Companheiros!
Chegamos na fase final do 1º Torneio Roleplay!
Teremos agora a disputa pelo 3º Lugar do Campeonato!
Conforme lançado neste post!
Os desafiantes são Lacerdinha e Ramon PC
E o tema é: Elfos x Anões
Não vou dizer quem escreveu cada texto.
Peço apenas que leiam ambos com cuidado e escolham o que acharem melhor!
Spoiler: Texto 1
Império Sangrento
Olá, leitores. Chamo-me Lester e venho lhes contar o que houve comigo há algum tempo atrás, e por que estou nessa situação. Não me recordo o que dia ou mês aquilo se passou, mas me lembro que ocorreu nas planícies ao sul da cidade élfica de Ab’Dendriel. Um grande entrave acontecera ali, entre o povo dos elfos, e meu povo, os anões de Kazordoon. Aliás, devo lhes narrar primeiro o que acarretou essa grande confusão.
Há muito, meu povo teme os elfos pela feitiçaria que eles encobrem. Uma grande força mágica que é extremamente perigosa, especialmente para os anões, já que na visão dos elfos, somos inimigos mortais. Eles se sentiam orgulhosos diante de meu povo, fazendo de tudo para nos deixar inferiores. Até houve uma guerra interna em Kazordoon para reivindicar uma posição do Imperador quanto a isso, mas em poucos dias foi calada.
Nós não nos importaríamos com isso, se não fosse pelo fato de que o povo de Ab’Dendriel estava impondo restrições de comércio entre as cidades conosco. Carlin já não comprava mais pedras preciosas de Kazordoon, pois, o lugar mais perto para refiná-las era em Ab’Dendriel, e lá os artesões não refinariam mais nada vindo de nossa cidade. Thais já não comprava nosso vinho, pois se comercializasse conosco, os elfos não venderiam arcos e flechas à Capital. Entre tantas outras.
A situação era de crise. Assim, o Imperador Kruzak treinou e recrutou soldados para lutar contra os elfos. O treinamento foi rápido, os formandos eram ágeis, e sorveram as técnicas em poucos dias. Eram cerca de quatrocentos jovens. Quinhentos homens foram realistados, e outros cem foram chamados de Farmine e Cormaya. Isso em menos de duas semanas. Mal sabia o que ao certo se passava.
À beira do colapso total da cidade, Kruzak desfilou nas alamedas da cidade com seus homens, na calada da noite. Eles se espremiam, batiam em seus escudos e gritavam: “Por Kazordoon! Pelo Imperador! Pelo Império dos Anões! Pela honra!”.
O povo, sonolento, gritava, vangloriando seus soldados, coisa que há muito tempo não se via por ali, me disseram.
Eles saíram em marcha, e seguiram ao norte.
E é aí que eu entro nessa triste história.
Na penumbra da noite, eu estava guardando minhas mercadorias, para voltar a Cormaya. Eu tinha uma pequena bancada ao sul de Ab’Dendriel, onde vendia pães caseiros, bolos e frutas. Meu barco estava atracado em um rio próximo, pelo qual eu voltaria para casa.
Repentinamente, um grito de um elfo veio da torre de observação frontal da cidade. Parte foi em língua nativa, e outra, a que eu pude entender. Era um ataque à Ab’Dendriel.
Instantaneamente, foi ouvido um estrondo no portão da cidade. Os anões chegaram rapidamente e começaram a estraçalhar, com seus machados, a entrada. Outros ficaram na retaguarda aprontando algumas coisas que eu não pude ver.
A trombeta élfica resplandeceu, e dezenas de elfos empunhando arcos apareceram nas muralhas circunvizinhas. Com brasa quente, mergulharam suas flechas ali e começaram-nas a atirar em direção aos anões, em chamas. Elas ricocheteavam nas armaduras de prata dos anões, que acertavam em parte minha barraca. Algumas caíam na grama e queimavam livremente o campo.
Eu corri através da escuridão até uma arvore próxima, em fuga. Minha mente dizia-me para correr até o barco, e meu corpo implorava para ficar ali. Estava paralisado.
Uma voz veio até mim, grosseira.
- O que você faz aí, soldado? Lute conosco, não tenha medo, lutamos pelo Imperador! – Um guerreiro me disse.
- E-Eu não s-sei lutar! Por fa... – Fui rapidamente cortado.
- Não sei como você teve cara para vir até aqui e me dizer isto. Suma daqui, agora!
