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Tópico: Con Clave

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  1. #1
    Avatar de Manteiga
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    Bom, vou postar o capítulo aqui. Não posso assegurar com certeza que melhorei, mas alguns trechos sei que ficaram superiores. Não estou muito confiante em relação ao finzinho do capítulo, mas sei lá. Quero que opinem. Eu sei que peguei a idéia da descrição e emoção, portanto não sejam tão exigentes agora. Tenho que exercitar isso até ficar muito melhor.

    Mas não pretendo desistir nunca. Sei que um dia vou poder melhorar minha escrita. Muito!

    Capítulo VIII
    O Conjurador

    - Fark garrar. – Murmurou o Mago, com uma expressão cansada no rosto. Passou uma de suas mãos – ou melhor, patas – pela cabeça, limpando o suor frio que descia de sua testa. Ele bufou e sentou-se em sua cama – O dia será longo.
    Venâncio abriu sua boca ao máximo para liberar seu bocejo. Entrelaçou seus dedos e esticou seus braços para cima, ouvindo seus ossos se estralarem. Sua cabeça pesou e o levou a baixá-la. Limpou os olhos ficou em pé. Observou seu escritório, completamente obscuro, sem qualquer vestígio de iluminação.

    Tateou ás cegas na escuridão em busca de seu manto índigo e seu cajado de madeira entalhada. Ao encontrá-los, vestiu-se e seguiu até onde acreditou estar a porta. Após errar localização do portal três vezes, Venâncio enfim encontrou a maçaneta. Mas ao tentar girá-la, percebeu que estava presa. Por um momento esqueceu-se que a porta estava trancada. Ele falou algo em uma linguagem estranha e a porta se abriu.

    A estranha luminosidade do Inferno penetrou em seus olhos e o fez ocultar o rosto com as mãos. Um ser acostumado com a escuridão de um escritório era consideravelmente sensível a luminosidade transmitida por uma fogueira erguida no centro da caverna. Venâncio se esgueirou pela gruta e apagou discretamente as tochas presas as paredes. A diferença foi basicamente nula. Venâncio fulminou a fogueira com o olhar e torceu a face. Fitou uma estranha forma adormecida ao lado do calor do fogo e cerrou os punhos e os dentes. Bufou e bateu seu cajado com força no chão. Uma estranha chama furiosa brilhou em seus olhos e ele correu até o minotauro adormecido.

    - Sheng seu cretino – Ele vociferou. O aprendiz acordou em um pulo e arrastou-se para longe do monte de palha onde adormecera. Sheng fitou seu mestre e uma expressão de terror formou-se em sua face. Seus olhos brilharam, seu corpo inteiro tremeu seu coração acelerou-se. A temperatura de seu corpo aumentou consideravelmente, e ele começou a suar frio – Achei ter dito para você vigiar a escada! NÃO DORMIR!

    - Pe-per-do-o-e-me, m-m-es-tre-e – Sheng gaguejou. Enrolou sua língua na boca, e ficou em pé. Limpou a poeira em seu manto tentou se acalmar. Ainda tremendo, ele baixou os olhos e começou a falar – Eu adormeci... Não pude agüentar a noite toda...
    Os demais minotauros localizados na sala apenas olhavam a cena, sem entender uma palavra. Mas sempre que o Mago ficava enfurecido, ocorria um verdadeiro espetáculo.
    - Tu não mereces meu perdão! – Venâncio gritou. Então ele começou a falar na linguagem dos minotauros – Faço questão que todos entendam essa conversa. E QUE SIRVA DE EXEMPLO!

    O mago ergueu seu cajado e golpeou o rosto de seu aprendiz com toda a força que tinha. Sheng urrou e cambaleou pra trás, caindo sentado quase sobre a fogueira. Uma nuvem de poeira ergueu-se do chão de terra quando o minotauro caiu. Sheng levou sua mão ao ferimento. Um líquido vermelho escuro escapou entre suas garras e pingou pelo chão. O gosto de sangue invadiu sua boca. Sheng voltou a tremer. Seu coração acelerou muito mais, e ele deitou-se sobre as gotas de seu próprio sangue. Esfregou suas mãos na terra e tentou arrastar-se para longe de seu mestre, mas estava sem forças até para falar alguma coisa em sua defesa.

    Sheng ouviu risos dos minotauros próximos e fechou os olhos. A imagem distorcida de dezenas de minotauros aglomerados em um nicho escavado na parede de terra não saía de sua mente. Os seres riam com vontade e falavam coisas grotescas e vulgares. O aprendiz levou as mãos a cabeça e começou a mexê-la furiosamente, com o único intuito de retirar a imagem borrada de sua cabeça. Seus olhos fechados criaram uma única lágrima, que nem chegou a cair por seu corpo. O minotauro jogado ao chão tremeu mais, e a única solução que encontrou foi se encolher, para tentar desaparecer dali.

    Sheng tentou gritar, mas a voz ficou presa em sua garganta. Ele jamais havia passado por tal humilhação. A idéia de que vermes como aqueles estivessem fazendo pouco dele era incabível. Sheng se recordou de todo seu passado, do quanto sofrera para tornar-se um minotauro mago. Ele até podia sentir as dores dos treinos, seus ossos serem esmagados, seus membros adormecerem e seu sangue correr cada vez mais rápido. Sentiu como se fosse um inseto incapaz de se reerguer, incapaz de provar seu valor. Pela primeira vez, Sheng não se reconheceu. Estava com medo, um medo que invadia sua alma e paralisava seu corpo. O que era muito incomum para aquele ser incapaz de ter emoções.

    - Isso – O Mago disse, ainda naquele mesmo idioma – Aceite a humilhação desses seres inferiores que dividem o Inferno conosco. Aceite e perceba o quão superior tu não és nem nunca foste – O Mago chutou a terra a seus pés, arremessando poeira e cascalho em Sheng. Este gemeu. O Mago torceu a face novamente e cuspiu no manto do aprendiz. Bateu com seu cajado nos cascos do minotauro e se virou – Tu enoja-me. És uma vergonha para o clan.

    Sheng permaneceu sem objetar. Ele ouvia os xingamentos de seu mestre com medo. E extremo ódio. Os tremelicos de seu corpo agora eram pela raiva que tinha de seu mestre. Sua respiração estava pesada e seus punhos fechados em torno de uma porção de terra. Sheng esqueceu-se de seu sangramento – já quase todo coagulado – e se concentrou em levantar. Ficou em pé e abriu os olhos.

    - Não sou digno que me ensine a arte da magia, mas se me falar o segredo terá alguém para orgulhar-se – Sheng disse, limpando o manto novamente. Seus olhos estavam vermelhos e seu rosto repleto de sangue. Ele tinha vontade de matar aquele mago que se julgava tão superior, mas deteu-se. Sabia que aquele ser iria fazer com que ele mesmo saísse da fossa onde localizava-se.

    - É o que estou tentando fazer. E aliás me arrependo – Venâncio disse com desprezo. O mestre encarou seu pupilo e teve pena. Teve uma enorme pena daquela criatura que ousara bater a sua porta em busca de treino. De ser superior. O Mago fez um sinal negativo com a cabeça e tapou a face com o rosto, com extrema vergonha daquele outro. Nunca ele tivera um pupilo tão fraco e ao mesmo tempo tão ingrato. Venâncio o acolhera e Sheng retribuía se humilhando perante todos. Aquele ser jogava lama no nome do clan – Erga-te. Vou lhe apresentar uma forma de provar seu valor. E QUE ISSO NUNCA MAIS SE REPITA!

    ***

    Sheng gemeu enquanto passava a mão pelo ferimento cicatrizado em sua face. Seus cascos doíam por culpa dos golpes do Mago. Ele ainda sentia a humilhação perambulando em sua mente. Ele seguia o Mago com dificuldade, já que o feiticeiro já sumira de sua vista. Ele apenas ouvia os cascos de seu mestre na grama fofa, e o farfalhar de sua capa ao esfregar-se pelas folhas da relva. Depois de um tempo, os sons pararam. Sheng apurou os ouvidos na esperança de ouvir um último som, mas nada ocorreu. Ele arriscou uns passos pra frente, e logo viu uma clareira em meio a mata fechada.

    O Mago estava em pé ao centro da clareira, olhando triunfantemente para os arredores. Sheng caminhou até ele, e não entendeu o que seu mestre queria mostrar-lhe com tanta urgência. Naquele lugar havia apenas algumas árvores que ocultavam todo o caminho, algumas pedras e folhas secas pelo chão. O lugar era inteiramente ocultado pela colossal sobra de uma montanha que se erguia próxima ao local. Sheng apenas pode ver algo que assemelhava-se a uma cabana naquela montanha.

    O Mago suspirou enquanto Sheng admirava o lugar. Depois de um tempo, o mestre chamou a atenção do pupilo e começou a falar.
    - Eu trouxe-lhe a esse lugar para mostrar-lhe a arte da magia – O Mago falou. Sua voz estava séria, e seu rosto sem qualquer expressão – Aquela deplorável situação apenas ocorreu pela minha negligência, admito. Se eu tivesse lhe ocupado com treinos, nada disso teria ocorrido. Então, quero que aprenda a arte de conjurar criaturas.

