Saudações!

Hoje, venho até vocês com o penúltimo capítulo d'A Voz do Vento após duas semanas longe desse tópico; por conta do TCC, não pude postar antes como gostaria, e, nessa reta final, estou tentando ao menos fechar tudo para entregar um projeto completo. Me desejem sorte, estou precisando kkkk

Vamos aos Comentários:

Spoiler: Respostas aos Comentários



Sem mais delongas, o Capítulo de Hoje!


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Spoiler: Bônus Musical


Capítulo 14 — Nada é Para Sempre (A Lápide do Sul)

Você, Vento do Sul, que sopra do Sotavento, é Primavera e Verão… E sua energia traz a estabilidade da mudança tão esperada…

(Narrado por Rei Jack Spider)



— Ireas, você endoidou de vez!

Um domo. Um domo cristalino, translúcido, feito de toda a matéria de sonhos que conseguíssemos angariar; uma esfera de energia pura dos Sonhos para repelir os Pesadelos e deslocar a Sociedade das Teias Infindas para uma área do Reino dos Sonhos que não houvesse ainda sido infestada pela praga de Roshamuul.

Eu olhava para o olho azul de Ireas, tentando vasculhar sua mente e entendê-lo. Um plano daqueles tinha um grande potencial suicida. Seria provavelmente nossa última cartada, nosso ato final.

— É a nossa única alternativa, Jack! — Falou o Norsir, sério.

E não era apenas isso… Havia uma outra parte desse plano. Uma parte mais sombria. Mais perigosa. Possivelmente mais letal.

— Ireas… É preciso muita energia para isso! — Repliquei, ainda pasmo. — Eu não sei se… Já pensou que as pessoas podem acabar morrendo de exaustão? Um plano desses pode drenar todo mundo até à morte e deixar a Sociedade vazia e indefesa! Do que adiantaria um plano desses se Roshamuul ficaria livre para nos bombardear e infectar o que sobrasse das nossas forças?!

Construir duas áreas para nós dois, uma em cada ponta da Sociedade. Dois locais para usarmos como canalizadores de energia de Sonho. Encerramos nós dois lá dentro e torcer pelo melhor.

— Isso tudo pode ser evitado se nós dois formos as fontes primárias de energia! — Replicou Ireas, um pouco bravo. — Jack, se nós dois nos concentrarmos e criarmos um sifão de matéria dos Sonhos pura, não precisaremos de fontes externas! Vai dar para fazer ambas as coisas: proteger a Sociedade e escondê-la para sempre de Roshamuul!

Duas tumbas para as Vozes do Vento.

— A gente pode morrer nessa brincadeira! — Esbravejei, aborrecido com a teimosia do Vento do Norte. — Seu teimoso! Você tem filhos, caramba! Para pra pensar nisso!

Ireas esmurrou a mesa à nossa frente e eu recuei. Na depressão deixada na madeira, havia flocos de gelo e neve; eu estava forçando a barra com Ireas Keras.

— A gente não vai morrer, caralho! — Respondeu o Norsir, olhando-me com determinação. Ele respirou fundo antes de continuar a falar. — Vamos canalizar o suficiente para realizar as duas ações… Uma vez que estivermos seguros…

Os anos realmente haviam mudado o druida; não era apenas uma questão física, mas também mental: Ireas não costumava chamar para si todo esse protagonismo. Ele nunca quis ser famoso. Eu também. Essa tarefa nos havia sido imposta e, ao longo dos anos, ele havia ganhado muito em coragem e força. Ele havia renascido das cinzas das mortes de todos os entes queridos que ele um dia teve. Entretanto, ele pagou um preço muito alto por isso: sua inocência. E, naquele momento, talvez o Vento do Norte estivesse querendo fazer valer todo aquele sacrifício que fora feito.

— Não vai funcionar assim, Ireas. — Falei, respirando fundo e ficando mais calmo. — Vamos fazer o seguinte: para garantir que haverá sempre um fluxo para manter o Domo, precisamos de um objeto que possa manter esse ciclo.

Vento do Norte olhou-me com mais calma; ele estava começando a entender.