Ele chutou-me de meu esconderijo para pleno campo de guerra.
As lascas do portão principal da cidade voavam por todo lado, não pude desviar de uma, e fui atingido na perna esquerda. Ela rasgou minha calça e cortou minha pele profundamente. Eu gritei de dor, mas ninguém podia me ouvir. Estavam vidrados na queda de Ab’Dendriel.
E então, um grito.
- Preparados? Três! – Um grupo de anões, com roupas verdes, exclamou – Dois! Um! Já!
Uma grande bola de fogo emergiu de suas mãos, formando um clarão vermelho na noite. Depois, eles a lançaram para a muralha, onde parte dela já estava quase ruindo pelos machados.
Eu estava em sua mira, mas de súbito, fui puxado para fora de seu alcance por alguém. A bola ardente passou, deixando um calor infernal. Assim, destruiu boa parte da muralha, e deixou aparente muitos soldados elfos que vestiam armaduras laranja e empunhavam pequenas espadas e um arco. Quando nos viram, os elfos trataram de pegar algumas flechas e atirarem em nossa direção. Eram três, quatro, cinco flechas de uma vez só. Negras como a noite, elas rasgavam o ar em direção aos soldados.
Dessa vez, se cravavam nas armaduras dos guerreiros, machucando-os.
Vendo a situação, os anões de roupas verdes, novamente atacaram. Cada um tinha várias runas da morte consigo. Eles conjuravam seu poder e as catalisavam em direção aos arqueiros. Crânios enormes eram lançados para dentro da cidade, a qual acertavam os elfos que sucumbiam.
A coisa estava piorando por ali.
Outros elfos apareceram por perto da muralha destruída. Assim, começaram a lançar campos de energia em frente à nossa tropa. E depois, lançavam gelo.
Os anões não suportavam magia. Ficaram muito vulneráveis e foram dizimados.
Tentei me arrastar por sobre a grama, sem sucesso. A dor era imensa. O corte jorrava sangue para todo o lado. E, subitamente, o silêncio.
Tudo a minha volta calou-se.
Olhei para a entrada da cidade, e de lá, vinha um elfo vestindo uma túnica branca. Dele, veio uma voz doce e suave.
- Exevo Gran Mas Frigo.
Procedente dele, uma onda de gelo, neve e redemoinhos gelados espalharam-se por todas as direções. Essa era uma magia que só os humanos usavam. Um elfo não poderia fazer isso!
Meu corpo tornou-se rígido. Minha pele, gelada. Meu sangue, congelado. Esforcei-me para fazer alguma coisa, mas era impossível. Mal conseguia pensar. E finalmente, tudo se escureceu.
***
Acordei confuso. Estava em um quarto escuro, deitado em uma cama com lençóis brancos. Um humano estava sentando em uma cadeira de veludo vermelho, junto de uma escrivaninha, registrando algumas palavras em um pergaminho.
Silenciosamente, tentei levantar-me da cama, porém, minha perna esquerda ardeu. Em reflexo, minha mão foi para o local de ardor, e pude notar que o ferimento estava envolto de faixas.
- Olá! Que bom que acordou! – Ele disse eufórico, percebendo minha movimentação.
- O-oi. O que houve? Onde estou?
- Está em Yalahar, meu amigo! Você foi um dos únicos que sobreviveram à guerra. – O humano estampou um sorriso no rosto.
- Bem, eu não era um guerreiro lutando na guerra, só fui pego de surpresa.
- Entendo.
- Ainda bem que tudo está acabado. Tenho de voltar à Cor... – Fui rispidamente cortado.
- Não acabou ainda – Seu sorriso desapareceu.
- Como assim? O que não acabou?
- A guerra continua. Não do jeito que você espera, mas ainda continua. – Ele fez uma pausa. – Depois de dois ou três dias de eu ter te encontrado, Thais apoiou Kazordoon, suprindo-os com armamento bélico e soldados, e como Carlin não podia passar despercebida, se aliou à Ab’Dendriel...
- E então? - Eu disse, perplexo.
- A guerra se estendeu e, até agora está matando centenas de guerreiros naquelas planícies sangrentas. Só restaram os dois grandes reinos. Ab’Dendriel está dizimada, e os elfos, extintos...
- E Kazordoon? E Kazordoon?
