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Tópico: O Incubo

  1. #41
    Avatar de Neal Caffrey
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    Citação Postado originalmente por Emanoel
    Não tenho certeza se entendi o significado das palavras "balela" e "soprano". Com certeza, não condizem com meu dicionário.
    São "gírias". Balela - facilmente, sem dificuldades; Soprano - heróico, bravo, guerreiro, enfim, corajoso;

    Citação Postado originalmente por Emanoel
    Sinto dizer que o final deixou a desejar. O ato de disparar runas não ficou claro no texto, de modo que só um tibiano poderia entender e imaginar a ação. Além disso, Mercy e Svan lutavam e conversavam, enquanto os outros dois soldados permaneciam apáticos. Realmente estranho, levando em consideração que era uma Sudden Death contra dois guerreiros que deveriam possuir algumas magias. A animação em produzir uma boa luta realmente cega o escritor, eu entendo. Tome mais cuidado com os detalhes e tente deixar a história bem explicada para todo tipo de leitor.
    Sim, eu modifiquei toda a estrutura final relativa a runas. Espero que tenha ficado melhor compreensível.

    Citação Postado originalmente por Emanoel
    Ficou confuso. Creio que foi a guerra que levou a filha de Tibianus... Correto?
    Não. A esposa de Tibianus foi morta por Olk, mas antes de morrer, a esposa dele matou a filha de Olk.

    @~
    Ainda espero comentários sobre a história. Gramaticamente, vou corrigindo com o passar do tempo.





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  2. #42
    Avatar de Claudio Di Martino
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    não tenho muito a dizer, pois só li até o capitulo 2, pois estou com pouquíssimo tempo. Até onde eu vi esta muito interessante. Só em alguns instantes da narrativa eu acabo meio por me confundir na história e ter que ler o parágrafo novamente. Acho que essa confusão minha se deve a algumas palavras que você usa, "complexas demais para estarem juntas" se é que me entende.

    vou acompanhar
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  3. #43
    Avatar de Nordcus Knight
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    opaa tah mtoo roxx mano =]]]]

    ah espera do cap 5 =PP

    parabens ae mto rox =P

  4. #44
    Avatar de Neal Caffrey
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    @Claudio di Martino
    Obrigado pela consideração! Espero sua opinião nos próximos capítulos.

    @Nordcus Knight
    Obrigado, também, Atma. Love you bro (L)





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  5. #45

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    - Historinha Style u.U




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    Última edição por Edd Mágico; 02-07-2008 às 21:54.

  6. #46

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    - Quero mais morteeees (6)

    MWAHAHAHAHA

  7. #47
    Avatar de Neal Caffrey
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    CAPÍTULO 5 - O PODER OCULTO DE LIANA


    A Rainha Eloise esbravejava ao máximo possível. Mohm e Alex estavam ouvindo dela muito mais do que, com certeza, cada um deles deve ter ouvido da própria mãe, quando criança. Ela estava indignada pelo fato de que Svan solicitou ajuda aos dois, e estes permitiram a Mercy fugir sem demonstrar nenhuma resistência. Mas, Rainha, ele derrubou facilmente o Capitão, era a desculpa dos soldados. Vocês são guerreiros da Armada ou são apenas civis comuns?, era a resposta da Rainha. O Capitão estava na enfermaria da cidade. O braço direito escurecido, devido a um golpe de amortecimento mórbido que recebera, e o abdômen exterior queimado devido ao tiro de mesma propriedade.

    Liana entrou rapidamente, sem pedir às enfermeiras. A vendedora do depósito de Carlin nem sequer olhou para elas ao entrar no quarto. Svan estava acordado. Ela sentou-se numa cadeira de madeira refinada ao lado da cama de Svan. O quarto era de concreto, todo cor-de-rosa. As mesas, cômodas, criados-mudo e camas eram amarelas com detalhes dourados. O chão de lajotas era razoavelmente áspero, e incômodo para se andar descalço.

