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Tópico: Con Clave

  1. #91
    Avatar de Antonio E. Ribas
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    adorei o cap X, to esperando o XI... posta logo plis :riso:

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  2. #92
    Banido Avatar de Hovelst
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    Seu mais fiel leitor e comentador, mais uma vez aqui.

    - Talvez sim, talvez não. Depende de Fardos
    Senão me engano, este estranho acontecimento chamado chuva é obra de são Pedro não?:riso:

    - O cara já saiu. Argh, essa porra da doendo.
    Sinais de algo mal revisado. Um erro, por sinal, muito fácil de se perceber com uma boa revisão. Você trocou "tá" por "da".

    - Esculachar o cara que nem ta aqui não via salvar sua perna caro H.L. – Zak gritou do alçapão.
    "Tá" com acento. E "via", só para constar é uma estrada por onde passam carros, ou então, um documento.
    "Vai"...

    Zak caminhou pelas ruas desertas do campo fitando as humildes construções erguidas com madeira – contrabandeada, provavelmente. A chuva agora caia como um turbilhão sobre a relva, enlameando o caminho por entre as árvores. Com a paisagem desfigurada pela tempestade, Zak levou um certo tempo para localizar o maldito prédio.

    Zak passou os olhos pelo nível térreo do campo, pelas redondezas do tal prédio. Não demorou a encontrar um casebre de madeira podre ameaçando cair ao lado dele. Zak torceu a face e empurrou a porta, que abriu com um rangido.
    Apenas para lhe dizer, se você coloca um hífen, para separar alguma frase, após o término desta, é necessário outro, para fecha-la, como parentêses. Então, após "provavelmente", coloque-o.

    Os negritos, são par lhe mostrar as várias repetições, que vem acontecendo constantemente nesse capítulo. Poderia mudar para algum pronome, no caso, o único disponível, "ele".

    Zak passou a infância lá, até seus pais serem empalados em lanças encantadas por um grupo de necromantes encapuzados a nome de um certo Culto.
    O que há de ser o verbo "empalar", derivado ali, como "empalados".
    Não estaria faltando um "h"?

    Lá, se criou sozinho pelas ruas, comercializando qualquer porcaria para ganhar o pão de cada dia.
    "se" não pode vir depois de algum ponto. Precisa ser após o verbo.

    Zak recolheu o papiro e guardou-o cuidadosamente dentro do livro. Fechou-o e guardou sem suas vestes.
    Mal revisado....
    Imagina, ela estava pelado, afinal, ali diz, que ele estava sem suas vestes.
    Escapou um "s" na digitação.

    - Vejo que encantaram-se com a bela catedral.
    Agora não vem depois do verbo, pois há digamos, "um chamativo" para o pronome, sendo este o "que". Então, ele vem antes do verbo.

    Mas parece-me que com essa feitiçaria
    Outro chamativo.

    Nos envolvemos com todo tipo de magia negra e vodu que vocês possam imaginar.
    Seria mais interessante usar voodo.

    Mas porque nós dois? Porque não seus amigos desse grupo ai?
    Estes porquês são separados, pois são de pergunta.

    Capítulo tomado por falas. Você está tomando o mesmo rumo da história do Tayzo. Capítulos que se desenvolvem nas conversas. Tome cuidado com isso.

    E...
    Seu capítulo foi mal revisado. Muitos erros de digitação, que uma revisão anularia. E muita repetição de palavras, principalmente, nomes próprios. Por todo o capítulo, por parágrafo, Zak, Etep ou H.L. repetiam pelo menos duas vezes. Duas vezes, é considerável, mas haviam parágrafos que repetiam três, e foram conseqüentemente, repetindo por todo o capítulo.

    Eu achei o capítulo bom. Não tem muito o que falar. Estou ansioso pelo próximo capítulo entre esses três aventureiros. Gostaria de ver uma luta, que me parece, cada vez mais próxima.


    ~Hovelst

  3. #93
    Avatar de Manteiga
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    Yeah caro Hove, eu admito que não reviso muito bem ás vezes, eu sempre deixo algo escapar ¬¬ Mas dessa vez isso foi gritante ;o

    Quanto a empalar. Creio que seja atravessar o corpo de uma pessoas com uma lança. Quanto as repetições? Anotado. Eu realmente achei que ficou repetitivo sabe. E quanto ao hífen, nos livros que leio se a parte separado por hífen é a final da frase, não temrina-se com hífen, mas direto com o ponto. Mas posso arrumar isso se for o caso.

    E quanto as falas. Esses dois último capítulos foram, como posso dizer, explicativos. Era preciso usar e abuar da fala para tentar fazer "nossos heróis" sacarem o que tinham que fazer. Mas acaba aqui isso, creio eu...

