Não sabia bem o que colocar como título do tópico,mas vou explicar aqui ^^
vou postar a biografia(again?)de bandas de thrash/death que abriram portas para bandas muito boas do estilo,e que são influências de muitas bandas boas até hoje...
Espero que gostem,aí vai:
MORBID ANGEL
Como o próprio Max Kolesne (Krisiun) disse, eles são os Reis do Death Metal! Morbid Angel é um dos maiores nomes na cena, sempre fazendo som pesado e sem nunca relaxar sua pegada. O som não tem a mesma velocidade que as novas bandas de Death, mas nem por isso fica devendo alguma coisa. Com o criativo guitarrista Trey Azagthoth que até fez musica com refrão em Aramaico ("Lord of All Fevers and Plague") a banda sempre faz bons álbuns sem ficar na mesmice que acaba matando muitas boas bandas do gênero. Músicas como "Chapel of Ghouls", "Immortal Rites", "Ageless, Still I Am", "Secured Limitation", "God of Emptyness", "Rapture" e muitas outras mostram o poder da banda.
Eles são os inovadores, os líderes, os que transcendem limitações. Convicção e verdadeiro senso de propósito só possuído por poucos, quebrando os limites musicais, espirituais e ideológicos, retendo o elemento inquestionavelmente brutal de sua música que se tornou uma das mais influentes do death metal mundial. Formado no meio da década de 80 em Tampa, Flórida, por Trey Azagthoth, o Morbid Angel lançou em 1986 sua primeira demo intitulada "Abominations of Desolation".
Em 1989 o mundo conhece o primeiro disco do Morbid Angel, intitulado "Altars of Madness" com Trey Azagthoth, David Vincent, Pete Sandoval e Richard Brunelle. Este disco se tornou o maior clássico da banda e um dos maiores do estilo. Músicas como "Immortal Rites", "Suffocation", "Visions From The Dark Side", "Damnation", "Maze Of Torment" e outras do disco inovaram o estilo e se tornaram influências para várias bandas atuais.
Em 1991 é a vez do disco "Blessed Are The Sick", que levou o Morbid Angel a um patamar elevado dentro do estilo, dando aos músicos reputação como compositores verdadeiramente inovadores e visionários, infundindo subcorrentes clássicas prevalecentes dentro do material sumamente poderoso exposto. Agora a banda se apoiava em dois clássicos muito bem aceitos pelo público, sendo que o Morbid Angel foi a primeira banda extrema a assinar com uma grande gravadora.
Em 1993 a banda lança o disco "Covenant" que vendeu 200.000 cópias, sem o guitarrista Richard Brunelle, provando que a banda cresceria cada vez mais, chegando a níveis que ninguém nunca havia imaginado que eles chegariam, principalmente conceituando o grande compositor da banda Trey Azagthoth.
Em 1994 a banda relançou sua fita demo de 86 no formato de CD.
Em 1995 sai no mercado o disco "Domination", que marca a estréia de Erik Rutan (ex Ripping Corpse) que toca guitarra e teclado no disco. Esse disco foi considerado pelos músicos como o melhor até então, sendo o segundo a ser lançado por uma grande gravadora, a Warner.
Em 1996 sai o disco ao vivo "Entangled In Chaos", contando com clássicos da banda gravados em shows pela Europa.
Em 1997 David Vincent deixa a banda, fazendo com que os fãs ficassem preocupados com o futuro do Morbid Angel, pois David era uma figura importantíssima que deixou sua marca no estilo inigualável da banda. Logo entrou Steve Tucker (ex-Ceremony) no lugar de David, executando fielmente a mesma função que ele, e tudo se resolveu.