    - Capitão! Como você está?
    - Estou tentando estar bem - lançou um olhar cético para Liana, como quem estivesse pensando Não está vendo? -. Mercy, desgraçado... está com os dias contados no continente.

    Liana e Svan conversaram por vários minutos, quando um baque forte e estrondoso foi ouvido do lado de fora. Ela foi então à janela, para ver do que se tratava. E aconteceu o que Svan imaginava: Mercy havia dito à Armada Inversa que ele estava debilitado. Esta era, portanto, uma magnífica oportunidade de se dar bem na largada dentro da guerra. O Capitão da Armada de Eloise estava pensando sobre como contra-atacar naquelas condições. Mas havia pouco tempo para pensar: a janela foi quebrada por uma pedra avermelhada, caprichosamente arredondada, com um símbolo circular no meio. Ela então se abriu, liberando fagulhas de faíscas já conhecidas pelos magos. Instantaneamente, uma incrível explosão de uma "mini-napalm" se cresceu dentro do quarto do hospital de Svan. Tudo em chamas, e o Capitão caído longe da cama. Liana foi arremessada para fora do quarto, e as enfermeiras estavam todas mortas e quase carbonizadas. Com um pouco de esforço, Svan levantou-se e caminhou na direção oposta à porta, ouvindo os gritos de Liana. Tomou sua espada embainhada, e se dirigiu instantaneamente para fora do local, sendo carregado pela vendedora. Desceram rapidamente a escada de emergência, vendo outras pessoas também deixarem seus quartos.

    * * *

    Do lado de fora, Hardek comandava as ações. Josh estava acuado num canto, sob a mira da espada de um dos guardas da Armada Inversa. Mercy não se fazia presente, no entanto.

    Svan e Liana cruzaram toda a cidade, que estava repleta de chamas, pelo lado oeste de sua entrada. No entanto, quando se aproximaram da Escola dos Druidas, Hardek posicionou-se na frente de ambos, bloqueando a entrada à Taverna. O Co-Capitão Chefe da Armada Inversa estava usando o sobretudo que Melchior usara quando fora assassinado. Por baixo, uma simples armadura de aço, e calças simples de algodão fino. Suas botas eram marrons, comuns como todas as outras, exceto pelas asas que carregava nos calcanhares, fazendo com que a locomoção de quem as usasse fosse mais ligeira. Debaixo do braço direito, o capacete real da Armada. Empunhado na mão esquerda, um cajado. O local onde estavam não apresentava sequer uma pequena fogueira. Hardek já havia preparado o local para esta eventualidade.

    - Svan, meu caro! Que belo dia este, não? - ele fez uma pausa - No entanto, parece-me que estou destruindo a sua cidade inteira... não é frustrante, Capitão? - mais uma pausa - Ver o sonho da sua vida toda desmoronar?

    Svan sabia do que Hardek falava. Quando ele chegou à Armada de Eloise, pôs-se em combate contra o filho de Hardek e não hesitou em o matar, pois era um fugitivo da Coroa. Hardek nunca se esquecera daquele fato, e tinha por Svan enorme ódio e retenção de mágoa.

    - Hardek - Liana era quem falava, calmamente, pausando para pensar a cada frase nova -, peço por favor que me deixe passar. Se Svan não se recuperar, vocês nunca poderão ter uma luta justa. Por favor, me deixe passar... é questão de honra, Capitão.

    Hardek oscilou, e encarou firmemente a filha de Melchior.

    - Filha postiça de Melchior, não é, senhorita Liana?

    O nome de seu pai adotivo ser falado por Hardek fez o sangue de Liana subir, ao passo de que Hardek estendia seu cajado em direção a Svan. Liana, que usava um vestido de linho impecável vinte minutos antes, usava agora o mesmo totalmente queimado e desgastado pelo calor das chamas. Não detinha qualquer arma e sabia bem poucas magias, seria um problema se Hardek prosseguisse com seu desejo de derrubar Svan. Mas não houve tempo. O Capitão da Armada Inversa estendeu o cajado em direção de Svan e disparou. Um pequeno estalido se ouviu, e o ombro direito de Svan, que estava enfaixado, ergueram-se pequenas queimaduras.