- É difícil falar isso para você, mas... Kazordoon está inacessível nesse momento, houve um desmoronamento da velha montanha que encobriu a entrada da cidade. E, seu povo, poucos sobreviveram. – Ele engoliu suas palavras. – Seu imperador, Kruzak está em Cormaya num campo de refugiados.
- Devo ir pra lá imediatamente. – Elevei minha força ao extremo, e consegui levantar-me da cama. – Você pode me acompanhar?
- Não tenha tanta pressa, ainda há muita coisa para se fazer aqui antes de partirmos. Mas devo lhe acompanhar com certeza.
Ele tratou de me arrumar uma bengala para apoiar-me, e guiou-me até o porto da cidade. Todos em nossa volta me olhavam perturbados. Lá, pegamos uma pequena embarcação particular, de um capitão muito requisitado para viagens de longa distância. Navegamos diretamente à Cormaya.
Lá, a vila estava deserta e sem vida.
- É por aqui, amigo. – Ele dizia, e eu o seguia.
Reconhecia aquele caminho. Estávamos chegando à praça central.
Lá, resplandeceu o alvoroço geral. Havia duas dúzias de soldados anões por ali, sendo amparados por metade da população de Edron, o humano me disse. Curandeiros estavam por todos os lados. Havia comida para todos, bebidas e outras coisas.
Mas nada tirava a dor que eu sentia. Não pelo ferimento, mas pelo sentimento de perda.
Kruzak esperava em frente a uma tenda multicolorida. Ele veio ao meu encontro e me abraçou. Ninguém disse uma palavra.
- Nós vamos nos reerguer. Tenha certeza disso.
O povo da praça entrou em fervor com as palavras do imperador, e depois se acalmou.
Tentei me abrandar, mas lágrimas escorreram livremente por meu rosto... Pensei no que Kazordoon foi um dia, e no que causou sua queda.
Ficamos ali por vários minutos, sem falar sequer uma palavra. E, pensei se realmente conseguiríamos reerguer o império. O nosso império.
Sabia que esse acontecimento iria ser lembrado durante anos, décadas. Mas não sabia que alguém como eu, poderia ter sofrido tanto, em uma batalha que não estava envolvido. Só estava no lugar errado, e na hora errada.
Spoiler: Texto 2
Brutos e Delicados
As minas ao oeste da cidade de Kazordoon ,eram tão valiosas que pareciam gerar pedras preciosas infinitamente .Tal preciosidade tinha um preço : era uma área cobiçada por muitas raças , humanos , orcs , minotauros e é claro , os elfos .
Apesar de não serem fortes fisicamente como os anões e não terem a mínima vocação para minerar , os elfos tinham um fascínio imenso por jóias raras , e sabiam como lapidá-las as deixando ainda mais bonitas como já eram .Porém , havia um problema , os elfos apenas conseguiam jóias as pegando de outras criaturas ou comprando de aventureiros que passavam por Ab'dendriel ou mortos da fortaleza élfica ; a crise havia começado quando ocorreu uma pesada guerra na cidade quando vários assassinos humanos invadiram e começaram a destruir tudo , e os poucos humanos que vendiam jóias estavam viajando para lá.
Os elfos precisavam de jóias , as minas do oeste tinham essas jóias porém eram controladas por anões e minotauros .Assim , os elfos também entraram nessa guerra e o que já era ruim ficou ainda pior , a guerra foi ficando ainda mais violenta , com muito sangue de ambas as raças derramado , se estendendo por meses .
Como em todo lugar há alguém querendo tirar vantagem da situação , no campo de batalha começaram a surgir alguns mercenários. Antipatriotas , trabalhavam para quem pagasse mais, então era comum ver anões matando anões e elfos matando elfos , faziam todo tipo de serviço , desde se infiltrar nas forças do inimigo , roubar carregamentos de jóias , matar algum líder importante ou simplesmente destruir uma base .Eram armas vivas sedentas por dinheiro rondando por todo lugar , sem serem vistos quando interessava , mas notados quando alguém aparecia com a cabeça descolada do pescoço .
Gaza era um destes , uma mercenária especializada em matar furtivamente com seu arco e flecha , e também a que cobrava o preço mais alto naquela guerra .Bela como todas as elfas , considerava seu emprego simples e dizia que "isso não corresponde com a minha habilidade", apesar de para outros mercenários , suas missões serem consideradas um suicídio , como se infiltrar em uma mina infestada de anões , matar os extremamente protegidos líderes élficos , entre outros "trabalhos" .Se ela reclamava de falta de emoção , naquele dia , seu sonho se realizaria ... ou não .