    E sim, uma batalha se aproxima cada vez mais. Aguardem o capítulo 11. ;D

    O Coveiro,
    Manteiga
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  4. #94
    Banido Avatar de Hovelst
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    Interessante.
    Uma palavra nova para meu vocábulo.

    Eu sei que você precisa mexer os pauzinhos para seus heróis, mas foram só falas e mais falas. Talvez, se você abusasse um pouco das explicações sem ser das falas, seria interresante você ler Ferumbras para ter uma base.

  5. #95
    Avatar de Sapo Boi
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    Li a sua história toda hoje.
    Reparei em muitos erros, alguns de digitação, outros de gramática e até uns que eu acho que você usou a palavra errada, mas não vou comentar sobre eles.
    Eu gostei da parte da história ser dividida em ambientes, com cenas acontecendo ao mesmo tempo e que são contadas separadamente, isso ficou bom.
    Sua história tem muitas personagens, e nos primeiros capítulos você adicionava personagens demais, ficou bastante confuso no início, e só agora, que li os 10 capítulos, estou reconhecendo bem a maioria deles, mas ainda tem uns que me deixam confuso.
    Não teve nenhuma grande cena de ação ainda, mas mesmo assim os momentos de ação das cenas que você já fez não ficaram muito bem descritos, fica meio difícil imaginar o que está acontecendo, além de que você não descreve muito a maioria dos cenários.
    A parte psicológica das personagens é meio estranha, eles acabam de se conhecer e já estão falando sobre coisas que deveriam ser segredos e alguns comentários deles não me pareceram naturais.
    Seja como for, você melhorou bastante do primeiro para o último capítulo, o próximo capítulo que eu ler nessa história eu faço um comentário mais específico sobre ele, problemas e soluções, dessa vez foi só pra mostrar a minha opinião sobre a história de maneira geral.
    Boa sorte, continue a escrever.




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  6. #96
    Avatar de Ayakumus
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    Quem é vivo sempre aparece!

    COmentando sobre os dois capítulos postados em minha ausência. Imagino que agora já chega de personagens, estou começando a ficar realmente perdido principalmente com os de Rookguard.

    Utilizando meu modo de vidente, espero que os personagens que estão em Rook não se encontrem com os outros se não vai ficar muito forçado.

    Prometo com comentários melhor no próximo capítulo, estou meio fora de forma.

    Aparecido.

  7. #97

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    Ok, estou lendo os rp's aos poucos, pois sou meio novo na seção. Chegou a vez do seu, caro Manteiga.

    A história é boa (isso já está ficando repetitivo:wscared. Gostei muito de você ter ambientado ela em Rook e Main ao mesmo tempo.

    Os acontecimentos estão finalmente se encaixando.

    Quero levantar alguns pontos que eu vi durante o decorrer da trama:

    - Achei muito interessante a sua versão para o aparecimento de Sheng na ilha.
    - O que diabos Chatterbone está fazendo em Rookgard? (só por curiosidade mesmo)
    - Sua explicação para a ice rapier foi muito bem feita.

    Com relação aos erros de escrita, falta de emoção dos personagens e blá, blá, blá... Não vou falar disso agora, afinal é meu primeiro post e você já ouviu (entenda-se "leu") muito sobre isso do Ayakumus, Hovelst e Wicht.

    Estou aguardando os próximos capítulos, com muita curiosidade.

    Abraços

    P.S: Hovelst e Wicht, vou ler o rp de vocês também. Só me dar um pouco de tempo que leio eles. Como sou novo por aqui, não tenho tempo para ler tudo de uma vez e quero comentar só depois de já ter lido tudo já postado. Abraços para vocês também.

  8. #98
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    Demorou, demorou, demorou mas... Ainda não chegou :/

    Estou quase acabando o capítulo. Não garanto uma melhoria, mas não esitve inspirado. o próximo será melhor. Espero XD Um trechinho do cap 11:

    Era um réptil colossal. Repleto de escamas esverdeadas e de aparência viscosa. Cada escama era mínima, e juntas elas formavam um tecido de defesa que cobria todo o corpo do ser. Na barriga, as escamas eram mais amareladas e próximas ao focinho, elas transformavam-se em placas retangulares. Entre algumas escamas, minúsculos insetos negros saíam e escondiam-se novamente. As asas preenchidas por fibras de cor verde-oliva eram quase maiores que os pilares de mármore. A cauda e os membros inferiores estavam ocultados ainda no andar superior.

    7 pags de word até agora XD

    O Coveiro,
    Manteiga
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  9. #99
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    Capítulo XI
    Draco


    Um estado de surpresa – e também de leve desconfiança – tomou posse do corpo de Venâncio. Seus olhos arregalaram-se e sua boca caiu de uma altura considerável. Seus pulmões afobara-se no oxigênio – e em alguma coisa a mais que desceu pelo canal errado – e ele acabou por engasgar-se. Caiu de quatro e sentiu a relva brincar com as palmas – palmas? Havia por acaso um termo mais preciso para isso? – de suas patas.

