Nossa de repente parou de postar, bem na hora que o teshial estava livro? Aguardo a continuação![]()
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Capítulo II - Do Além
Seu mundo estava balançando. Teshial navegava no seu cérebro delimitado com muita destreza. Paranóia. Paranóia ou não, aquilo era impossível de acontecer, mas aconteceu. Ele já podia avistar de longe as tropas de Cordae, e estava bem no meio da área de combate. Do outro lado, já observava as tropas da casta Lybael, com seus ninjas à frente.
De repente, tudo some, se apaga. Hã? É mais um sonho?
Uma palavra ecoou em sua mente: paranóia. Que diabos está acontecendo comigo? Acordou, agitado. Sonho de um sonho de um sonho? Onde eu estou? Estou perdido? É mais um sonho? A situação já saiu do controle! Tratou de observar seu amuleto de localização dimensional. Ele brilhava. Enfim, na vida real.
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Lardor acordou, extremamente confuso. Meu Deus, eu apaguei! Há anos isso não acontece! Estava na mata, sem destino. Não havia torre, não havia palácio, não havia reino. O que é que está acontecendo? Sua realidade estava ficando distorcida. As árvores verteram em chamas, a água virou lava. Ecos amedrontadores faziam um som de fundo, e o chão começou a tremer. Lardor logo pensou estar em um sonho, mas o que via lhe parecia muito real. Não adiantou se beliscar, tapa, soco. Certamente não era um sonho.
De longe, uma criatura robusta começou a se aproximar. Possuía garras enormes e era muito grande. Seus olhos queimavam e seu enorme corpo possuía uma aparência vermelha. Lentamente, a criatura foi transformando-se, tomando aparências humanas. Sobre sua cabeça estava uma capa preta longa, e estava com uma máscara que escondia sua face. Seu corpo estava coberto por uma capa bem decorada, listrada de vermelho com preto. Em uma das mãos possuía um cajado robusto e na outra um livro completamente empoeirado. Lardor não entendia o que estava acontecendo, mas sentiu que estava à mercê da morte.
- Lardor? É você mesmo? - A criatura falava com tom suave, amigável. Lardor manteve-se calado, então o mesmo prosseguiu:
- Você não tem idéia de quanto o procurei! Você é muito precioso, Lardor! Eu conheci sua mãe, seu pai, toda a sua família! Eles eram grandes amigos meus. O que foi Lardor? Você está com medo?
O menino começou a tremer. A temperatura estava elevadíssima, e ele suava frio.
- Gostaria de poder te conhecer melhor, menino. Mas ando muito ocupado, e preciso ir resolver alguns problemas. Cuide-se. Ah, e siga a oeste, naquela direção - a criatura apontou com o dedo. - Em breve você chegará à um reino muito grande.
Tudo começou a pegar fogo, o clima assumiu um aspecto vermelho. Lardor também verteu em chamas. Despertou, gritando. Alguém me ajude, alguém me ajude. Quando ele abriu os olhos, assustou-se ao ver que estava em uma cama, rodeado de pessoas curiosas.
- Eu acho que ele é maluco. - Comentavam. - Coitada da criança, olha o estado dele!
Lardor odiava ser chamado de criança, mas isso era o que menos importava a esta altura. Finalmente havia acordado completamente, e podia observar melhor ao seu redor. Ele foi pronunciar uma palavra, mas a mesma simplesmente não saiu. Ele abria a boca, gaguejava, gemia, tentava falar. Sua insistência inflamou sua garganta, e ele sentia que estava queimando por dentro. Suava frio, mais uma vez. Alguns velhos surgiram em uma porta à esquerda. Imediatamente, colocaram suas mãos na cabeça do menino, e começaram a pronunciar palavras desconhecidas. Lardor apagou.
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Isso só pode ser obra de uma pessoa. Teshial colocou seu amuleto, abriu a porta de seu casebre, e saiu andando. Estava a entardecer. Sabia que teria que percorrer um longo caminho até chegar ao seu destino. Uma longa viagem, dias e dias.
"Ou você morre como um herói, ou vive tempo o suficiente para se tornar um vilão".
Sabe lendo esse capítulo fiquei pensando, que quando ele olhou as coisas distoridas e depois ao normal, será que ele não viu o mesmo lugar em outra dimensão, ou seria um presagio do rapaz que havia chego![]()
Legal, o cara parece que ivadiu o sonho do outro, sei la... Mas eu não me lembro quem era aquele rapaz que estava dormindo *-*
Ele é quem mesmo? fikei confuso![]()
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edit: Gripho, você está se referindo a quem? A Lardor? O menino que apagou, viu a figura monstrenga, escapou do barco naufragado é ele.
