E aí povo, estou postando a segunda parte do capítulo agora, me desculpem pelo atraso. Não sei se o capítulo ficou bom, pois eu não consegui colocar todo o conteúdo que eu queria, afinal se eu fosse fazê-lo, iria demorar mais e se ficar atrasando muito o pessoal acaba esquecendo de alguns pontos que resolverão mistérios mais tarde, mas enfim, vai que vocês gostem né? Boa leitura!
____________________________________________
Capítulo 18 - Parte 2
Sina Stonar estava em sua casa na pequena Greenshore, pensando nos últimos dias. A voz do homem com quem lutou não saía de sua cabeça, até mesmo a agressividade usada no confronto contra Ronan por ele, a perturbava. Ela conhecia aquele jeito, um jeito que procurava esconder a fúria mas sempre a liberava quando surgisse um problema. Sina sempre fora uma mulher bem calma, talvez por isso se relacionasse com homens mais agressivos, os opostos se atraíam. Mas ninguém nunca havia lhe tomando tanto os pensamentos quanto Rbllader, e além da dor de ter matado o único que realmente amou, dos pesadelos que tinha atravessando a espada no coração do guerreiro, era atormentada ainda mais pelo fato de há algumas semanas atrás ter simplesmente se esquecido do rosto do semi-demônio, devido a magia de Uman... mas Sina não sabia disso. Estava forçando sua mente mais uma vez para tentar se lembrar de pelo menos um traço, quando alguém bateu na porta.
-Como você está? - Ronan já foi entrando.
-Bem, estou bem. O que está fazendo aqui?
-Nossa, que recepção calorosa ein... Vim visitar a minha namorada, posso?
-Ah, me desculpe. É claro que pode.
O cavaleiro foi até uma mesa na qual estavam dois copos e uma garrafa de água. Encheu um copo para si mesmo, bebeu, e ouviu a frase de Sina que lhe apresentou a oportunidade perfeita.
-Pode me dar um copo de água também? - perguntou inocente.
-Claro... meu amor. - deu um sorriso irônico, equanto abria um pequeno frasco contendo um líquido pegajoso, colocando todo o conteúdo dentro do copo junto da água, sem que a feiticeira percebesse. - Aqui está! Ficarei feliz em lhe matar... a sede.
-Obrigada! - bebeu um gole.
-Posso satisfazer outros desejos seus além da água...
Ronan colocou suas mãos da cintura de Sina, beijou o pescoço, a deitando sobre a mesa.
-Não Ronan, pare por favor, eu não quero! - empurrou o homem para trás. Não seria dessa vez que ele conseguiria algo com ela além de fracos beijos.
A garota pegou o copo de água dado por seu namorado, e bebeu até a metade.
-Dois anos Sina... estamos a dois anos nisso. - disse virado de costas, ouvindo os tossidos dela - Fico tentando te fazer rir, dando presentes, levando a passeios, caçadas em locais incrívies, além de quase sempre ter que ouvir você falando sobre o otário que matou a mais de cinco anos. O que ele tem de tão especial? Você poderia realmente deixar que eu te fizesse esquecê-lo.
Sina estava com dificuldade para respirar.
-O que... tinha na água? - disse trêmula, segundos depois caiu ao chão.
-Nossa... depois te toda essa declaração, é assim que você me responde? - virou-se para Sina - está merecendo seu destino. Mas vou te atender um último desejo e responder à sua pergunta... já ouviu falar sobre suor de bonelord? - levantou o frasco - líquido mágico! Hahahahaha! Tira totalmente os poderes mágicos do infeliz que o tomar. É uma pena você só poder contar com a magia...
-Mas *tossidos* por... porque?
-Achou mesmo que algum homem aguentaria sua própria mulher falando de OUTRO CARA, além de nunca poder ir pra cama com ela, sabendo que é por causa DESSE cara? Por DOIS anos?!? Ahhh, você pode ser poderosa, mas é ingênua, Sina! E eu estou pronto pra tirar toda essa sua inocência aqui, e agora.
Ronan foi indo em direção a garota, quando a mesma levantou a mão e pronunciou as palavras :
-EXEVO VIS HUR! - nada aconteceu. O suor do bonelord tinha dado certo.