— Talvez… Se criarmos um cristal feito de matéria de sonhos pura e que seja capaz de pulsar por si só… — Pensou Ireas. — Como se fosse uma Estrela Congelada*... É isso! — Ele estalou os dedos, eufórico. — Vamos usar Estrelas Congeladas para isso! Uma já tem energia para a eternidade, mas… Se juntarmos duas, cada um de nós, e fizermos uma infusão com matéria de sonhos…

Era ambicioso, mas razoável. Ireas realmente estava inspirado. E louco. Uma mistura desconcertante de ambos. Abri um leve sorriso, pois senti nele um ânimo que eu não via desde o primeiro ano em que nos conhecemos.

— Teremos nosso pulsar eterno e não morreremos de exaustão. — Concluí, satisfeito com aquilo. — Fale com Don e veja o que ele consegue nos arranjar e em quanto tempo. Enquanto isso, volta pra sua parte da Sociedade. Vamos ter que preparar todas as nossas defesas.

— Certamente, meu irmão. — Replicou Ireas, sorrindo. — Você vai ver… Vamos fazer isso funcionar!

Dito isso, o Vento do Norte saiu correndo em direção a uma Ponte dos Sonhos, levando diretamente para a porção norte da Sociedade. Respirei fundo e procurei por pergaminhos. Coloquei alguns sobre a minha mesa, junto a alguns materiais para desenho. Aos poucos, concentrado, comecei a imaginar como seria o local onde ficaria para realizar a louca ideia da outra Voz do Vento.

Para o bem ou mal, eu sabia que estava construindo a minha lápide. Queria apenas ter o controle garantido disso.


*****


Alguns dias depois.

(Narrado por Icel Emonebrin)



EU QUERO UM MALDITO AUMENTO POR ISSO!

Minhas flechas acertaram mais daquelas bocas nervosas, explodindo em vários pedaços a carne nojenta e demoníaca; na medida em que vinham mais em minha direção, uma saraivada de milhares de flechas determinadas vinha em meu socorro, disparadas pelos devotos da Sociedade que ainda viviam, determinados a manter os Sonhos vivos.

Minhas flechas acertaram mais daquelas bocas nervosas, explodindo em vários pedaços a carne nojenta e demoníaca; na medida em que vinham mais em minha direção, uma saraivada de milhares de flechas determinadas vinha em meu socorro, disparadas pelos devotos da Sociedade que ainda viviam, determinados a manter os Sonhos vivos.

Eis que então, de uma Ponte dos Sonhos que antes brilhava timidamente, um sem-número de seres bípedes, escamosos e de línguas bifurcadas e corações ardentes começou a surgir. Estavam eles comandados por Emulov, sua esposa Solstícia e seus irmãos. Até a mãe dele estava lá!

MAS NINGUÉM TE PAGA POR ISSO! — Replicou Emulov, gritando do meio da multidão furiosa dos Bichos-Papões. — EXEVO GRAN MAS VIS!

Logo soaram os tambores e trombetas profanas de Roshamuul; não tardou muito para que os Bichos-Papões começassem a aparecer em peso por detrás das neblinas que cercavam a Sociedade das Teias Infindas. Dessa vez, vinham com um batalhão maior e de mais respeito; apesar de terem saído zombeteiros, algo neles havia mudado. Eles haviam sentido algo que nunca sentiram antes.

O amargo gosto da derrota.

É MUITO PESADELO, PELOS DEUSES! — Gritou um dos sacerdotes, empunhando uma espada e partindo para o combate mais próximo.

Em Yalahar os mortos não descansam em solo que se possa enterrar… — O coro começava novamente, provocativo. — E nem em Ab’dendriel as estrelas podem nos abrigar…

AH, CALEM ESSAS BOCAS! — Sibilou a mãe de Emulov furiosamente, arremessando lanças incendiadas com fogo divino em direção às hordas de pesadelos, explodindo alguns dos demônios e deixando outros em chamas que eles não conseguiam curar.