Capítulo III - Segredos Perigosos
Teshial sabia claramente o que deveria fazer. Sua viagem levaria dias e dias, até chegar ao velho templo. Alguns dizem que não se pode alterar o destino, outros, que você faz o seu destino. Mas há aqueles que acreditam que tudo está interligado por um motivo, seja ele benéfico ou maléfico. Tal pensamento arrepiava Teshial, devido ao seu passado condenador. Ele não admitia, mas a verdade é que fora criado únicamente para revolucionar o mundo, e, querendo ou não, ele tinha feito uma descoberta imensamente revolucionária. Decidira se policiar para não seguir o destino que supostamente lhe fora imposto, mas isto era impossível.
Ele ainda era criança, quando fez uma grande descoberta. Seu pai, na verdade, era um demônio que havia possuído o corpo de um jovem bêbado na taverna de Daeaith e forçado sua mãe com atos violentos. Quem lhe contara fora o diário de sua mãe, que sempre o mantinha escondido, e, inocentemente, Teshial havia encontrado. Como se não bastasse, o demônio a possuiu posteriormente, até o dia do bebê nascer. Embora não estivesse no controle, a pessoa possuída podia ver tudo, pensar, saber o que estava fazendo, mas não conseguia controlar suas partes físicas. Teshial sempre fora criado com o propósito de mudar o mundo, claro, a favor dos demônios. Era constantemente apunhalado por essas lembranças horríveis. Sabe-se como, a descoberta ele já havia feito. Talvez fosse uma profecia, uma profecia que inevitavelmente seria cumprida.
Muitas vezes pensara em desistir da vida, ainda mais depois de sua grande descoberta, pois tudo se realizava como descrito no diário de sua mãe. O que lhe fazia desistir desta ideia era o risco que ele corria em deixar essa segunda dimensão atirada, para qualquer maluco descobri-la no futuro e usá-la como bem entendesse. A verdade é que a todo instante ele tentava destruir sua criação. Tentava ampliá-la, mas ele queria mesmo era exterminá-la. Queria nunca tê-lo descoberta. Sabia que isso seria impossível, mas pensava numa maneira de bloquear esta dimensão.
Vainky, ah, Vainky. A única elfa que mexeu com seu coração. Buscava intensamente a magia perfeita para trazê-la de volta. Sabia que ela existia nos livros de algum mago tão inteligente quanto Merlin, mas ele era incapaz de descobri-la. Além do mais, não era de se duvidar que Merlin já conhecia a dimensão do sonho. Quem sabe tenha passado despercebido, ou ele achou que fosse um sonho. Vai saber.
Teshial atirou sua mochila, tirou alguns trapos de dentro e fez uma pequena cama de tecido, apenas para evitar contato direto com a grama. Estava percorrendo longos bosques, e preferia dormir em locais com vegetação rasteira, de fácil visualização. Era uma maneira extremamente fácil de ser visto, mas ele não se importava. Quem sabe sua morte trouxesse bem à humanidade. Teve pesadelos com a sua mãe, na mesma noite. Lembrou-se de sua velha casa, em Daeaith.
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Lardor estava acordado. Já haviam passado dois dias desde a última vez que botaram-no para dormir. Ah, meu Deus, estou aqui ainda. Quem são esses loucos que continuam aqui me olhando?
- Ele acordou. Chamem Florydal. - disse um homem que estava olhando-o.
- Florydal não virá hoje, meus amigos. Florydal está jorrando na floresta, eu o deixei lá. - respondeu outro homem, abrindo violentamente as portas do quarto.
- Quem é você? Maldito!
O homem sacou sua espada e, sutilmente, trespassou todos que estavam na sala olhando Lardor. Havia sido fácil, todos desarmados.
- Vamos Lardor, longo dia hoje.
Última edição por Gold Hamlet; 17-07-2011 às 03:44.
"Ou você morre como um herói, ou vive tempo o suficiente para se tornar um vilão".
Uma palavra:
PUTS!
Um cara chega no nada matando os enfermeiros,LOL
Mas quanto ao nosso amigo elfo, o que será que vai acontecer com ele? Sua nova dimensão será usada pelos Demons? *-* Ou será que não?
Ele tem medo de cair em mãos erradas aquela nova dimensão, mas e se a mãos dele forem as mãos erradas?