-Isso vai ser mais fácil do que eu pensei que seria! HAHAHAHAHA! - a risada foi cheia de malícia.
Ronan acertou um chute forte no rosto da garota, a atordoando. Pegou a mesma no colo e jogou ferozmente sobre a mesa, debruçando o peso de seu corpo sobre o de Sina, a fim de lhe tirar as forças. Ela se debatia, mas Ronan estava mais sadio naquele momento, e já tentava tirar a parte inferior das roupas que a feiticeira usava. Deslisou suas mãos firmemente sobre as pernas da garota, subindo para o ventre, até perceber que receberia um golpe no rosto, então rapidamente segurou-lhe a mão, e aproximou sua boca do macio pescoço, dando alguns beijos.
-ME LARGA! - gritou.
Distraído, Ronan não percebeu que havia deixado livre a outra mão de Sina, e ela não perdeu a oportunidade para arranhar com força a nuca do homem que a violentava, deixando a mesma em carne viva.
-ARGH! Sua desgraçada!
Sina caiu ao chão novamente, e, rastejando, tentava escapar, mesmo sabendo que estava apenas adiando o inevitável. Ronan agarrou a vítima pelo pé, e deitou novamente seu corpo sobre o dela, dizendo;
-Então você prefere no chão? Hahahahaha!
Virou o corpo da mulher, segurou ambas as mãos contra o chão, continuado o enfraquecimento. Sina tentava se livrar do agressor mas não tinha mais forças nem para gritar. Ronan iria conseguir o que estava querendo.
Momentos atrás
Sul de Thais, próximo a margem do rio
Rbllader largou o corpo carbonizado sobre os escombros da casa destruída, curou seu rosto e começou a andar em qualquer direção, precisava ajeitar os pensamentos. O triângulo nos machados de Ronan agora lhe tomaram a atenção : um triângulo no formato que as posições do último aparecimento dos demônios apontam no mapa Tibiano, mas isso não era o mais importante, o ponto, era que Sina estava namorando um cultuísta. "Mas ela sabe disso?" "Será que ela também está envolvida com o Culto?". Uma das frases de sua última vítima pareceram responder às perguntas, "Usamos eles para conseguir gente pros sacrifícios". O homem procurou não pensar em nada, apenas que tinha de encontrar Sina, pois por mais que ele negasse, sabia que queria ver ela outra vez, se possível, algo além de somente ver. Foi rápido em direção a sede da guilda dos sorcerers, em busca de respostas sobre os cultuístas infiltrados na cidade.
Chegando lá, Muriel ficou surpreso.
-Você não ia cuidar dos cultuístas, meu jovem ?
-Já está feito.
-COMO É?
-Você sabia que existem membros da organização dentro da cidade? - perguntou direto, não se importando com o espanto do velho mago sobre a rapidez no "serviço".
Muriel fez um olhar sério.
-Bom, você não havia me perguntado sobre isso hoje mais cedo, mas... sim. Eu sei. Esses desgraçados já sumiram com dezenas de jovens mulheres desde o início da onda de rituais. O problema é que por mais que os procuremos, eles sempre dão um jeito de escapar. São inteligentes, não deixam pistas, se bobear podem passar na frente do seu nariz e você não perceber. Aliás, só percebemos quando já é tarde demais. Não conseguimos descobrir nem os nomes deles, depois de meses investigando!
-Eu tenho os nomes.
-Mas como você conseguiu?!?
-Já ouviu falar em tortura?
-Claro que sim. Mas nossa política de ética não permite esse tipo de prática.
Rbllader ficou indignado.
-Puts, política de ética a favor de terroristas? De qualquer modo isso não importa mais. Se eu te der os nomes, você consegue descobrir a localização deles?
-Depende se os donos dos nomes tiverem casas fixas registradas. No caso do sim, consigo isso fácil e rápido para ti. - Muriel pegou um pedaço de papel e um tinteiro para escrever - diga os nomes.
- Hajkto, Jiryos, Zacssem, Licantro e Ronan. E esse Ronan, a localização DELE é prioritária.
-Farei o possível, Raider. Temos de ir até o QG da TBI onde estão os documentos que registram as casas.
Os dois magos foram as pressas para a sede da TBI, no local, Muriel mostrou sua autorização de acesso aos documentos secretos para o guarda.
