
Postado originalmente por
Neal Caffrey
É, cara, eu tô devendo, tô sabendo. Não precisa esfregar na minha cara sempre que tem chance. Meu primeiro prazo foi domingo, deixei fluir in albis. Ontem foi o segundo. Fluiu em branco novamente. Pois saiba que não acontecerá novamente. Em especial porque percebi que meus preconceitos com a Janna eram infundados, é um campeão gostosíssimo. Também em primazia, porque sua obra é o que o nome sugere - uma obra. Prima.
Sobre o capítulo 8 (Caravana): plot twist com a First Dragon, interessante abordagem. Tenho minhas restrições já conhecidas com Oramond e/ou Rathleton, como você já sabe, mas me agrada ver que você é capaz de pegar aquele pedaço irritante de mapa e transformá-lo em algo sobre o que valha a pena ler.
Redeater em forma como sempre, apesar de (reforçando) eu o estar achando um tanto quanto melancólico. Pra ser sincero, parece-me que, como eu, você imprime um pouco da sua personalidade e/ou dos seus sentimentos de momento em seu(s) personagem(ns) principal(is). O detetive espelha um pouco do seu estado de espírito atual; sei o por quê, você sabe o por quê, mas vou enfatizar que a vida é composta de fases, irmão. Não, não vou te zoar, pelo contrário.
Passo a passo, o Credo vai adquirindo seus contornos. Parece-me uma Ordem da Fênix às avessas, o que enriquece o enredo. É interessante - e eu sou um amante particular disso, como você sabe - quando os personagens convivem insistentemente com uma nuvem sobre as suas cabeças. Parece aguçar seus sentidos e rechear a história com aquele clima de suspense que é uma de suas marcas registradas.
Sobre o capítulo 9 (Tiros de Aviso): quando li a expressão "clã de vampiros", juro que pensei na família Bolsonaro, inconscientemente. Prefiro segurar um pouco os comentários mais extensivos sobre este capítulo, porque me pareceu um episódio de edição. Há uma ligeira masturbação mental nesse confronto similar à guerra fria entre Dartaul e Ankari, e finalmente veremos o Credo atuar tão frontal e abertamente, a teor da finalização do capítulo.
Este foi um capítulo um pouco menos metafísico, a partir da carta de Trevor. Estou ansioso pra ver um pouco mais de ação, à la Nightcrawler. Quem sabe, num futuro não muito distante?
Vamos em frente, bicho.
Salve, Neal. Quando eu virei pra você um dia e disse "sou main Janna agora", não era pra menos. É um campeão rebaixado para gente que não sabe jogar, muitas vezes associado a campeão para o público feminino, mas isso não tem nada a ver. Até porque uma boa Janna pode deixar um time bem forte se atuar junto com ele. Mas agora minha vibe é com Bardo, Nautilus, Morgana e Brand.
Inclusive, essas conversinhas de League me dão vontade de começar uma história passada em Valoran, mas nem terminei essa ainda

fora a ausência de boas ideias e certa ignorância com relação a lore extensa que o jogo possui.
Eu falei pro Izan antes, e falarei novamente: Os humanos que se transformam em dragões não são da First Dragon, são uma criação minha. Eu tenho meu próprio universo, e aquele capítulo foi um crossover entre elementos criados por mim e o Tibia, parecido com toda a história que criei lá em 2012, O Mundo Perdido. Inclusive, o lugar onde Redeater foi é o mundo real, e o visual, aparência e design desses humanos-dragões que eu nomeei de "Rodon" foram inspirados num anime, mas a raça foi inspirada em Skyrim e nos dragões de lá.
Redeater ser melancólico não tem muita relação comigo, afinal, como visto em Bloodtrip, ele era apaixonado pela Aika, e ele está há anos procurando ela, o que mudou bastante o personagem. Por isso que agora ele não tem medo de ameaçar matar alguém. Já é outra pessoa. Vou explicando isso ao longo da história.
E, cacete, o que a família Bolsonaro tem a ver com um clã de vampiros?
Esse capítulo aqui tem ação, talvez você pegue uma referência que deixei no meio da luta deste. E espero que goste, embora seja um pouco longo.

