Estimativa do Samy Dana e outros cara, me parece realista
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Estimativa do Samy Dana e outros cara, me parece realista
Qual sentido de discutir esses nrs com 300 testes por 1m?
Acho que oq ainda vale pra analisar prognósticos é discutir a evolução de casos novos (supondo mesma proporção de testes mantidas), e esses felizmente estão de fato se saindo melhor do que previsto.
Navegar é Preciso
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Para quem gosta de análises positivas, é longa mas está sendo atualizada, abre espaço para o contraditório e é minimamente honesta. Acho que vale a pena a leitura:
https://medium.com/@flohagenbuch/vem...9-96663d3cf1ed
Última edição por Bob Joe; 19-04-2020 às 14:19.
Liga das Lendas: Vintas
Estudo muito interessante.
Me assusta o contágio do vírus, capacidade muito alta, acredito que não se sabe ainda o real poder de contágio dele. Não é impossível imaginar que o contato pelo ar por metros seja real.
Mas alivia um pouco as notícias boas que ele cita, são fatores que de fato podem colaborar para o Brasil não ter explosão de casos.
Falando aqui de uma coisa diferente, mas relacionada, que é a questão de como as escolas e instituições de ensino estão lidando com as políticas de isolamento social. Vou falar de uma perspectiva pessoal, sem nenhum estudo ou número ainda, apenas para quem se interessar.
Como sabem, as escolas e instituições de ensino de todo o país estão paradas devido ao isolamento. É uma medida até óbvia, se você consegue juntar dois neurônios (apesar de um retardado ou outro não entender o porquê): apesar de crianças e adolescentes serem, aparentemente, menos afetados pela COVID-19, a grande aglomeração e o trânsito desses indivíduos, misturada à dificuldade em manter medidas sanitárias eficientes, principalmente em certas faixas etárias, faz com que as crianças atuem como "motoboys" para o vírus. O contato dessas crianças com os profissionais que atuam com elas (professores, gestores de educação, funcionários de escolas, transporte escolar e etc), bem como com os pais ou responsáveis, seria crítico para a proliferação do vírus. Sem testes o suficiente, a situação seria ainda pior e incerta, para não falar desesperadora.
Tudo isso forçou o cancelamento de aulas presenciais e, em algumas esferas da educação e em alguns institutos, foi instituída a "Educação à Distância" (EaD) como estratégia de ensino. O termo é tecnicamente incorreto, já que a maioria dos professores não é treinada nessa modalidade de ensino, então o nome que está sendo utilizado dentro das instituições é "Ensino Não-Presencial" (ENP).
Muitos problemas estão ocorrendo nesse modelo. Alguns desses problemas estão simplesmente inviabilizando o ensino, criando situações que vão gerar pendências didáticas em todos os alunos e um comprometimento de fato em um grupo grande deles. Por exemplo, o acesso desses alunos às plataformas digitais é incerto. Imagine essas situações:
- famílias sem energia elétrica;
- famílias que não tem computador;
- sem acesso à internet;
- smartphones antigos que não rodam o conteúdo;
- planos de dados limitados e sem capacidade para uma única vídeo aula;
- famílias onde o computador é compartilhado entre vários filhos e pais (seja pra estudo ou home office);
- famílias onde os filhos tem que trabalhar para complementar renda.
Muitos alunos não tem qualquer nível de autonomia para estudar dessa forma, sem o professor presencial como guia. E não é culpa do aluno, alguns são novos demais para isso e, mesmo os mais velhos, não foram ensinados a como aprenderem sozinhos. Dificilmente 1 mês dessa modalidade será suficiente para corrigir isso. Alguns estão simplesmente desanimando, já que o clima de quarentena não é dos melhores, psicologicamente falando. Alguns dos meus alunos adultos, por exemplo, estão tendo que escolher entre estudar e ter que trabalhar para não passar fome, estudar ou cuidar dos filhos, estudar ou arrumar a casa.
Em instituições de educação superior e ensino técnico, ainda tem o agravante de muitas disciplinas estarem intimamente ligadas à prática em laboratório ou em estágios e visitas à empresas. Imagine um aluno de um curso de Engenharia Eletrônica ou técnico de Eletrônica, que está matriculado em uma disciplina de Instalações Elétricas: onde ele vai praticar o conhecimento? Para o próximo semestre, o que ele vai fazer com esse conhecimento prático que falta, para uma disciplina que tem instalações Elétricas como pré-requisito? Por isso, algumas instituições no nível técnico e superior tomaram a decisão de paralisar qualquer atividade de ensino, mantendo apenas os técnicos em educação por home office e os professores em cursos de aperfeiçoamento (e em pesquisa, para aqueles que praticam).
Ainda assim, recebemos esse tipo de ameaça, de um ministro da educação que parece não se importar com o que está de fato acontecendo:
Nem o Enem o cara quer adiar, ignorando peremptoriamente que os alunos do país simplesmente não estão com capacidade de manter o mesmo nível de estudo da normalidade.