Mistérios...![]()
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Capítulo IV - Lembranças
Uma longa caminhada. Ouvindo o som da fauna e da flora, Teshial encontrou o melhor meio de reflexão. Mas refletir não era o que ele queria, só tinha péssimas lembranças de seu passado obscuro. A mãe sempre protegera-lhe, falando que não era sua culpa. Seu pai, sumido, nunca havia visto o filho. Ainda não sabia quem havia matado sua mãe, suas sessões de auto-hipnose nunca lhe deram a resposta. Ele não se lembrava de sua mãe, lembrava-se vagamente de seus sete anos, e nada antes disso. O que eu fiz para merecer tudo isso?Teshial não tinha ideia de quanto era valioso para alguém.
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Meu Deus! O que está acontecendo?! O que esse maluco vai fazer comigo? O homem pegou-o pelo braço e tornou a correr para fora daquele lugar. Passaram por longos corredores, mas estavam todos desertos. Passaram por uma grande porta, desceram algumas escadas, e passaram por outra porta, esta maior ainda, decorada com detalhes rústicos. Pronto, estavam nas planícies. O homem começou a se apresentar:
- Yagunz. Sou um cavaleiro do exército de Midgard, o capitão da elite. Recebi um chamado de meu rei para buscar-lo aqui. Eu só não entendi que diabos você está fazendo em Midgard. De onde você veio?
- Não sei. Estávamos em uma fuga, não sei de que. Lembro-me que pegamos um barco às pressas e começamos a navegar sem rumo. Encontramos terra firme depois de longos dias de viagem, mas uma tempestade, quando estávamos perto da praia, destruiu o barco e só eu consegui escapar.
- E você não se lembra de mais nada?
- Não, na verdade eu acho que estou ficando paranóico. Coisas bizarras estão me acontecendo nesses últimos dias. Lembro-me que acordei na praia e comecei a andar na floresta, ví umas torres ao longe e comecei a correr. Tropecei, caí e apaguei. Acordei no meio da floresta, com muita fome. Tornei a correr para frente, sem rumo. O clima da floresta foi bruscamente alterado, as árvores entraram em chamas e algumas figuras bizarras apareceram. Depois apaguei de novo. Acordei nesse quarto, agitado. Alguns velhos colocaram as mãos na minha cabeça e eu apaguei mais uma vez. Aí quando acordei, você apareceu matando o pessoal aqui, e eu continuo sem entender nada.
- Eu também não estou entendendo nada, mas deduzo que você seja muito especial para o rei. Sua história é estranha, mas não temos muito tempo. Aquele lugar é o Conselho dos Monges de Midgard, do qual o rei anseia destruição devido à grande oposição dos monges em todos os seus discursos. É óbvio que assim que o restante dos monges voltarem do Templo da Meditação eles estarão ao nosso encalço.
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Teshial estava perto. A mudança de clima já começou a atormentá-lo. Estava no vazio, uma vegetação serrada, de planície. Ao fundo havia sinais de destroços. Não é possível. Não pode ser o que estou pensando. Teshial tornou a correr. Destroços, destroços, não quero destroços! Quero o templo! No meio dos destroços de madeira, pôde ver um bilhete escrito: "Desculpe". Eu conheço essa caligrafia.
Teshial uivou alto, estava babando ódio. MAALDITOOOOOOO!!!. Nunca viu-se tão brabo assim. Seria capaz de fazer qualquer coisa agora. Ele quer brincar comigo? Então que se prepare. Sparlyn, você é um morto.
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Ao longe, alguém ria dispersamente.Teshial, você se afogará na própria arrogância.
"Ou você morre como um herói, ou vive tempo o suficiente para se tornar um vilão".




Capítulo V - A Origem do Mal (Parte I)
Todo mal tem sua origem. Aliás, tanto o mal quanto o bem. Mas todos sabem disso, e não é de hoje. O que não param para pensar é que algumas pessoas estão propensas a serem psicopatas.
O dia estava ensolarado, e ele não poderia deixar de ir brincar com seus amigos. Era de manhã, já havia acordado e lavado o rosto. Estava ansioso para falar com seus amigos, pescar, se divertir. Tornou a correr, e estava ao alcance da porta quando sua mãe meteu-se no meio.
- Volte já para o quarto. Está de castigo.
- Por que mamãe? O que eu fiz?
- Não se faça de bobo! Eu vi muito bem a crueldade que você teve com o coelhinho! Onde você anda aprendendo essas coisas?
- Do que você está falando?