Postado originalmente por
Sombra de Izan
Ótimo capítulo, sinto cheiro de sangue no ar
morteeeeeeeeeeeee
Gostei das associações de guerra (antes/pós/durante), sabe tem muita coisa no Tibia que não exploramos, engraçado que já li várias histórias do jogo mesmo e na nossa seção várias assuntos não foram incluídos, parabéns por essa inclusão, vou ficar acompanhando

Grande Izan. No mundo do Tibia do futuro, uma guerra transformou muito esse lugar e há referências sobre ela para todos os lados. Você verá muitos desses no futuro, bem como referências do passado que são, de fato, assuntos não incluídos por outros autores da seção, inclusive os mais modernos, como a própria Oramond. Com exceção da história do Edge Fencer.
Espero que goste da luta que tá chegando.
Capítulo 10 – Augúrios de Cavaleiro
Já é noite. A capital está agitada, embora não tanto quanto o esperado. Ao longe, não tão próximos da segunda muralha, separando os distritos comuns de cidadãos de classe baixa das áreas rurais, há alguns espectadores curiosos, aguardando por algo interessante, próximo de acontecer.
— Eu já disse antes, e vou dizer de novo: Essa é uma péssima ideia.
— Ainda pode voltar, se quiser.
— Largue de ser tão cautelosa e medrosa, Gala! Você não é assim.
Na verdade, esses espectadores estão apenas aguardando Redeater fazer seu próximo passo.
A capital está totalmente movimentada, com militares movendo-se pra lá e pra cá, muitos deles retirando a população das áreas de combate, próximas da segunda muralha. É possível que o imperador esteja com um real medo dos vários sinais que apareceram recentemente ao redor da capital simbolizem um ataque real contra a cidade, no estilo do que já assolou Yalahar há pouco tempo. Talvez o Credo esteja realmente – e finalmente – fazendo seus próprios movimentos para eliminar todos os seus inimigos e seguir com seus planos malignos.
— Bom, eu espero que cumpram o plano como eu disse. É nossa única chance.
Sem rodeios, o mascarado desaparece na noite. As mulheres se entreolham, e logo se separam, cada uma seguindo sua parte do plano.
~*~
Décimo primeiro distrito, próximo da primeira muralha, a mais velha da capital, que a protegeu por séculos de ataques de orcs e trolls. A entrada para a segunda área da cidade está próxima, e Arthur é responsável por protegê-la. As casas ao redor já foram evacuadas há tempos, e o clima não deixa de ser um tanto sombrio, embora os soldados estejam conversando normalmente entre si, sem postos assumidos.
Com o cavaleiro, está um grupo de quarenta soldados bem treinados, sua guarda pessoal, junto de alguns voluntários. Há outro tenente especial com ele, bem como Mirladan. Mas o segundo tenente está mais distante, com outros dez soldados. Sua influência baixa o faz subordinado do mais jovem.
Mirladan está lendo um livro, sentado num banco de madeira próximo. A calma dele incomoda boa parte dos soldados, mas Arthur não se importa. O que o preocupa é outra coisa.
— Se quiser saber, senhor... — Começa Arthur, aproximando-se do inspetor, enquanto este retira sua atenção da leitura — Eu acho que esse lugar aqui não é para você.
— Vá à merda, Arthur. Até você? Sabe do que eu sou capaz. Além disso, não posso deixar passar a chance de ver um desses desgraçados de perto.
Arthur balança a cabeça negativamente. Sabe que, não importa o que diga para o velho, não irá convencê-lo a sair dali.
— Está falando sério? Não sabe como irá lidar com eles, sabe? Na verdade, todo o plano de defender a cidade deles... Não sei se vai funcionar.
— Lembra do que aquele sujeito disse? Que Trevor tem medo? Eles não morrem, mas podem ser feridos até não conseguirem fazer mais nada. Haldt Bloodhaade já disse pra todos os distritos protegidos pelos tenentes pra prendê-los com o equipamento especial, que os magos viriam pouco depois para retirá-los daqui.
