Pessoal,
Quero agradecer a todos que comentaram sobre o meu último capítulo: Sombra de Izan, Lacerdinha, Senhor das Botas, Mano Mendigo, gula23 e Lordinh! Muito Obrigado Mesmo!
Este capítulo tem uma pequena revelação sobre o Lignuns.
No final do capítulo, vocês vão saber qual membro da seção irá aparecer em breve na história.
Espero que vocês gostem!
Ps: Izan, eu já tinha colocado a foto do Canik no capítulo dele: Olha
aqui!
Resumo:
[Capítulo 12 - Na Loja do Obi] No capítulo anterior, os jovens foram na loja do Obi. No segundo andar da loja, ficava Dixi, neta do Obi, que vendeu calças de malha para os dois e uma armadura leve para o Dan. Na saída, Obi contou que era um cavaleiro, mas teve que interroper suas aventuras ao ser atingido por uma flecha no joelho, atirada por um Orc.
Capítulo 13 - O Segredo de Lignuns
Dan e Lignuns se despediram do velho Obi e começaram a caminhar na direção da Loja do Tom, eles já haviam comprado as calças de malha, agora precisavam conseguir umas botas.
Já era quase noite na cidade de Rookgaard e o centro não estava mais tão movimentado como em poucas horas atrás.
[Dan] - É uma pena que Obi tenha que abandonar suas aventuras por conta de uma flecha atirada por um Orc.
Lignuns pareceu concordar com o comentário de Dan, mas em seguida falou em um tom de revolta.
[Lignuns] - Isso até é verdade, Dan! Mas eu não gosto do jeito que Obi trata a sua neta. Dixi é quase uma escrava. Ela é uma menina tão bonita, trabalha tanto lá em cima, e Obi não lhe dá nenhum pagamento.
Dan riu com o canto da boca, disfarçadamente, e disse:
[Dan] - Parece que você se apaixonou Lignuns.
Lignuns ficou um pouco sem graça, mas logo depois seu rosto assumiu uma fisionomia séria.
[Lignuns] - De qualquer jeito, como eu havia dito, eu até concordo com você. Porque eu não gosto do velho Obi, mas gosto menos ainda dos malditos Orcs!
Lignuns parou de andar, ficou com um olhar perdido, lembrando-se do que lhe aconteceu, e então resolveu falar:
[Lignuns] - Vou lhe contar, Dan... O que aconteceu comigo logo que eu cheguei nessa ilha...
[Dan] - Pode falar, eu estou ouvindo.
[Lignuns] - Quando eu cheguei na ilha ao sul da cidade de Rookgaard, eu fiz muitas coisas: ajudei o pescador Santiago a matar algumas baratas; coletei lenha para uma velha senhora; e até dei um pouco de comida a um alfaiate perdido que estava faminto. Mas depois, quando eu finalmente fui atravessar a ponte para a cidade, eu encontrei um - Lignuns fez uma pequena pausa - um Orc...
Lignuns parou de falar e respirou fundo, ele ainda mantinha um olhar perdido...
[Dan] - Que azar você teve Lignuns, antes mesmo de chegar na cidade, encontrar um Orc... Você não tinha nem como lutar com ele... O que você fez?
Lignuns respirou novamente e continuou falando:
[Lignuns] - Não era um Orc comum Dan! Seria melhor se fosse! Assim eu teria alguma chance! Era um Orc Shaman! Uma espécie de mago Orc!
Quando Lignuns disse isso, Dan arregalou os olhos, incrédulo. Ele já achava os Orcs muito fortes, um Orc usando magia seria algo impossível de se vencer.
[Dan] - Mas como você sobreviveu? O que você fez?
[Lignuns] - Não pude fazer muita coisa... Ele me teletransportou para uma caverna subterrânea... E invocou um Demônio para me matar...
As palavras de Lignuns eram bem pausadas, e as frases mais ainda. Dan ficou tenso só de ouvir o relato do seu amigo, parecia que ele estava vendo um fantasma.
[Lignuns] - O Demônio me atacou... Uma imensa bola de fogo me atingiu... Eu senti minhas forças sumindo... Minha alma saindo do meu corpo... Estava certo de que havia chegado a minha hora de se juntar aos deuses...