    Seus cascos arranharam o chão enquanto o minotauro lutava para se equilibrar. Precisou de um tempo em transe com a natureza para se recompor. Mas ao abrir os olhos quase caiu para trás novamente. Seu coração acelerou-se loucamente e sua respiração também. Um gemido saiu de sua boca e ele se babou. Não havia como não se surpreender com “aquilo”.

    Sheng fitou os olhos do mestre e riu. Não se preocupou em abafar o risinho, gargalhou alto mesmo. Para qualquer um ali ouvir. Venâncio pareceu nem escutar. Sheng encostou a mão na pele escamosa do dragão e esfregou-a ali. Talvez uma demonstração de carinho, o que era pouco provável. Então, talvez fosse uma maneira de exibir seu controle sobre a fera.

    Venâncio ficou abismado com aquela demonstração de poder. Em casos normais, o dragão devoraria a mão de Sheng e faria dele um montinho de cinzas fumegantes. Mas não era uma situação normal. Aquele maldito dragão não era real. Não teoricamente. Era um dragão conjurado.

    E isso também era anormal. As leis da magia não permitiam que uma criatura de tal poder fosse conjurada por entidades inferiores. As proporções mágicas para se invocar um dragão eram tão absurdas, que apenas verdadeiros líderes da raça dos dragões teriam potencial para tal ato. E Sheng não era um mestre de dragões.

    Mas como a maldita besta fora parar ali, realmente não importava. Pelo menos não por enquanto. Depois conversaria com Sheng a respeito. Mas precisava tratar de assuntos mais urgentes.
    - Sheng – Disse ele, tentando disfarçar a surpresa e apreensão. A qualquer momento aquele bicho poderia devorar sua cabeça – Precisamos agir.
    - Depois – Respondeu o aprendiz fitando o dragão – Não acha fantástico ter um dragão aqui e...
    - AGORA SHENG! – O mago gritou. Essa não era a resposta que Sheng esperava – Eu vi humanos descerem para a Sala da Katana. Temos de ser rápidos!
    - Mas o que raios eles iriam faz...
    - Só podem ter ido fazer uma coisa: Ver Chatterbone!
    - Não necessariamente, eles podem te rido caçar e... – Sheng travou – Chatterbone? Quem raios é Chatterbone?

    - Me surpreende você não saber. Chatterbone é o eterno guardião dos segredos da Espada da Fúria. Ele conhece os segredos dela, de seu passado, e pior: Ele sabe onde está a chave da minha sala.
    - Da sua sala? – Sheng riu – Achei que você tinha a chave da sala.
    - Você sabe que abro a porta com magia. Nunca tive a merda da chave. Se aqueles humanos desgraçados puserem as mãos na chave, eles vão poder entrar na minha sala. E o resto creio que você saiba.
    - Naturalmente – Sheng sorriu internamente. Então, Chatterbone sabia onde estava a chave...

    ***

    Uma gota de suor caiu pela face de Ulizin e chegou aos seus lábios. Ele lambeu-os e sentiu um gosto salgado em sua boca. Limpou o suor da testa com a manga do casaco e bateu os pés no chão de terra. Soltou um longo suspiro e passou a encarar o teto: uma seqüência de falhas pedregosas encobertas pelas formas irregulares da caverna. Musgo cobria boa parte das pedras encravadas no teto que era realmente alto. Estalactites desciam ameaçadoras dos poucos pedaços planos do teto. Suas pontas pareciam querer perfurar o crânio de Ulizin. Ele ouviu um ruído abafado e fitou o muro. Chatterbone prosseguiu.

    - Shalkfire não era burro. Se realmente tinha a chave, não ia arriscar sua segurança, muito menos a posse da dita cuja. Era imprescindível que ninguém soubesse sob hipótese nenhuma que ele possuía a chave. E ele não deixara pistas no local onde a roubara. Passei a procurar Shalkfire, mas tudo que encontrei foi uma cripta escondida nos limites da ilha. Lá, havia uma cova vazia, reservada para Shalkfire.

    - Pelo que sei, ele já estava morto, mas não estava na cova. Na época fiquei intrigado com isso, mas hoje eu imagino que ele tenha sofrido a mesma maldição que eu. Mas boatos correm de que ele está realmente enterrado lá, junto com a chave. Mas cauteloso como era, ele deve ter ocultado a chave junto com seu corpo, e posto algum guarda ou coisa parecida. É tudo que sei.

