escolha foi puramente vocacional.
Mas isso não importa, o que importa é que finalmente vamos nos formar. Mal posso me conter em imaginar a rainha nos promovendo. Finalmente, depois de tantos anos de estudo e treinamento, poderemos exercer nossa profissão e finalmente nos casar.
13 de julho de 1057
A noite foi maravilhosa. A cidade de Carlin estava toda decorada, as pessoas na rua pareciam festejar, e deveriam, afinal, quantos novos magos, guerreiros, paladinos e druidas nossa cidade ganharia aquela noite? Talvez alguns até fossem convocados para servir a rainha.
Não me lembro de nenhuma outra noite tão perfeita. Céu estrelado, sem nuvem alguma, uma brisa fresca balançando meus cabelos. Finalmente seria digna de usar a pele de um lobo sobre minha cabeça... que sonho!
Eu só conseguia pensar nisso até que adentrei o jardim do palácio. Ao lado de alguns amigos em comum lá estava ele. Com seu uniforme negro, botas brancas, impecavelmente polidas e lustradas. Eu podia ver a bainha de sua espada brilhando sob suas costas e seu cabelo cor de avelã escorrendo levemente sobre o olho.
- Como ele é lindo! - Disse comigo mesma, paralisada, sentindo minhas pernas de repente ficando trêmulas ao perceber ele caminhando em minha direção, abrindo aquele sorriso que me encantava.
- Parabéns Sr. Yothur, imagino que esteja orgulhoso da Clara. Uma elder druid em casa, quem diria, filha de um sorcerer tão bem renomado quanto o senhor. Sem contar claramente, que é filha de uma das melhores paladinas de Carlin. É um prazer revê-la Sra. Luminah.
- O prazer é nosso Ustan. Imagino o quanto seus pais estão orgulhosos de você também. O melhor cavaleiro desta turma, me agrada muito seu noivado com a Clara. A noite de hoje vai marcar uma nova etapa na vida de vocês. Estou orgulhosa dos dois, de minha filha e de você também meu genro.
Papai apertou a mão dele, mas como sempre, não disse nada, só concordou. Fico imaginando como foi que mamãe se apaixonou por ele. Olhando para ele, enfiado no sótão com aquelas dezenas de caldeirões e livros de magia, não consigo imaginar o que foi que ela viu de tão especial...
Envolta em meus pensamentos, a chegada da rainha foi anunciada. Todos se prostraram em respeito e a cerimônia começou.
Um a um, vi muitos de meus amigos serem chamados por nossa alteza, sendo abençoados, promovidos e em alguns casos, recrutados para servir a coroa.
Mal consegui segurar as lágrimas quando ouvi ela chamar pelo nome dele. Eu não conseguia contar todas as qualidades que eu enxergava naquele homem. Tão honesto, determinado, justo, disciplinado, irreverente...
Antes mesmo que eu pudesse terminar de nomear suas qualidades, vi a rainha lhe entregando o espinho que faltava em seu uniforme. Muito honrado ele beijou a mão da rainha Eloise e seguiu destino.
Apesar de amar minha profissão e estar completamente feliz em ter me formado, a única coisa que procurei ver ao receber a pele de um lobo branco das terras geladas de Svargrond, foram os olhos do meu amado noivo. Queria ter certeza de que o orgulhava também, e meus olhos voltaram a inundar quando o encontrei em meio a multidão me aplaudindo, sorrindo para mim.
Não foi surpresa alguma quando a rainha chamou o seu nome, eu por minha vez, parecia não ter impressionado muito, mas isso não importava. Com Ustan à serviço da corte, eu sabia que era apenas uma questão de tempo para que pudessemos nos casar e ter nossa vida.
Tudo bem. Confesso que fiquei um pouco chateada. Apesar de me negar a usar magias de ataque contra qualquer criatura viva, eu sempre fui a melhor druida no quisito cura. Não poderia ser útil assim? Só porque me nego a matar eu não sirvo para a coroa?