    - Vamos, Capitão dos Capitães da Armada de Eloise - Hardek provocava -, faça tinir sua espada contra o meu cajado, meu nobre cavaleiro! Sempre ouvi falar muito de seus feitos nas terras do continente, seu verme, no entanto o que vejo diante de mim é um coelho acoado e sem a mínima condição de ir em busca de sobrevivência!

    - Hardek - Svan falava -, você obviamente sabe que não estou em condições de uma batalha agora, portanto...

    Neste instante, o mago abriu as mãos em direção ao Capitão e grunhiu um som tão inaudível quanto o que Mercy usara contra o mesmo. Um feixe de luz azul, cercado de correntes de eletricidade, se levantou contra ele. Num baque estrondoso, Svan foi arremessado dentro do lago que estava ao lado deles, mas misteriosamente a energia proveniente do ataque dissipou-se na terra antes de chegar à água, o que fez com que Svan continuasse vivo e fora de risco.

    - Svan - Hardek caminhou à beirada do lago -... há tempos estou esperando por isso, meu velho. Se você pode tirar vidas, por que não eu? - o olhar de Hardek era repleto de ódio - Sua vida acaba aqui, Capitão, eu vou...

    Hardek foi atingido nas costas e foi arremessado à margem oposta do lago, com um buraco no sobretudo de Melchior. Atrás dele, Liana não tinha mais pupilas nos olhos, que estavam brancos como a neve. Ela mantinha as mãos estendidas em direção ao Capitão de Thais, enquanto murmurava algumas palavras, totalmente fora de si. Hardek tentou contornar o lago, mas foi tarde: Liana disparou novamente, outra rajada de luz azul-clara, e ele foi arremessado desta vez bem mais longe que da primeira. Ela caminhou em direção ao lago, e apenas com a mão direita, retirou Svan da água. Contornou então seguindo a margem, e chegou ao outro lado, onde Hardek tentava se levantar. Sem dó ou piedade, estendeu as mãos no rosto dele, e outra rajada mágica cor-de-gelo se fez presente. Ele estava pregado no chão, com os olhos queimando e o rosto repleto de stalagmites, enquanto Liana tomava a espada de Svan à margem do lago. Entregou-a ao Capitão de Carlin e em seguida, virou-se novamente para Hardek, que já punha-se de pé.

    - Você... você matou meu pai, desgraçado... vai pagar!
    - Liana, Liana, minha cara - Hardek zombava, mesmo em pior situação -, existem coisas que nem a natureza descreve, você ainda é muito nova, portanto, queira entender que...

    Um estralo ouviu-se. A mão direita de Liana estava coberta por uma camada de gelo. E foi com esta mesma mão que ela levantou-se a Hardek com um tapa na face. Hardek, que estava com a cabeça de lado, endireitou-a, cheio de ódio no olhar, enquanto encarava a jovem moça à sua frente. Liana deu alguns passos para trás e em seguida levantou os braços em direção ao céu. Uma enorme esfera de energia aparentemente de gelo se formava sobre ela. A cada segundo que passava, essa esfera aumentava desproporcionalmente.

    - Eu nunca vi isso na minha vida, por Crunor - Svan falava sozinho -, é necessário uma grande concentração mágica de muitas pessoas para que isso possa ocorrer! Uma explosão de gelo?

    Depois de vários segundos, Liana desprendeu sua mão direita do encanto e a estendeu na direção de Hardek. A esfera de energia gélica começou a mover-se na direção dele, sem oscilar, firme, e determinada a tirar a vida do mesmo. O Capitão da Armada Inversa estava pressionado contra uma concentração montanhosa, e não tinha para onde fugir. Num ato de desespero, Hardek disparava fagulhas com seu cajado no corpo de Liana, em vão. Svan distanciou-se alguns metros, mas Liana disse em alto e bom som, mesmo a cem metros de distância ele acabou ouvindo. Exevo gran mas frigo.