Os Lagartos usaram o fogo para castigar e o veneno revertido em antídotos poderosos para nos curar; enquanto os filhos de Zao abriam caminho em meio à balbúrdia, até mesmo os pequeninos Dworcs pareciam mais fortes e mais poderosos, com suas zarabatanas fazendo estragos nunca antes vistos em criaturas muito, mas muito maiores e, em tese, infinitamente mais fortes que eles.

— Quanto tempo Jack precisa?! — Indagou Emulov, esbaforido.

— Ele deve estar quase terminando de forjar o Pulsar dos Sonhos! — Repliquei, atirando mais flechas ao final da sentença. — Só que eu não sei quanto tempo a gente dura aqui! E… Quem tá cuidando do pirralho de vocês?!

Meu pai. — Replicou Emulov. — Achamos uma forma, graças aos poderes dos Sonhos, de reverter a Corrupção que o transformara em um Chosen, mas ele tá fraco demais pra lutar… EXEVO GRAN MAS VIS!

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, Emulov fez chover uma tempestade de raios impiedosos dos céus, danificando os demônios que já estavam em chamas e encerrando o desespero que tomara suas podres existências.

Olhei para trás, para o ponto mais alto da parte Sul da Sociedade das Teias Infindas; o enorme Ankh já estava completamente construído, mas não havia sinal algum do sifão de energia onírica que tanto precisavámos.

— Vamos Jack… — Sussurrei para mim mesmo, olhando o monumento. — As nossas forças não vão durar pra sempre…


****


(Narrado por Rei Jack Spider)


Eu estava suando frio. Meu olhar estava fixo em minha obra. Eu mal conseguia respirar, receando perder a concentração e destruir tudo que havia conseguido fazer. Uma esfera grande, de brilho ora azul, ora amarelado, gelada por fora e quente por dentro, com algumas imagens diferentes perpassando por dentro dela, como um conjunto de pinturas e quadros bem detalhados e passando em sequência.

— Foco, Vento do Sul… Foco. Fé. Força.

Era um pequeno mausoléu, uma pequena tumba o local onde eu estava; a entrada estava selada por uma cerca de mithril**, que somente eu conseguiria abrir para sair. A parede à minha esquerda continha um pequeno altar para preces, onde deixei minhas oferendas a Nornur, na esperança de que o deus apoiasse nossa decisão, por mais louca e potencialmente mortal que ela fosse. A parede à minha direita continua um espaço vazio reservado ao material em minhas mãos, o qual começara a pulsar. O Pulsar dos Sonhos estava pronto, e eu não podia parar.

— Ufa… Vai dar tempo… — Sussurrei, contente e um tanto cansado. — Agora… É guardar aqui… E deitar no altar… E rezar para a ideia louca do Ireas funcionar.

Guardei o Pulsar delicadamente no espaço reservado e selei, vedando a parede com matéria de sonhos. No centro do mausoléu estava o altar em que eu tinha que me deitar. Acima de minha cabeça, estava a abertura para os céus do Reino dos Sonhos, por onde passaria o sifão de energia onírica que eu deveria criar.

Respirei fundo e me sentei no altar; eu conseguia sentir o chão tremer com o combate; apesar de estar abaixo do solo, eu conseguia ouvir parte dos sussurros dos Filhos de Roshamuul sem ser capaz de distinguir suas exatas palavras, apesar de conhecer bem o cântico que entoavam.

Fechei meus olhos, pensando em tudo que havia vivido até então. Pensei em minha infância em Thais, tão ordinária quanto poderia ser; lembrei de quando conheci Brand e salvei sua vida, e como ele veio, anos mais tarde, a me ajudar a escolher minha vocação em Rookgaard. Lembrando-me da ilhota, enfim pude distinguir que, de todos os órfãos que lá estavam, Ireas estava entre eles. Entretanto, ele, Àquele tempo, era nada além de um vulto escondido no campanário, cujas notas do que eu viria a descobrir que eram de seu alaúde ecoavam pelo centro da cidade de forma quase mágica e onipresente. O Vento do Norte sempre esteve lá. Eu sorri um meio sorriso, tentando lembrar se alguma vez nossos olhares haviam se cruzado. Não encontrei tal lembrança.