Talvez eu abra uma loja de runas, poções de cura, porque não? Não vou abrir mão dos meus princípios. Druid cura, não mata e ponto final.14 de julho
O grande dia finalmente chegou. Passei a manhã ajudando a mamãe na cozinha. O sol está radiante, mas duvido que esteja mais do que eu. Eu vou me casar! La-la-la-la!
14 de julho, 18:35
Ele acabou de ir embora. Finalmente é oficial, ganhei minha aliança e a data do casamento foi marcada. Dia 10 de outubro eu serei dele, e ele será meu, para sempre.15 de julho
Primeiro dia de serviço do Ustan. Passei o dia agoniada. Como é ruim ficar longe dele, o que vou fazer agora que não passamos mais o dia inteiro juntos?
Sei que ele faz isso por nós, mas eu senti um vazio tão grande... sinto que ele também sentiu minha falta, mas ele está animado. Como primeiro serviço, capturou e entregou a rainha um lenhador que estava desmatando as florestas de Carlin. Lumberjack o nome dele se me recordo bem. Nada mal para o primeiro dia.16 de julho
Novamente contei as horas para ter notícias do meu amor. Temi por ele quando soube que o banco de Carlin havia sido roubado, e que o suspeito era ninguém menos que Robby the Reckless, o ladrão de bancos mais perigoso de todo o continente. Felizmente, graças as suas habilidades, com apenas um golpe, o ladrão caiu inconsciente, foi preso, e o dinheiro foi resgatado e devolvido ao banco.
Com tanta destreza e competência, a rainha decidiu promover Ustan para o mais alto escalão e ao que me parece, as missões podem ficar mais perigosas. Que Deus o abençoe.17 de julho
Estou apavorada. Chegou ao conhecimento da rainha, que a cidade de Ab'dendriel está ardendo em chamas! Parece que dragões andaram atacando a cidade. Apesar dos elfos serem criaturas mágicas muito desenvolvidas, não conseguiram conter o ataque e mandaram um pedido de socorro para a rainha. Ela enviou alguns de seus soldados. Graças aos deuses, Ustan estava em uma missão em Thais. Parece que o cachorro do Rei fugiu...18 de julho
Muitos dos soldados enviados à Ab'dendriel não retornaram. Não se sabe de onde surgiram esses dragões, nem o que querem, mas estão causando muita destruição. A missão de reconhecimento preocupou a rainha. Ela está formando um exército para enviar a cidade vizinha e aniquilar os dragões. Cloude, o paladin que morava aqui na frente de casa não resistiu, a família está inconsolável. Um menino tão cheio de vida...
Pelo que soubemos arrebatou três dragões atirando dardos com sua crossbow, mas foi pego desprevinido por trás e foi queimado vivo por um dragão de escamas vermelhas. Onde estavam os druids nessa hora? Estou rezando para que a rainha envie meu amor para terras distantes em alguma missão boba. Não quero que assem meu noivo.19 de julho
Santo cristo! Venore foi atacada também! Dezenas de dragões sobrevoando a cidade e cuspindo fogo! De onde surgiram? Não consigo parar de pensar nisso. A rainha teme por seu povo, ordenou que deixássemos nossas casas e nos abrigássemos nos esgotos de Carlin. Ao que me parece, os poucos Venorianos que restaram fugiram para Thais.20 de setembro
A situação vai de mal a pior. Dragões por todo continente tibiano, estamos sob um ataque muito maior do que imaginávamos. Agora mais do que nunca sinto a necessidade de registrar o que vem acontecendo, mas estou exausta. Passo a maior parte do tempo curando as pessoas. Vizinhos que se arriscam a subir para ir atrás de comida e água. Crianças estão adoecendo, tem muitos ratos nesses esgotos.
Tenho concentrado toda minha habilidade mágica para curar os feridos, mas estou ferida por dentro. Há quase dois meses não tenho notícias do meu amor. Poucos dias depois do ataque à Venore, um exército saiu em direção à Ab'dendriel. Os melhores guerreiros, paladinos, magos e druidas de Carlin seguiram ao nordeste, a fim de encontrar o ninho destes dragões e aniquilar esse banho de sangue.