    Hardek bateu violentamente contra a concentração montanhosa que o pressionou contra a esfera mágica. O corpo petrificado, coberto de gelo. Vários cortes por todo o corpo, o cajado estilhaçado, várias de suas pedras mágicas foram atiradas longe e o sobretudo de Melchior, por incrível que pareça, tinha sido levado pelo vento e não apresentava nenhum corte ou arranhão - fora o buraco proveniente do primeiro ataque de Liana ao mago -, a quase quarenta metros do local. Depois do disparo, Liana perdeu a força nas pernas e desmaiou. Estava caída no chão quando Svan cruzou o lago congelado. Caminhou por cerca de quarenta metros e tomou no braço sóbrio o sobretudo de Melchior. Colocou Liana nas costas e com muita dificuldade, dirigiu-se à Taverna.

    * * *

    Na prisão de Thais, Olk acordou repentinamente. Sentou-se na cama num salto, e observou as paredes da cela em que estava. A cela era solitária. Paredes de pedra cuidadosamente moldadas, o chão úmido devido à garoa que vinha pelo oceano. Estava deitado numa espécie de rede, porém em cama de material de ferro. Ao invés de um colchão, apenas um pedaço de pano velho esticado a certa altura do chão. Do lado, um pequeno criado-mudo de madeira refinada, com um jarro de água sobre ele.

    Olk tinha seus sessenta e tantos anos. Cabelos grisalhos, já, devido à idade. Apesar da velhice que se aproximava cada vez mais, era forte e robusto. Tinha cerca de um metro e oitenta, era forte, mas perdeu parte de sua força mental com o passar dos anos. Olhos azuis e profundos, envolventes. Depois da última guerra, que levou sua filha para a tumba, decidiu que viveria longe da balbúrdia. Mas estava disposto a ajudar Svan, se precisasse. E foi por essa ousadia que jazia na prisão, naquele momento. Mas não foi esta a causa de ter acordado. Ele sentiu... Olk tinha certeza do que sentia.

    - Hardek...

    Não sinto mais sua energia sobre o continente, miserável. Ele pensava no que parecia ser impossível até o momento... mas sentiu. O Velho Guerrilheiro, como era chamado, tinha a sensibilidade dada por Crunor de perceber em terra quando alguém que conhecia deixava de viver.

    - Ah, parabéns Svan! Você o matou, impediu a destruição em Carlin!
    --------------------------------------------------------------------------

    Enfim... eu quero pedir pra aqueles que entrarem aqui, comentem, por favor. Ler sem comentar com certeza não satisfaz o escritor. Eu preciso saber como as coisas estão indo por aqui.

    Obrigado a todos!
    Última edição por Neal Caffrey; 05-07-2008 às 13:20.
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  8. #48
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    Muito BOm mano!

    Esperando o Proximo Capitulo^^

    Parabéns.

  9. #49
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    cara..... parabéns!
    acabo de ler até o cap.5 e fiquei maravilhado com sua escrita!!
    nem reparo nos erros, acho que não tem muitos, talvez nenhum..... o enredo todo está ótimo, têm partes de ação, como essa de Liana.... eu já desconfiava, mas não imaginava que fosse tanto!
    agora estou ancioso pelo próximo cap. e saber o que diabos vai acontecer com Olk e com o espião que conseguiu fugir.








    momento propaganda: saiu o próximo cap. de John Silan, com muita ação, vale apena acompanhar!
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  10. #50
    Avatar de Neal Caffrey
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    CAPÍTULO 6 - NADANDO