Em 1998 a banda lança o disco "Formulas Fatal To The Flesh", pesado ao extremo, que recupera a velocidade que a banda vinha perdendo lentamente em suas músicas no decorrer dos anos, sendo o mais rápido até então. O disco foi gravado na terra natal da banda, no Morrisound Stúdio, e os solos de Azagthoth em sua própria casa. Segundo ele ficaria bem melhor para trabalhá-los pois ele gosta de poder gastar muito tempo nos solos. Os vocais novos ficaram perfeitos, sem descaracterizar a banda, e foi muito bem aceito pelos velhos fãs. Fica assim provada a capacidade que Steve Tucker tem para o posto que herdou de David Vincent.
No ano 2000, outra obra-prima do Death Metal foi dada ao mundo, o disco "Gateways To Annihilation", emanando com suas passagens dinâmicas e extensas. Peso absoluto, é o que traduz a caracteristica do disco. A formação da banda se estabiliza com Trey Azagthoth, Steve Tucker, Erik Rutan e Pete Sandoval. Com mais de Dez anos de estrada e discos gravados, o Morbid Angel mostra que não é à toa que a banda se tornou uma das mais influentes e respeitadas do Death Metal mundial. Mantendo seu estilo totalmente extremo a banda prolonga sua história e promete permanecer como uma das bandas mais pesadas do mundo.
SLAYER
Esse vai pra Impurity =)
A história da banda Slayer teve início por volta de 1981, em Los Angeles, quando o guitarrista Kerry King e o baxista Tom Araya, que haviam tocado juntos em algumas bandas de pouca ou nenhuma repercussão, se juntaram a um outro guitarrista, Jeff Hanneman, e ao baterista Dave Lombardo, para montar uma banda de influências metal e punk. Em 1982 começaram a se apresentar no circuito de clubes de Los Angeles tocando covers de bandas como Iron Maiden e Judas Priest. A maneira de tocar porém era mais agressiva. O Slayer foi uma das bandas responsáveis pela evolução dos estilos thrash e death metal.
Em 1983 a banda foi descoberta por Brian Slagel, presidente da gravadora Metal Blade. Gravaram a música Aggressive Perfector para a coletânea Metal Massacre III e ainda em 1983 lançaram pela Metal Blade seu primeiro disco, o clássico Show No Mercy. Juntamente com Kill'em All do Metallica, lançado praticamente ao mesmo tempo, este disco marca o nascimento do thrash metal. Ao contrário do Metallica, porém, o Slayer tinha o diferencial de adotar mais abertamento temas satânicos nas letras e capas dos discos. Em 1983 lançariam ainda o EP Haunting the Chapel.
Em 1985 foi lançado o segundo LP, com o sugestivo nome de Hell Awaits. Uma excelente vendagem de mais de 100.000 cópias chamou a atenção de gravadoras maiores para a banda. Logo seriam contratados pela Def Jam Records, gravadora até então responsável apenas por artistas de rap e hip hop. A estréia pela nova gravadora seria o maior clássico do Slayer, Reign In Blood, um dos álbuns mais rápido até então. Superando qualquer espectativa o álbum chegou a disco de ouro nos Estados Unidos, fato inédito até então para um disco tão pesado e agressivo. Apenas em 1987 o álbum chegaria à Europa.
Apesar da excelente vendagem de discos e shows cada vez mais lotados dentro do Slayer algo não ia bem e começavam os desentendimentos entre Dave Lombardo e o resto da banda. Em 1987 Dave abandonou a banda por um curto período de tempo, sendo substituído por Tony Scaglione (que havia tocado com a banda Whiplash). Dave voltou poucos dias depois.
South Of Heaven de 1988 foi uma decepção para os fãs que esperavam um novo petardo ao estilo de Reign In Blood. O som estava mais lento, mais pesado, não mais comercial de forma alguma, mas definitivamente diferente. As letras começavam a abandonar a temática restrita do satanismo e abordar temas como aborto, guerra, evangelismo e nazismo (motivo de problemas constantes para a banda, constantemente associada a movimentos racistas, inclusive por usar uma águia de ferro como um de seus símbolos).