    O Mago ajoelhou-se na grama fofa e inspirou enorme quantidade de ar.
    - Concentre-se na alma da natureza. Na calmaria dos ventos – Disse o Mago. Sheng imitou seu mestre – Limpe todos os pensamentos de sua mente, concentre-se no farfalhar das folhas, na oliva que cai das árvores, nos passos dos lobos, no trabalho das formigas , no rumo dos ventos, na fúria do mar, na serenidade das montanhas. Procure entender a vida que existe em mim, em você e em tudo que a natureza pode oferecer.

    Sheng procurou se acalmar. Ignorou as duras lembranças de sua humilhação, e imaginou tudo que existia em um único lugar. Sua alma. As imagens da natureza se formularam em sua mente. Um lobo correndo em meio as folhagens que moviam-se conforme o vento. A água que colidia com a costa, movida pelo vento. As pedras, resistentes e frágeis ao mesmo tempo. Sheng sorriu. Seus olhos brilharam, sua alma se tranqüilizou e uma enorme sensação de bem-estar tomou conta de seu corpo. Seu corpo relaxou e ele não se preocupou com mais nada. Sentiu uma forte energia correr por suas veias, ele pode se sentir leve como nunca, e enfim pode entender a perfeição da vida.

    - Tente converger essa energia na ponta de seus dedos. Imagina a vida, imagine um ser vivo! – Disse o Mago, sua voz estava perfeitamente leve, como uma pluma. Sheng jamais vira seu mestre tão calmo daquela forma.
    Sheng apontou sua mão para frente e tentou canalizar todas as coisas boas que pensara nas pontas de seus dedos. Respirou fundo e suspirou. Sua mão não pode se conter e passou a tremer furiosamente, envolvida por um anormal brilho azulado. Uma esfera de energia azul projetou-se em sua frente, iluminando toda a clareira. A esfera desapareceu rapidamente, e o que apareceu em seu lugar foi algo grotesco.

    Era um ser estranho, quadrúpede. Metade de seu corpo parecia um cachorro marrom, peludo. Ma suas patas eram puro osso. E ossos podres ainda por cima. O resto de seu corpo era uma larva esverdeada que soltava um pus amarelado e que fedia a esterco. Ele não possuía cabeça, apenas algo que parecia a cauda de uma cobra. O ser tremia e tentava andar, mas não sabia para onde. A criatura desequilibrou-se a caiu de lado, rolando na relva em pleno desespero.

    O Mago bufou e escondeu a face nas mãos. Ficou em pé e caminhou em círculos, o mais distante possível daquela “coisa”. Ele teve vontade de gritar e chorar ao mesmo tempo. Sheng tinha que ser muito mentecapto para não ter capacidade suficiente para conjurar uma borboletinha sequer. Venâncio não podia ser um mestre tão péssimo assim. Recordou-se de seus tempos na Academia de Magos de Mintwallin. Ele era um dos melhores conjuradores da turma. Logo ele começou a ensinar seus colegas. E todos aprenderam em uma única lição. Velhos tempos de glória que jamais retornariam. O Mago já nem tinha mais orgulho de seus atos monótonos. Ele não era mais o mesmo de quando jovem. Um profundo mal-estar tomou conta de sua alma, e ele ao desejou voltar no tempo. Para nunca mais voltar. Sentiu que precisava ficar sozinho.

    - Treine mais – Disse Venâncio disfarçando as lágrimas. Sua voz quase não saia, e se saia era chorosa. Ele se virou e caminhou na direção da montanha – Já venho...
    O Mago desapareceu em meio as árvores. Sheng ficou em pé e tirou um cristal azulado de seu manto.
    - Velho fraco – Sheng disse, torcendo a face – Depois quer falar de mim. Ele que é uma vergonha para os minotauros. Incapaz de conter suas emoções.
    Mas Sheng sabia que não podia condenar seu mestre. Se Venâncio era fraco, Sheng não era nada. E era justamente esse o problema.
    - Quer que eu treine? – Sheng disse. Ele riu. Apoiou seus braços nos joelhos e caiu de costas na grama. Começou a rolar enquanto gargalhava animadamente. Suas costelas já doíam de tanto que ele ria, mas ele nem se importava. Sheng se encolheu e abraçou os joelhos, rindo muito – Vai ver o meu treino – Sheng sentou-se e fechou o punho em torno do cristal. Falou alguma palavras mágicas e sorriu.

    Sua mão brilhou fortemente, e uma espécie de bastão projetou-se para fora de seu punho. Uma das pontas do bastão tinha um cristal verde com uma serpente de bronze enrolada nele. Sheng o segurou e ficou em pé. Ele mirou a Varinha do Conjurador para o alto. As nuvens do céu começaram a dançar em torno de um feixe de luz que saia da varinha e ia aos céus. Estrondos de trovão tomaram conta da clareira, e uma barreira de ventos e folhas se projetou em espiral ao redor de Sheng. Ele baixou a varinha e a mirou em sua criação anterior.
    - Que o show comece – Ele disse, Um raio esverdeado foi disparado da varinha e acertou a “coisa”. Ela levitou e começou a brilhar muito. Sheng sorriu perante a transformação.

    ***

    Bem distante da clareira, Venâncio caminhou melancolicamente pelos verdejantes campos de Rookgaard. Ele olhava distraído para as colinas do nordeste, como se esperasse uma resposta para seus problemas. E o que ele viu não foi sua resposta, mas a causa de muitas outras perguntas interessantes.

    Sejam bem sinceros! Quero que me digam se melhorou, onde melhorou e como melhorar mais. E também se piorou, onde piorou e como não piorar mais ^^

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  2. #2
    Avatar de wicht'druid
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    Padrão Sempre

    Manteiga, meu caro amigo... A verdade de sua evolução e boa, mesmo que as vezes você tenha uma preguiça maldita, mas ta melhor do que antes. Você até se deixou refazer alguns parágrafos, o que não é de sua índole; bem, caro manteiga, o que falta é explorar, e mito as cenas, assim a descrição melhorará em 100%, se prolongue mais em lugares com obscuridão, os relacione a sentimentos, os transmita mais, esse é um bom ponto em você.
    Mas, nem tudo é bom... E lá vai às perolas de manteigaaaaa!!!!!
    (gargalhando)
    Passou uma de suas mãos – ou melhor, patas
    Aqui você me falo que era patas, pois, bem...
    [QUOTE] Entrelaçou seus dedos e esticou seus braços para cima, ouvindo seus ossos se estralarem.
    Um líquido vermelho escuro escapou entre suas garras e pingou pelo chão.
    Sua respiração estava pesada e seus punhos fechados. [/UOTE]
    o-0
    seu corpo inteiro tremeu seu coração acelerou-se
    Falto uma vírgula, entre tremeu e coração.

    Imagina a vida
    Imagine um ser vivo
    Primeiro: ImaginE
    Segundo: ele é um ser morto?! Faça essa frase melhor...
    Capitulo não muito bom quanto você se vangloriou... Mas o final ficou bom.
    Esperando o próximo.
    O ILUMINADO. Surras nunca matam ninguém, mas que a dor é mortal isso é!
    Um dia um homem me falou que a vida é um simples prazer em estar vivo! A partir deste dia aprendi a viver
    leiam the best
    O BRUXO E O FEITICEIRO
    http://i9.tinypic.com/4uawxhi.jpg
    Ataquem me pedras, com toda a força do teu coração eu lhes peço, pois com elas construirei meu novo caminho

  3. #3
    Avatar de Ayakumus
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    Melhou no quesito enredo, pelo menos pelo que dá pra perceber, mas piorou no quesito naturalidade.

    É normal quando você fala pra alguém não pensar em alguma coisa, ela pensar no que não deve. Assim aconteceu neste capítulo. A emoção foi muito cobrada, e você escreveu pensando nela, ficando claramente exagerada em algumas partes.

    Algumas faltas de sentido também apareceram, como Venâncio que era tão frio, derrepente ficar chorão. Foras os dedos/cascos/garras.

    Só alertaria pra você não demorar muito para esclarecer certos mistérios que vão aparecendo, porque no fim a gente acaba esuqecendo deles.

  4. #4
    Banido Avatar de Hovelst
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    Fala manteiga...

    Toma cuidado pro Tayzo não te passa no pão que ele tá grilado pelo Mama Brusqueta:riso::riso:
    E olha só a indireta que ele deixou...
    Mas, nem tudo é bom... E lá vai às perolas de manteigaaaaa!!!!!
    E sim, com um "ás", temos mais uma para nosso livro, As pérolas de Tayzo. :yelrotflm

    Eu te avisei que eu leria no Domingo, mas fiquei conversando com a Mama Brusqueta, quando vi já tinha dado a hora.
    Mas bem, mesmo assim, ainda vim ler...Atrasado, mas enfim...

    Tateou ás cegas na escuridão
    Coloca um acento grave, não agudo...
    Venâncio se esgueirou pela gruta e apagou discretamente as tochas presas as paredes.
    Às paredes...
    Limpou a poeira em seu manto tentou se acalmar.
    O "e" fugiu....Leia esse trecho e veja onde está errado? Preciso falar?