O comandante das tropas élficas , Kael , estava passando por tempos difíceis .Todos os dias os anões retomavam uma ou duas minas , assim como os minotauros , já que como nunca tinham "passeado" por aquelas bandas , dentro das minas eram alvos fáceis e sem conhecer os atalhos e caminhos , os elfos eram vítimas de encurraladas , armadilhas e alguns chegavam a virar escravos .Para resolver outros problemas muito piores , Gaza havia sido chamada até a base de Kael para uma conversa de negócios , e sem atraso , chegou até o local combinado .
Após entrar em uma larga e grande cabana improvisada , com alguns papéis , mapas e mesas espalhadas por todo o lugar , Gaza viu que Kael conversava com um anão .
-Gaza ! Fico feliz que seja pontual . - disse Kael .
-Eu tenho que ser pontual .Sou a mais cara e o serviço deve agradar o contratante em todos os quesitos .
-Bom , você já me agradou em dois .
-Dois ?
-Err ... Gaza , esse é Hendrix , o contratei para se infiltrar em Kazordoon e saber o que está acontecendo por lá .
Hendrix estendeu a mão para Gaza que retribui o cumprimento .
-Pois bem , ele me disse que o imperador Kruzak irá mover suas tropas com os melhores soldados para o leste ... com o objetivo de pegar uma das nossas mais valiosas minas .Isso irá ocorrer semana que vem , e o melhor , Kruzak vai sair das montanhas e irá junto para observar ação que aquele desgraçado acha que vai ser fácil .
-Então deixa eu adivinhar .Você quer que nós demos um jeito de parar as tropas , matar Kruzak e salvar a mina ? -disse Gaza
-Eu amo trabalhar com profissionais .Acham que dão conta sozinhos ?
-Sim .
-Ora , será uma tropa bem grande. Talvez alguns dos seus melhores tornem a missão mais ... "possível" - disse Hendrix contrariando Gaza .
-Certo então .Na próxima semana vocês voltem aqui , pagarei metade , façam o serviço e eu pago a outra metade .Agora saiam da minha base - disse apontando o dedo para a saída .
Gaza concordou com a cabeça , se levantou da cadeira e saiu da barraca .Após colocar o pé pra fora da área da base , logo lhe bateu uma preocupação sobre Kael estar conversando tanto com Hendrix, então decidiu esperar o anão para segui-lo e fazer algumas perguntas .Com seus dois machados nas costas , sua armadura e o capacete com chifres , o mercenário saiu da base tranquilamente e nem notou estar sendo seguido .Gaza ia se escondendo pelas árvores e quando já estavam em um local isolado , a elfa chegou cautelosamente por trás do anão e lhe deu um chute nas pernas fazendo-o cair , já apontando seu arco com a flecha pronta para ser disparada .
-MAS O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO ? - disse Hendrix caído .
-Olha .Eu não sei o que você andou negociando com Kael , mas te digo uma coisa : se estiverem tentando fazer algo contra min ... a única coisa que vão conseguir é morte !
-Você é louca ? Kael é um elfo ! Por que ele ia querer te matar ?
-Ele sabe que não estou nem aí pra esse negócio de raças .Trabalho para quem pagar mais, e os anões já me pagaram muito pra matar alguns dos líderes élficos mais importantes.
Talvez ele esteja com medo de ser o próximo .
-Errr... Nós só estávamos discutindo estratégias ! Juro por Durin !
-Então tudo bem .Pode ir , mas o aviso está dado .
Gaza ia desaparecendo no meio das árvores enquanto Hendrix , já de pé , apenas olhava .Ele estava se sentindo estranho .Ao ver a luz de Fafnar batendo no rosto de Gaza e nos longos cabelos azulados dela , Hendrix a achou ... bonita .Sempre olhava , tanto para os elfos quanto para as elfas , com desprezo e procurava se recusar que sua cabeça tinha feito aquilo, ele tinha assuntos mais importantes para resolver e não podia perder tempo .Logo viu um elfo montado em um cavalo se aproximando , pegou seus machados e acertou o sem sorte com os mesmos , fazendo o cavalo parar .Se aproximando do corpo da vítima , disse :
-Elfos ... tão frágeis ! Não sei como seus ancestrais sobriveveram para perpetuar essa maldita raça . - e retirou os machados ensanguentados do corpo , os colocou novamente no suporte que havia nas costas e montou no cavalo rumo ao seu compromisso .
