Amigos,
Desculpa matar vocês de espera, mas tá aqui o capítulo 33!
Eu agradeço muito, de mais, muito mesmo, a todos vocês que seguem acompanhando e comentaram no último capítulo:
Lacerdinha,
Sombra de Izan,
Rhyko,
Allanmbradao,
Azeth Lawk,
thomzi,
calibanxp,
Carllos9,
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Spartacus Godslayer,
CarlosLendario,
Jack Godlike e
Vermilion.
Capítulo 33 - Diários de Um Prisioneiro (Parte 1)
Naquele dia, eu estava muito chateado por ter brigado com o meu melhor amigo.
Eu estava seguro de que não era certo matar alguns lobos apenas para conseguir dois pares de botas, então decidi não acompanhar o Dan naquela missão.
Assim, eu comecei a imaginar que teria que enfrentar o Orc Shaman sozinho. Eu não perdoo aquele monstro por ter tentado me matar, logo que cheguei em Rookgaard. Mesmo sabendo que seria muito difícil derrotá-lo, eu ainda pretendia me vingar do Orc antes de voltar para o continente.
Sem poder contar com Dan, eu não tive escolha a não ser procurar o meu outro amigo naquela ilha, o Monge Cipfried.
Logo que cheguei no templo, vi o Cipfried curando alguns aventureiros iniciantes e tive que esperar um pouco até conseguir falar com ele.
[Lignuns] - Cipfried, eu queria conversar com você. - Disse sem esconder a minha tristeza.
[Cipfried] - Você e o Dan se desentenderam, não foi? - perguntou seriamente.
[Lignuns] - Foi isso mesmo. Mas eu ainda quero me vingar do Orc Shaman. Terei que fazer isso sozinho. - Fui ficando cada vez mais triste enquanto falava - Eu preciso me preparar para vencer aquele monstro, o que você acha que eu devo fazer?
[Cipfried] - Esse Orc Shaman não é um problema apenas seu. Ele e seus lacaios já são um grande problema para essa ilha, e consequentemente, para o reino de Thais. - Fui concordando com a cabeça, enquanto o Monge continuava falando - Eu ouvi alguns jovens comentando que o Rei Tibianus enviou um de seus melhores homens para ajudar com o problema dos Orcs aqui em Rookgaard.
[Lignuns] - Que ótima notícia! Vou procurar esse homem e dizer que quero ajudar! - nesse momento eu comecei a ficar um pouco animado - Você sabe onde ele está?
[Cipfried] - Pelo que eu soube, esse homem está recrutando aventureiros na Academia de Rookgaard, no centro da cidade.
[Lignuns] - Muito Obrigado, Cipfried! Irei para lá agora mesmo! - disse esboçando um sorriso, enquanto saia do templo.
Eu tive que andar um pouco até o centro de Rookgaard, mas logo que cheguei, avistei um grande prédio, com uma placa: "Academia Real dos Aventureiros de Tibia" e não tive dúvidas de que estava no local certo.
Eu entrei e pude ver um grupo de jovens ao redor de um alto cavaleiro de cabelo castanho, usando uma bonita armadura verde.
Esperei até que o cavaleiro terminasse de falar com cada um dos jovens e chegasse a minha vez.
[Lignuns] - Olá Senhor! Sou Lignuns de Northport, o senhor está recrutando jovens para resolver os problemas dos Orcs, não está?
[Cavaleiro] - Isso mesmo! Sou Vascalir! Estes são tempos difíceis para Rookgaard... Você veio para ajudar em nossa missão?
[Lignuns] - Sim! Eu realmente gostaria de ajudar com o problema dos Orcs!
[Vascalir] - Muito bem! Você já ouviu falar do Kraknaknork? – o cavaleiro falava como se estivesse contando uma história de terror - Ele é um Orc Shaman poderoso que recentemente subiu de posto na tribo Orc e começou a aterrorizar Rookgaard.
[Lignuns] - Kraknaknork... Então esse é o nome dele... - por alguns segundos, eu fiquei me lembrando do que ele me fez e então voltei a falar - ele tentou me matar, logo que eu cheguei em Rookgaard.
Ao ouvir as minhas palavras, o cavaleiro tentou esconder um sorriso no canto do rosto, se inclinou um pouco e me fez uma proposta.