A temática mais atual se confirmaria no próximo lançamento, Seasons In The Abyss de 1990, primeiro álbum da banda a alcançar um disco de platina. Após o lançamento o Slayer embarcou para a clássica turnê Clash Of Titans, juntamente com Megadeth, Anthrax, Testament, Suicidal Tendencies e Alice In Chains. Nesta turnê surgiram desentendimentos entre Slayer e Megadeth.
Decade Of Aggression de 1991 foi um álbum contendo os clássicos dos primeiros dez anos de carreira da banda, gravados ao vivo. Apesar de ser um álbum duplo, fato raro entre bandas pesadas, rapidamente chegou ao ouro.
No início de 1992 os constantes desentendimentos que vinham se acumulando entre Dave Lombardo e a banda levaram à demissão do baterista (que pouco mais tarde formaria a banda Grip Inc). Paul Bostaph da banda Forbidden foi chamado para o posto. Com a nova formação se apresentaram no Donnington Monsters Of Rock Festival deste ano.
Em 1993 após um período de pouca produção (sem gravações de estúdio e sem shows ao vivo) a banda gravou com Ice T (artista de rap) um medley de covers da banda punk Exploited para a trilha sonora do filme Jugdment Night. Com quase um ano de atraso em 1994 foi lançado Divine Intervention. A capa controversa mostrava um fã escrevendo no braço o logotipo do Slayer com uma navalha, prova da devoção cega de alguns fãs à banda.
O álbum Undisputed Attitude levou adiante a idéia de gravar tributos às bandas punk que haviam influenciado a carreira do Slayer. Após as gravações o baterista Paul Bostaph abandonou a banda por diferenças musicais, sendo substituído por Jon Dette (que havia tocado com o Testament). Paul retornaria a banda em 1997.
No ano de 1998 o Slayer lançou Diabolus in Musica. Marcado por alguns efeitos de vozes, Tom Araya decidiu arriscar. Trata-se de um típico álbum da banda, recheado de metal e peso. Guitarras pesadas e bateria avassaladora. Graças ao novo álbum, o Slayer se apresentou no ano de 1998 no festival Philips Monsters of Rock onde foi a banda principal, detonando toneladas de metal e enlouquecendo cada vez mais seus fãs. Depois seguiu para o Monsters of Rock argentino, onde tocou com Angra, Helloween e Iron Maiden.
Em 2001 saiu God Hates Us All, novamente pela Def Jam. Abandonando as experimentações e acessibilidade de alguns lançamentos mais recentes, God Hates Us All representa o Slayer de volta ao som cru de seus primórdios.
Em 2002, Paul Bostaph deixou a banda por problemas de saúde, sendo substituído por Dave Lombardo, que seguiu em tour com a banda, que se preparava para gravar um novo petardo. Sua permanência como membro efetivo não foi confirmada.
BATHORY
Originário da Suécia (terra de Candlemass e Malmsteen), na cidade de Estocolmo, o Bathory tem sua história coberta de mistério. Pouco se encontra de concreto sobre o assunto, especialmente sobre o line-up. Contemporâneo de Kreator, Destruction e Sodom, foi influência para outras bandas que vieram depois como Emperor, Samael e Tiamat.
Formado em 83 pelo multi-instrumentista Seth Quorthon e dois amigos, somente por diversão, o Bathory era uma banda de garagem que fazia covers de bandas como Black Sabbath e Venom. Nessa garagem, que funcionava como mecânica e tinha peças de carros amontoadas, a banda tocava em equipamentos precários. O lugar era tão pequeno que, segundo o próprio Quorthon lembra depois, "se entravam os instrumentos, os músicos tinham que sair".
O Bathory tem a singularidade de ser um projeto apenas de estúdio, gravando álbuns mas não se apresentando em shows. Seu idealizador é Quorthon, que faz a maioria das guitarras, violões, efeitos de som, vocais, mixagens e tem influências declaradas de música clássica, Beethoven e Wagner em particular.