    - Só isso? – Ulizin imaginou e formulou outras palavras, mas as que saíram foram essas. Ele encarou Chatterbone – a parede, diga-se de passagem – com profundo desapontamento. Imaginava que uma personalidade tão célebre pudesse lhe dar respostas mais construtivas e que lhe permitissem formular uma idéia, nem que vaga, sobre o paradeiro da chave.
    - Lamento se o desapontei – Chatterbone respondeu com a voz rouca. As palavras pareceram meio forçadas, instantâneas, como se tivessem sido preparadas previamente.

    - E os parentes dele – Ulizin falou, meio perdido na conversa – Morreram como? Uma maldição?
    - Garoto, você está encarando o Culto como uma sociedade que usa magia negra pra matar ralé? Se está, você não sabe de nada. Não sei como morreram, só sei que correm boatos de que um está vivo. Ele supostamente estaria com a chave.
    - E quem é?
    - Se são boatos, crê que eu sei?

    ***

    Um mal-estar repentino tomou conta do estômago de Venâncio ao ver um leve sorriso formar-se no canto da boca de Sheng. Aquele sorriso cruel dava a idéia – errônea, possivelmente – de que Sheng havia achado graça nas palavras de Venâncio. Aquela notícia poderia provocar tudo, menos risadas. Os humanos estavam sabendo do segredo da chave!

    - E o que eu tenho com isso? – Sheng respondeu depois de alguns segundos com o olhar perdido na mata e o cérebro trabalhando sem descanso.
    - Quero que você me prove que aprendeu alguma coisa seu inútil! Vá lá e acabe com aqueles humanos imbecis.
    - Como?
    - VIRE-SE! – Venâncio apontou para o além do matagal bufando, com os olhos saltando das órbitas. Ele ofegou e virou-se de costas para Sheng e começou a dar passos largos em direção a montanha – Vou voltar para minha sala. Quero receber boas notícias ao fim da expedição.

    ***

    No passado, a grande e famigerada Grande Guerra causou um tumulto alto no mundo todo. Aqueles humanos nojentos caíam dilacerados e decapitados pelas ruas ensangüentadas daquela cidadezinha que eles haviam construído, enquanto os grandes orcs combatiam seus cavaleiros mais poderosos sem temer. Na época, os orcs eram comandados pelo grande General Ulderek, um dos mais temidos e poderosos orcs que os humanos já viram.

    Mas o que pouca gente imaginava, era que existia alguém que formulava os grandes ataques de Ulderek. Esse alguém era Grimter, o melhor amigo de Ulderek. E Grimter tinha um filho. Ele chamava-se Feremgrim. Logo após o término da guerra, Feremgrim viajou para uma colônia humana afim de conquistá-la, mas acabou tendo que se esconder nas profundezas da ilha. Essa ilha era Rookgaard. E Feremgrim vivia lá até hoje.

    Ele vivia em uma caverna escondida na clareira principal da ilha. Um lugar ainda desconhecido pelos humanos. Lá, Feremgrim construiu seu exército de orcs e preparou a tomada do vilarejo que ali existia, mas com uma tropa de minotauros planejando o mesmo, ele teve que desistir. O império orc e o império minotauro jamais ousavam entrar em conflitos. Isso desde os tempos de Ulderek.

    Desde então, Feremgrim tem vivido escondido ali, esperando a grande chance de acabar com os humanos. Mas justamente agora que o tal minotauro mago recebeu um reforço, como seus soldados o haviam informado, Feremgrim precisava agir. Ou morrer sem nada.

    Ele estava sentado em um toco de árvore podre e coberto de musgo, levemente estourado e cai do aos pedaços, fitando a parede de pedra lascada e imunda que revestia internamente a gruta onde ele se estabelecera. A iluminação ali era feita por tochas simples penduradas e por uma fogueira já levemente apagada no centro da sala, no coração de um círculo de camas de palha. Feremgrim passou a fitar uma carta presente em suas mãos e a abriu. Estava escrita em um dialeto estranho, cheio de garranchos. Mas curiosamente ele entendia tudo. Era linguagem orc. A carta chegara a pouco tempo, um de seus lanceiros trouxe pra ele. Disse que um minotauro havia escrito.

    Olhou para a assinatura ao fim do texto e riu. Era um nome gozado. Leu e releu a assinatura mal feita e guardou a carta, pensando quem seria esse maldito que escrevera a carta, esse maldito Sheng.

    ***

    O silêncio que enchia a sala foi profanado pelo som quase inaudível de uma pedrinha caindo do teto e colidindo com o solo. O baque fez Ulizin despertar de seu transe e parar de observar o nada como se fosse a coisa mais importante do mundo, um bebezinho que precisava de cuidados. Ouviu um arrastar vindo do outro lado da parede mas ignorou-o. Virou-se para Tiher e Crossfox, que estavam na entrada da sala e os viu cabisbaixos. Ao erguerem os olhos para o encararem, ele retribuiu com uma cara de decepção.