    Pela janela do farol, na Taverna, Svan assistia sorrindo o corpo de Hardek ser carregado por Arksoul. Aos poucos, a Armada Inversa ia deixando a cidade de Carlin pela entrada leste. Com o sobretudo de Melchior nas mãos, recuou alguns passos e olhou para a cama, onde Liana dormia. Sentiu um enorme peso de cansaço sobre o corpo, lembrando-se com alegria da explosão de fúria da garota. Depois do banho, o Capitão não carregava mais as faixas sobre o abdômen e o ombro esquerdo, já que as marcas do ataque de Mercy já haviam desaparecido quase que por completo, as únicas marcas que restavam eram as queimaduras do recente golpe de Hardek. Afundou-se na poltrona confortável do quarto cuidadosamente esculpido sobre a Taverna, cedido de bom grado pela dona da mesma, Bambi Bonecrusher. O quarto era todo pintado de cor creme, o que dava a ligeira sensação de sono ao Capitão, que já estava bastante cansado. O abatimento daquele quarto fez com que ele cochilasse.

    Svan descansou por vários minutos, mas não passou de uma hora. Foi acordado por si próprio, de repente, com uma grande idéia na cabeça. Ele sorriu, apanhando seu equipamento e vestindo-o sobre o corpo. Liana ainda dormia, e já eram cinco da tarde. A Armada Inversa está alarmada... não vão nem me notar - Svan sorria por dentro, tentando fazer o menor ruído possível. Embainhou nas costas sua espada, e tentando não acordar a garota, apanhou o cinto de runas que pertencia a ela. Desceu rapidamente as escadas.

    - Capitão... onde pensa que vai?
    - Bambi, tenho coisas a resolver. Venha, vou lhe falar rapidamente pois preciso sair.

    Desceram até a Taverna, e Bambi o levou até os aposentos da adega interna. O ambiente era confortável, todo de madeira, e dezenas de fileiras de vinho destacavam-se no centro da sala. No canto inferior direito, havia uma pequena sala abobadada, externa à adega. Nela havia uma mesa e cerca de doze poltronas em seus arredores, no canto uma pequena banca com algumas bebidas, e do lado esquerdo uma lareira realmente grande. Uma sala para reuniões secretas. Sentaram-se e Svan nem sequer se desequipou de suas armas.

    - Bambi... eu preciso retirar Olk e preciso matar Arksoul, antes de pensar em dar os próximos passos. Eu sei que Arksoul costuma dormir na torre mais alta do lado esquerdo... vou tentar matá-lo antes de descer às prisões e retirar Olk de lá. Conheço totalmente a arquitetura do Castelo, e eu tenho quase certeza de que não falharei.

    Bambi Bonecrusher olhava abismada para o Capitão. Desafiar sozinho todo o armamento da Armada Inversa, Svan? Você enlouqueceu de vez?. Ouviu o que ele dizia sem se manifestar, até que algo chamou sua atenção.

    - ... e eu quero que Josh continue dormindo. Se eu morrer, nomeie-no Capitão da Armada.
    - Capitão da Armada de Eloise, Svan? Josh? O garoto tem menos de trinta anos, Capitão!
    - Eu sei perfeitamente o que estou fazendo, Bambi. Faça o que estou dizendo.
    - E como vai para Thais? De barco?
    - Nadando.

    Ele enlouqueceu - cada vez mais a mulher tinha essa convicção.

    - Ordene aos soldados inferiores para que reconstruam a cidade o mais rápido quanto for possível. Caso faltem recursos, abra os cofres da Armada e gaste o que precisar, você tem a combinação. A Feira das Décadas é amanhã, e apesar de ser inútil para mim, será um marco para a cidade e Eloise, com certeza, deseja que tudo corra bem.

    Bambi acenou com a cabeça, observando enquanto Svan vestia um sobretudo azul com um buraco no meio. Quase às seis da tarde, o Capitão deixou a Taverna.

    - Ele está ficando louco! Crunor, proteja nosso Capitão!