O nome Bathory vem de uma condessa chamada Elizabeth Bathory, nascida em 1560, que morava em um castelo na Hungria. Ela tinha o estranho costume de se banhar em sangue de virgens porque acreditava ser o segredo do rejuvenescimento. Após várias suspeitas, o rei da Hungria ordena que invadam o castelo e os soldados encontram várias meninas mortas e outras presas. Elizabeth é julgada (a transcrição do seu julgamento existe até hoje na Hungria) e presa em solitária enquanto seus cúmplices são queimados vivos.
Existem indícios históricos de que o governador da província em que Elizabeth morava teria inventado estórias sobre ela para pressioná-la a pagar a dívida de impostos a ele. O pretexto foi a "caçada às bruxas" da Inquisição promovida pela Igreja Católica e pelos moralistas da época. Elizabeth Bathory foi a principal responsável pelo início da lenda dos vampiros.
Considerado como um dos primeiros trabalhos de death metal, com suas estórias macabras, Quorthon conta anos depois que sua principal inspiração vinha da revista de terror cômico "Chock" (semelhante a "Tales From the Crypt") e diz ironicamente que não é resultado da leitura de "nenhuma Bíblia Negra".
Em fevereiro de 84 o Bathory participa da compilação "Scandinavian Metal Attack" com as músicas "Sacrifice" e "Return of the Darkness and Evil". Muitas pessoas gostaram e a gravadora recebeu correspondências com elogios, levando o Bathory a ser convidado para gravar um álbum. Oito meses depois, em outubro, a banda lança "Bathory".
Gravado e mixado na Suécia em apenas três dias, o álbum traz uma curiosidade; a capa era para ser preta e dourada, mas como o resultado iria ser muito caro, o logotipo foi impresso em branco. Apenas 700 capas com o bode em amarelo, conhecida como "The Yellow Goat", foram feitas. A raridade hoje pode ser encontrada por um preço entre $200 e $400.
“Bathory” é um álbum de black metal clássico, com riffs rápidos e que, segundo o próprio Quorthon, teve a influência das “letras do Black Sabbath e da intensidade sonora do Motörhead”. Já no início de 85, a banda faz outra participação, agora em "Scandinavian Metal Attack II", com as faixas "Hades" e "War" do álbum recém-lançado.
Em maio de 85 é lançado o álbum "The Return", também gravado na Suécia. A música "Born for Burning" é dedicada a uma “bruxa” chamada Marrigje Ariens, nascida em 1521 e queimada pela Inquisição em 1591 na Holanda. As letras e composições desse álbum continuam black metal, mas percebe-se maior criatividade e originalidade que no trabalho anterior apesar do curto tempo entre os dois.
A participação do Bathory em "Speed Kills 2", com a faixa "Possessed" do álbum "The Return", marca o ano de 86. Em maio de 87 a banda lança "Under the Sign of the Black Mark" que traz uma foto do Stockholm Opera House na capa. Novamente o estilo é o black metal rápido, porém as letras agora têm a guerra como tema crescente. A música "Woman of Dark Desires" é dedicada à memória da própria Elizabeth Bathory (1560-1640) e "Of Doom" aos fãs. Durante o período de composição, Quorthon diz só ter escutado música clássica, para se inspirar e criar novos arranjos, o que pode ter trazido ao álbum um pouco mais de melancolia e frieza às músicas.
No ano seguinte o Bathory participa, juntamente com Death, Onslaught e Agent Steel, entre outras, de "Speed Kills 3" com a faixa "Of Doom" do álbum anterior. Ainda em 88, em outubro, é lançado "Blood Fire Death" com muito mistério. Nada se sabe sobre Kothaar (o baixista) e Vvornth (o baterista) que participam desse álbum. Tudo foi mantido em segredo e só se sabe que eles são suecos.
As letras agora falam predominantemente de guerras e batalhas da chamada "Era Viking" da história e mitologia européia. A capa do álbum é uma pintura de 1872 de Peter Nicolai Arbo chamada "Asganrdsteien" e a fotografia da banda é de Pelle Mattéus e a única foto deles em todos os álbuns do Bathory.