[Vascalir] - E o que você me diz sobre derrotar Kraknaknork e salvar Rookgaard?
[Lignuns] - Isso é o que eu mais quero no momento - não consegui conter a minha expectativa.
[Vascalir] - Então, você pode começar carregando as catapultas com pedras! - disse sorrindo.
[Lignuns] - Carregando as catapultas? - eu não acreditei naquilo - Como eu vou derrotar o Kraknaknork assim?
[Vascalir] - Precisamos cuidar das nossas defesas e um pouco de músculos vai te ajudar no futuro.
[Lignuns] – Bem... Eu quero derrotar o Orc Shaman, mas não acho que carregar as catapultas vai me ajudar muito. - eu fui totalmente sincero com o cavaleiro - Eu posso bolar algum plano... Tentar descobrir algum ponto fraco do Orc... E então poderemos organizar um grupo para ir atrás dele... Eu esperava que pudéssemos fazer isso...
[Vascalir] - O Kraknaknork possui uma fortaleza muito bem protegida, seriam muito difícil para um jovem como você derrotá-lo. - dessa vez, ele falou em um tom mais sério.
[Lignuns] - Mas se você me der as informações que possui ou pelo menos me disser onde eu posso obtê-las... Acredito que eu possa ajudar vocês de alguma forma que não envolva a força... - respondi também em um tom sério.
[Vascalir] - Muito bem, se você quer informações sobre os Orcs, acho que deveria ir à biblioteca. Existem muitos livros importantes lá. - disse apontando para um local atrás dele.
[Lignuns] - Tudo bem. Farei isso - a ideia realmente me pareceu interessante.
Sem muita cerimônia, me despedi do cavaleiro Vascalir e fui para a biblioteca.
Havia apenas uma pessoa naquele local, era um homem vestindo um sobretudo azul, ele parecia ser um nobre e estava arrumando os livros nas estantes.
Não dei muita atenção a ele e fui logo começar a ler, para conseguir obter o máximo de informações que pudesse.
Passei algumas horas na biblioteca, aprendi tudo que eu podia sobre a ilha de Rookgaard, os diversos locais, as plantas, os monstros e até decorei alguns mapas, mas principalmente, li tudo que havia sobre a raça Orc.
Após algum tempo lendo, eu acabei encontrando algo que me chamou muita atenção.
Era um livro chamado "As Minhas Viagens" que contava o relato de alguém que havia encontrado Orcs, e aparentemente, conseguido escapar deles. Curiosamente, não estava escrito o autor daquele livro.
Naquele momento, eu percebi que os livros não eram suficientes e que eu precisava conversar com alguém que conhecesse os Orcs.
Sem outra opção, fui falar com o único sujeito que havia na biblioteca para perguntar se ele sabia quem havia escrito aquele livro.
[Lignuns] - Olá Senhor! Me chamo Lignuns, sou da cidade de Northport. - tratei de me apresentar primeiro.
[Seymour] - Olá jovem Lignuns, me chamo Seymour, sou o Mestre dessa Academia.
[Lignuns] - É um prazer conhecê-lo, Senhor Seymour - eu havia acabado de ler algo sobre o Seymour nos livros, ele foi um dos primeiro habitantes de Rookgaard - O Senhor saberia me dizer quem escreveu esse livro? - disse tentando mostrar a capa do livro.
[Seymour] - Minhas viagens... - disse lendo o título do livro - Posso estar enganado, mas acredito que tenha sido a aventureira Amber.
[Lignuns] - E o Senhor saberia me dizer onde eu posso encontrá-la?
[Seymour] - Isso é muito fácil! Para a sua sorte, ela está hospedada na Academia e você poderá encontrá-la nos dormitórios no andar de baixo.
Eu pretendia ir logo atrás dela, mas minha cabeça estava confusa, eu já tinha visto muitas coisas curiosas naquela ilha e tinha acabado de ler muitos livros, precisava escrever tudo em algum lugar, para não me esquecer de nada.
[Lignuns] - Seymour, o senhor não teria um caderno ou coisa parecida para que eu possa fazer algumas anotações.
[Seymour] - Um caderno? - ele andou até a mesa próxima, retirou alguns livros de uma pilha, e puxou um caderno azul - normalmente eles ficam em um baú, perto do dormitório, mas por acaso eu tinha esse aqui. - Seymour terminou me entregando o caderno.