Também fomos atacados, mas como a rainha foi esperta em nos mandar para os esgotos, os dragões logo desistiram ao não encontrar resistência e não voltaram mais. Ainda assim, volta e meia, um ou outro sobrevoa a área, o que torna tão perigoso nossas escapadas em busca de suprimentos.
Apesar de servir a coroa há pouco tempo, Ustan foi resignado para liderar o exército, encontrar o ninho dos dragões e destruí-lo. Preciso de notícias dele. A falta delas está me matando por dentro.Naquela noite, depois que notou que todos haviam adormecido, a jovem druida se levantou com cuidado. Despediu-se de longe de sua família, soprando beijos ao vento, levando consigo algumas poções de mana fluid e alguns cogumelos vindos de Edron. Deixou para trás uma carta aos pais explicando porque partira e seu diário.01 de outubro
Chega! Não aguento mais esperar. Partirei hoje a noite. Preciso encontrar meu amado, me mata ficar aqui parada sem saber de seu paradeiro. Me dói deixar meus pais, amigos e vizinhos para trás, ainda mais sabendo que talvez essa seja a última vez que os verei. Não sei lidar com ataque, provavelmente se algum dragão me açoitar o máximo que conseguirei fazer é correr e me curar mas eu preciso saber, preciso saber se o homem que amo ainda está vivo.
Com muito medo, seguiu caminho para Ab'dendriel, camuflando-se entre os galhos das árvores que ainda restavam. Depois de duas noites de viagem, a jovem druida finalmente chegou as terras de Ab'dendriel. A cidade que já fora considerada um dos cartões postais mais belos do Tibia por suas matas e flores, estava completamente destruida. Não havia sinal de vida, só haviam cinzas.
Clara tentou mentalizar a cidade e suas construções para se orientar e seguiu em direção ao antigo banco da cidade. Descendo por escombros, conseguiu chegar ao sub-solo da cidade, onde encontrou um grupo de guerreiros muito feridos.
Eles contaram que logo que chegaram a cidade, foram bombardeados por bolas de fogo e que muitos guerreiros foram capturados pelos dragões, que voavam o mais alto que podiam e depois os soltavam. Uma chuva de guerreiros caindo, uma chuva de horror.
A jovem druida não se demorou a perguntar sobre o noivo. Um dos guerreiros disse que ele havia partido em busca do ninho dos dragões, que ninguém quisera acompanhá-lo pois ele acreditava que o caminho se dava pelo Hellgate, um lugar sombrio, cheio de mistérios e mortos-vivos. Rumores diziam que poucas pessoas saíam de lá, muitas se perdiam em seus labirintos e nunca mais eram vistas, mas ainda assim o nobre guerreiro quis tentar.
- Ele disse que precisava terminar o que havia começado, que precisava voltar para casa. - Disse um dos feridos.
Aparentemente, sem pensar mais que o necessário, a jovem druida seguiu caminho para o Hellgate, na esperança de encontrar seu noivo. Caminhou dias a fio e encontrou todos os tipos de criaturas. De rotworms à giant spiders, viu a morte diante de seus olhos várias vezes, mas não quebrou sua promessa, de não matar nenhuma criatura viva. Ela corria, se esquivava, e usava todo seu poder para se curar.
Mesmo não usando o ataque a seu favor, a jovem druida conseguia se curar seguidamente, nenhum elemento parecia causar dano nela por muito tempo, com palavras mágicas, ela logo se livrava da maldição imposta a ela por seus adversários e sem perder as esperanças continuava a rondar cada pedacinho daquele lugar.
Com muito custo, exausta e faminta, Clara encontrou recipientes de life fluids vazios largados ao chão. Isso lhe renovou as esperanças de que finalmente estava no caminho certo, e que cedo ou tarde encontraria seu noivo.
Poucas horas depois, Clara notou um feixo de luz vindo do norte da caverna e ao se aproximar da estreita passagem sobre sua cabeça, ouviu muitos rugidos e barulho de brasa. Com muito cuidado para não ser notada, Clara usou uma magia de levitação e pode contemplar com seus olhos o ninho dos dragões.
Haviam centenas deles enfurecidos, muitos brigavam entre si, enquanto um dragão vermelho gritava lá do alto coisas sobre queimar, fazer arder...