    Caminhou junto aos amigos e lhes disse pesaroso:
    - Ele não sabe. Enrolou e enrolou e não chegou a ponto algum. Ele disse que a droga da chave está em um túmulo.
    - Túmulo? – Crossfox disse. Ponderou por alguns segundos, coçou a cabeça e suspirou – Não sei da existência de nenhum túmulo por aqui. Os mortos são enviados para o continente, com raras exceções... A não ser que haja uma cripta em algum lugar.
    - Ele falou da possibilidade de uma cripta – Ulizin respondeu, caminhando em direção a porta – Mas também não sabia a localização exata dela. Foi uma conversa inútil.
    - Não foi inútil – Tiher respondeu, o chapéu de feltro negro cobrindo-lhe os olhos, que fitavam os pés – Pelo menos descobrimos que a chave está em uma cripta.
    - Talvez esteja – Disse Ulizin – E se não sabemos onde está a cripta, de pouco adianta.
    - Pelo menos sabemos onde procurar – Disse Crossfox, com um ar de “Elementar” – Isso descarta outros locais.
    - Exemplos.
    - Cavernas, casas, o esgoto, árvores, compartimentos mínimos guardados por zumbis...

    Um som estrondoso foi ouvido e várias estalactites presentes no teto embarrado despencaram, fincando-se no chão, rachando-o em partes. O chão estremeceu e Ulizin caiu contra um dos pilares de mármore. As tochas apagaram-se abruptamente e a sala enegreceu-se.
    - O que foi isso? – Tiher perguntou, com a respiração pesada e o chapéu torto na cara – Terremoto?
    - Coisa pior – Disse Crossfox, encarado uma estranha luminosidade que vinha do topo da escada de mármore.

    ***

    Sheng cambaleou pelos movimentos repentinos gerados pelo jogo de corpo que o enorme dragão verde executara contra a parede de tijolos. Alguns dos blocos de argila desprenderam-se, criando vazios irreparáveis na construção. O estrondo ecoava pela cabeça de Sheng, que caiu de quatro no chão quando a terra tremeu. A besta escamosa estava furiosa e pronta para acabar com toda a gruta se Sheng não interviesse logo.

    - Para sua besta, vai matar a todos nós! – Gritou Marho, um dos minotauros que haviam acompanhado Sheng, a pedido de Venâncio. Ele não fazia a mínima questão d éter ajuda, sempre conseguiu resolver tudo sozinho. E também ele detestava a presença de mais alguém enquanto trabalhava, principalmente sob a idéia de que se tudo desse certo no final, teria que repartir os créditos com um incompetente.
    - Ele é irracional sua anta – Gritou Sheng em um idioma estranho – Não entende uma palavra que você diz.
    - Então como pretende parar essa coisa? – Marho falou.
    - Assim – Sheng apontou a Varinha de Conjurador para o dragão. Ela encheu-se de uma iluminação azulada que tomou o escuro da sala. Ela começou a tremer e um filete de luz voltou-se contra o olho da besta. A pupila do ser diminui e ele fechou abruptamente os olhos. Começou a urrar e contorcer-se até cair no chão, erguendo uma nuvem de poeira. A besta rolava e batia-se contra as paredes de terra e também com a de tijolos. Ela urrava cada vez mais alto e movia as patas e as asas debilmente – Agora PARA!

    O gritou de Sheng ecoou pela sala e o animal parou de começou a tremer violentamente soltando chiados estranhos. A varinha parou de emanar a luz e o ser se acalmou. Rolou e deitou de barriga para baixo, como um cãozinho acuado.
    - Os olhos dele são sensíveis a luz forte – Disse Sheng coçando a cabeça do ser. Os minotauros o encararam, os olhos brilhando, as patas tremendo e a boca aberta, soltando saliva e a grotesca língua avermelhada dos seres. Sheng ignorou as expressões temerosas no rosto dos servos e puxou uma chave prateada do manto arroxeado que cobria-lhe o corpo marrom. Enfiou a chave no buraco da fechadura e girou-a. Houve um clique metálico e Sheng chutou a porta, que bateu contra a parede e caiu no chão, despedaçada. Ele caminhou sobre a madeira velha, que estalou. Chutou o trinco que caiu escada abaixo, provocando um baque mínimo a cada degrau ultrapassado. Quando a peça alcançou o chão, um som abafado foi ouvido e um rebuliço começou no andar de baixo.