Adentrou a cidade de Kazordoon e logo foi até o trono do imperador .
-Hail imperador Kruzak ! É uma honra me aproximar de sua superioridade ! - disse Hendrix .
-Hahahaha! Eu já lhe disse que você não precisa me dizer essas palavras ! És um dos meus melhores !
-Perdão imperador .Mas exatamente por ser um dos seus melhores , gosto de manter as formalidades .
-Então ... como vai ... sua família ? - disse o imperador em tom de código , ao ver outros soldados por perto que poderiam ser mercenários infiltrados .
-Ah sim ! Venha visitá-los comigo . - falou Hendrix entendendo a situação .
Os dois iam saindo da sala do trono quando dois guardas já se preparavam para seguir o imperador que disse :
-Não será necessário ! Com Hendrix , podem aparecer dez dragões que eu estarei seguro . - e continuou andando .
Hendrix levou o imperador até sua humilde casa em uma rua bem mais estreita do que eram as outras na cidade .Ao entrar na casa , Kruzak disse :
-Olha ... acho que deveria te dar um aumento - olhando para o ambiente com desprezo .
-Eu não reclamaria majestade ...
-Então como vai o plano para matar aquela maldita mercenária ? Ela já me causou problemas demais ...
-Está indo melhor do que eu imaginava .Kael , o líder dos elfos , contratou os meus serviços assim como os dela .Disse tudo como combinado , que nós iremos atacar a maior das minas que eles pegaram .E ainda por cima , convenci a Kael que permitisse os melhores arqueiros dele para nos "ajudar" .Acabaremos com vários problemas de uma vez .
-Perfeito Hendrix , outro trabalho bem feito .Agora , é melhor que você não volte a Kazordoon até o dia do ataque , então , até a próxima semana .
-É sempre uma honra , senhor Imperador .
Assim , Hendrix saiu da cidade e foi andando até o campo de batalha procurar alguns elfos para matar .Mas uma coisa afligia sua mente .A imagem de Gaza apontado seu arco , os cabelos azuis refletindo a luz , os olhos ... imagens que atormentavam e maravilhavam o anão a todo o momento .Ele balançava a cabeça , falava consigo mesmo e até tentava lembrar-se das anãs barbadas com quem ele sonhava , mas era inútil , o rosto límpido e perfeito de Gaza davam de um milhão a zero nas anãs .
Após algum tempo andando pela região e dando inúmeras e seguidas machadadas em rostos élficos para ocupar a cabeça , Hendrix subiu até o topo uma pedra alta que havia no local , e ficou admirando a guerra .Observou alguns elfos atacando um mina ocupadas por anões , e quando estava prestes a ir até o local ajudar seus compatriotas , uma voz doce disse vinda de trás dele :
-Parece que a guerra estourou novamente .Ótima oportunidade para trabalhar , não ? - era Gaza .
-Ga-ga-ga-gaza ?! Nã-não esperava você aqui ! - disse inseguramente .
-O que há ? Te dei um susto ?
-Não , é que ... é que eu estou realmente surpreso - disse se levantando , mas ainda tinha que levantar bastante a cabeça para ver o rosto da mercenária .
-Costumo causar esse tipo de reação nas pessoas ... aliás não , quando quero eles já estão agonizando com um flecha no pescoço antes de eu aparecer na frente delas .
-E então , por que você veio me procurar ?
-Bom , nós vamos trabalhar juntos , então gostaria de adiantar um poucos as coisas .Que tal se você me ajudasse a explodir alguns túneis ? Preciso de um bruto para carregar o ouro que vamos tirar disso .
-É ... claro! Por que não ?
E assim foi durante a semana que se passou , Gaza e Hendrix "trabalhando" juntos , nos contratos que apareciam em meio ao campo de batalha .Eles ficaram no mesmo esconderijo , riram juntos , planejaram juntos , mataram juntos .A atração de Hendrix por Gaza aumentava a cada dia , a cada vez que ela fazia caras e bocas e poses com seu corpo sem nem imaginar que um anão estava prestando atenção .Hendrix ficava cada vez mais preocupado com o dia da emboscada e trabalhando junto com ela , ele via o porque de tanto ódio de Kruzak .Gaza era extremamente habilidosa e sempre acertava as flechas na primeira tentativa , e quando tinha de matar um inimigo de perto sempre fazia comentários irritantes antes de cortar o pescoço da vítima com sua faca bastante afiada .O anão tentava impressioná-la com sua força e a brutalidade com que usava os dois machados , mas era inútil pois ela fazia mil vezes melhor com seu arco e flecha o deixando ainda mais encantado .Mas infelizmente para ele , a semana acabou e o dia de sua missão havia chegado .Depois de mais uma piada e muitos risos , Gaza disse :
-Hoje é o grande dia pequeno , nos vemos lá .
