- O que você faria por mim? – Disse a jovem, antes de dar um rápido beijo no namorado.
- Qualquer coisa. – Sussurrou no ouvido dela, e logo o chão no entorno começou a escurecer e o levar para as profundezas.
Depois de horas e horas de visões aterrorizadoras, finalmente o rapaz para de descer até que se vê em um vale, rodeado de criaturas que só ouvira em contos. Essas tais torturavam várias outras pessoas, que pareciam não perecer. O estado de choque conteve sua reação até que em sua frente, um homem com idade avançada surge:
- Acho que essa forma não lhe assustará tanto Byron. Suponho que tenha sido uma viagem desconfortável, mas quando o fardo é passado elas sempre cortam o pacto, para evitar perder a chance... – Apresentou-se discretamente o senhor, que trazia consigo um arco que logo deixou no chão, e de forma arrastada deu uma leve explicação ao rapaz sobre o que ocorreu.
- Que lugar é esse? – Ainda em choque Byron se desloca até as bordas tentando identificar qualquer lugar, que não fosse aquele que estava bem mais plausível.
- Qual mais seria? Aonde todos os caídos são punidos, e aqueles que me aceitarem como senhor... Bom, junto a mim iram subir para dominar a superfície... Mas a sua situação é o que importa aqui. Clarke é uma Bruxa, não qualquer uma como se vê por ai, que solta algumas rajadas e todos a temem. Ela deve ser temida por vocês, por causa de um pacto que ela assinou comigo. O tempo de volta dela estava próximo, a menos que ela encontrasse alguém que a amasse mais que si mesmo, e que fizesse essa pessoa disparar o gatilho respondendo a pergunta... – Depois de aprofundar um pouco mais o motivo de sua “viagem”, e colocando o jovem na sua real condição, o homem explicou que Clarke havia o enviado para aquele lugar, até que ele foi interrompido.
- O que você faria por mim... Maldita!!! Eu vou matar aquela vadia! Depois de novo, e de novo, e mais uma vez... Como pude ser tão burro! – Finalmente Byron saía do choque.
- Aqui você não poderá fazer nada, mas na sua condição você poderá ser meu caçador. Darei-te a sua tão pedida vingança, porém terá que caçar outros para mim, não é um trabalho que orgulhe um arqueiro real. Porém em sua condição qualquer preço é irrisório, não é a toa que a irá sempre me despertou fascínio. Sem mais delongas, apenas pegue esse arco e deixe fluir. – Apresentando o arco que anteriormente foi posto de lado, e Byron logo ficou tentado pela chance de saciar sua sede de vingança.
- Nada mais me importa, se eu não encerrar a vida daquela vadia maldita... – Empunhando o arco, até que do mesmo emergiu uma mancha negra que deteriorou toda a pele do rapaz que agonizou por horas até que a mancha formou uma espessa camada, e logo a aparência horrenda o atormentou. Até que antes de perceber já estava na calada da noite em Thais, bem distante da pequena casa nos arredores de Venore aonde habitava.
Ao pisar novamente na terra algo estranho ocorreu, Byron sentia um grande desconforto que crescia cada vez mais. Mas logo o senhor apareceu e deu o motivo para tal.
- Suas munições você mesmo a fabrica, elas são fruto do seu ódio e da sua dor, como não é capaz de manejar esses sentimentos por hora, deixarei eles em níveis que não se descontrole. E você só poderá agir pela noite, em todo amanhecer você retornará para aonde pertence, e nunca se esqueça que esse lugar não é mais seu. Por último, ela vive aqui com um de seus antigos companheiros de brigada, faça isso rápido e antes de amanhecer, seu ódio lhe guiará até a mesma. – Sumindo rapidamente após terminar seu discurso.
- Imaginei nunca mais ver essa imagem novamente, esses dias foram um tanto quanto desconfortáveis, mas está na hora de fazer justiça... – Se esgueirando pelas casas da cidade.
Depois de algum tempo seguindo os conselhos do homem que lhe concedeu a vingança, finalmente Byron avistou uma mulher loira e com o mesmo símbolo de uma adaga rodeada por uma serpente nas costas, que ninava uma criança. Seria esse o motivo de enviar ele para o lugar, no qual ela pertencia?
- Não há como não ser ela, de qualquer forma não me interessa. – Se justificando antes de disparar certeiramente uma flecha que cruzou ambos, até que o som de palmas vindo de um beco o atentou.
- Parece que o caçador finalmente voltou a terra não é? Realmente você faria tudo... – A gargalhada de começo o confundiu, porém a frase final entregou a dona das palmas.
- Por quê? Depois de tudo... Você sabia que eu a amava e mesmo assim me entregou, você jogou o tempo todo. Mas agora você vai pagar, e vou fazer você pagar com minhas próprias mãos. – A enforcando enquanto suspendia sua algoz.
- Is-s-sso, me le-ve p-a-ra seu mun-do. – Rindo enquanto se entregava ao destino.
- Você sabia disso? – Soltando Clarke.
- Sempre, eu não queria partir sem você, o engraçado é que se toma sua vingança você vai ter que conviver comigo, e mesmo que me torture sabe que eu irei adorar. E se não todo seu esforço foi em vão. Porém vou resolver aquele problema para você. – Depois de certo silêncio revivendo os alvos das flexas de Byron.
- Como que você? Esquece... Depois desses dias não tem muito do que duvidar, aceita já está de bom tamanho.
- Porque não toma sua vingança? – Abrindo os braços em frente do seu antigo amor.
- É óbvio... – Atirando com precisão no coração da sua amada, logo após a pegando em seus braços e a beijando enquanto a mesma fazia a passagem.
- Vejo que tomou sua decisão, porém tenho alguns outros trabalhos para você. - Aparece o senhor em frente a Byron.
- Claro. – Seguindo a lista na qual foi deixada em suas mãos.
Depois de fazer todas as 5 caçadas, Byron retornou ao vale, que dessa vez estava com uma casa semelhante a de Venore, e amarrada Clarke estava no quarto.
- Vejo que não demorou muito, você sempre soube que amei quando era amarrada. – Mordendo o canto da boca.
- Não sei por que te odeio tanto, que chego a te amar... – Se rendendo a Clarke.
- O amor e o ódio são dois extremos que sempre tendem a se encontrar... Mundo após mundo, e isso não muda. - A distancia o senhor observou até Byron se render, e se voltou até ser chamado por uma das criaturas:
- Porque todo esse esforço para ele? E qual o motivo para ainda o manter nesse transe? Ele já abraçou o destino de ser um caçador, aquela imagem não precisa mais estar ali... – Indagou a criatura.
- Pobre criatura, quando adquirir parte do meu conhecimento entenderá, o porquê de manter pessoas em suas mãos não pela força, mas pelo desejo. – Enquanto se virava e via Byron sozinho, não mais com Clarke que apenas existia na cabeça de Byron, a mulher que no seu inconsciente sempre desejou.
- Claro Senhor Absoluto das Maiores Abominações Existentes Levantadas. – Se ajoelhou a criatura antes de partir.
- Poderia ser encurtado para Samael. - Dando um leve sorriso.
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