    És uma vergonha para o clan.
    Enfim...O termo clan é usado apenas em jogos, não em escritas, pois este só serve para a linguagem da internet, onde se usa o "n" para suprir a necessidade de um acento... Tudo para não apertar um maldito "Shift"...
    O termo que você quer usar é clã, e bem, os minotauros nunca foram divididos em clãs, a não ser que consideremos Horned Fox e Murius, que agiam separados....Bem, apenas detalhes, detalhes....

    ...,mas deteu-se.
    Enfim, você não pode usar isso, até porque não podemos usar esse pronome antes de pontos ou mesmo depois, por que? Não me pergunte.
    Enfim, mas você se pergunta onde é que colocará? Elementar, meu caro Largatixa, elementar...
    Existe um "mas", que você deve ter aprendido como um dos "imãs" para pronomes, enfim... Já sabe onde eu quero chegar e não vou mais me prolongar....

    O mestre encarou seu pupilo e teve pena. Teve uma enorme pena daquela criatura que ousara bater a sua porta em busca de treino. De ser superior.
    Resumindo essas duas últimas frases... De poder.
    Seria um termo de mais efeito, o que leva o leitor ao delírio com o palavreado.:eek:

    Nunca ele tivera um pupilo
    Novamente. Se você tirar esse "ele", causará mais efeito.

    Aquele ser jogava lama no nome do clan
    Falei sobre isso ali em cima, umas três citações acima...Talvez a quarta...

    Sheng gemeu enquanto passava a mão pelo ferimento cicatrizado em sua face.
    Cicatrização rápida não?

    Ele arriscou uns passos pra frente, e logo viu uma clareira em meio a mata fechada.
    À mata fechada....
    O lugar era inteiramente ocultado pela colossal sobra de uma montanha que se erguia próxima ao local.
    Sobra? Essa montanha não aprende. Dei umas duras nelas, mas nada, fica deixando sobras por aí...
    Faltou um "m" não?

    Imagina a vida, imagine um ser vivo!
    Bem, o Tayzo já falou sobre isso, e ele está certo...É "imagine".. E o que lhe disse sobre causar efeito? Retire esse segundo "imagine"...

    E todos aprenderam em uma única lição.
    Creio que você não está se projetando na sua história.
    Nada é tão fácil assim. Eles não aprenderiam tão facilmente assim...Enfim, sensacionalista demais...

    Agora, falemos sério Manteiga.

    Sua evolução? Fenômenal...
    Enfim, dessa vez, você expressou bem. Vou ter que discordar de algumas pessoas. E outras vezes, concordar.
    Primeiramente, você foi pressionando até demais. Queríamos emoção, e tivemos. Até demais...
    Enfim... Venâncio, nunca mudaria de atitude. Uma hora, humilhando, e na outra sentido pena?:confused:
    Difícil, muito difícil.
    E outra... Eu diria que minotauros não sentem pena, pois são criaturas traiçoeiras, pelo menos, na minha concepção...

    Enfim, você nos deu emoção até o fim, e fiquei muito feliz com isso, seriamente.
    O que disseram sobre enredo? Wtf? Eu acho que o enredo que o Manteiga tem em mãos é muito bom, e não tem nada o que ser trabalhado, então nada foi melhorado em termos de enredo...

    E também, descrição. Descrição, cara. Você nos deu bastante descrição, que achei muito natural, realmente boa. Mas precisamos de um pouco mais.

    Terminando...

    Cara, este capítulo foi sem dúvida o melhor. Suas melhoras foram incrivelmente absurdas. {(Também, minhas aulas, fazer o quê? Aprendeu com o mestre:yelrotflm) Povo, só não vão me interpretar mal....Só pra descontrair.}
    Enfim, voltando ao assunto. Seu melhor capítulo. Conseguiu me prender na leitura...E enfim, não pareceu cansativo.
    Estou muito satisfeito. Você falou que tinha ficado uma merda, na hora que cheguei aqui, quis te estrangular. Também, fica ouvindo o Mama Brusqueta.:riso:

    Hovelst,
    o insano

  5. #5
    Avatar de Manteiga
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    Volto aqui, demois de tempos longe. XD

    Vou ser breve. Esse capítulo serve de continuação para o capítulo IV. Quem não lembra favor ler novamente.

    Exiva "Comentário do Tazyo
    Comentário do Tazyo ainda não foi postado.

    Capítulo X
    Uma Catedral

    Fafnar tentava escapar das garras de Suon em meio ao horizonte. Sem ter por onde fugir, Fafnar escolheu descer ao extremo do inferno, como de costume, para levar Suon para seu território favorito. E com a ausência deles nos esplendorosos céus, a penumbra envolveu como um manto o planeta. As monstruosas sombras da noite invadiam as selvas fechadas e atraiam os mais desesperados espíritos para uma convenção de horror.

    Os uivos do vento cortante da noite não assustavam a Etep, que permanecia impassível em sua aconchegante cadeira de madeira. Para quem passara a vida inteira sentado em pedra, de tocaia, o precário móvel era suficiente. Ele abriu sua boca e engoliu um líquido amarelado gelado, que estava repousando em seu copo retorcido.

    Ele fechou seus olhos momentaneamente, como um reflexo, e depois os abriu para checar a imagem que via durante algum tempo. Pousou seus olhos no estranho sentado ao seu lado, que bebericava seu Bloody Mary como se não tivesse vontade de ingerir álcool. Etep abafou um risinho, e logo viu que os catastróficos efeitos do Bloody Mary faziam efeito. Ninguém conseguia tomar aquilo. De tão ruim que era.

    H.L. permanecia em silêncio profundo, como se ignorasse o estranho fato de estar sentado ao lado de um maluco que se auto denominava “Zak” e que mal podia agüentar o cheiro do drink que pedira. Etep cutucou-o com os pés – obviamente por debaixo da mesa – e abafou uma risadinha de mal gosto. Zak pareceu nem perceber.

    Decorridos poucos minutos – eternidades – Etep soltou um suspiro vindo do fundo de seus pulmões e espreguiçou-se. Bocejou longamente e depois escorou a testa na borda da mesa, como se quisesse dormir.
    - Se está tentando parecer cansado, faça direito – Disse Zak sem tirar os olhos de seu Bloody Mary.
    - Do que está falando? – Disse Etep meio cansado. Ele bocejou novamente e se escorou na cadeira.
    - Você esta movimento demais seu pés para quem está cansado – Disse Zak, ainda hipnotizado pelo drink. Ele apontou os pés da mesa e Etep tratou de acalmar seus incontroláveis pés. H.L. soltou uma gargalhada alta que ecoou pelas paredes de pedra da sala.

    Zak ergueu os olhos para a escada podre e falou, mal movendo seus lábios:
    - Anoiteceu.
    H.L. tomou um gole de sua cerveja e concordou com um gesto de cabeça. Ele apurou os ouvidos e espreguiçou-se.
    - Parece que vai chover.
    - Talvez sim, talvez não. Depende de Fardos – Disse Zak. Ele pegou seu drink e tomou todo o copo – quase cheio – em um só gole. Ele limpou os lábios com a manga do casaco e soltou um sonoro arroto. Etep torceu a face.
    - Afinal, quem é você? – Indagou Etep, mirando o estranho.
    - Alguém – Ele disse, erguendo-se – Acho que mais do que ninguém, você saberia disso. Venham.

    ***

    Zak saiu do estabelecimento meio encoberto por seu casaco. O vento ululante chicoteava pelo solo em meio ao vilarejo, erguendo nuvens de poeira que bailavam pelos céus. As folhas e galhos – por mais ramosos que fossem – eram arrastados por entre a selva e levados aos extremos do acampamento. Nuvens negras devoravam o céu límpido e ocultavam a beleza da formosa lua que brilhava naquele instante. A luz das estrelas era substituída pela luz ameaçadora dos raios que nasciam por entre as nuvens. Gotas de água caíam vez ou outra, atingindo tudo aquilo que desafiasse o tempo.
    - Vai chover – Ele disse, percebendo a afobada movimentação ao seu redor.

    Ele virou-se e arrumou seu casaco de modo que cobrisse suas costas. Soltou um risadinha baixíssima – quase inaudível – ao ver a cena que ocorria nas escadas. Etep tentara sair rapidamente, mas acabou prendendo sua capa em um prego saltado na estrutura de madeira. H.L. tentou ajudar, mas acabou resvalando em uma poça de água e caindo sobre a escada, derrubando-a. Etep se equilibrou por um pouco de tempo a mais, e então caiu ao lado do lojista.

    - Ai – Gemeu H.L. ao conseguir estabilizar-se em pé. Sua perna latejava muito e estava plenamente arroxeada. Ele mancou até o balcão do estabelecimento e requisitou um pouco de gelo. Decorridos poucos segundos, Etep gritou.
    - O cara já saiu. Argh, essa porra da doendo.
    - Mas porque ele iria sair agora? – H.L. praguejou baixinho e fez um gesto obsceno para o balcão – Vá se ferrar.
    - Esculachar o cara que nem ta aqui não via salvar sua perna caro H.L. – Zak gritou do alçapão.
    - Tudo culpa sua – Disse Etep. Ele gritou de dor enquanto esfregava seu braço. A última vez que ele levara um tombo feio daqueles fora em sua infância, quando despencara de uma árvore no pátio de sua casa. Naquele dia, ele quebrou o braço. Teve que ficar semanas sem pegar em uma espada, o que certamente o marcou muito. Etep compensou o tempo perdido em um treino mais árduo. Graças ao tombo, ele tornara-se um cavaleiro melhor.