-É ... nos vemos lá Gaza . -com muito remorso pelo o que teria de fazer , olhou parava a elfa se indo .Hendrix não conseguia se imaginar decepando aquele lindo pescoço .Mas ele teria de fazê-lo .
Voltou para a cidade de Kazordoon onde os preparativos da batalha já estavam quase prontos. Apesar de a missão de Hendrix ser eliminar a elfa por quem ele tinha se apaixonado, o imperador pretendia também recuperar a mina e acabar com metade do exército élfico .
-HENDRIX! Estava esperando por você - disse o imperador .
-Kruzak. Também é bom ver você .
-Kruzak ? Você ? Finalmente se desgarrou das formalidades .Parece que essa semana como um mercenário fez você mudar .Espero que não tenha mudado em certos aspectos como a lealdade .
-Claro que não Kruzak , sou um patriota .
-Excelente .Lembre-se do seu objetivo principal .Quero aquela tal de Gaza em pedaços. Acredita que antes de ontem ela matou um dos meus melhores guardas ? Depois de você é claro .
-Matou ?
-Sim , e o estranho é que além de flechas ele estava com algumas marcas de machado nas costas ... não me lembro de elfos usando machados .
-Err... Vai ver foi algum anão traidor . - disse se lembrando do dia em que matou o guarda.
-É ... com certeza foi um traidor .Até mais tarde Hendrix , e lembre-se de qual raça você pertence .
-Até , Kruzak .
Hendrix pegou um dos cavalos que havia por perto e se dirigiu até a base de Kael , honrando o compromisso apesar de estar um pouco atrasado .
-Você deveria ter aulas de pontualidade com Gaza , Hendrix - disse Kael .
-Eu vim , não vim ?
-Veio , e aqui está a metade de seu pagamento , pago o resto depois .
-Pode deixar aí , depois eu volto e pego tudo .Se você não me pagar eu te mato mesmo .E por falar na pontualidade da elfa , onde ela está ?
-Ela já foi para mina amigo .
- O QUE ? Mas nós não íamos juntos ?
-Que foi ? Queria ir de mão dada também porque não sabe chegar até lá ? Cara , vocês só vão fazer o serviço juntos e ...
-Tá , tá , eu tenho que ir ! - e saiu correndo da base , confuso e preocupado por ela não saber da emboscada .Mesmo sabendo que seria ele quem ia a matar .
Após muito correr , chegou até o local combinado onde Gaza estava acompanhada de mais três elfos , que eram os melhores arqueiros de Kael .
-Hendrix! Finalmente chegou .Kruzak vai atacar daqui a pouco . - disse Gaza .
-Sim , ficaremos apostos . - falou um dos elfos .
-Eu vou ficar naquela outra pedreira dando cobertura enquanto vocês eliminam os alvos mais perigosos como os guardas de elite dele .Tudo bem pra você Hendrix ?
-Sim Gaza , plano perfeito ...
-Você está bem Hendrix ?
-Claro , por que não haveria de estar !Hoje essa guerra termina !
-Certo , vejo vocês depois que tivermos feito isso .
Abaixo da pedreira onde o anão estava com suas futuras vítimas , ele observava os outros elfos pegando seus arcos e ficando a postos para quando o ataque começasse .Logo , uma massa consideravelmente grande de anões vinha ao longe e chegando cada vez mais perto .
Rapidamente chegaram até a mina e os anões em um número muito maior do que os elfos , começaram o massacre sem misericórdia , enquanto os elfos próximos de Hendrix começaram a eliminar alguns e rapidamente o anão iniciou sua missão , ficando por trás dos arqueiros e descendo o machado a cabeça de dois , quando o terceiro virou-se e disse :
-Hendrix! O que você está fazendo ?
-Semana passada eu te diria que era o meu trabalho .Mas hoje sinceramente eu não sei . - e cravou as duas armas no peito da vítima .