[Lignuns] - Muito Obrigado, Senhor!
Sem perder tempo, escrevi tudo que eu sabia sobre a ilha, seus mistérios, suas criaturas, e principalmente, sobre os Orcs que habitam esse lugar.
Rapidamente, guardei os livros na estante, me despedi do Seymour e segui para os dormitórios, para conhecer alguém que já esteve frente a frente com os Orcs.
Logo que cheguei, encontrei uma bonita garota, usando um vestido vermelho e uma mochila.
[Lignuns] - Olá! Me chamo Lignuns! Você é a Amber? Que escreveu o livro "Minhas Viagens"? Certo? - perguntei.
[Amber] - Sim! Sou eu mesmo. Por quê? - perguntou intrigada.
[Lignuns] - Eu estou interessado em aprender o máximo possível sobre os Orcs e pelo que eu li nesse livro, você já os enfrentou antes.
[Amber] - Na verdade, eu não apenas os enfrentei, mas fui prisioneira deles durante algum tempo. Eu até conheço algumas palavras no idioma deles.
Achei aquilo impressionante. Se eu soubesse a linguagem deles, eu poderia tentar me disfarçar de Orc para entrar na fortaleza do Kraknaknork.
[Lignuns] - Eu li no seu livro que "Charach" seria um tipo de cumprimento, mas que outras palavras você sabe? - perguntei, sem esconder o meu entusiasmo.
[Amber] - Eu não sei muitas, apenas o básico, "mok" que dizer "sim" e eu creio que "burp" quer dizer "não".
Fui anotando as palavras no meu caderno, até que me dei conta de que eu estava sozinho naquela missão e que não adiantaria nada eu invadir a fortaleza se eu não pudesse matar o Orc Shaman.
Eu dei uma rápida olhada na minha frágil Rapier e então fiz mais uma pergunta para a aventureira.
[Lignuns] - Amber, você sabe aonde eu posso conseguir uma espada mais forte? Que fosse capaz de matar um Orc. - perguntei tentando mostrar seriedade.
[Amber] - Bem... Eu tinha uma espada pequena, porém forte, que já matou muitos desses brutos de pele verde... Só que logo que cheguei nessa ilha, eu a escondi em um arbusto, ao lado do meu diário, na parte leste da cidade... - ela disse pausadamente enquanto tentava se lembrar - Ela está perto da minha balsa... Enfim, se você encontrar a minha espada, pode ficar com a ela!
[Lignuns] - Ótimo! Muito obrigado, Amber! Estou indo lá agora mesmo! - disse já me despedindo da aventureira.
[Amber] - Espere! Você precisa ter cuidado! Já está tarde e no caminho até lá você irá precisar atravessar uma floresta infestada de aranhas venenosas! - ela gritava, tentando me alertar, enquanto eu saía.
[Lignuns] - Não se preocupe! Eu tenho um plano! - respondi gritando, já do lado de fora do dormitório.
Eu sabia exatamente qual era a floresta que a Amber estava falando, mas também sabia como evita-la.
Tomei um susto quando saí e vi que o centro de Rookgaard estava extremamente vazio e escuro, mas decidido, eu me dirigi à saída da cidade.
Apenas acenei para o guarda da ponte e já me preparava para descer do outro lado, quando resolvi dar uma última olhada para o lado de fora das muralhas.
A noite deixava o local mais macabro ainda e uma insegurança tomou conta de mim.
Pensei melhor e resolvi descansar um pouco, na ponte mesmo, e no dia seguinte, logo que o sol surgisse, eu seguiria para o lado leste da ilha.
E assim eu fiz, logo que os primeiros raios de Fafnar me despertaram, eu desci e segui para o lado leste da ilha. Mal sabia eu que aquele seria um dos dias mais longos da minha vida.
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Próximo: [Capítulo 34 - Diários de Um Prisioneiro (Parte 2)]
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Edit: Então pessoal, apenas por questão de organização, vou replicar aqui o Bônus: Me Ajude a Escolher a Capa do Livro I - Aventuras em Rookgaard
Me Ajude a Escolher a Capa do Livro I - Aventuras em Rookgaard
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Postado originalmente por Danboy
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