    - Eu os convidei para nos retirarmos da taverna – Disse Zak olhando os “restos mortais” da escada de bambu, estatelados no piso de madeira – Podiam ter bebido mais.
    - Vamos para minha casa – Disse H.L. ofegando – a taverna possui uma conexão com o subsolo do prédio ao lado a minha loja.
    - E como você espera que eu desça ai? – Zak pediu.
    - Vá para minha loja. É uma construção modesta ao lado do maior prédio do campo.
    - Ta bom Sr. Perna Vermelha – Disse Zak rindo.

    ***


    Zak caminhou pelas ruas desertas do campo fitando as humildes construções erguidas com madeira – contrabandeada, provavelmente. A chuva agora caia como um turbilhão sobre a relva, enlameando o caminho por entre as árvores. Com a paisagem desfigurada pela tempestade, Zak levou um certo tempo para localizar o maldito prédio.

    Zak passou os olhos pelo nível térreo do campo, pelas redondezas do tal prédio. Não demorou a encontrar um casebre de madeira podre ameaçando cair ao lado dele. Zak torceu a face e empurrou a porta, que abriu com um rangido.
    - Vou lhe apresentar a chave – Ele sibilou para si mesmo. Zak ouviu seus passos ecoarem pelo limitado espaço, dividido em dois ambientes. Um atrás de um balcão imundo, e outro em frente ao balcão imundo.

    Atrás do balcão estavam distribuídas estantes de pedra, repletas de papéis, armaduras, armas enferrujadas e outras tantas quinquilharias. Zak sentiu uma pontada no coração. O lugar lembrava muito o escritório de seu pai, na bela Edron. Zak passou a infância lá, até seus pais serem empalados em lanças encantadas por um grupo de necromantes encapuzados a nome de um certo Culto. Os mercenários o perseguiram durante três luas em meio a um bosque escuro e tenebroso. Zak escapou para Cormaya, de onde partiu para Venore. Lá, se criou sozinho pelas ruas, comercializando qualquer porcaria para ganhar o pão de cada dia.

    Certo dia ele encontrou um feiticeiro que gostava de explorar as raízes de Tibia. Graças a ele, Zak pode descobrir quem eram os tais necromantes, quem os liderava e quais os planos deles. Desde então, Zak decidiu investigá-los e destruí-los, não apenas por vingança. Mas também para evitar uma tragédia. Zak precisava de aliados para o grande golpe que planejara. E H.L. e Etep seriam esses aliados.

    Ele ouviu um som abafado vindo de trás de uma porta mal recostada a um buraco aberto na parede atrás do balcão. Ele colocou sua mão esquerda sobre sua espada e preparou para pegá-la, quando a porta caiu. Uma nuvem de poeira ergue-se, e dela saíram Etep e H.L. Um apoiado no outro.

    - Achei que tinham morrido – Zak disse ocultando sua arma no casaco. Ele ajudou H.L. a sentar-se sobre o balcão e deu as costas para Etep.
    - Igualmente – Disse o cavaleiro fazendo cara de nojo. Ele viu Zak encarar o nada por algum tempo, e depois virou-se.
    - A julgar pela tempestade – Zak começou a falar, fitando o assoalho – Nosso tempo é curto. Por isso vou tentar ser o mais breve possível.
    Zak tirou um livro do casaco e abriu-o sobre o balcão. H.L. e Etep se aproximaram para ver melhor. Zak folheou até encontrar um papiro meio amassado e rasgado. Ele pegou e exibiu para os dois. Havia o desenho de uma catedral, feito a carvão.

    - Isto meus amigos é o que um dia foi um símbolo de poder que marcou época na história das Planícies do Caos. Lhes apresento meus caros, a formosa e esplendida Catedral da Irmandade!
    H.L. olhou para as formas retorcidas retratados no tal papiro. Forçou os olhos para identificar a vista frontal de algo que assemelhava-se a uma construção com duas torres nada humildes sobre sua cobertura. Não havia cores para imaginar a estrutura em si, muito menos o interior do lugar. Mas ao que o desenho transmitia, a catedral não era pobre tanto em arquitetura quanto em recursos artísticos, uma vez que era plenamente possível ver algo que parecia uma vitral em uma das paredes frontais dela. A porta era simples e mal era vista de tão pequena, Sem dúvida isso retratava a imponência da catedral em meio ao cenário que se desenvolvia ao seu redor, que, segundo o desenho era uma área campestre com algumas poucas árvores brotando ao seu lado.

    Etep soltou uma exclamação de admiração pelas formas da catedral. Em todas suas trinta e duas primaveras ele nunca vira nada igual, ou que tivesse a honra – ousadia, diga-se de passagem – de desafiar a beleza da estrutura. Etep encheu-se de algo maravilhoso que ele mal podia explicar. Era uma sensação boa, que o fazia ficar extremamente leve, sorrindo, e de bem com tudo e todos ao seu redor. Ele até esqueceu-se de como aquele dia fora, no mínimo, estranho. Ele sorriu e passou as mãos pelo papiro, admirado. Nunca ele havia se admirando tanto com um réles desenho feito a carvão.

    Zak recolheu o papiro e guardou-o cuidadosamente dentro do livro. Fechou-o e guardou sem suas vestes. Soltou um suspiro e voltou a falar.
    - Vejo que encantaram-se com a bela catedral. Estou certo?
    - Não posso dizer que me encantei – Disse H.L. se recompondo – Mas certamente nunca vi nada tão...
    - Imponente – Completou Etep, quase em um sussurro.
    - Claro, claro – Disse Zak andando em círculos pela sala, Ele pegou uma espada da estante ao seu lado e fez alguns cortes no ar, como se lutasse contra inimigos invisíveis.
    - Boa espada – Ele disse. Guardou-a em seu devido lugar e encarou Etep – Mas não tão boa quanto um daqueles espadins feitos de gelo.
    - Espadins de gelo? – H.L. soltou uma risada alta, e de tanto ri quase caiu do balcão – Não existem espadins de gelo sua besta!

    - Lamento acabar com sua onda caro amigo – Zak disse, mantendo a calma costumeira. Nem sempre ele fora tão calmo. Desde a morte de seus pais tivera que aprender a controlar as emoções. Principalmente nos momentos de fuga em meio a floresta fechada – Existem espadins de gelo.
    - É impossível usar uma arma feita de gelo – Etep intrometeu-se, ficando em pé – Ela derreteria.
    - A menos que..
    - Fosse encantada – Disse H.L. cético.
    - Bingo – Disse Zak, sentando-se ao lado do lojista – Era aqui que queria chegar. O espadim de gelo é uma arma não muito grande. Idêntica a uma daquelas adagas comuns em todos os aspectos. Menos sua lâmina, que é feita do mais puro gelo. Mas naturalmente que uma arma dessas derreteria com facilidade, não é mesmo?
    Etep concordou, com ar de superioridade.
    - Bom. Essas armas são encantadas por um tipo de magia sinistra que eu infelizmente desconheço. Mas parece-me que com essa feitiçaria, a arma não derreteria, mas mesmo assim quebraria após um único ataque.
    - Tornando-se inútil – Disse H.L., como se esperasse receber um prêmio e título de “macho alfa”.
    - Errado – Disse Zak, puxando outro papiro das vestes – Pelo contrário. A feitiçaria presente na arma a tornaria poderosa ao extremo. Mas ela quebraria após revelar seu extremo poder. Enormes quantias desse espadim certamente fariam um bom estrago.
    Zak abriu o papiro sobre a mesa e revelou seu conteúdo. Outro desenho, desta vez de um espadim simples, mas com uma lâmina reluzente e retorcida, preenchida de azul. Era um espadim de gelo. A primeira vista a arma pareceria pouco útil, mas se os relatos do forasteiro fossem corretos, ela seria uma lenda.

    - Onde quer chegar com isso? – Etep disse, babando pelo espadim.
    - Etep – Zak disse, recolhendo o papiro – Me diga alguma sociedade que possua feitiçaria desse nível.
    - A Academia de Magia de Edron? – Ele arriscou, levemente desconfiado da pergunta.
    - Errado. O certo seria dizer o Culto.
    - Culto? – H.L. repetiu e novamente caiu na gargalhada. Dessa vez Zak fulminou-o com o olhar – Desculpe.
    - Sim, o Culto. O Culto é uma sociedade nem tão secreta formada por feiticeiros e feiticeiras que descendem do alto escalão dos necromantes da Irmandade dos Ossos. Já ouviram falar dela?
    - Quem nunca ouviu? – Disse H.L. sério – Aqueles merdas acabaram com os Cavaleiros do Pesadelo na guerra das planícies. Usurparam os tesouros deles e juraram ter o mundo em mãos e trazer os sete cruéis de volta a terra.
    - Parabéns H.L. – Disse Zak forçando algumas palmas – Pelo menos alguém aqui estuda. Bem, esse culto teria como objetivo ressuscitar e concretizar os ideais da Irmandade. Para isso, eles usam uma feitiçaria desconhecida e complexa. Com ela, desenvolveram coisas como os espadins de gelo, a varinha de conjurador, as botas de andar na água, alguns anéis como o anel temporal, e por ai vai. Com esse poder, nem Fardos sabe do que esse culto é capaz.