    ***

    O som de algo metálico caindo acordou Crossfox de seu transe. A luz azulada já sumira, mas uma bolinha prateada caiu ao lado de seu pé, divergindo algum cascalho para os lados. O objeto rolou por um tempo, até sumir na escuridão.
    - Que porra foi isso? – Disse Ulizin, num sussurro. Ele aproximou-se da escada.
    - Não faço a menor idéia. Pareceu-me uma esfera, uma bolinha, um orbe... – Crossfox parou de falar e ergueu os olhos para cima. Uma ripa de madeira descansava nos degraus iniciais da escadaria – Ou um trinco.
    Ulizin fez uma expressão de “não diga merda” para Crossfox e ergueu a face para o topo da escada. O alçapão estava escuro, mas dava para discernir suas formas. Ulizin ignorou a ripa d emadeira. Seu olhar buscava algo além das sombras. Ele forçou os olhos e pareceu ver algo destacar-se nas trevas. Era uma figura ligeiramente mais clara que o cenário. A medida em que os olhos de Ulizin se acostumaram com a escuridão, ele pode ter uma idéia menos vaga da imagem que projetava-se em seus olhos.

    Era alta e parecia possuir membros magricelas, mas um corpo rechonchudo. Provavelmente era uma vestimenta, ou coisa do gênero. Possuía duas pontas curvas para cima no alto do crânio, que era delgado e alongado, como se o ser tivesse focinho. Um dos membros segurava algo comprido e fino. Parecia se acabar abruptamente na ponta inferior, e alongava-se até formar uma espécie forma estranha na ponta oposta. A criatura estava debruçada sobre o alçapão, aparentemente analisando algo ali. Ou talvez alguém.

    - Tem alguém ai – Murmurou Ulizin – Está olhando pra cá, acho eu.
    - Está louco? – Tiher se acusou em meio as sombras. Ele saiu de trás de um pilar e encarou o topo da escada – Droga tem algo se mexendo.
    - Que agente faz? – Sibilou Crossfox. Tiher sacudiu os ombros e recuou pé ante pé.
    - Parem! Tem algo acontecendo ali.

    Os três encaram novamente o vulto. Ele havia desaparecido. Mas um som estranho era percebido. Algo estava se arrastando. Um baque foi ouvido e restos de um tijolo foram lançados escada abaixo. Eles passaram por debaixo das pernas de Tiher e colidiram com um dos pilares, despedaçando-se. Eles forçaram a visão e puderam ver um pescoço. Ou talvez um braço. Era algo comprido e afinado, com uma forma enorme na ponta. Parecia ser uma cabeça. O membro movia-se descontrolado. A cabeça parou de frente para o alçapão. Todos prenderam a respiração. Duas formas gigantes abriram-se atrás do pescoço. E uma tentou pegar o nada. Eles recuaram, mas o movimento repentino fez dois globos avermelhados com fendas negras abrirem-se na escuridão.

    Os olhos pareciam pairar no ar. As pupilas verticais se moveram de um lado para o outro e desceram. Abriam-se e fechavam-se, acompanhando a cabeça, que descia escada abaixo. O pescoço parou a centímetros do solo e duas patas munidas de quatro garras afiadíssimas apareceram nos primeiros degraus. O tronco da besta desceu também, e duas asas abriram-se na gruta. Agora Ulizin podia ver nitidamente o que os observava.

    Era um réptil colossal. Era repleto de escamas esverdeadas e de aparência viscosa. Cada escama era mínima, e juntas elas formavam um tecido de defesa que cobria todo o corpo do ser. Na barriga, as escamas eram mais amareladas e próximas ao focinho, elas transformavam-se em placas retangulares. Entre algumas escamas, minúsculos insetos negros saíam e escondiam-se novamente. As asas preenchidas por fibras de cor verde-oliva eram quase maiores que os pilares de mármore. A cauda e os membros inferiores estavam ocultados ainda no andar superior.

    O pescoço alongado moveu-se na direção de Ulizin. Em sua ponta, havia uma cabeça triangular e chata, com duas protuberâncias que abrigavam os olhos vermelhos. A boca assemelhava-se a um bico, munido de presas afiadas que guardavam uma língua grossa e banhada pela saliva e algo que parecia sangue. Sobre o bico, dois orifícios profundos eram as fossas nasais. Dois buracos em cada lado do crânio pareciam funcionar de cabeça, e quatro formas ósseas revestidas por escamas erguiam-se imponentes no topo da cabeça, acima da nuca. A criatura possuía um bafo mortal, que fedia a carniça e esterco. Um ar quente era emanado das narinas e os olhos piscavam sem parar. Um baque foi ouvido e o resto do corpo do dragão apareceu.