A jovem druida estava com muito medo, tentando absorver aquela imagem horrenda quando percebeu um motim de dragões no centro do local. Temendo que fosse tarde demais, Clara correu para o centro do ninho.
- EXEVO GRAN MAS FRIGO! - Gritou a jovem druida aos prantos, ao ver a espada do homem que jurou um dia desposá-la, sob as patas daquela horda de dragões.
Em uma fração de segundo, todo o banho de sangue que assolava as terras de Tibia há quase três meses havia terminado. Uma poderosa tempestade de gelo formou-se em torno da jovem druida e assim que seus tornados perderam força, pude ver flocos de neve caindo sobre aquele mar de estátuas.
Se não tivesse visto com meus próprios olhos, diria que aquilo fora obra de medusas. Centenas de dragões petrificados. Draconia, o lar dos dragões, agora não passava de um cemitério.
Ao mesmo tempo que congelou todos os dragões com a tempestade de gelo, Clara envolveu o corpo de Ustan e o seu numa esfera protetora, curando o jovem guerreiro a essa altura quase à beira da morte, e recuperando os danos recebidos no trajeto até o centro do ninho.
Deslumbrado com o que acabara de ver, demorou um pouco para que o guerreiro notasse sua noiva ajoelhada, com os olhos apertados, soluçando e chorando sem parar.
- Eu estou aqui meu amor. - Disse o guerreiro enquanto abraçava a jovem druida.
- Eu achei que... eu achei que...
- Xiuu. Está tudo bem meu amor, acabou.
Por alguns momentos a druida chorou. Chorou por ter ído contra seus princípios, de jamais matar, mas como não matar se estavam prestes a matar o amor da sua vida?
Chorou por temer não chegar a tempo, por não ter coragem de abrir seus olhos e ver o que não queria, chorou por imaginar que todos seus sonhos poderiam ter terminado ali.
Não se sabe ao certo se foram os deuses que abençoaram o jovem casal, ou se foi o destino que os salvou, mas eles sabiam que era apenas uma questão de tempo para que aquele passado sangrento fosse dando lugar as lembranças dos bons momentos que ainda teriam juntos, afinal, eles eram jovens, tinham uma vida pela frente e um casamento marcado.
Por fim, o dragão de escamas vermelhas parece ter perdido o juízo ao ver seus filhos petrificados. Reza a lenda de que ele ainda habita o lugar, e que barganha cogumelos brancos em troca de uma saída rápida do cemitério.
Sim, Draconia é apenas um cemitério de dragões nos dias de hoje, vigiado pelos elfos.
- Sua mãe, é uma druida muito corajosa, assim como você meu amor. E está tarde, vou descansar porque amanhã tenho que ir atrás de um peixe muito raro para a rainha, que aparece num riacho lá nas terras de Zao. E você tem aula, portanto boa noite Vick, eu amo você. - Disse Ustan a sua primogênita.
- Também amo você papai, boa noite.
Spoiler: Texto 2Os dragões de Draconia
De fato, não é todo dia que se vê um casal formado por um experiente cavaleiro e uma hábil paladina perambulando por Ab'dendriel, a cidade dos elfos.
Certamente, aquele casal não estava lá por acaso. Apesar de Ab'dendriel ser uma das mais belas cidades de Tibia, com sua arquitetura magnífica e suas lindas árvores e plantas abençoadas pelos simpáticos elfos da cidade, ninguém ia lá por acaso.
Além da cidade ser um belo ponto turistico, tanto para cidadões normais quanto para guerreiros, era cercada de mistério e rumores sobre uma antiga ilha perdida, dominada por um velho dragão vermelho, denominada pelos elfos de Draconia. Isso era simplesmente um chamarís para grupos de guerreiros dispostos a arriscar a vida por um suposto tesouro contido nessa ilha.
Mas na verdade, Michael e sua amada esposa Anghelina não estavam largando tudo para trás somente pelo tesouro. Os dois se conheciam desde pequenos, e com o passar dos tempos foi surgindo uma atração, muito mais que amizade entre os dois. E isso resultou em um casal um tanto raro nos dias de hoje. Um experiente cavaleiro, ocupando os mais altos níveis da guarda real de Thais, e uma hábil caçadora e paladina, amante da natureza e florestas.