Deitei no altar de pedra, já de olhos fechados; lembrei de minhas primeiras aventuras com Brand logo depois de sairmos de Rookgaard. Lembrei de quando investigamos as Terras Fantasmas***, e de quando, diante de uma aposta feita por Icel, paramos em Svargrond e demos de cara com Liive, que era metade do homem que viria a ser ao fim de sua vida. Lembrei de quando enfim conheci Ireas… E do quanto que, por algum motivo estranho e instintivo, sentia-me completo com ele por perto, como se eu tivesse encontrado um pedaço de um quebra-cabeças que eu não sabia que estava montando.

Com essas memórias em mente, fechei meus olhos e deixei os Sonhos tomarem conta de meu corpo; se Ireas estivesse certo, eu poderia salvar a porção Sul em questão de segundos...


****


(Narrado por Sírio Snow)


O Caçador de Almas singrava os mares etéreos o mais rápido que podia; a porção Sul da Sociedade estava mais próximo de nós, e foi para lá que nos direcionamos; agarrei-me às cordas livres que pendiam do mastro, assustado com a assombrosa velocidade do navio.

Olhei para trás; Kinahked, nosso capitão, estava sério, compenetrado; certamente, o rum fizera efeito e ele não tirava o olhar do horizonte. No entanto, havia preocupação em seu olhar. A despeito de seus contratos com Bastesh que conseguira através de sua esposa, Unna, ele não parecia estar satisfeito com a velocidade que a embarcação atingira.

Para piorar, os olhares vigilantes de meu irmão, auxiliados pela luneta que tinha, logo piorariam ainda mais o clima.

TERRORES NOTURNOS! FEBRES NOTURNAS!**** — Berrou meu irmão, do alto da vela principal. — ELES ESTÃO VINDO PELO MAR!

Empunhei meus equipamentos o mais rápido que pude, e vi outros membros da tripulação fazerem o mesmo.

— QUÊ?! — Kinahked esbravejou, incrédulo. — Os demônios ganharam acesso aos Mares Etéreos?!

Naquele momento, Unna pulou das águas agitada, e mal conseguiu assumir sua forma humana completa. Sua cauda estava ferida, mordida em uma das barbatanas e com arranhões feios na parte esquerda.

— Eles conseguiram burlar as proteções de Bastesh! — Ela falou, em meio à dor. Em seguida, virou para todos nós, sangrando, mas de pé, em forma completamente humana. — NÃO TENTEM LUTAR AQUI! ELES TÊM VANTAGEM! AS SEREIAS AINDA VÃO CHEGAR! TODA A VELOCIDADE PARA A PRAIA!

Kinahked, em meio aos avisos de suas esposa e já munido de uma garrafa de rum, aproximou-se da popa para ver o movimento; eu me aproximei da parte esquerda do navio e constatei o óbvio e horrível: o mar estava infestado com aqueles Bichos-Papões com corpos de tubarão e asas em carne viva, nadando ferozes em direção à praia.

— Puta que pariu… Essas pragas voam e nadam! — Reclamou o pirata, bebendo a garrafa inteira em poucos goles. — Bom… Minha abordagem vai ter que ser criativa. TODOS VOCÊS, PRESTEM ATENÇÃO! SAQUEM SUAS ARMAS E SONHEM! — Ele ergueu os braços para cima, desembainhando sua espada com o movimento — SONHEM GRANDE, SONHEM ALTO! VAMOS DISTRAIR A ATENÇÃO DESSES BICHOS! SONHEM E ARREMESSEM AS FORÇAS ONÍRICAS NA ÁGUA!

Hesitantes, obedecemos. Fechei meus olhos e comecei a sonhar; meu sonho foi misturado às minhas lembranças da infância; meus pais… Minha mãe, uma exímia doceira e meu pai, que trabalhava nos canaviais dia e noite quase que sem parar, com as marcas de chibata nas costas como prova de seu expediente insano. Lembrei de quando brincava com meu irmão, aprendendo a lutar com pedaços de pau que, com a nossa imaginação, viravam espadas. “Meu sonho é ser um pirata!”, eu bradava para meu irmão, confiante como todo caçulinha. “Eu vou navegar os sete mares e ter montes e montes de ouro! Eu vou libertar a Baía da Liberdade… E papai e mamãe nunca mais vão ter que trabalhar um único dia de suas vidas!”.