-O senhor pode entrar, mas o outro aí terá que ficar do lado de fora. - disse o soldado.
-Tudo bem, eu espero.
Muriel foi para a biblioteca secreta procurar pelos tais documentos. Passaram-se menos de quinze minutos quando o sorcerer voltou para fora.
-E então?
-Infelizmente... apenas um deles tem casa registrada. O Licantro, ele vive numa casa grande, em greenshore, a primeira à direita depois da entrada da vila. A comprou faz dois anos.
-Casa grande, numa vila pacata... algo me diz que não será tão difícil de encontrar os outros após uma visita a esse Licantro.
-Se você quiser, posso mandar alguns dos meus agentes para te axiliar na busca.
-Eu terei de pará-los rápido, pois há um problema maior por trás disso. Não haverá tempo para "políticas de ética".
Rbllader se virou, com intuito de sair da cidade. Já quase no portão principal, se encontrou com Neverague.
-E aí cara, pra onde está indo?
-Pro trabalho. - respondeu enquanto continuava a andar.
-Posso ir contigo?
-E se eu dissese não? - disse em tom sarcástico.
-Eu iria do mesmo jeito! Hehe.
Leonardo seguia Rbllader sem se preocupar para onde o semi-demônio estava indo, apenas queria se envolver nas batalhas dele, principalmente depois de ter tido a oportunidade única de atirar a própria espada na mão de um Ruthless. "Quem sabe na próxima bateremos de frente com o próprio Apocalypse!" Pensava Neverague, feliz por ter se tornado, na opinião dele, o melhor amigo de Blader.
-Para onde estamos indo? - perguntou o cavaleiro.
-Vamos pintar a casa de um cara em Greenshore.
-Pintar? Não estou vendo nenhuma tinta na sua mão, vamos pintar com o que?
-Com as tripas dele.
Leonardo sorriu.
-Gostei! Hahaha. Que tal aceleramos o passo então?!?
Rbllader não acreditou no acabara de ouvir. Além de ser forte, e não ter medo como mostrou na luta contra Verminor, Leonardo aparentemente também gostava de matar pessoas. Era realmente o amigo perfeito. Eles invocaram suas melhores magias de velocidade, correndo para a vila Greenshore, parando somente em frente a tal casa grande.
-Uou, essa é uma boa casa. Quem mora aí? - perguntou Neverague.
-Um membro do Culto disfarçado.
-Esses desgraçados estão por toda parte. Queria saber porque há tanta gente servindo os Sete.
-Ta aí uma boa pergunta. Já até sei para quem perguntar quando voltarmos.
-Hm... Vai querer bater na porta?
-Faça as honras.
O cavaleiro sacou sua espada do suporte nas costas a segurando firmemente, foi até a porta da casa, sem perder tempo com preparações, deu um chute na mesma. A porta se espatifou em vários pedaços e os dois guerreiros entraram, vendo dois cultuístas já em posição de batalha, alertados pelo barulho do arrombamento.
-Mas que porcaria é ... - o homem parou de falar quando foi atingido na testa por uma espada.
O outro, aproveitando que Leonardo se dirigia até o corpo com o intuito de pegar sua arma de volta, andou de fininho até a porta, quase com o pé para fora da casa, viu Rbllader a sua frente.
-Onde pensa que vai, meu amigo? - o mago segurou o homem pelo pescoço e o levantou do chão. - Me diga onde Licantro está.
-É você?!? Você é o semi... - teve seu pescoço apertado fortemente, com dificuldade respondeu - o Licantro, Licantro? Eu não conheço nenhum...
-UTORI FLAM!
-Arrrrrgh! Faz parar! Por favor, está queimando!
-Essa é a intenção. Me diga onde Licantro está!
-No segundo andar cara, no segundo andar, Arrrrgh! - a pele já começara a escurecer. - Faça parar agora, por favor!
-Não tem como parar essa, cara. - Rbllader jogou o cultuísta no chão, e o deixou queimando, urrando de dor, quando ouviu barulho de vidros se queberando. Ao olhar para trás, notou um cavaleiro se levantando do chão, envolto por pedaços de madeira e cacos de vidro. Licantro havia pulado da janela. - Ele está escapando!
Leonardo saiu da casa para ajudar Rbllader na perseguição.
-Vou lançar minha espada nas pernas dele!