    * * *

    Svan deu algumas braçadas dentro da água em direção a Edron, onde encontrou o bote que Josh prometeu que estaria lá, preso a uma leve âncora. Ele desprendeu-no dela e em seguida pôs-se a remar em direção à cidade de Thais. O plano era perfeito: o sonar marítimo geral não detectava pequenas embarcações. Sendo assim, ele aproximaria-se da metrópole sem ser notado, entraria na cidade sem precisar assinar o visto, e poderia agir livremente desde que nenhum guarda da Armada o reconhecesse. Depois de um bom tempo remando, Svan chegou à margem oposta. Retirou do cinturão de runas uma pequena pedra acinzentada e com um desenho estranho, transparente, no centro. Disparou-na contra o bote e este tornou-se transparente. Colocou o capacete pessoal - este que não era o mesmo da Armada -, e cobriu a cabeça com o capuz do sobretudo.

    - Com licença, senhor - um soldado da Armada Inversa aproximava-se -, preciso de seu nome e de três moedas de ouro pra que trafegue por aqui.
    - O que acha de um pequeno golpe, e esquecemo-nos do nome?

    O soldado franziu o cenho e recuou dois passos. Mortal e eficaz, Svan sacou a espada e cravou-na no estômago do guarda. Tomou suas roupas e escondeu as que usava em outro local. Naquele momento, o inocente soldado jazia no fundo do oceano. Em alguns minutos, Svan era oficialmente um soldado da Armada Inversa, infiltrado.

    A cidade de Thais é a maior do continente - não era por menos, era a residência do Rei -, e era também a mais movimentada e de mais longa existência. O Rei sempre fez as Feiras de Décadas em sua cidade, mas perdeu no parlamento geral esse direito naquele ano para a Rainha Eloise. No desespero, o Rei tentou dizer que a cidade não tinha estrutura para abrigar esse montante de pessoas, mas foi em vão: Carlin é quase tão grande quanto Thais.

    - Crunor - Svan sofreu um baque mental. - É por causa dessa maldita feira que estamos em guerra!

    Caminhou rapidamente por um longo caminho de paralelepípedos, que dariam nos fundos do Castelo. Svan só pensava em procurar Mercy, apesar de seu objetivo ali ser outro. Escalou uma árvore que dava direto no quarto de Arksoul, a fim de poder entrar. Seus olhos percorreram totalmente a torre do Castelo, até encontrarem a janela, que estava aberta. Segurou-se em um galho e lançou seu corpo adentro, mas não avistou ninguém dentro do recinto.

    - Maldição - praguejava -, Arksoul ainda não veio para o quarto!

    Avançou alguns passos, quando sentiu uma aproximação às suas costas. Um leve som de metais se chocando foi ouvido, e ele sabia que alguém estava desembainhando uma espada, mas não houve tempo para ficar de frente à pessoa que se aproximava atrás.

    - Parado, Capitão. Vire-se de frente, bem devagar.

    Aos poucos, ele foi girando nos calcanhares, cuidando de cada movimento para não ser interpretado como agressivo. Droga, estou na mira desse maldito e completamente rendido. Quando virou-se totalmente, Svan sentiu seu coração gelar. Um jovem rapaz corpulento para sua idade, de cabelos médios e avermelhados, segurava uma espada em sua direção.

    - Josh?
    - Ah, Capitão! Tão sombria a traição dos homens, não é? Ah, Svan... foi tão fácil, acredite!

    Svan não acreditava no que via. Josh estava na sua frente, com arma em punho, pronto para matá-lo.

    - JOSH? VOCÊ É O TRAIDOR! DESGRAÇADO!
    - Ah, meu doce Capitão... na situação em que está, recomendo que não fale muito alto. Eu aguardei aqui exatamente porque queria este momento, nenhum dos soldados da Armada Inversa tem conhecimento de seu pequeno passeio em Thais.
    - Josh... como pôde?
    - Ah, Svan - Josh começava a rir. - Foi tão fácil. Meu plano foi perfeito, incriminar Mercy e limpar minha barra. Mercy nunca me deixou agir, sempre esteve no meu encalço! Maldito... mas foi fácil tirá-lo do meu caminho. Quando você foi nos contar sobre o plano para pedir ajuda à Olk, minha feição de cansado foi tão bem ensaiada quanto possível. Você me mandou dormir, Mercy se antecipou a mim e veio para Thais, na esperança de me deter. Não teve muito êxito: ficou um bom tempo correndo dos soldados. Em Venore, fui comandar as ações na captura por Olk, mas Mercy novamente estava lá, testando minha paciência. A partir daí, foi fácil: uma mentira ou outra, e você caiu como um pato!