Hendrix foi até a pedreira onde Gaza estava acertando alguns anões , que ao perceber a presença dele disse :
-Você viu o imperador ? Não consigo encontrá-lo no meio dessa multidão .
-E não vai ... - e empurrou Gaza da pedreira , logo depois pulando atrás de maneira correta para terminar a missão .
Já com suas armas na mão , se aproximava de Gaza com uma cara de remorso imensa .Ele não podia acreditar no que estava fazendo ."Eu sou um monstro" , pensava ele , enquanto Gaza , ferida pela queda , disse :
-Hendrix! *tossidos* O que há ? Nós tínhamos virado amigos !
-Me desculpe Gaza ... mas eu não tenho escolha !
-Mercenários sempre *tossidos* tem escolha !
-Eu não sou um - levantou seus machados e quando estava prestes a descê-los no corpo de Gaza , não conseguiu .Quando o próprio Kruzak , montado em seu cavalo de guerra e acompanhado de vários guardas de elite apareceu .
-HENDRIX! TERMINE O SERVIÇO!
-Eu não consigo!
-Se você não fazer isso , nós mesmos a mataremos .
Hendrix olhou para o semblante amedrontado de Gaza , virou-se para o imperador segurando fortemente seus machados e disse :
-Só por cima do meu corpo morto ! - partiu para cima dos guardas de Kruzak , matando um por um ao mesmo tempo que se defendia para não tomar golpes , enquanto outros guardas apareciam , até que o próprio imperador desceu do cavalo e cravou sua espada nas costas do anão , que caiu .
-Por que Hendrix ? Era o meu melhor .
Com dificuldade respondeu :
-Estou pouco me lixando para esse negócio de raças ! Isso não *respira com dificuldade* não importa mais para ... min .*tossidos*
-Você é um anão!
-Não ... com ela eu aprendi que sou um Tibiano .Dane-se o patriotismo - e morreu .
Kruzak olhou com pena para o corpo de seu ex-soldado e virou-se para Gaza , que ainda estava caída por estar com uma das pernas fraturadas .
-Jovem elfa - Gaza apenas olhava -Você fez eu matar o meu melhor soldado .O mais fiel que eu encontrei eu toda minha vida , e você o fez mudar .
-Eu não queria que ele morresse ...
-Você tem razão - disse olhando para os corpos de elfos e anões mortos na batalha com tristeza - somos Tibianos .
-É por isso que não faço *tossidos* parte de exércitos .Não vou ficar me destruindo por um ideal ridículo como jóias .Prefiro ficar por cima como uma mercenária .
-Sim ... Sim! Não devemos ficar nos destruindo como estamos nessas minas .Tenho uma coisa a fazer .Soldados , tirem ela daqui e levem para a cidade onde poderá cuidar dessa perna .
-Sim imperador !
-O resto de vocês , me acompanhem até a base élfica .
Kruzak , em seu cavalo e acompanhado de poucos soldados para não provocar reações , dirigiu-se até a base de Kael .Chegando lá , levantou as mãos para mostrar que vinha em paz , assim como os soldados que o acompanhavam. Kael saiu de sua barraca e olhou com estranheza pelo fato de um anão estar ali tranquilamente .
-Imperador Kruzak ? O que faz aqui ?
-O imperador Kruzak tem uma coisa a dizer - respondeu um dos soldados .
E Kruzak começou a falar :
-Kael .Elfos aqui presentes .Venho lhes dizer que estamos errados em ficar nos destruindo. Vendo a vida de nossos semelhantes serem desperdiçadas em uma guerra fútil .Podemos negociar , afinal , Kazordoon precisa vender e Ab'dendriel pode comprar as jóias , se aceitarem .Por este motivo , digo que por parte da nação dos anões esta guerra que durou meses está terminada , para o bem de quem vive e para o bem de quem vai nascer .Aprendi com uma mercenária que não somos elfos , anões , minotauros , orcs ou humanos .Somos todos ... TIBIANOS!
Como o carnaval só terminou hoje, vou dar um prazo um pouco maior para a votação!
Então, vocês terão até às 23:59 do dia 27/02 (segunda-feira) para votar!
Edit: O Prazo foi prorrogado até às 23:59 do dia 01/03 (quinta-feira) devido a um primeiro empate.
Vamos ver quem ficará com a taça de bronze!
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