    - E o que temos a ver com isso? – Disse Etep, mais desconfiado que antes.
    - Eu sou um pesquisador de um grupo anônimo que pesquisa e desvenda casos místicos para normais que acontecem por ai. Nos envolvemos com todo tipo de magia negra e vodu que vocês possam imaginar.
    - Você é dos caça fantasmas? – Disse Etep. Só ele riu.
    - Sim, e você do clube das mulheres frescas – Ele disse com desprezo – Isso é sério. Temos uma forma de invocar a magia da ambiente para descobrir onde uma anomalia está ocorrendo. E duas semanas atrás os medidores piraram. Encontraram uma anomalia bizarra nunca antes vista. Isso quer dizer que uma grande concentração de magia negra está agrupada em algum lugar.
    - E que lugar seria esse? – Pediu H.L. sério.
    - A Catedral da Irmandade. Tenho quase certeza que é lá que esse tal culto se reúne. Preciso averiguar.

    - Averiguar? – Disse Etep, como se perdesse um braço – Então foi pra isso que veio até nós? Vai nos arrastar pra essa catedral.
    - Eu estava em busca de aliados – Disse Zak, sem se alterar – Acreditei que vocês dois pudessem ir comigo.
    - Nós dois? – Pediu H.L. – Mas porque nós dois? Porque não seus amigos desse grupo ai?
    - Duas luas depois da descoberta os necromantes nos atacaram e mataram todos. Eu fugi pra cá em busca de ajuda. Simples assim. Encontrei vocês, certamente pessoas aptas a embarcar nessa aventura. Já ouvi falar muito das habilidades de Etep como espadachim. Um valoroso cavaleiro, sem dúvida.
    Etep estufou o peito como se ganhasse o dia.
    - E H.L. um conhecedor de diversos campos sobre tudo. Vai ser muito útil nessa jornada.

    H.L. permaneceu impassível. Ele suspirou e disse:
    - E onde fica essa catedral?
    - Me admira que você não saiba – Zak disse. Ele virou-se e olhou pela janela. Os tempos estavam pra mudar. E Etep e H.L. mal podiam imaginar que Zak não os escolhera apenas pelos seus dons.




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  6. #6
    Avatar de wicht'druid
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    Padrão Exiva...

    Player is Lower level in the post.
    OLá cara manteiguito, eu não deixei de ler, mas, por desvaneios do destino, não postei .
    Agora venho postando .
    Erros, se fosse enumerar e falar como o Hove faz, demoraria muito e eu sou preguiçoso, portanto saiba que tem muitos, principalmente de digitação, a também problemas com letras maiusculas depois do travessão, de uma olhadela e verás.
    Quanto ao enredo eu não preciso falar nada, sempre acho que você tem idéias para explicar fatos em Tibia simplesmente fantásticos, talvez eu tenha aprendido muito com você nessa área e venha demonstrar isso em minhas linhas.
    E a conversa com Chatterbone, seu maldito dono das gorduras trasn estou curioso e você parou no meio, e não revolveu o assunto neste capitulo... Bem mais mesmo assim não deixou a desejar, e eu vejo as linhas e teias desse emaranhado enredo intrigante começarem a se ligar, isso é bom ... Muito bom

    Capitulos...Não pare tão abrpudamente uma conversa me deixa curioso safado, mas, sei que isso é um artifício muito inteligente, espero mais!!
    De seu amigo que espera seu post na minha também....
    O iluminado. Você briga comigo mais sabe que eu sou bom em deixar as minhas cenas amorosas relutantemente...Boas(zudas).
    Um dia um homem me falou que a vida é um simples prazer em estar vivo! A partir deste dia aprendi a viver
    leiam the best
    O BRUXO E O FEITICEIRO
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    Ataquem me pedras, com toda a força do teu coração eu lhes peço, pois com elas construirei meu novo caminho

  7. #7
    Avatar de Antonio E. Ribas
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    adorei o cap X, to esperando o XI... posta logo plis :riso:

  8. #8
    Banido Avatar de Hovelst
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    Seu mais fiel leitor e comentador, mais uma vez aqui.

    - Talvez sim, talvez não. Depende de Fardos
    Senão me engano, este estranho acontecimento chamado chuva é obra de são Pedro não?:riso:

    - O cara já saiu. Argh, essa porra da doendo.
    Sinais de algo mal revisado. Um erro, por sinal, muito fácil de se perceber com uma boa revisão. Você trocou "tá" por "da".

    - Esculachar o cara que nem ta aqui não via salvar sua perna caro H.L. – Zak gritou do alçapão.
    "Tá" com acento. E "via", só para constar é uma estrada por onde passam carros, ou então, um documento.
    "Vai"...

    Zak caminhou pelas ruas desertas do campo fitando as humildes construções erguidas com madeira – contrabandeada, provavelmente. A chuva agora caia como um turbilhão sobre a relva, enlameando o caminho por entre as árvores. Com a paisagem desfigurada pela tempestade, Zak levou um certo tempo para localizar o maldito prédio.

    Zak passou os olhos pelo nível térreo do campo, pelas redondezas do tal prédio. Não demorou a encontrar um casebre de madeira podre ameaçando cair ao lado dele. Zak torceu a face e empurrou a porta, que abriu com um rangido.
    Apenas para lhe dizer, se você coloca um hífen, para separar alguma frase, após o término desta, é necessário outro, para fecha-la, como parentêses. Então, após "provavelmente", coloque-o.

    Os negritos, são par lhe mostrar as várias repetições, que vem acontecendo constantemente nesse capítulo. Poderia mudar para algum pronome, no caso, o único disponível, "ele".

    Zak passou a infância lá, até seus pais serem empalados em lanças encantadas por um grupo de necromantes encapuzados a nome de um certo Culto.
    O que há de ser o verbo "empalar", derivado ali, como "empalados".
    Não estaria faltando um "h"?

    Lá, se criou sozinho pelas ruas, comercializando qualquer porcaria para ganhar o pão de cada dia.
    "se" não pode vir depois de algum ponto. Precisa ser após o verbo.

    Zak recolheu o papiro e guardou-o cuidadosamente dentro do livro. Fechou-o e guardou sem suas vestes.
    Mal revisado....
    Imagina, ela estava pelado, afinal, ali diz, que ele estava sem suas vestes.
    Escapou um "s" na digitação.

    - Vejo que encantaram-se com a bela catedral.
    Agora não vem depois do verbo, pois há digamos, "um chamativo" para o pronome, sendo este o "que". Então, ele vem antes do verbo.

    Mas parece-me que com essa feitiçaria
    Outro chamativo.

    Nos envolvemos com todo tipo de magia negra e vodu que vocês possam imaginar.
    Seria mais interessante usar voodo.

    Mas porque nós dois? Porque não seus amigos desse grupo ai?
    Estes porquês são separados, pois são de pergunta.

    Capítulo tomado por falas. Você está tomando o mesmo rumo da história do Tayzo. Capítulos que se desenvolvem nas conversas. Tome cuidado com isso.

    E...
    Seu capítulo foi mal revisado. Muitos erros de digitação, que uma revisão anularia. E muita repetição de palavras, principalmente, nomes próprios. Por todo o capítulo, por parágrafo, Zak, Etep ou H.L. repetiam pelo menos duas vezes. Duas vezes, é considerável, mas haviam parágrafos que repetiam três, e foram conseqüentemente, repetindo por todo o capítulo.

    Eu achei o capítulo bom. Não tem muito o que falar. Estou ansioso pelo próximo capítulo entre esses três aventureiros. Gostaria de ver uma luta, que me parece, cada vez mais próxima.


    ~Hovelst

  9. #9
    Avatar de Manteiga
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    Yeah caro Hove, eu admito que não reviso muito bem ás vezes, eu sempre deixo algo escapar ¬¬ Mas dessa vez isso foi gritante ;o

    Quanto a empalar. Creio que seja atravessar o corpo de uma pessoas com uma lança. Quanto as repetições? Anotado. Eu realmente achei que ficou repetitivo sabe. E quanto ao hífen, nos livros que leio se a parte separado por hífen é a final da frase, não temrina-se com hífen, mas direto com o ponto. Mas posso arrumar isso se for o caso.

    E quanto as falas. Esses dois último capítulos foram, como posso dizer, explicativos. Era preciso usar e abuar da fala para tentar fazer "nossos heróis" sacarem o que tinham que fazer. Mas acaba aqui isso, creio eu...

    E sim, uma batalha se aproxima cada vez mais. Aguardem o capítulo 11. ;D

    O Coveiro,
    Manteiga
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  10. #10
    Avatar de Manteiga
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    Capítulo XI
    Draco


    Um estado de surpresa – e também de leve desconfiança – tomou posse do corpo de Venâncio. Seus olhos arregalaram-se e sua boca caiu de uma altura considerável. Seus pulmões afobara-se no oxigênio – e em alguma coisa a mais que desceu pelo canal errado – e ele acabou por engasgar-se. Caiu de quatro e sentiu a relva brincar com as palmas – palmas? Havia por acaso um termo mais preciso para isso? – de suas patas.