    Pela primeira vez, Svan sentiu remorso. Ele havia incriminado falsamente um inocente, e o orgulho era muito grande mas foi abalado naquele momento. Preciso pedir desculpas a Mercy antes de morrer.

    - Ah - Josh continuava -, como você vai morrer aqui, muito obrigado. Serei o novo Capitão da Armada. Arksoul sabia que você faria isso, meu doce Capitão... o plano foi perfeito. Uma coisa pela outra. O Rei queria a cabeça de Eloise, e eu queria o seu cargo. Uma troca de favores. Perfeito.

    O corpo de Svan gelou-se novamente. Errei, redondamente! Josh é muito inteligente! Coloquei o futuro de Carlin em risco! Instantaneamente, Svan sacou sua espada e estava com ela cruzada com a de Josh. O movimento foi muito rápido, e não houve tempo para que o mais jovem o golpeasse. Svan teria uma luta, não morreria como um covarde. O som de espadas tinindo e passos ríspidos sobre o chão arenado fizeram com que a luta tomasse calor rapidamente. Svan golpeou na altura da cabeça, mas foi facilmente neutralizado por Josh. O mais jovem contra-atacou com um golpe na cintura, que foi facilmente driblado pelo mais velho. Svan então deferiu um golpe profundo na carne do braço direito de Josh, que contra-atacou cortando-lhe a barriga. A luta já tomava boa proporção. Um baque surdo, o Capitão havia acertado com a lâmina da espada num dos mastros da cama, rachando-no no meio. Quando uma das espadas caiu no chão. Svan estava desarmado, e a mira da espada de Josh fazia-se presente em seu pescoço.

    - Capitão, Capitão... esperei mesmo que fosse um dia fácil. Adeus, Capitão!

    Josh avançou com a espada em punho, mas aconteceu o inesperado. Svan moveu-se rapidamente se desvencilhando do golpe e empurrou Josh contra o mastro quebrado. Uma parte da madeira estava pontiaguda. Foi a parte que penetrou nas costas de Josh, fazendo surgir à frente, no peitoral. Svan fechou o punho e cerrou-no contra a mão aberta, na altura dos olhos, fazendo assim o símbolo real da Armada Inversa.

    - Vitória limpa, Josh.

    Agonizando, o garoto morreu lentamente. Svan retirou o corpo do garoto e o atirou pela janela, vendo-o prender-se contra as árvores que estavam ao lado da torre de Arksoul. Tomou sua espada e se esgueirou vagarosamente para a escada que seguia em direção às prisões do Castelo.

    * * *

    Mercy estava na cela ao lado de Olk nas prisões. Deitado na pequena rede de pano esticado, observando o teto de pedra moldada, ouviu a voz seca que vinha da cela ao lado: a cela de Olk. Levantou-se e aproximou-se da grade para entender melhor.

    - Mercy? Está me ouvindo? - Olk cochichava.
    - Sim, Guerrilheiro - a altura de voz era recíproca.
    - Dê parabéns a Svan quando ele chegar aqui embaixo, Mercy. Josh está morto, neste momento.

    Mercy arregalou os olhos. Velho macumbeiro....
    ______________________________________________
    Ainda aguardo por comentários, amigos. O roleplay está se aproximando do fim. Obrigado.

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    Última edição por Neal Caffrey; 14-07-2008 às 00:22.
    Jason Walker e o Retorno do Príncipe
    Sexta história da série de Jason Walker e contando. Quem sabe não serão dez?

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