-RONAN, *tossidos* RONAN ME AJUDE! - gritou Licantro.
-Não, ele vai nos levar até aquele desgraçado! - disse Blader.
Licantro conseguiu se levantar, começando a correr para o sul, para a casa de Sina onde Ronan certamente estaria, com três costelas quebradas e sem nem ter lembrado de se curar, os outros dois guerreiros simplesmente andavam enquanto ele cambeleava desesperadamente pelas ruas vazias de Greenshore, buscando ajuda, mesmo sabendo que poderia trazer problemas para seu comparsa. Quando chegou na porta da casa que queria, usou sua energia restante para arrombar a porta, consequentemente caindo junto dela. O cultuísta disfarçado se levantou novamente, mas não encontrou ninguém no local. Blader e Neverague entraram na casa, vendo Licantro acuado, pronto para pular de outra janela que havia ao lado, porém antes que pudesse fazer qualquer movimento, foi empalado na parede pela lâmina de Leonardo.
-Não há ninguém aqui! Onde está ele seu bosta? - questionou Rbllader para o inimigo.
- *vomita sangue* Ele estava aqui! Eu juro por Zathorth!
Leo examinou a casa.
-Deveria estar mesmo, RB. Olhe aquela parede. - disse apontando para um buraco.
Segundos antes
As forças de Sina Stonar já haviam se esvaído, e Ronan começou a despi-la quando ouviu-se um grito que parecia vir de fora.
-RONAN... RONAN ME AJUDE!
O cavaleiro se levantou.
-Mas que porcaria é... Licantro! Pedindo por ajuda?!? Alguém deve descoberto a localização dele e agora aquele maldito esta vindo pra cá! Bom querida, podemos terminar isso mais tarde. - Ronan se aproximou da parade de trás da casa, invocando - Exori! - abriu-se um buraco.
Pegou Sina em seu colo, saindo da casa pelo buraco que havia feito, quando Licantro entrou na casa, derrubando a porta.
Instante da captura de Licantro
- Argh! Aquele desgraçado deve ter escutado esse imbecil pulando da janela.
-Pelo menos agora sabemos onde ele morava. Se saiu às pressas, vai acabar voltando para buscar alguma coisa.
Rbllader olhou ao seu redor. Na primeira sala da casa, pequena, haviam uma mesa, duas cadeiras e um pequeno guarda roupa, ao lado uma porta para o outro comodo. O semi-demônio se dirigiu até a mesma, abriu a porta, e ficou surpreso com o que viu. Armaduras para magos, wands, runas, livros de magias, e muitas Sudden Death : que por sinal eram as preferidas de Sina, nas paredes ou espalhados de forma organizada pelo chão.
-Se ele era mesmo um cavaleiro, certamente não morava aqui. - foi até Licantro, e perguntou girando a espada na carne do homem - QUEM MORAVA AQUI!
- Era... *tossidos* Era o próximo... alvo dele.
-O próximo alvo? - girou a espada novamente.
Licantro deu um gemido intenso de dor e respondeu;
-Uma... garota chamada... chamada Sina Stonar *vomita sangue*.
-SINA STONAR?!? RB, essa não era aquela feiticeira que lutou com você?
-Exatamente. - falou, mesmo que tudo estivesse tão óbvio, não podia negar que estava tão perplexo quanto Leonardo. Ronan havia levado Sina, mas... para onde? Mesmo assim, não era difícil imaginar o que seria feito. "Usamos eles pra conseguir gente pros sacrifícios", a fala do cultuísta lhe veio a cabeça mais uma vez. - Se tivermos sorte Ronan vai para a casa dele agora. Onde ele mora?
-Ronan, *tossidos* vive no campo dos bandidos...
-Outlaw Camp. - especificou Neverague.
-Sim... algumas casas pra dir... *respira forte* direita depois da cabana de um tal de Rottin. Tem uma caveira pendurada na porta. Você verá.
-Ótimo. Vamos agora para esse campo. Leonardo, termine isso.
O cavaleiro pegou sua espada, o cultuísta disfarçado caiu ao chão. Rapidamente, cravou a arma no coração de Licantro, e rasgou a carne de baixo para cima, até que a lâmina saísse pela cabeça, despejando um pouco de massa cerebral e vísceras pelo chão.