    A cauda era enorme, afinava-se lentamente e movia-se de um lado para o outro. Ora ou outra, batia contra as paredes fazendo-as tremer. As pupilas da criatura se dilataram e ela ergueu-se na vertical, apoiando-se nas patas traseiras e na cauda. As patas dianteiras foram apontadas na direção dos humano e as garras se mostraram ameaçadoras. A criatura abriu a boca e soltou um chiado ensurdecedor. As asas se abriram e o dragão caiu de quatro novamente. A queda jogou os três contra a porta escancarada que levava a sala de tijolos. Ulizin caiu sobre um dos corpos das minhocas mortas, Crossfox foi jogado contra a porta que voou e Tiher rolou no chão até bater contra a parede que delimitava a sala perante a porta.

    - O que está acontecendo ai? – Uma voz foi ouvida vindo de trás da parede.
    - Ora, ora, ora – Disse uma voz saindo da escuridão. Um minotauro saiu de baixo da barriga do dragão – Enfim posso ouvir sua voz Chatterbone.

    ***

    Ulizin ergueu os olhos cansados para a sombra que lobrigara em meio as trevas absolutas que cobriam seus olhos. O vulto possuía os mesmo traços singelos que o semblante que avistara ao topo da escada, encarando-o. Como já havia se acostumando a falta de luz, ele já podia ter um noção de como era o ser. Tinha uma pelagem constituída de um couro marrom aparentemente resistente. O couro transformava-se em uma pelugem curta de cor mais fraca que o couro. Dois chifres brancos erguiam-se de sua cabeça e um rabo longo saltava debaixo de sua túnica arroxeada. O ser possuía quatro garras negras em cada mão. Um de seus membros segurava uma varinha dourada de tamanho considerável com um cristal na ponta superior. Era um minotauro mago, sem dúvida alguma.

    - Humanos – Disse o minotauro, encarando com a face tomada por uma expressão retorcida os três amigos atirados pela sala – Dá vontade de exterminá-los agorinha mesmo. Mas antes, tenho algo melhor a fazer.
    - Quem é você? – Proferiu Tiher com a voz quase sumida, em um sussurro que mal podia ser ouvido e que misturou-se aos passos que Sheng executava enquanto avançava em direção a parede de tijolos coberta de musgo.
    - Cala-te ralé – Disse o minotauro. Rolou o corpo de Tiher para frente com o casco e chutou sua barriga. Ele contraiu-se e sua face foi dominada por uma expressão de dor. Seu instinto obrigou-o a levar suas mãos a barriga, enquanto gemia em posição fetal – Meu nome é o [ultimo que vai ouvir em vida. Prazer, sou Sheng.

    O nome entranho e simples atingiu a cabeça de Ulizin com uma pedra e fez um batalhão de perguntas, memória e exclamações surgirem em sua mente e bagunçarem seu já atribulado cérebro. Aparentemente, esse era o tal minotauro que chegara a ilha. O agente do culto que usurpou de Clair. O que ele estaria fazendo ali ou como consegui falar o idioma dos humanos não importava, a única coisa que lhe realmente implicava naquela situação, era quem de fato era Sheng. Nenhum minotauro comum poderia conjurar um dragão. A menos, é claro, que tivesse ingresso a alguma entidade capaz de lhe fornecer tecnologia a ponto de realizar tal ato impressionante.

    - Chatterbone – Disse Sheng com a voz firme e os olhos voltava única e exclusivamente para a parede – Vou ser rápido e direto e gostaria que fosse também direto em suas palavras.
    - Quem é você? – Disse Chatterbone com a voz perdida e baixa, quase imperceptível – Que quer de mim?
    - Quem eu sou não interessa a você agora. O que eu quero lhe diz muito respeito. E aliás diz respeito a algo que você tem em posse. Chatterbone, quero a chave.

    O ambiente ficou em um pleno taciturno. Ninguém ousava falar ou mover-se na sala, fora o dragão que lambia-se por completo, aparentemente sem perceber a seriedade do caso. Os atos indignos do réptil em tal momento fizeram Sheng olhar de canto de olho para a besta. O olhar pareceu não surtir efeito.
    - Que chave? – Chatterbone usou o mesmo joguinho que usara em Ulizin – Não sei do que está falando.
    - Não seja doloso Chatterobne. Seus joguinhos não funcionam comigo. Sei que está com a chave.
    - Perdeu a viagem – O zumbi disse, abafando o riso – A chave não está comigo.

    - O QUE? – Sheng ouviu-se rugir. Sua voz repercutiu pela sala infinitamente e seus olhos brilharam como se fogo fosse ateado nele. Um espasmo iniciou=-se em seu corpo e ele começou a cerrar os dentes e os punhos. Ele socou a parede com tal força que deu pra ouvir os ossos do punho estalarem. Ulizin teve a nítida impressão que viu o tijolo atingido mover-se. O minotauro gritou alto e jogou a varinha no chão. Ela caiu com um baque alto. Ele pisou sobre ela com o casco e pegou-a novamente. Virou e revirou os olhos pela sala, pousando a visão sobre os três humanos momento a momento – PRA QUEM DE VOCÊS TRÊS ELE ENTREGOU A CHAVE?