Em 89 participam de "Speed Kills 4", dessa vez um álbum duplo, que também contou com Exodus, Nuclear Assault, Possessed, Dark Angel e Acid Reign. A faixa escolhida foi "For All Those Who Died" do "Blood Fire Death".
O Bathory assina então com a Noise Records no início de 90 (Running Wild, Celtic Frost, Kreator, Voivod, Helloween, Destruction, Gamma Ray e Hellhammer) e em abril do mesmo ano “Hammerheart” é lançado. A produção do misterioso Boss, que voltaria a aparecer nos próximos trabalhos da banda, e a capa é uma gravura de Sir Frank Dicksee, chamada "A Viking's Last Journey", cedida pela Manchester City Art Gallery.
O estilo do Bathory segue se transformando e fica mais lento e totalmente voltado ao tema viking. Quase todas as músicas são longas e pesadas e as letras falam principalmente da vida dos guerreiros e de batalhas. “Hammerheart” marca também a produção do primeiro e até agora único vídeo clipe da banda, com a faixa "One Rode to Asa Bay".
Em junho do ano seguinte a banda lança "Twilight of the Gods" que traz um som ainda mais lento, pesado e depressivo que o álbum anterior. A temática continua sendo viking e tem visível influência de música clássica. A faixa "Hammerheart", inclusive, é uma música clássica escrita por Gustav Holst em que Quorthon trabalhou escrevendo uma letra.
As capas dos álbuns do Bathory sempre foram muito bonitas, mas esta merece destaque. Na contra-capa existe um trecho de Friedrich Nietzsche (filósofo alemão) de 1871 que fala sobre a época moderna em que as pessoas perceberão que Deus não existe, que nada poderá salvá-las, e será uma época de grande temor por não se ter onde apoiar. Será a época do "twilight of the gods" (decadência dos deuses), que inspirou o nome do álbum.
Este era para ser o último trabalho do Bathory. Quorthon admite mais tarde ter cansado do Bathory e entrado em crise porque fãs pediam para que o projeto não acabasse. Em 91, a compilação "Touch of Death" leva a faixa "Blood And Iron" do álbum "Twilight Of The Gods" e abre caminho para a avalanche de trabalhos remasterizados, relançados, reorganizados e requentados do Bathory que viria em seguida. Em outubro do ano seguinte é a vez da coletânea "Jubileum Volume I" trazer quinze faixas em mais de uma hora de música. Entre elas estão "Rider at the Gate of Dawn" (gravada em 87), "Crawl to your Cross" (89), "Sacrifice" (que saiu na compilação "Scandinavian Metal Attack", de 84) e "You Don't Move Me (I Don't Give a Fuck)" que não havia sido lançada em álbum.
"Jubileum Volume II" sai em maio do ano seguinte contendo doze faixas. Algumas delas são "The Return Of The Darkness And Evil" (da compilação "Scandinavian Metal Attack"), e "Burnin’ Leather" (gravada em 87) e "Die In Fire" (em 83) que não haviam sido lançadas em nenhum álbum.
Depois de três anos sem gravar, Quorthon lança dois álbuns com aproximadamente seis meses de diferença. As músicas de "Requiem", de outubro de 94, foram escritas em duas semanas e trazem um som diferente dos dois últimos álbuns apesar de ser ainda rápido, e letras que voltam a tratar de ocultismo. “Octagon", de junho de 95, muda significativamente e fica mais thrash que o anterior, com um toque industrial. Os vocais estão mais crus e não tão abafados, e as letras mudam de foco para temas da sociedade, como guerra, violência e intolerância.
O álbum seguinte, "Blood on Ice", foi lançado em abril de 96 e marca uma volta ao viking metal, mais lento. As letras são em forma de saga e contam a história de um garoto, único sobrevivente de uma vila que foi atacada, que busca vingança. A inspiração veio de Conan – The Barbarian e da obra "Götterdämmerung" de Wagner.