Mas se tem uma coisa que os dois tem em comum é sua paixão por arqueologia e possíveis descobertas revolucionarias. E a história de uma ilha perdida governada por um dragão vermelho é convictiva o bastante para os dois arriscarem a vida tentando descobrir se é verdade ou passa apenas de uma lenda.
Na verdade, o casal está estudando o local e suas possíveis entradas a meses. E o que descobriram os chocou muito.
Quando Ab'dendriel não passava de uma densa floresta e os elfos chegaram nela para a trasnformarem no que é hoje, encontraram alguns habitantes um tanto hostis, que foram chamados de Bonelords. Esses habitantes acabaram por resistir às tropas de elfos enviadas para destruí-los por completo, acabando com muitas vidas . Com o poder de invocar esqueletos e esqueletos demoníacos, estes seres causaram grande prejuízo aos elfos, que decidiram por construir uma prisão, onde isolaram os Bonelords do resto da cidade. A chave desta prisão foi guardada por anos e anos, até que surgiu a cuiriosidade humana e a vontade de se aventurar por aquela prisão habitada pelos terríveis Bonelords. Apartir dai, a chave desta prisão é vendida por um preço de 5.000 moedas de ouro à todos aqueles que quiserem entrar na prisão, chamada de Hellgate.
E ai que entra o mais impressionante, rumores dizem que na parte mais profunda dessa prisão, está a entrada para Draconia.
Essa informação, estando certa ou não, era a única na qual tinham para confiar. Era tudo ou nada. O casal estava se preparando a dias para aquela expedição. Não seria na última hora que iriam desistir.
- Está pronto para partir Michael ? - Anghelina perguntou para seu esposo, que estava colocando algumas últimas coisas na mochila.
-Estou sim querida. - Michael, disse fechando a mala e andando em direção de Anghelina. - Pegou bastante munição ?
- Mas é claro que sim. Nunca saio para uma caçada ou expedição sem no mínimo 100 flexas em minha mochila. - respondeu Anghelina andando até a porta da pousada onde tinham se hospedado desde que chegaram em Ab'dendriel. - A propósito, hoje de manhã acertei nossa conta na pousada. Só falta descermos até o andar de Hellgate e comprar a chave daquele homem que nos prometeu vende-la por apenas 4.000 moedas. - Anghelina avisou Michael, que era um tanto esquecido, principalmente quando o assunto envolvia dinheiro.
-Bem, então estamos prontos!
Os dois se dirigiram para as escadas que levavam para o subsolo da cidade. Já estava escurecendo, mas isso nãoi faria diferença. Lá embaixo era escuro qualquer hora do dia.
Chegando no andar de Hellgate, os dois se dirigiram para o homem desconhecido que estava à direita da entrada, como prometido.
- Certo, temos que ser rápidos. Me de o dinheiro que eu te dou a chave. - disse o homem desconhecido mostrando a chave, um tanto nervoso, como se estivesse fugindo de alguém.
Michael entregou as moedas na mão do homem desconhecido e recebeu a chave na outra. No mesmo instante o homem agradeceu e sumiu nas sombras.
- Que cara estranho! - Anghelina disse pegando a chave e abrindo a porta da prisão.
"Atenção! Você está entrando em território hostil. Por favor, tranque a porta e fique ciente que você está correndo risco de vida e que qualquer dano causado à você mesmo ou à seus companheiros é sua por sua responsabilidade". Dizia a placa logo ao entrarem em Hellgate.
- Mas que coisa! Eles amedrontam a pessoa antes mesmo dela entrar na prisão. Realmente deve ser muito perigoso ai dentro. Vamos tentar chamar menos atenção possível. - Michael disse se virando para pega uma tocha e pedras de fogo em sua mochila.
Os dois caminharam por horas. Antes de sairem da pousada haviam descansado bem, pois sabiam que ficariam no mínimo 24 horas para atravessar toda Hellgate. As primeiras 3 horas foram tranquilas. Apenas caminhos únicos e estreitos, sem qualquer tipo de ameaça a não ser alguns insignificantes esqueletos, que eram derrubados com apenas um golpe de espada de Michael.