Ele refere-se a bolsa enorme de couro embaixo do banco onde ele está sentado. Provavelmente é o velho inspetor quem será o responsável por prender os Sangrentos que vierem para aquele distrito.
— Além disso, moleque, eles terão que lutar muito pra passar pelas defesas do leste e do sul. Eu ficar aqui ou não, bem provável que não fará diferença. Não chegarão aqui tão rápido.
— Mas eu ainda quero você vivo e saudável. Por isso, quero você longe dessa área, se possível. Eles não precisam vir por conta pra cá, basta simularem o que fizeram nas últimas cidades que passaram.
— Bom, eu também quero ver isso. — Disse Mirladan, finalmente fazendo Arthur desistir. Ele sorri de canto, fecha seu livro e levanta-se, aproximando-se do rapaz. — Além disso, meu jovem... Eu já estou próximo de bater as botas. Eu vivi demais, e vi demais. Agora, eu quero apenas saciar minha curiosidade, ter uma visão impressionante na vida antes de partir. Nunca fui um aventureiro, nem me aventurei em cavernas pra cumprir missões recheadas de monstros perigosos, sabe disso. Então, deixe-me. Sei me virar.
Arthur não consegue disfarçar sua preocupação. Mirladan sempre foi como um pai para ele. Deixá-lo em um lugar tão perigoso parece loucura, mas não conseguirá tirá-lo dali, mesmo que tenha capacidade de fazer isso. Portanto, ele apenas assente, e Mirladan volta ao seu banco, com seu livro. Alguns soldados conseguiram ouvir a conversa, e pararam de prestar atenção nos dois. O velho inspetor é alguém relevante na capital, e se está ali, é porque o alto escalão confia nele. Nada pode ser feito para mudar isso, no fim.
O cavaleiro pega-se fitando um dos postes de luz da área. Quando era criança e visitou Thais pela primeira vez para visitar seu tio, eram simples lamparinas, mas agora tinham um visual mais moderno. Não precisavam mais de óleo, e sustentavam-se com energia elétrica. A luz levemente azulada reflete sua criação, vinda da mana líquida, o milagre moderno daquele novo Tibia. A criação dos anões de Kazordoon permitiu Thais avançar em um ou dois séculos em apenas quinze anos. Os humanos, no fim, são impressionantes.
Como está distraído com a lâmpada, é o primeiro a perceber elas falhando, sem motivo. Ele desembainha sua espada, movimento refletido por todos os outros soldados. Mirladan deixa o livro no banco e puxa sua clava retrátil do casaco cinza. Logo, todas as luzes se apagam, e o local mergulha em escuridão.
— Utevo Gran Lux! — Pronuncia Arthur, logo em seguida, buscando trazer de volta a vantagem dos homens.
No entanto, quando consegue iluminar os arredores, percebe que mais ninguém está por ali. Seus soldados sumiram, e até mesmo Mirladan não está mais no mesmo lugar. O cavaleiro entra em desespero. Como acabou sozinho tão rápido, não faz ideia. A cidade toda está num apagão profundo, com gritos podendo ser ouvidos de todos os cantos. Não dá pra saber se o Credo começou seu ataque, nem como fora tão rápido.
Arthur não sabe onde ficar, então posiciona-se perto da casa a sua esquerda, próximo do banco de madeira. Ele vê o livro do seu superior ali, mas nada dele. Olha para a sua frente, mas nada, novamente. Porém, logo vê algo surgindo ao longe, aproximando-se devagar.
Há uma luz avermelhada, logo adiante. Ele mal consegue manter-se de pé, tamanho seu medo. Nunca viu um de frente, nem sabia como lutaria com eles. Talvez pudesse usar o equipamento projetado para captura, mas terá que lutar com ele primeiro. O problema será derrotá-lo, mesmo tendo aprendido muito com Redeater.
Sem muita esperança, ele toma uma posição de combate. A luz, então, se aproxima, tornando-se mais visível conforme ela se aproxima da magia de Arthur. Em pouco tempo, ele nota que a figura tem uma máscara vermelha. Depois, um chapéu e sobretudo negros. E uma pistola na mão esquerda.