Quorthon sempre foi aficionado pela obra de Wagner e procurou ler as mesmas coisas que ele para saber de onde vinha a inspiração. Além disso, lia as estórias de Conan desde garoto e se diz "fã incondicional de história", especialmente a Era Viking da história européia que, segundo ele, não é muito conhecida fora da Europa e da qual as pessoas têm uma idéia errada, muito por culpa de Hollywood. Ele começou a estudar mitologia Escandinava e Alemã para escrever a saga de “Blood on Ice”, em 87, por prazer pessoal apenas e não tinha pensado em rimas e música. Desde aquela época, Quorthon já queria mudar o estilo musical do Bathory, mas a imprensa e os fãs ainda os chamavam de "a banda satânica da Suécia" e, diz ele, que isso deixava a banda confusa. Eles ainda recebiam naquele momento cartas do mundo todo perguntando se era verdade que eles "comiam bebês, tomavam sangue de anjos e viviam em cavernas satânicas".
O álbum havia sido gravado depois de “Blood Fire Death” mas nunca lançado, até que Quorthon o encontrou e trabalhou nele durante um mês e meio. Ele chegou a mencionar uma mudança de direção no início dos anos 90 e recebeu várias cartas de fãs pedindo para que ele realizasse mesmo o projeto. Anos depois, ele diz que se sentiu como se estivesse começando o Bathory de novo e que havia se cansado de gravar álbuns “cheios de gritos de Satan e coisas do tipo".
Ainda em 96 a compilação "Black Mark Attack" leva a faixa "The Sword", do "Blood On Ice". E em 97 "A Black Mark Tribute", compilação de bandas do selo Black Mark fazendo covers de suas bandas preferidas, traz o Bathory com "Ace Of Spades" do Motörhead e Quorthon faz um cover de "God Save The Queen" dos Sex Pistols. "A Black Mark Tribute Vol. II" sai em 98 com o Bathory fazendo cover de "War Pigs" do Sabbath e Quorthon com "Sleeping" dos Beatles.
O Bathory tem detalhes muito curiosos em seus trabalhos e certamente um idealizador que buscou sempre melhorar e fazer o que gostava. O Bathory foi marcado por inúmeras mudanças de formação e de estilo, mas é respeitado por fãs de black e do chamado “viking metal” pela qualidade das composições.
Quorthon também produziu dois álbuns solo. O primeiro, “Quorthon – Album”, foi lançado em 94. O segundo, “Quorthon – Purity of Essence”, em 97. Nele, Quorthon compôs e gravou todos os instrumentos, a percussão, os efeitos e fez toda a produção. Rex Luger, que havia sido engenheiro de “Blood on Ice”, faz o teclado apenas na faixa "One Of Those Days". O idealizador do Bathory ainda continua na ativa em carreira solo, mas nenhum trabalho sairá em breve.
VENOM
Poucos grupos têm uma história tão rica quanto o Venom. Um despretencioso trio que se tornou um ícone para, no mínimo, duas gerações do metal e para praticamente todos os seguidores da música extrema. Tudo começou no início dos anos 80, na cidade britânica de Newcastle, onde três amigos uniram-se para fazer som e letras corrosivas, verdadeiros hinos anti-religião.
Vindos de conjuntos inexpressivos do interior da Inglaterra, Cronos, Mantas e Abaddon abalaram as estruturas da música pesada com seu disco "Welcome To Hell", lançado pela Neat Records. A despreocupação com a parte técnica também foi uma marca registrada nos primeiros anos, em que "Possessed" e "At War With
Satan" consagraram o Venom como um dos mais originais grupos da década.
Influência para Metallica, Sepultura e Krisiun, por exemplo, o trio nunca chegou a ter vendagens magníficas, mas arregimentou uma legião de fãs fiéis que acompanham sua trajetória até hoje. As letras satanistas foram encaradas com seriedade por alguns e como parte essencial do tom debochado que a banda sempre ostentou por outros.