    Seus cascos arranharam o chão enquanto o minotauro lutava para se equilibrar. Precisou de um tempo em transe com a natureza para se recompor. Mas ao abrir os olhos quase caiu para trás novamente. Seu coração acelerou-se loucamente e sua respiração também. Um gemido saiu de sua boca e ele se babou. Não havia como não se surpreender com “aquilo”.

    Sheng fitou os olhos do mestre e riu. Não se preocupou em abafar o risinho, gargalhou alto mesmo. Para qualquer um ali ouvir. Venâncio pareceu nem escutar. Sheng encostou a mão na pele escamosa do dragão e esfregou-a ali. Talvez uma demonstração de carinho, o que era pouco provável. Então, talvez fosse uma maneira de exibir seu controle sobre a fera.

    Venâncio ficou abismado com aquela demonstração de poder. Em casos normais, o dragão devoraria a mão de Sheng e faria dele um montinho de cinzas fumegantes. Mas não era uma situação normal. Aquele maldito dragão não era real. Não teoricamente. Era um dragão conjurado.

    E isso também era anormal. As leis da magia não permitiam que uma criatura de tal poder fosse conjurada por entidades inferiores. As proporções mágicas para se invocar um dragão eram tão absurdas, que apenas verdadeiros líderes da raça dos dragões teriam potencial para tal ato. E Sheng não era um mestre de dragões.

    Mas como a maldita besta fora parar ali, realmente não importava. Pelo menos não por enquanto. Depois conversaria com Sheng a respeito. Mas precisava tratar de assuntos mais urgentes.
    - Sheng – Disse ele, tentando disfarçar a surpresa e apreensão. A qualquer momento aquele bicho poderia devorar sua cabeça – Precisamos agir.
    - Depois – Respondeu o aprendiz fitando o dragão – Não acha fantástico ter um dragão aqui e...
    - AGORA SHENG! – O mago gritou. Essa não era a resposta que Sheng esperava – Eu vi humanos descerem para a Sala da Katana. Temos de ser rápidos!
    - Mas o que raios eles iriam faz...
    - Só podem ter ido fazer uma coisa: Ver Chatterbone!
    - Não necessariamente, eles podem te rido caçar e... – Sheng travou – Chatterbone? Quem raios é Chatterbone?

    - Me surpreende você não saber. Chatterbone é o eterno guardião dos segredos da Espada da Fúria. Ele conhece os segredos dela, de seu passado, e pior: Ele sabe onde está a chave da minha sala.
    - Da sua sala? – Sheng riu – Achei que você tinha a chave da sala.
    - Você sabe que abro a porta com magia. Nunca tive a merda da chave. Se aqueles humanos desgraçados puserem as mãos na chave, eles vão poder entrar na minha sala. E o resto creio que você saiba.
    - Naturalmente – Sheng sorriu internamente. Então, Chatterbone sabia onde estava a chave...

    ***

    Uma gota de suor caiu pela face de Ulizin e chegou aos seus lábios. Ele lambeu-os e sentiu um gosto salgado em sua boca. Limpou o suor da testa com a manga do casaco e bateu os pés no chão de terra. Soltou um longo suspiro e passou a encarar o teto: uma seqüência de falhas pedregosas encobertas pelas formas irregulares da caverna. Musgo cobria boa parte das pedras encravadas no teto que era realmente alto. Estalactites desciam ameaçadoras dos poucos pedaços planos do teto. Suas pontas pareciam querer perfurar o crânio de Ulizin. Ele ouviu um ruído abafado e fitou o muro. Chatterbone prosseguiu.

    - Shalkfire não era burro. Se realmente tinha a chave, não ia arriscar sua segurança, muito menos a posse da dita cuja. Era imprescindível que ninguém soubesse sob hipótese nenhuma que ele possuía a chave. E ele não deixara pistas no local onde a roubara. Passei a procurar Shalkfire, mas tudo que encontrei foi uma cripta escondida nos limites da ilha. Lá, havia uma cova vazia, reservada para Shalkfire.

    - Pelo que sei, ele já estava morto, mas não estava na cova. Na época fiquei intrigado com isso, mas hoje eu imagino que ele tenha sofrido a mesma maldição que eu. Mas boatos correm de que ele está realmente enterrado lá, junto com a chave. Mas cauteloso como era, ele deve ter ocultado a chave junto com seu corpo, e posto algum guarda ou coisa parecida. É tudo que sei.

    - Só isso? – Ulizin imaginou e formulou outras palavras, mas as que saíram foram essas. Ele encarou Chatterbone – a parede, diga-se de passagem – com profundo desapontamento. Imaginava que uma personalidade tão célebre pudesse lhe dar respostas mais construtivas e que lhe permitissem formular uma idéia, nem que vaga, sobre o paradeiro da chave.
    - Lamento se o desapontei – Chatterbone respondeu com a voz rouca. As palavras pareceram meio forçadas, instantâneas, como se tivessem sido preparadas previamente.

    - E os parentes dele – Ulizin falou, meio perdido na conversa – Morreram como? Uma maldição?
    - Garoto, você está encarando o Culto como uma sociedade que usa magia negra pra matar ralé? Se está, você não sabe de nada. Não sei como morreram, só sei que correm boatos de que um está vivo. Ele supostamente estaria com a chave.
    - E quem é?
    - Se são boatos, crê que eu sei?

    ***

    Um mal-estar repentino tomou conta do estômago de Venâncio ao ver um leve sorriso formar-se no canto da boca de Sheng. Aquele sorriso cruel dava a idéia – errônea, possivelmente – de que Sheng havia achado graça nas palavras de Venâncio. Aquela notícia poderia provocar tudo, menos risadas. Os humanos estavam sabendo do segredo da chave!

    - E o que eu tenho com isso? – Sheng respondeu depois de alguns segundos com o olhar perdido na mata e o cérebro trabalhando sem descanso.
    - Quero que você me prove que aprendeu alguma coisa seu inútil! Vá lá e acabe com aqueles humanos imbecis.
    - Como?
    - VIRE-SE! – Venâncio apontou para o além do matagal bufando, com os olhos saltando das órbitas. Ele ofegou e virou-se de costas para Sheng e começou a dar passos largos em direção a montanha – Vou voltar para minha sala. Quero receber boas notícias ao fim da expedição.

    ***

    No passado, a grande e famigerada Grande Guerra causou um tumulto alto no mundo todo. Aqueles humanos nojentos caíam dilacerados e decapitados pelas ruas ensangüentadas daquela cidadezinha que eles haviam construído, enquanto os grandes orcs combatiam seus cavaleiros mais poderosos sem temer. Na época, os orcs eram comandados pelo grande General Ulderek, um dos mais temidos e poderosos orcs que os humanos já viram.

    Mas o que pouca gente imaginava, era que existia alguém que formulava os grandes ataques de Ulderek. Esse alguém era Grimter, o melhor amigo de Ulderek. E Grimter tinha um filho. Ele chamava-se Feremgrim. Logo após o término da guerra, Feremgrim viajou para uma colônia humana afim de conquistá-la, mas acabou tendo que se esconder nas profundezas da ilha. Essa ilha era Rookgaard. E Feremgrim vivia lá até hoje.

    Ele vivia em uma caverna escondida na clareira principal da ilha. Um lugar ainda desconhecido pelos humanos. Lá, Feremgrim construiu seu exército de orcs e preparou a tomada do vilarejo que ali existia, mas com uma tropa de minotauros planejando o mesmo, ele teve que desistir. O império orc e o império minotauro jamais ousavam entrar em conflitos. Isso desde os tempos de Ulderek.

    Desde então, Feremgrim tem vivido escondido ali, esperando a grande chance de acabar com os humanos. Mas justamente agora que o tal minotauro mago recebeu um reforço, como seus soldados o haviam informado, Feremgrim precisava agir. Ou morrer sem nada.

    Ele estava sentado em um toco de árvore podre e coberto de musgo, levemente estourado e cai do aos pedaços, fitando a parede de pedra lascada e imunda que revestia internamente a gruta onde ele se estabelecera. A iluminação ali era feita por tochas simples penduradas e por uma fogueira já levemente apagada no centro da sala, no coração de um círculo de camas de palha. Feremgrim passou a fitar uma carta presente em suas mãos e a abriu. Estava escrita em um dialeto estranho, cheio de garranchos. Mas curiosamente ele entendia tudo. Era linguagem orc. A carta chegara a pouco tempo, um de seus lanceiros trouxe pra ele. Disse que um minotauro havia escrito.

    Olhou para a assinatura ao fim do texto e riu. Era um nome gozado. Leu e releu a assinatura mal feita e guardou a carta, pensando quem seria esse maldito que escrevera a carta, esse maldito Sheng.

    ***

    O silêncio que enchia a sala foi profanado pelo som quase inaudível de uma pedrinha caindo do teto e colidindo com o solo. O baque fez Ulizin despertar de seu transe e parar de observar o nada como se fosse a coisa mais importante do mundo, um bebezinho que precisava de cuidados. Ouviu um arrastar vindo do outro lado da parede mas ignorou-o. Virou-se para Tiher e Crossfox, que estavam na entrada da sala e os viu cabisbaixos. Ao erguerem os olhos para o encararem, ele retribuiu com uma cara de decepção.