Já discutimos entre nós professores o retorno ao presencial. Na Educação, tudo precisa ser planejado com bastante antecedência então, mesmo que seja um perspectiva distante, já está sendo planejado. No pensamento da gestão de educação, alguns questionamento sempre aparecem toda vez que pensamos no retorna às atividades presenciais: como seria para professores dar aula a alunos possivelmente infectados, aglomerados às dezenas em uma sala de aula fechada? Se um professor pegar a doença, quem o substitui? E quanto aos professores que fazem parte do grupo de risco ou moram com parentes que estão nesse grupo? Todo professor vai utilizar máscara? E os alunos? Aluno sem máscara é mandado para a casa? Quais as medidas sanitárias que serão seguidas, vão existir mais recursos para a compra do material necessário?
São muitos questionamentos que ainda precisam ser respondidos e planejados. É triste que, no meio de tudo isso, a gente se encontre em uma loucura política e com gestores públicos que não estão sabendo responder à altura dessa crise. Um presidente que se questiona do porquê das escolas sem atividade presencial significa que existe um distanciamento tão grande da educação, que sequer escutou UM ÚNICO professor da ativa para perguntar como isso se daria.
Em universidades públicas e institutos tudo se caminha para um semestre cancelado ou um calendário reajustado na base da gambiarra (como era feito nas greves). Na educação básica, tudo indica um grande prejuízo para uma geração que vai perder alguns meses de conteúdo e ritmo de estudo, que vai contribuir para aumentar o número de insucessos no aprendizado (evasão + reprovação).
Lembrem-se: político não produz. Ideologia não põe pão na mesa. Para todos os efeitos, quem produz, quem gera riqueza e quem trás desenvolvimento são os frutos da educação do país. Observem como o político trata as escolas e os professores nesse momento para perceber quem realmente se importa.
Última edição por Bob Joe; 20-04-2020 às 11:17.
Liga das Lendas: Vintas
Mas esse semestre já está cancelado. É loucura pensar em voltar as aulas em qualquer data que não seja no próximo semestre, para Agosto. Ou mais longe até, para ser mais seguro, o ideal mesmo seria voltar as aulas só em Outubro, com foco no Enem. Lembrando que máscara não previne o vírus, máscaras podem dar proteção por 2 ou 3 horas, mais tempo que isso ela já tem bem menos eficácia, e um dia de aula no mínimo tem umas 5 horas.
O ideal também seria o Enem ser adiado para, por exemplo, Abril do ano que vem. Sem férias em Dezembro/Janeiro. Mas provavelmente vão manter a data do Enem e quem fizer, fez, quem não fizer, tente ano que vem. Sorte lançada.
Oficialmente, ainda não é possível cancelar o semestre letivo. Mesmo as Universidades Federais, que possuem autonomia, precisam de uma decisão do MEC para diminuir as horas e dias letivos do ano. O MEC até flexibilizou os dias letivos para ensino superior mas não tem nada para ensino básico e, mesmo sem precisar cumprir os 200 dias letivos, a quantidade de horas ainda é a mesma (o que é um tanto heterodoxo, porque não leva em conta o aluno que trabalha, por exemplo).
Em pesquisa com os alunos da minha instituição, a maioria já indica que concorda com o cancelamento do semestre, mesmo entendo as repercussões para eles mesmos (atraso de formaturas, perda de todo esforço executado até agora e etc). Mas tudo depende dos gestores públicos.
O complicado é no ensino básico, em que o ciclo é anual.
Última edição por Bob Joe; 20-04-2020 às 14:27.
Liga das Lendas: Vintas
Cancelar um semestre não é a mesma coisa que suspender aula por 6 meses. Dependendo de como a faculdade se planeja, tem muita dor-de-cabeça além de "remarcar as férias".
Falando da minha experiência pessoal: na minha faculdade, diversos cursos têm o 1º período das turmas do turno da manhã começando no 1º semestre do ano, e o das turmas da noite começando no 2º semestre do ano. O planejamento no início do ano já é feito em cima disso. Não é fácil ter recurso (laboratório, professor, sala, etc.) pra receber o pessoal dos 2 turnos ao mesmo tempo. Principalmente se for disciplina de 1º ano, cujas turmas sempre são lotadas.
Recentemente pra consertar o calendário aqui tiveram que fazer 2 períodos em concomitância. Anteciparam o início de todos os calouros do semestre seguinte. E as turmas de 1º período foram um caos. Tinha disciplina obrigatória sem nenhuma turma aberta, disciplina com turma com mais de 100 alunos e por aí vai. E o reflexo disso ficou, 3 semestres depois ainda tava rolando concurso pra professor substituto pra cobrir turma de disciplinas obrigatórias.
É muito mais "simples" encaixar o que falta com um calendário novo nas coxas, com o mínimo de aula necessário pra terminar o que já começou, do que fazer um semestre do zero, tomando o tempo pra formar turmas novas, estágios internos, monitoria, colação de grau e todas essas coisas.
[12/05 às 20:39] Don Maximus Meridius : ja pensou o fantasma do gengiskão futuro visitando o pearl "olha aqui o mundo como seria se você não tivesse inventado essa merda"