Sua ficha caiu. Mais uma vez, meu irmão aprontou e botou a culpa em mim. Só pode. Ele estava acostumado a ser culpado pelo que não havia feito, e aguentava isso, pois gostava muito do irmão. O mesmo, pelo jeito, não demonstrava carinho com o caçula, botando a culpa nele em todas as artes que fazia. Sua mãe arrastou-o para o quarto, trancando a porta.
Ele podia ouvir seus amigos brincando lá fora, e ficava imaginando o que estavam fazendo. Ficou refletindo sobre a vida, imaginando a natureza. Parou para pensar sobre o fato anterior. Se eu não fizer nada a respeito, será assim a vida inteira.
Eram uma família humilde, tinham lá suas riquezas, mas agiam como seres normais. O pai da família, Eladriel, era um elfo conhecido por sua inteligência. A mãe era de origem mística, podia transformar-se em diversos seres, incluindo elfo e humano, mas adotava a forma de humana. Era muito mais forte e rápida que o pai, e também era dotada de inteligência. Tiveram dois filhos: Maddar e Areth. Ambos os filhos eram humanos. O primeiro era mais velho, arteiro e ultimamente cruel. O segundo era tímido mas meio covarde, e nunca levava desaforo para casa.
Areth queria dar o troco no o irmão, pois já estava cansado disso. Ele decidiu agir escondido. Estava tudo planejado, e nunca viu-se odiando tanto alguém. Aliás, estava crescendo, tendo suas próprias visões, e não queria ser oprimido a vida inteira. Areth saiu de casa para dar uma volta, meses depois do castigo. Encontrou um belo gato. Pegou o bichinho e pendurou-o na entrada de sua casa. Era visível o sofrimento pelo qual o gatinho estava passando, chegando a dar dó. Maddar, que estava brincando com alguns amigos mais velhos, voltou para casa e quase pegou Areth de surpresa, mas este escondeu-se a tempo. Seus pais estavam dormindo, pois haviam acabado de almoçar. Era um costume familiar dormir depois do almoço. Ao chegar, Maddar acordou os pais e contou o que havia encontrado. Seus pais esperaram o caçula chegar para ter uma reunião familiar. Areth rapidamente lembrou-os de que não estava em casa e deduziram que o único que podia ter feito aquilo era Maddar. Ele vai apanhar por dedução. Vai querer me matar! Mas foi pior. Maddar apanhou e também ficou de castigo por muitos dias. Ele só podia sair de casa se seus pais fossem juntos, e se flagrassem ele desobedecendo com certeza apanharia ainda mais. O primogênito não aguentava mais, porque? Ele já não era um simples adolescente. Estava descobrindo seu perfil real, ele infelizmente puxara para a sua mãe. Gostava de ser cruel. Maltratar os animais havia se tornado um vício.
Estava no seu quarto. O escuro dominava. Ele começou a refletir sobre o que ia fazer. Uma raiva incontrolável, combinada com sua crueldade e sua escuridão interior foi determinante para o que estaria para fazer.
Maddar simplesmente agiu como um monstro. Na primeira oportunidade, esfaqueou os pais, fugindo de casa. Havia cometido o ato mais cruel de que se sabia na região onde moravam. Estava em seu quarto, quando subitamente abriu a porta e correu até a cozinha. Quando a mãe virou-se, mandando-o voltar para o quarto, ele sacou o punhal e enfiou-o na barriga da mãe. O pai estava saindo do banheiro, em direção à cozinha. Maddar deu a volta e pegou-o por trás, como um covarde. Sua adrenalina estava à mil, e ele tornou a procurar o irmão.
Areth estava no seu quarto, olhando alguns arcos de sua coleção. O irmão invadiu o cômodo, uivando. Estava à toda, como se estivesse sendo controlado. Areth conseguiu esquivar-se do ataque, e começou a correr. Maddar foi atrás, mas não conseguiu alcançá-lo.
Psicopata, eu sou um psicopata. Mas isso não era verdade. Seu desejo cruel estava no seu sangue, e, querendo ou não, ele teria de se acostumar com isso. Agora sei o que minha mãe realmente era. Até os psicopatas podem parar para raciocinar, mas ele não aceitava ser uma criatura dessas. Fugirei, não vou parar de correr. Mas ele correu para o lado errado, na hora errada.
Longe dali, do outro lado das montanhas, seres monstruosos maquinavam um ataque. A falta de guerreiros fazia com que o chefe recrutasse qualquer sujeito que aparecesse. Como dito, Maddar correra para o lado errado.
"Ou você morre como um herói, ou vive tempo o suficiente para se tornar um vilão".