    Ninguém se acusou. Até por ser uma calunia das boas. Chatterbone nunca estivera com a chave. Sheng se virou para Tiher e chutou-o pela segunda vez naquela noite. Dessa vez com mais força. Ele foi arremessado contra a parede. Um estrondo pôde ser ouvido e Tiher caiu de bruços no chão. Um filete de sangue saiu de sua boca e uma lágrima de dor formou-se em seu olho.
    - Onde ela está? – Sheng perguntou. Tiher nada disse. Ele chutou-o novamente, dessa vez na face. Tiher sentiu uma dor fumegante no nariz e ouviu um clique anormal. Sangue começou a jorrar de seu nariz e ele parecia torcido. Sheng o quebrara – Ou responde ou morre!

    Ulizin sentiu uma dor no peito ao ver o amigo sofrer por anda e ergueu-se, desafiando o hálito do dragão que bufava em seu pescoço. Ele meteu a mão no bolso e tirou o punho fechado de lá, com se houvesse algo dentro.
    - Sheng! – Ele gritou. O minotauro virou-se e o encarou com uma mistura de ódio e desprezo e os olhos arregalados.
    - COMO OUSAS PROFANAR MEU NOME? – Sheng gritou e ameaçou Ulizin com a varinha. Parou quando viu o punho dele.
    - Está comigo – Ele disse, confiante – Vem pegar!
    Sheng mirou a varinha para a cabeça de Ulizin e ela atestou-se com a mesma luz azulada que Crossfox avistara no alto da escada. Uma esfera de energia formou-se no lugar do cristal.
    - Feneça mortal! – Sheng gritou. Ulizin virou-se para correr em direção a porta e escapar, mas a esfera foi disparada mais rapidamente. Ela atingiu a parede e provocou um estouro estrondosos, que demoliu pedras e mais pedras. Uma delas foi arremessada contra o joelho de Ulizin, atingindo-o em cheio. Ele rodopiou no ar e caiu de cara no chão, com fortes dores na perna – Dê-me a chave e poupá-lo-ei!

    Crossfox encarou Tiher com uma expressão de preocupação e debruçou-se sobre os restos da porta da sala. Sibilou alguma coisa e aponto para Ulizin. Tiher fez uma carta de dor e concordou. Reuniu os restos de força que possuía e arrastou-se pela sala até se afastar um pouco da parede, deixando um rastro de sangue misturado com terra.
    - PARE! – Chatterbone gritou do outro lado da parede – Ele não tem a chave.
    - Então onde ela está? – Indagou Sheng girando os cascos em direção a parede – Me diga seu maldito!
    - Em uma cripta. No túmulo de Athan Shalkfire.
    - Shalkfire? – Sheng levou uma das patas ao projeto de queixo que tinha – Então o inútil mestre de Thul servia pra algo – Ele sorriu e apontou a varinha para o dragão – Muito obrigado Chatterbone. ACABE COM ELE!

    O réptil gigante mostrou-se obediente a voz de seu criador e parou de lamber a barriga para encarar a parede. Seus olhos pararam e suas narinas fumegaram. Ele abriu a boca e exibiu a garganta. Uma estranha luz alaranjada tomou posse da boca do réptil e converteu-se em uma esfera que combinava cores quentes com um branco marfim. Quando Ulizin percebeu de que se tratava, já era tarde demais. A esfera de fogo fora disparada contra a parede. Ela passou rente aos chifres de Sheng e avançou contra a estrutura.

    - CHATTERBONE! – Ulizin urrou. O ar de seus pulmões acabou-se e suas pupilas dilataram-se perante a luz. Seu coração se acelerou e a imagem da parede explodindo e cuspindo tijolos para todos os lados nunca saiu de sua mente. Ele abaixou-se e sentiu um tijolo passar ao lado de seu braço. Ergueu os olhos para um montinho de tijolos fumegantes reunidos em um montinho de cinzas. Teve quase certeza de ver um antebraço podre. A visão do poder de destruição da besta draconiana despertou-lhe um desagradável pensamento que provavelmente era real: Sheng havia matado Ferumbras e Clair.


    Próximo capítulo deverá se chamar "Luta e Fuga".

    9 pags de word :/
    O Coveiro,
    Manteiga;
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

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    Para começo de post, tente fazer capítulos menores, ou as pessoas não lerão, pois fica cansativo de se ler.

    Vou ler aos capítulos aos poucos e depois edito aqui. É só para alertá-lo para o próximo capítulo.

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