Mas, com um brilho estranho e alaranjado no olho direito, o único visível na máscara.
— Eu não acredito que você ficou com tanto medo assim. Estou decepcionado.
O cavaleiro abaixa sua espada aos poucos. Depois, sua postura começa a falhar. Nem em seus pesadelos ele esperava em encontrar Redeater ali. As luzes voltaram logo em seguida, e a barulheira na cidade cessa aos poucos. O detetive parece achar graça. Seu olho está normal de novo. Arthur parece entender o que aconteceu.
— Onde... Onde foi parar todo mundo? — Pergunta o rapaz, recobrando a coragem aos poucos — Onde está Mirladan?
Sem resposta. Ele começa a ficar irritado.
— Responde, desgraçado! O que você fez com todos?
— Estão seguros. Precisei tirar eles do caminho para que possamos resolver alguns assuntos.
O cavaleiro não consegue deixar de ficar recuado e irritado. Talvez conversar com ele será mais difícil do que parece.
— Vamos, será rápido. Na verdade, vamos direto ao ponto. Quero que se junte a mim na minha viagem para Oramond.
Dessa vez, o tenente não responde.
— Já tenho um grupo preparado, mas falta você. As coisas serão bem difíceis lá. Rathleton é uma cidade complicada, mas está mais fácil de andar por lá agora. Ainda assim, preciso de uma autoridade thaiana comigo, para facilitar meus próprios planos de entrada na capital do continente. Por isso, quero sua ajuda. Entende o que eu quero dizer?
— Não. — A resposta de Arthur veio mais grossa e séria do que o detetive esperava.
— Tá. Você não tá entendendo bem a situação. Talvez queira brigar? Aí, quem sabe eu consiga clarear suas ideias. O que acha?
— Eu entendo. Você está enlouquecido, vindo propor-me para me juntar a você em meio ao caos na cidade, me juntar aos seus assuntos. Mas eu não entendo porque isso agora.
O detetive aponta sua pistola na direção da cabeça do homem.
— Vai entender.
O disparo veio tão rápido quanto a bala que saiu da arma, mas ela errou seu alvo em milímetros, fazendo um barulho de raspão no capacete do cavaleiro. O detetive dá um salto para trás para começar a recarregar a arma, enquanto observa o avanço de meio segundo que Arthur fez sobre ele terminar com um buraco imenso na estrada de pedras. A espada do tenente especial é muito boa. Perfeita para aguentar a força dos seus golpes.
Arthur balança sua espada para lá e para cá, tentando acertar o detetive. Sua arma está carregada de novo, mas o desafio agora é achar distância boa o suficiente para disparar sem ser atingido por ele. Dificilmente ele acreditaria que o corretinho de Thais é tão mortal em combate. Ele se move com plenas intenções de matar. São golpes movidos pela dor de uma traição. Redeater sabe o que é isso.
Arthur golpeia várias vezes o chão, onde Redeater está sempre um segundo antes de aparecer ao lado de onde estava. No entanto, um dos golpes consegue acertar Redeater, pegando sua coluna e atirando-o no chão. Ele cai no meio dos muitos destroços no chão. Assim que cai, ele efetua um novo disparo, e esse acerta o braço esquerdo do seu oponente, tirando um grito baixo e controlado dele.
— Não mais com a mesma força, não é?
O tenente se enfurece. Antes que Redeater consiga se levantar, ele toma um chute fatal na barriga, o que o joga contra o chão violentamente mais uma vez, ferindo mais sua coluna, ouvindo o barulho de costelas partindo-se em seguida. Redeater cospe sangue dentro da máscara, que vaza pelas entradas, sujando seu pescoço. É uma visão satisfatória para Arthur.
— Por Fardos, tenentes especiais são realmente especiais. — Disse, levantando-se. Não há muito mais que pode fazer. Lutar a curta distância provavelmente o mataria. E agora, ferido, não conseguirá fazer algo interessante contra Arthur, que move-se muito rápido.
Redeater recarrega sua arma, mais uma vez. O adversário acaba permitindo, por alguma razão.