- Que estranho. Parece que está tudo tão fácil. - comentou Anghelina para seu marido, do qual estava calado a praticamente 2 horas.
- O real perigo está quando descermos mais. Por enquanto é tudo bem fácil. Mas acredito que esses tal Bonelords não sejam grande coisa também. - respondeu rispidamente para Anghelina.
As outras 5 horas que se seguiram foram bem tranquilas, igualmente as 3 primeiras. Os dois pararam por cerca de meia hora para descansar as pernas e comer e beber algo, e prosseguiram, sempre descendo, cada vez mais. Até que ouviram alguns barulhos estranhos, como ossos batendo uns nos outros.
-Preparessa querida, devem ser os Bonelords. - avisou Michael, desembainhando sua espada.
A figura que se seguiu não foi o que esperavam. Na verdade, os Bonelords não eram tão terríveis como comentavam. Michael foi na frente como de costume e Anghleina atacava com flexas. Os esqueletos invocados eram por conta de Michael, enquanto Anghelina concentrava-se apenas no Bonelord.
E assim foi o caminho inteiro. Toda vez que aparescia um Bonelord, eles o derrotavam tentando seguir a técnica padrão, que era com Michael na linha de frente e Anghelina lgo atrás lançando flexas contra o Bonelord. Teve alguns Bonelords mais fortes que deram um tanto de trabalho para Michael, que aacabou com uma grande e dolorosa ferida no braço. Michael improvissou uma pasta cicatrizante com algumas ervas medicinais que carregava consigo em expedições com grupos menores. Mesmo assim, a ferida foi latejando durante todo o trajeto por Hellgate.
O casal foi se esgueirando pela Hellgate inteira. Tentando fazer o mínimo de barulho, e enfrentar os Bonelords um por vez. Também evitaram ficar no centro de salas grandes, preferindo ficar bem rente às paredes, fazendo com que os Bonelords muitas vezes não os avistassem.
Até que chegaram em uma parte do qual parecia ser o fim de Hellgate.
- É, parece que acabou. E não tem nada. Provavelmente era tudo uma mentira! - Michael resmungou furioso.
-Acalme-se querido. Pelo menos vamos ter uma grande aventura para contar para todos! Um dos únicos grupos a enfrentar Hellgate até o fim. - Anghelina consolou seu marido que foi se sentar em uma pedra para descansar seus músculos cansados e lesados por alguns Bonelords mais durões, do qual pareciam ser mais velhos e experientes que os Bonelords convencionais.
No mesmo instante que Michael sentou na pedra, a parede na frente deles se moveu e uma passagem secreta abriu-se.
-Nossa! Olhe só, essa pedra ativa uma passagem secreta querida! Achamos, achamos Draconia!!! - Michael começou a pula de alegria.
-Acalme-se, primeiro precisamos ver se realmente é Draconia. - Anghelina trouxe Michael de volta para a realidade.
Os dois atravessaram a passagem secreta, subindo uma escada do qual os levou para a superfície de volta. Eles olharam em volta e viram que estavam em uma pequena ilha, do qual havia um castelo no meio, bloquendo a paisagem, do qual muito provavelmente seria possível ver o outro lado da ilha, já que ela era muito pequena mesmo.
-Vamos amor, vamos até o castelo. - Anghelina disse se virando e andando em direção do castelo.
-Mas espere um pouco, nas escrituras diziam que o dragão que habitava Draconia não era hostil, mas será que é verdade ? - Michael interrompeu Anghelina que andava decididamente até a entrada do castelo de quatro andares.
-Só há um geito de descobrirmos. - a mulher respondeu.
Os dois entraram no castelo, do qual parecia abandonado. Não havia nada nem ninguém nele, apenas a mobilia e alguns quadros de antigos dragões, provavelmente importantes.
O casal subiu até o terceiro andar sem grandes mudanças na monotina do castelo, até que avistaram uma grande porta e entraram.
A cena que se seguiu foi a de cerca de 20 dragões, incluindo dragões verdes e vermelhos os observando com caras de assustados e ao mesmo tempo curiosos.