Uma lágrima começou a se formar em meus olhos enquanto as memórias tomavam conta de mim e se transformavam e matéria onírica pura. “Eles serão ricos, velhinhos e felizes! E eu, cheio da grana e das aventuras! Ninguém de Thais vai me pegar!”. Comecei a chorar enquanto sentia o poder queimar e sair de meu corpo, sendo todo direcionado ao mar à minha frente. Lembrei-me de meus pais: minha mãe morrera de doença e meu pai morrera chicoteado até a morte, e a Revolução Vandurana acontecera anos após a morte deles. Eles nasceram e morreram escravos, enquanto eu e Morzan teríamos a chance de morrermos livres.

As lágrimas desciam de meus olhos e eu direcionei a linha energética furiosamente para longe do navio, com força tal que, assim que abri meus olhos marejados, vi muitos daquele tubarões horrendos queimando e gritando em agonia. Atrás de mim, quando dei um olhar de relance, pude ver que Morzan fazia o mesmo: e com mais lágrimas em seus olhos do que eu havia visto em toda a minha vida.

Ele era o realista. O pé-no-chão. O que não sonhava e só fazia. Ele se vendera para Thais não por gosto, mas por falta de opções. E lá estava ele: livre, como eu… E com todas as opções para encontrar belas formas de viver e gloriosas maneiras de morrer.

Kinahked e Unna, assim como o resto da tripulação, concentraram-se na tarefa de distrair as feras. Súbito, ouvimos um som alto e estridente vindo da praia; olhei para frente, perdendo a concentração. Vi um enorme facho de matéria onírica vindo da Sociedade das Teias Infindas subindo aos céus e se projetando em um enorme domo; Kinahked olhou para trás, e o Caçador passou para dentro da barreira: e o que havia restado dos Terrores foi bloqueado e começou a queimar com tamanha sobrecarga de sonhos.

— JACK CONSEGUIU! — Gritou o pirata, bebendo outra garrafa de rum. — VAMOS CHEGAR À PRAIA! EMPUNHEM SUAS ARMAS, TEMOS MUITA DIVERSÃO À FRENTE!


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(Narrado por Rei Jack Spider)


Com meus olhos fechados e os braços sobre meu corpo, eu sentia minha Mana e meus sonhos saírem de mim; sentia meu corpo cada vez mais leve e os sons da batalha cada vez mais distantes de mim. No entanto, eu sentia que meu alcance havia aumentando consideravelmente.

Eu podia sentir os passos de todos os sacerdotes sobre o chão da Sociedade; eu conseguiu sentir o cair dos corpos sem vida dos Bichos-Papões que, diante da altíssima quantidade de matéria onírica, eram incapazes de lidar com tanta força e morriam da sobrecarga em seus corpos decrépitos.

Sentia que a Sociedade das Teias Infindas tinha chance de sobreviver; a parte Sul estava, agora, protegida.

Cabia ao Vento do Norte fazer sua parte.



Continua...

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Glossário:

(*): Tradução livre de "Frozen Starlight".
(**): Metal mitológico mais forte que aço e de origem divina; junto ao oricalco, seria uma das ligas mais poderosas e resistentes do mundo. Mithril aparece pela primeira vez em O Hobbit, de J.R.R. Tolkien, como sendo o material do qual é feito a armadura de Bilbo Bolseiro, que foi reclamada como sua parte dos espólios de Erebor após a morte do dragão Smaug.
(***): Tradução livre de "Ghostlands".
(****): Tradução livre de Terrorsleeps e Feversleeps.


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O fim tá muito perto, galeraaaaa :'( :'( :'( :'(

Já estou ficando saudosa....

Aguardo ansiosamente pelos feedbacks de vocês! Até o próximo!



Abraço,
Iridium.