    Caminhou junto aos amigos e lhes disse pesaroso:
    - Ele não sabe. Enrolou e enrolou e não chegou a ponto algum. Ele disse que a droga da chave está em um túmulo.
    - Túmulo? – Crossfox disse. Ponderou por alguns segundos, coçou a cabeça e suspirou – Não sei da existência de nenhum túmulo por aqui. Os mortos são enviados para o continente, com raras exceções... A não ser que haja uma cripta em algum lugar.
    - Ele falou da possibilidade de uma cripta – Ulizin respondeu, caminhando em direção a porta – Mas também não sabia a localização exata dela. Foi uma conversa inútil.
    - Não foi inútil – Tiher respondeu, o chapéu de feltro negro cobrindo-lhe os olhos, que fitavam os pés – Pelo menos descobrimos que a chave está em uma cripta.
    - Talvez esteja – Disse Ulizin – E se não sabemos onde está a cripta, de pouco adianta.
    - Pelo menos sabemos onde procurar – Disse Crossfox, com um ar de “Elementar” – Isso descarta outros locais.
    - Exemplos.
    - Cavernas, casas, o esgoto, árvores, compartimentos mínimos guardados por zumbis...

    Um som estrondoso foi ouvido e várias estalactites presentes no teto embarrado despencaram, fincando-se no chão, rachando-o em partes. O chão estremeceu e Ulizin caiu contra um dos pilares de mármore. As tochas apagaram-se abruptamente e a sala enegreceu-se.
    - O que foi isso? – Tiher perguntou, com a respiração pesada e o chapéu torto na cara – Terremoto?
    - Coisa pior – Disse Crossfox, encarado uma estranha luminosidade que vinha do topo da escada de mármore.

    ***

    Sheng cambaleou pelos movimentos repentinos gerados pelo jogo de corpo que o enorme dragão verde executara contra a parede de tijolos. Alguns dos blocos de argila desprenderam-se, criando vazios irreparáveis na construção. O estrondo ecoava pela cabeça de Sheng, que caiu de quatro no chão quando a terra tremeu. A besta escamosa estava furiosa e pronta para acabar com toda a gruta se Sheng não interviesse logo.

    - Para sua besta, vai matar a todos nós! – Gritou Marho, um dos minotauros que haviam acompanhado Sheng, a pedido de Venâncio. Ele não fazia a mínima questão d éter ajuda, sempre conseguiu resolver tudo sozinho. E também ele detestava a presença de mais alguém enquanto trabalhava, principalmente sob a idéia de que se tudo desse certo no final, teria que repartir os créditos com um incompetente.
    - Ele é irracional sua anta – Gritou Sheng em um idioma estranho – Não entende uma palavra que você diz.
    - Então como pretende parar essa coisa? – Marho falou.
    - Assim – Sheng apontou a Varinha de Conjurador para o dragão. Ela encheu-se de uma iluminação azulada que tomou o escuro da sala. Ela começou a tremer e um filete de luz voltou-se contra o olho da besta. A pupila do ser diminui e ele fechou abruptamente os olhos. Começou a urrar e contorcer-se até cair no chão, erguendo uma nuvem de poeira. A besta rolava e batia-se contra as paredes de terra e também com a de tijolos. Ela urrava cada vez mais alto e movia as patas e as asas debilmente – Agora PARA!

    O gritou de Sheng ecoou pela sala e o animal parou de começou a tremer violentamente soltando chiados estranhos. A varinha parou de emanar a luz e o ser se acalmou. Rolou e deitou de barriga para baixo, como um cãozinho acuado.
    - Os olhos dele são sensíveis a luz forte – Disse Sheng coçando a cabeça do ser. Os minotauros o encararam, os olhos brilhando, as patas tremendo e a boca aberta, soltando saliva e a grotesca língua avermelhada dos seres. Sheng ignorou as expressões temerosas no rosto dos servos e puxou uma chave prateada do manto arroxeado que cobria-lhe o corpo marrom. Enfiou a chave no buraco da fechadura e girou-a. Houve um clique metálico e Sheng chutou a porta, que bateu contra a parede e caiu no chão, despedaçada. Ele caminhou sobre a madeira velha, que estalou. Chutou o trinco que caiu escada abaixo, provocando um baque mínimo a cada degrau ultrapassado. Quando a peça alcançou o chão, um som abafado foi ouvido e um rebuliço começou no andar de baixo.

    ***

    O som de algo metálico caindo acordou Crossfox de seu transe. A luz azulada já sumira, mas uma bolinha prateada caiu ao lado de seu pé, divergindo algum cascalho para os lados. O objeto rolou por um tempo, até sumir na escuridão.
    - Que porra foi isso? – Disse Ulizin, num sussurro. Ele aproximou-se da escada.
    - Não faço a menor idéia. Pareceu-me uma esfera, uma bolinha, um orbe... – Crossfox parou de falar e ergueu os olhos para cima. Uma ripa de madeira descansava nos degraus iniciais da escadaria – Ou um trinco.
    Ulizin fez uma expressão de “não diga merda” para Crossfox e ergueu a face para o topo da escada. O alçapão estava escuro, mas dava para discernir suas formas. Ulizin ignorou a ripa d emadeira. Seu olhar buscava algo além das sombras. Ele forçou os olhos e pareceu ver algo destacar-se nas trevas. Era uma figura ligeiramente mais clara que o cenário. A medida em que os olhos de Ulizin se acostumaram com a escuridão, ele pode ter uma idéia menos vaga da imagem que projetava-se em seus olhos.

    Era alta e parecia possuir membros magricelas, mas um corpo rechonchudo. Provavelmente era uma vestimenta, ou coisa do gênero. Possuía duas pontas curvas para cima no alto do crânio, que era delgado e alongado, como se o ser tivesse focinho. Um dos membros segurava algo comprido e fino. Parecia se acabar abruptamente na ponta inferior, e alongava-se até formar uma espécie forma estranha na ponta oposta. A criatura estava debruçada sobre o alçapão, aparentemente analisando algo ali. Ou talvez alguém.

    - Tem alguém ai – Murmurou Ulizin – Está olhando pra cá, acho eu.
    - Está louco? – Tiher se acusou em meio as sombras. Ele saiu de trás de um pilar e encarou o topo da escada – Droga tem algo se mexendo.
    - Que agente faz? – Sibilou Crossfox. Tiher sacudiu os ombros e recuou pé ante pé.
    - Parem! Tem algo acontecendo ali.

    Os três encaram novamente o vulto. Ele havia desaparecido. Mas um som estranho era percebido. Algo estava se arrastando. Um baque foi ouvido e restos de um tijolo foram lançados escada abaixo. Eles passaram por debaixo das pernas de Tiher e colidiram com um dos pilares, despedaçando-se. Eles forçaram a visão e puderam ver um pescoço. Ou talvez um braço. Era algo comprido e afinado, com uma forma enorme na ponta. Parecia ser uma cabeça. O membro movia-se descontrolado. A cabeça parou de frente para o alçapão. Todos prenderam a respiração. Duas formas gigantes abriram-se atrás do pescoço. E uma tentou pegar o nada. Eles recuaram, mas o movimento repentino fez dois globos avermelhados com fendas negras abrirem-se na escuridão.

    Os olhos pareciam pairar no ar. As pupilas verticais se moveram de um lado para o outro e desceram. Abriam-se e fechavam-se, acompanhando a cabeça, que descia escada abaixo. O pescoço parou a centímetros do solo e duas patas munidas de quatro garras afiadíssimas apareceram nos primeiros degraus. O tronco da besta desceu também, e duas asas abriram-se na gruta. Agora Ulizin podia ver nitidamente o que os observava.

    Era um réptil colossal. Era repleto de escamas esverdeadas e de aparência viscosa. Cada escama era mínima, e juntas elas formavam um tecido de defesa que cobria todo o corpo do ser. Na barriga, as escamas eram mais amareladas e próximas ao focinho, elas transformavam-se em placas retangulares. Entre algumas escamas, minúsculos insetos negros saíam e escondiam-se novamente. As asas preenchidas por fibras de cor verde-oliva eram quase maiores que os pilares de mármore. A cauda e os membros inferiores estavam ocultados ainda no andar superior.

    O pescoço alongado moveu-se na direção de Ulizin. Em sua ponta, havia uma cabeça triangular e chata, com duas protuberâncias que abrigavam os olhos vermelhos. A boca assemelhava-se a um bico, munido de presas afiadas que guardavam uma língua grossa e banhada pela saliva e algo que parecia sangue. Sobre o bico, dois orifícios profundos eram as fossas nasais. Dois buracos em cada lado do crânio pareciam funcionar de cabeça, e quatro formas ósseas revestidas por escamas erguiam-se imponentes no topo da cabeça, acima da nuca. A criatura possuía um bafo mortal, que fedia a carniça e esterco. Um ar quente era emanado das narinas e os olhos piscavam sem parar. Um baque foi ouvido e o resto do corpo do dragão apareceu.