Mantas deixou o Venom pouco antes da histórica tour pela América do Sul, em 1986. Dois guitarristas foram contratados para substituí-lo e o Brasil foi um dos primeiros países a ver a line-up formada por quatro integrantes. A excursão acabou sendo decisiva para a criação de uma cena headbanger no país, que ainda vivia a ressaca do primeiro Rock In Rio.
Desde o seu início, o Venom foi um dos grupos mais prejudicados pela pirataria de discos. Incontáveis álbuns passaram a ser facilmente encontrados com registros dos brilhantes shows de Cronos e seus companheiros. Mantas acabou retornando para casa alguns anos depois, e a discografia se extendeu com algumas coletâneas e um duplo ao vivo, "Eine Kleine Nachtmusik", além de outros álbuns essenciais para os colecionadores, como "Temples Of Ice" e "Prime Evil", por exemplo.
Com o passar do tempo, o Venom tornou-se uma verdadeira lenda, que resistiu à saída do carismático baterista Abaddon, aos projetos solo de Cronos e Mantas, que não tiveram uma recepção muito calorosa por parte dos fãs, e até a um precoce fim. Seu público manteve-se ligado e sempre aguardando novos trabalhos.
Em 2000 surgiu a grande notícia: o Venom estava vivo e pulsante. O disco "Ressurrection" trouxe uma formação renovada com a presença de Antonn na bateria. Um músico muito técnico e que injetou uma nova dose de energia na banda. Mais pesado, extremamente bem tocado, o som do Venom ganhou contornos modernos mas sem perder suas características.
POSSESSED
Muitos dizem que você não conhece o verdadeiro Death Metal se não ouvir o Possessed. A Banda americana não teve uma longa carreira, na verdade eram todos moleques na época, o que trazia problemas até para viajarem para outros países e fazer turnês. Mas os discos Seven Churches (é todo clássico) e Beyond The Gates, e o EP The Eye Of Horror são indispensáveis em qualquer coleção que se preze.
A banda começou com Mike Torrao (guitarra) e Mike Sus (bateria) como uma banda de garagem na famosa Bay Area de San Francisco. O ano era 1983, e as mudanças na formação eram constantes. Depois que o vocalista Barry Fisk se suicidou no final do ano, eles recrutaram Jeff Becerra para ser o baixista e vocalista. Nascia o Possessed. Em 84, eles gravaram uma demo de quatro músicas e conseguiram participar da coletânea Metal Massacre 6, da Metal Blade Records (com Swing Of The Axe). No lugar do guitarrista Brian Montana entra Larry Lalonde. Então eles assinam com a Combat Records e em outubro de 85, lançam o debut Seven Churches. Maravilhoso é pouco para se dizer deste disco. Ele é genial, uma pérola do Black/Death Metal. Grandes clássicos são deste disco como: The Exorcist, o hino Pentagram, Burn In Hell, a faixa titulo, Satan`s Curse, Fallen Angel e Death Metal, ou seja, o disco todo é classico do começo ao fim. Este disco seria grande influência para Chuck Schuldiner (Death) para concretizar o som do Death juntamente com Pleasure To Kill do Kreator.
No Halloween de 86, sai Beyond The Gates, com igual poder de destruição. Saem em turnê e no final do ano sequinte sai o EP The Eyes Of Horror, de cinco músicas. Logo após este lançamento, o trio Sus, Lalonde e Becerra decidem deixar o grupo. Mike Torrao continuou escrevendo músicas sob o nome Possessed. Mas após algumas tentativas, o grupo foi encerrado definitivamente.
Diz a lenda que Mike Sus se formou em psicologia, e vem trabalhando como conselheiro para viciados. Larry Lalonde se juntou ao Blind Illusion, e lançou em 88 o álbum The Sane Asylum, Masis Tarde, se juntou com Les Claypool e formou o Primus. Jeff Becerra foi assaltado por dois drogados e levou um tiro, ficando paralítico. Mike Torrao continuou na música, com um projeto chamado Iconoklast.
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