— Trevor treinou você muito bem. Ele aproveitou o máximo do seu potencial. Você nasceu com algo perdido há muito tempo na linhagem dos Aknimathas, algo que Trevor possuiu por algum tempo também.
O detetive termina com a pinça, socando fundo a pólvora, e então colocando-a na lateral da arma, sobre pequenas presilhas de prata.
— A fúria vanduriana. Somada a uma descendência esquecida com os famosos Cavaleiros Falcões das ilhas ao sudeste de Edron. Combinação sensacional, pra ser sincero. E que dói bastante. Estou até impressionado que você não está nem mais falando o clássico “Terei de machucá-lo se não se afastar”.
— Você sumiu com Mirladan. Eu não preciso pegar leve com você.
— Ah, e nem deve. Senão...
Uma rede grande é lançada na direção de Arthur por trás. Ele pula para o lado, mas acaba pego numa armadilha no chão para prender seu pé, fazendo ele se desequilibrar e cair no chão. É a deixa perfeita para ele disparar.
Mas seu inimigo levanta-se tão rápido quanto caiu, jogando sua espada na direção dele. Por reflexo, o detetive atira na arma, fazendo ela cair na sua esquerda. Em apenas um segundo, o tenente surge ao seu lado, saltando para o ar, num golpe que provavelmente matará o detetive ferido.
Acima a vários metros do chão, o cavaleiro explode no ar, lançando-se na direção de Redeater em alta velocidade, com sua espada pronta para um golpe horizontal capaz de cortar o homem no meio. Ele consegue alcançá-lo, e sua espada o corta, como esperado pela sua velocidade, e pelos ferimentos do homem.
Porém, ele percebe que feriu apenas uma sombra, ligada à Redeater, que está alguns metros atrás do cavaleiro. A sombra, então, junta-se ao detetive num instante, deixando uma sensação horrível pelo corpo de Arthur, que tomba sua espada no chão e ajoelha-se. O detetive aproxima-se do rapaz novamente, a passos lentos e calculados, enquanto recarrega outra vez sua pistola.
— É, de fato, você é muito capaz de acabar com a minha raça. Mas não hoje. Hoje, eu preciso de você pronto pra partir comigo para o cais principal de Venore, sem pestanejar. E, claro, vou te dizer porque você deve fazer isso. Pelo seu bem. Pelo de Mirladan.
Após terminar, Redeater aponta a arma para a cabeça de Arthur. Ele está logo ao seu lado.
— Se eu não puder te trazer comigo, eu obviamente te matarei. Pois você sabe demais. Não é recomendado deixar você por aí. Estragará meus planos. Até porque isso aqui já está acabado.
O homem ri. É a primeira vez que Dartaul vê isso desde que o conheceu.
— Quem disse que acabou?
Ele vê as mãos do tenente ficarem brilhantes, bem como a espada. Caiu na sua armadilha.
Arthur toma sua espada em uma fração de segundo. Nesse meio tempo, alguém surge e empurra Redeater para o chão, e leva o golpe fatal em seu lugar. Esse alguém é lançado na direção da casa onde Arthur estava encostado, e algum tempo depois, a sala onde este fora lançado explode, bem como o resto do prédio de dois andares, que cospe fogo de cada janela.
O detetive mal pôde acreditar que ele seria lançado contra um pequeno depósito de gás de cozinha. Mas não sabe quem foi em seu lugar. Ele está caído no chão, enfraquecido, e Arthur olha para ele e para a casa em choque. O que fez foi terrível, e não planejava algo assim. Mesmo que ser um tenente especial o livrasse de coisas assim, isso não combina com sua personalidade.
Não muito tempo depois, a pessoa arremessada na casa surge pelo buraco da sala. Com as roupas quase todas esfarrapadas, corpo quase carbonizado, cheio de feridas imensas, com a barriga quase aberta, com pedaços grandes de cabelo faltando na cabeça. Até um olho está faltando, bem como a carne ao redor deste. Mas tudo está se regenerando aos poucos, rapidamente, permitindo que essa pessoa seja reconhecida.
É Ankari, com um sorriso sombrio no rosto.
Próximo: Capítulo 11 – Reunião de Monstros