    A cauda era enorme, afinava-se lentamente e movia-se de um lado para o outro. Ora ou outra, batia contra as paredes fazendo-as tremer. As pupilas da criatura se dilataram e ela ergueu-se na vertical, apoiando-se nas patas traseiras e na cauda. As patas dianteiras foram apontadas na direção dos humano e as garras se mostraram ameaçadoras. A criatura abriu a boca e soltou um chiado ensurdecedor. As asas se abriram e o dragão caiu de quatro novamente. A queda jogou os três contra a porta escancarada que levava a sala de tijolos. Ulizin caiu sobre um dos corpos das minhocas mortas, Crossfox foi jogado contra a porta que voou e Tiher rolou no chão até bater contra a parede que delimitava a sala perante a porta.

    - O que está acontecendo ai? – Uma voz foi ouvida vindo de trás da parede.
    - Ora, ora, ora – Disse uma voz saindo da escuridão. Um minotauro saiu de baixo da barriga do dragão – Enfim posso ouvir sua voz Chatterbone.

    ***

    Ulizin ergueu os olhos cansados para a sombra que lobrigara em meio as trevas absolutas que cobriam seus olhos. O vulto possuía os mesmo traços singelos que o semblante que avistara ao topo da escada, encarando-o. Como já havia se acostumando a falta de luz, ele já podia ter um noção de como era o ser. Tinha uma pelagem constituída de um couro marrom aparentemente resistente. O couro transformava-se em uma pelugem curta de cor mais fraca que o couro. Dois chifres brancos erguiam-se de sua cabeça e um rabo longo saltava debaixo de sua túnica arroxeada. O ser possuía quatro garras negras em cada mão. Um de seus membros segurava uma varinha dourada de tamanho considerável com um cristal na ponta superior. Era um minotauro mago, sem dúvida alguma.

    - Humanos – Disse o minotauro, encarando com a face tomada por uma expressão retorcida os três amigos atirados pela sala – Dá vontade de exterminá-los agorinha mesmo. Mas antes, tenho algo melhor a fazer.
    - Quem é você? – Proferiu Tiher com a voz quase sumida, em um sussurro que mal podia ser ouvido e que misturou-se aos passos que Sheng executava enquanto avançava em direção a parede de tijolos coberta de musgo.
    - Cala-te ralé – Disse o minotauro. Rolou o corpo de Tiher para frente com o casco e chutou sua barriga. Ele contraiu-se e sua face foi dominada por uma expressão de dor. Seu instinto obrigou-o a levar suas mãos a barriga, enquanto gemia em posição fetal – Meu nome é o [ultimo que vai ouvir em vida. Prazer, sou Sheng.

    O nome entranho e simples atingiu a cabeça de Ulizin com uma pedra e fez um batalhão de perguntas, memória e exclamações surgirem em sua mente e bagunçarem seu já atribulado cérebro. Aparentemente, esse era o tal minotauro que chegara a ilha. O agente do culto que usurpou de Clair. O que ele estaria fazendo ali ou como consegui falar o idioma dos humanos não importava, a única coisa que lhe realmente implicava naquela situação, era quem de fato era Sheng. Nenhum minotauro comum poderia conjurar um dragão. A menos, é claro, que tivesse ingresso a alguma entidade capaz de lhe fornecer tecnologia a ponto de realizar tal ato impressionante.

    - Chatterbone – Disse Sheng com a voz firme e os olhos voltava única e exclusivamente para a parede – Vou ser rápido e direto e gostaria que fosse também direto em suas palavras.
    - Quem é você? – Disse Chatterbone com a voz perdida e baixa, quase imperceptível – Que quer de mim?
    - Quem eu sou não interessa a você agora. O que eu quero lhe diz muito respeito. E aliás diz respeito a algo que você tem em posse. Chatterbone, quero a chave.

    O ambiente ficou em um pleno taciturno. Ninguém ousava falar ou mover-se na sala, fora o dragão que lambia-se por completo, aparentemente sem perceber a seriedade do caso. Os atos indignos do réptil em tal momento fizeram Sheng olhar de canto de olho para a besta. O olhar pareceu não surtir efeito.
    - Que chave? – Chatterbone usou o mesmo joguinho que usara em Ulizin – Não sei do que está falando.
    - Não seja doloso Chatterobne. Seus joguinhos não funcionam comigo. Sei que está com a chave.
    - Perdeu a viagem – O zumbi disse, abafando o riso – A chave não está comigo.

    - O QUE? – Sheng ouviu-se rugir. Sua voz repercutiu pela sala infinitamente e seus olhos brilharam como se fogo fosse ateado nele. Um espasmo iniciou=-se em seu corpo e ele começou a cerrar os dentes e os punhos. Ele socou a parede com tal força que deu pra ouvir os ossos do punho estalarem. Ulizin teve a nítida impressão que viu o tijolo atingido mover-se. O minotauro gritou alto e jogou a varinha no chão. Ela caiu com um baque alto. Ele pisou sobre ela com o casco e pegou-a novamente. Virou e revirou os olhos pela sala, pousando a visão sobre os três humanos momento a momento – PRA QUEM DE VOCÊS TRÊS ELE ENTREGOU A CHAVE?

    Ninguém se acusou. Até por ser uma calunia das boas. Chatterbone nunca estivera com a chave. Sheng se virou para Tiher e chutou-o pela segunda vez naquela noite. Dessa vez com mais força. Ele foi arremessado contra a parede. Um estrondo pôde ser ouvido e Tiher caiu de bruços no chão. Um filete de sangue saiu de sua boca e uma lágrima de dor formou-se em seu olho.
    - Onde ela está? – Sheng perguntou. Tiher nada disse. Ele chutou-o novamente, dessa vez na face. Tiher sentiu uma dor fumegante no nariz e ouviu um clique anormal. Sangue começou a jorrar de seu nariz e ele parecia torcido. Sheng o quebrara – Ou responde ou morre!

    Ulizin sentiu uma dor no peito ao ver o amigo sofrer por anda e ergueu-se, desafiando o hálito do dragão que bufava em seu pescoço. Ele meteu a mão no bolso e tirou o punho fechado de lá, com se houvesse algo dentro.
    - Sheng! – Ele gritou. O minotauro virou-se e o encarou com uma mistura de ódio e desprezo e os olhos arregalados.
    - COMO OUSAS PROFANAR MEU NOME? – Sheng gritou e ameaçou Ulizin com a varinha. Parou quando viu o punho dele.
    - Está comigo – Ele disse, confiante – Vem pegar!
    Sheng mirou a varinha para a cabeça de Ulizin e ela atestou-se com a mesma luz azulada que Crossfox avistara no alto da escada. Uma esfera de energia formou-se no lugar do cristal.
    - Feneça mortal! – Sheng gritou. Ulizin virou-se para correr em direção a porta e escapar, mas a esfera foi disparada mais rapidamente. Ela atingiu a parede e provocou um estouro estrondosos, que demoliu pedras e mais pedras. Uma delas foi arremessada contra o joelho de Ulizin, atingindo-o em cheio. Ele rodopiou no ar e caiu de cara no chão, com fortes dores na perna – Dê-me a chave e poupá-lo-ei!

    Crossfox encarou Tiher com uma expressão de preocupação e debruçou-se sobre os restos da porta da sala. Sibilou alguma coisa e aponto para Ulizin. Tiher fez uma carta de dor e concordou. Reuniu os restos de força que possuía e arrastou-se pela sala até se afastar um pouco da parede, deixando um rastro de sangue misturado com terra.
    - PARE! – Chatterbone gritou do outro lado da parede – Ele não tem a chave.
    - Então onde ela está? – Indagou Sheng girando os cascos em direção a parede – Me diga seu maldito!
    - Em uma cripta. No túmulo de Athan Shalkfire.
    - Shalkfire? – Sheng levou uma das patas ao projeto de queixo que tinha – Então o inútil mestre de Thul servia pra algo – Ele sorriu e apontou a varinha para o dragão – Muito obrigado Chatterbone. ACABE COM ELE!

    O réptil gigante mostrou-se obediente a voz de seu criador e parou de lamber a barriga para encarar a parede. Seus olhos pararam e suas narinas fumegaram. Ele abriu a boca e exibiu a garganta. Uma estranha luz alaranjada tomou posse da boca do réptil e converteu-se em uma esfera que combinava cores quentes com um branco marfim. Quando Ulizin percebeu de que se tratava, já era tarde demais. A esfera de fogo fora disparada contra a parede. Ela passou rente aos chifres de Sheng e avançou contra a estrutura.

    - CHATTERBONE! – Ulizin urrou. O ar de seus pulmões acabou-se e suas pupilas dilataram-se perante a luz. Seu coração se acelerou e a imagem da parede explodindo e cuspindo tijolos para todos os lados nunca saiu de sua mente. Ele abaixou-se e sentiu um tijolo passar ao lado de seu braço. Ergueu os olhos para um montinho de tijolos fumegantes reunidos em um montinho de cinzas. Teve quase certeza de ver um antebraço podre. A visão do poder de destruição da besta draconiana despertou-lhe um desagradável pensamento que provavelmente era real: Sheng havia matado Ferumbras e Clair.


    Próximo capítulo deverá se chamar "Luta e Fuga".

    9 pags de word :/
    O Coveiro,
    Manteiga;

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