COVID-19 (SARS-CoV-2)

[mestre do yellow]

Matemática não mente, é pura histeria.

[Jose Cuervo]

O Átila vai fazer uma live sobre a nova previsão do Imperial College London, que voltou atrás da previsão de 500 mil mortos no Reino Unido e passou a dizer que seriam 20 mil ou menos. O Imperial College London disse que esse novo número menor de mortes seria por conta das medidas adotadas contra o vírus, como a quarentena etc. Provavelmente o Átila vai justificar isso na live. Mas parece que o modelo adotado para obter a primeira previsão (datado) era bastante falível mesmo.

https://www.researchgate.net/publica...roved_Accuracy

Vamos ver onde vai dar essa novela agora, hue.

[Spiritual Machine]

O problema das pandemias - e isso é reforçado em todos os vídeos sobre o tema - é que, enquanto o volume de novos contaminados é baixo, a percepção é que a evolução está sendo mais lenta do que a prevista. Quer dizer, as pessoas entram num estado completo de alerta, por causa das notícias de outros países, se isolam, e em seguida passam 1 semana em casa vendo poucas centenas de novos contaminados por dia. É natural que haja uma quebra de expectativa, e que isso gere dúvida sobre a gravidade da situação.
Acho, também, que vamos continuar com essa impressão até passarmos a contabilizar pelo menos alguns milhares de novos casos por dia - se passarmos a realizar mais testes, acho provável que já seja nossa realidade, hoje -, ou então até o sistema de saúde de alguma cidade não suportar mais a demanda por leitos, o que parece ser o destino de São Paulo em algumas semanas.
Outra nuance importante é que estamos realizando o distanciamento social, então, assim que voltarmos às atividades normais, ainda teremos uma janela de 2 semanas até que se possa começar a estudar a propagação do vírus sem o distanciamento - aí é que o bicho pode pegar pra valer, e é possível que a gente caminhe silenciosamente pro cenário da Itália e da Espanha.
Eu realmente não sei o que pensar. Sei que estou tendo efeitos muito negativos no meu trabalho e que um mês com o país parado é impensável.
O ideal seria costurar um planejamento que considerasse as particularidades locais - cidades de pequeno e médio porte deveriam ter iniciado o isolamento entre cidades, apenas, mas continuar a funcionar até que houvesse pelo menos um caso de contaminação, e então parar por alguns dias, e depois voltar a funcionar normalmente.
Nos grandes centros, acho que o ideal seria um lockdown por duas ou três semanas - realmente acho que não deveríamos pular essa etapa! - e que depois aplicássemos um cronograma de retomada gradual das atividades, para que tudo esteja funcionando em 3 semanas. Essa retomada também deveria ser feita com muita cautela. Deveríamos passar a medir as temperaturas antes de permitir a entrada nos transportes públicos e outros ambientes de lotação, e aplicar mais testes em pessoas com sintomas. Seriam necessários muitos outros ajustes, é claro.
Os serviços essenciais, ou os que realmente mais importem pra cadeia produtiva, não deveriam ter parado em momento algum, eu acho, mas deveríamos ter começado a monitorar essas pessoas com mais rigor.
Enfim, falta monitoramento da situação. Sem monitorar adequadamente como estamos evoluindo, não vamos saber tomar a decisão correta.

Outra coisa é que, apesar das projeções daquele estudo britânico serem reformuladas, a espanha e a itália forneceram evidências empíricas de que o cenário pode ficar tão ruim ao ponto do lockdown ser a única alternativa, mesmo que o número projetado não seja mais tão alto quanto antes

[Flea]

"Jovens não morrem de Corona"

Realidade: https://noticias.uol.com.br/internac...os-26-anos.htm

Sobre a questão da quarentena, eu prefiro acreditar num executivo do Itaú do que em analistas do Twitter: https://www.infomoney.com.br/economi...o-do-itau-bba/

[Sete]

Desatualizada, mas de uma fonte relevante.

https://jamanetwork.com/journals/jam...rticle/2763667



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[Don]

"Jovens não morrem de Corona"

Não é que não morre, só é bem difícil acontecer. É o mesmo que você dizer "jovem não tem diabetes, jovem não tem infarto", até tem, mas são raríssimos os casos.

[Flea]

Crescimento segue bem constante, o que preocupa um pouco. Tivemos, evidentemente, mais um recorde de casos confirmados num dia. A quem interessar, o meu post com a tabela está sendo constantemente atualizado, dia após dia.


Evidente que a tendência é essa, o que tranquiliza, ao menos um pouco, é que a porcentagem de novos casos tem ficado abaixo dos 20% ao dia, o que comprova que as atitudes dos governos estaduais e municipais estão surtindo efeito. Estamos achatando um pouco a curva.


Porém, eu notei um aumento das pessoas na rua após o desastroso discurso do inepto, burro e incapaz presidente. Um imbecil que diz que a lotérica é segura, pois tem vidro blindado. Isso me preocupa, ainda mais porque alguns irresponsáveis governadores seguiram ele. bom, eles vão precisar lidar com o fato de que as mãos deles estarão sujas de sangue de inocentes. Tanto os governadores quanto o presidente.

[Don]

Qual será o numero de infectados ao mesmo tempo que a saúde brasileira aguenta? A Itália aguentou uns 30-40 mil só, acho que a gente não suporta mais de 200 mil não.

[Bob Joe]

Qual será o numero de infectados ao mesmo tempo que a saúde brasileira aguenta? A Itália aguentou uns 30-40 mil só, acho que a gente não suporta mais de 200 mil não.

Provavelmente vai depender da cidade e da simultaneidade da infecção. Uma cidade do interior de até 80 mil habitantes que tem 5 leitos de UTI não vai aguentar mais que 200 infectados simultâneos (usando o valor de 2 a 5% de internações que vi em algum lugar). Uma cidade como São Paulo, com centenas de leitos de UTI talvez aguente mais. Pelo que andei lendo, o problema não são infectados no total, mas sim simultâneos. Essa é uma métrica mais precisa sobre o quão agudo é o surto. Dos milhares de infectados testados e registrados no Brasil até o momento, alguns já estão curados.

Pelo Brasil ter características diferentes de clima, densidade populacional e exposição, acho que a gente vai ver um cenário errático, onde algumas cidade estarão no caos total e outras um pouco menos problemáticas. Ouvi um comentário de alguns epidemiologista que é possível termos surtos epidêmicos em cidades menores meses ou até anos depois que o pico de surto atingir o Brasil como país (caso a vacina não seja descoberta até lá).

[Flea]

A minha grande preocupação é quando (pois vai) esse vírus atingir as favelas. Esquece medida de contenção nesses lugares, é impossível. Existem casos de 10 pessoas dividindo uma casa de 1 cômodo, não tem condições!

Pensar que a favela de Paraisópolis tem uma densidade habitacional de 45 mil habitantes por km², é assustador pensar o quão rápido o vírus vai se disseminar por lá, e o quão devastador o efeito pode ser.