- Olá dragões. Não queremos briga, apenas queremos nos comunicar com vocês. Vocês entendem nossa língua ? - Michael indagou para os vinte dragões que o olhavam com curiosidade. - Vocês entendem o que estou falando ???
- Humanos na nossa ilha. Que coisa mais...surpreendente. - um dos dragões vermelhos, do qual parecia ser o chefe disse para a turma. - Não se preocupem humanos, a anos estava querendo conhecer um humano de perto. Se vieram em paz não precisam se preocupar.
- Nossa! Então vocês também falam a nossa lingua. - Dessa vez foi Anghelina que falou.
- Claro que falamos. É o nosso geito de se comunicar, assim como vocês humanos. Nós não somos hostis, diferente dos "dragões de caverna" que vocês encontram por ai. Nós poderiamos conviver civilizadamente e sem nenhum problema com os humanos e elfos. Pena que eles não pensam da mesma forma. - Um dragão que estava no meio da mesa respondeu para Anghelina, que ficou curiosa.
-Puxa vida, nunca pensei que conversaria com um dragão. Mas...e aquela antiga história do tesouro que havia nessa ilha. - Michael perguntou para o grupo de dragões que agora voltaram a conversar uns entre os outros.
- Tudo mentira, o que temos aqui é apenas esse castelo onde vivemos. Saimos para caçar veados e ursos pela noite e estocamos comida para o dia. E assim que vivemos desde sempre. - O dragão vermelho chefe respondeu para Michael que ficou boquiaberto.
- Então, nós viemos aqui achando que vocês eram hostis. Não liguem para nossas armas, não vamos fazer nada com nenhum de vocês. - Anghelina se explicou tentando disfarçar a flexa pronta no arco e a devolvendo para a alvaja.
- Nós sabemos que não. - O dragão vermelho respondeu para ela. - Nós dragões temos o poder de observar nos olhos dos outros o que querem. E está nos seus olhos que você estão aqui mais por quesitos históricos e curiosidade do que para nos ferir ou atrás de qualquer tesouro.
Os dois concordaram mentalmente com o que o dragão os havia dito.
- Agora, se não se importarem, gostariamos de que se retirassem. Já que parecem cansados e machucados. - O dragão disse se dirigindo para o braço ferido de Michael. - Nós até os ajudariamos, mas não temos os ingredientes necessários para estancar essa ferida. Além do mais, Bonelords e esqueletos são criaturas sujas, seria melhor você lavar essa ferida ou terá sérios problemas.
- Como saimos daqui ? - Indagou Michael.
- Por aqui venham.
O dragão os guiou por um imenso corredor, do qual abrigava um portal no final.
- Seria melhor que não espalhassem isso por ai. Vocês sabem como são os outros humanos. - O dragão vermelho os informou. - A propósito, meu nome é Malkatar, o dragão Malkatar.
- Pode deixar, nos lembraremos disso para sempre. E não se preocupe pois não vamos contar nada para ninguém. - Anghelina respondeu para Malkatar. - E meu nome e Anghelina, e esse é meu marido Michael.
- Boa sorte com seu braço Michael, foi um prazer conhecê-los, Michael e Anghelina. Adeus. - Malkatar disse e os empurrou para o portal.
Os dois sairam no centro de Ab'dendriel, por sorte não havia ninguém por perto para testemunhar a estranha aparição de Anghelina e Michael, o único casal que teve a oportunidade conhecer os dragões mais de perto, e descobrir que muitas vezes, a raça humana e élfica são mais hostis do que os que denominamos de "monstros".
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. O segundo teve muitos erros, de vários tipos, mas foi uma narrativa mais gostosa de acompanhar, mais ao clima tibiano, aventura do começo ao fim. Mas entre um bom português e uma boa história, prefiro uma boa história. A imaginação, boa narrativa e criatividade do escritor é o que realmente dá vida ao texto. Por isso, meu voto vai pro Texto 2. Mas vale lembrar que não foi também uma história excelente, poderia melhorar em muitos aspectos. Ganhou meu voto, mas por pouco.