Nossa que fato mais triste, bom mas quando a natureza se desperta para o mal, é só isso que irá encontrar, gostei muito de seu capítulo, principalmente pois narrou de uma forma que sucinta e direta, ta de parabens![]()




"No meio do bem, há um pouco do mal. No meio do mal, há um pouco do bem."
Capítulo VI - A Origem do Mal (Parte II)
Era uma guerra extremamente violenta. Aqueles seres estavam determinados a aniquilar e escravizar seus adversários. Maddar já havia atravessado as montanhas, vagando sem rumo, quando percebeu que a terra começara a tornar-se calorosa. Chamas tornaram a assolar o chão, e na sua frente pôde ver criaturas monstruosas trajando armaduras soldadas na pele.
- Intruso? Você não sabe em que terra se encontra?
Maddar ficou paralisado e assustou-se com a voz grave que uma das criaturas possuía. Este parecia ser o líder. Sua pele era roxa como sinal às grandes batalhas da qual enfrentara. Seu corpo era todo roxo, como se fosse machucado e não tivesse um poder de recuperação. Na verdade, seus músculos eram estendidos e ridiculamente fortificados. A consequência dessa extensão era deixar grandes marcas roxas na pele, semelhante à de pancadas. Este possuía um par de chifres laranjas, e seus equipamentos de batalha eram vermelhos.
- Você não é como aqueles vermes. Você não é um humano.
O adolescente permanecia parado. Não conseguia mover-se, estava tomado pelo medo. Sabia que dali não escaparia. Já havia ouvido falar dos seres vizinhos...
O antigo pacto de paz. Vinte almas eram doadas por ano para fortalecimento daqueles seres, em troca eles lhes deixariam em paz. A vila ficaria tranquila, até que o pacto fosse rompido.
- Não acredito nisso. És filho de quem? Acho que você é, bem... algo à parte. Seu único meio de sobrevivência será conosco, pois você passará por diversas transformações. Será nosso servente, em troca lhe daremos segurança e força, muita força.
Maddar sabia que não tinha escolha. O que fazer? Se corresse, sem dúvida alguma morreria.
- Junte-se a nós, mantenha-se na retaguarda para não morrer. Invadiremos a vila ao norte, e você não vai querer estar na linha de frente fraco desse jeito, não é?
O menino ainda se arrepiava com aquela voz. Ele colocou-se atrás dos outros guerreiros, e começaram a marchar. O dia estava no crepúsculo, mas aqueles seres, sinistramente, começaram a pegar fogo, tornando a noite mais clara. Estavam chegando ao encontro do outro exército, já podia-se ver os inimigos mais ao longe. Maddar percebeu que também eram monstruosos, mas em uma quantidade vinte vezes maior. O menino contou nove combatentes do seu lado, e mais de cem do outro.
A batalha começou, e o menino manteve-se parado. As criaturas começaram a correr umas contra as outras, e depois via-se apenas uma de pé. Nenhum inimigo virou-se para ele, pareciam muito concentrados nos maiores. Grande erro.
O tal líder simplesmente estraçalhava os inimigos, matava-os sem dó. Um dos guerreiros, que tinha sua pele azul e um um par de chifres brancos, formava uma espécie de dupla com outro, de pele vermelha com um par de chifres negros. A dupla, combinada com o líder, era mortal. Eram um exército incrivelmente forte, algo que Maddar jamais ouvira falar. Ao término da batalha, apenas quinze criaturas estavam de pé. Os nove, e os sobreviventes inimigos, agora definitivamente escravizados.
Maddar passou anos vivendo junto com os escravizados, sendo um servente dos nove. O líder cuidava pessoalmente de Maddar, colocando-o para treinar e fortalecer-se quando não estava servindo. Conforme os anos passavam, o adolescente ia ficando mais forte, e seu corpo começava a se desfigurar. Ele estava libertando o demônio que possuía dentro de sí. Escapando do controle do líder, Maddar fissurou-se em adquirir força e, posteriormente, em ver sangue nas batalhas. Se alimentava do sofrimento, do medo, do sangue, da tristeza. Transformara-se realmente num demônio praticamente incontrolável. Passado o tempo, era notável suas alterações físicas, mas ele tornou-se um demônio burro, obsoleto, facilmente dominado. Não possuía virtudes, apenas desejo de batalha. Apenas por isso ele conseguiam controlá-lo, já que sua força era comparada ao do líder.
Maddar transformou-se em Madareth, e liderava a frente dos escravos, agora também guerreiros. Um exército que brigava pelos nove, que fazia tudo por eles, e os obedecia.
"Ou você morre como um herói, ou vive tempo o suficiente para se tornar um vilão".