[Dan] - Mas você ainda está aqui! O que aconteceu?
[Lignuns] - Asralius me salvou! Ele me teletransportou e me curou.
[Dan] - Asralius? É o Monge que vive na parte de cima do Templo? Que nos deu as espadas de madeira?
[Lignuns] - Isso! Depois de me curar, ele me disse para ter mais cuidado e me deu aquela espada.
[Dan] - Impressionante essa história, Lignuns! Mas quer saber de uma coisa? Antes mesmo de saber o que lhe passou, eu tinha prometido a mim mesmo que ia me vingar de quem é que tenha lhe feito mal e que ia lhe ajudar a superar o que lhe aconteceu. Então, antes de partirmos desta ilha, nós vamos lá encontrar esse tal Orc Shaman e derrotá-lo!
[Lignuns] - Eu também gostaria muito de derrotar o Orcs, mas creio que nós não temos a mínima chance Dan!
[Dan] - Agora nós não temos chance! Mas vamos ficar fortes o suficiente para derrotá-lo!
Lignuns começou a sorrir, passando a acreditar que realmente eles poderiam vencer um Orc Shaman, e riu também de felicidade, de ver que tinha um amigo de verdade, alguém que se preocupava com ele.
[Lignuns] - Tudo bem Dan! Quando estivermos preparados, então nós vamos atrás do Orc que me atacou. - disse realmente animado.
[Dan] - Mas nós não vamos conseguir matar Orc nenhum enquanto não tivermos calçados. Vamos logo pro Tom então! Ver se ele pode fazer as botas para a gente!
Então, os jovens voltaram a caminhar na direção da loja do Tom. Lignuns estava aliviado por ter compartilhado o seu segredo e feliz por ter um amigo de verdade, enquanto Dan estava feliz por finalmente saber o que perturbava o seu amigo e animado para enfrentar o Orc Shaman. Dan sentia apenas uma pitada de vergonha por ainda não ter contado dos seus sonhos para Lignuns, "fica para outra hora", pensou ele.
Lignuns ainda teve tempo de fazer uma pergunta antes dos jovens alcançarem a Loja.
[Lignuns] - Dan, eu lembro que quando nos conhecemos você perguntou ao Cipfried se ele sabia o nome do seu irmão. Desde então eu me pergunto como você pode não saber o nome do seu próprio irmão?
[Dan] - Não é bem assim - disse rindo - eu nunca conheci o meu irmão, eu só fiquei sabendo da existencia dele quando estava saindo de Carlin e vindo para a ilha. Eu tinha esperança de descobrir alguma coisa sobre ele por aqui, mas até agora tudo que eu sei é que ele chegou aqui querendo ser um paladino e saiu da ilha há 8 anos como um cavaleiro.
Lignuns pensou um pouco e então respondeu.
[Linguns] - Eu vou te ajudar com isso, Dan. Vamos encontrar o seu irmão. - disse sorrindo.
Dan retribuiu o sorriso e os dois continuaram andando, felizes por poderem contar um com o outro.
Quando os jovens chegaram na Loja, Dan olhou com mais atenção o interior da loja, procurando alguma coisa.
[Lignuns] - Está procurando a Luna, não é?
[Dan] - Não necessariamente a Luna, estou vendo se não há nenhum aventureiro esnobe, quero ter certeza de que ninguém irá provocar a gente, como aconteceu da ultima vez.
[Lignuns] - Não minta Dan! Você gostou dela! Mesmo com ela tendo te chamado de Amazona!
[Dan] - Você que está apaixonado pela vendedora de armaduras!
[Lignuns] - Não estou não! Apenas tentei ser gentil com ela!
Os dois então começaram a rir, enquanto entravam na porta à direita, que dá acesso à loja do Tom.
[Tom] - Olá! Estou vendo que os jovens aventureiros estão felizes! Conseguiram não só os gibões, mas também capacetes vikings, calças de malha leves e uma armadura também! Onde conseguiram tudo isso?
[Dan] - Os gibões nós encontramos no estábulo, como você havia dito, os capacetes foram presente de um veterano, e as calças e a armadura nós compramos na loja do Obi.
Tom estava com um sorriso no rosto enquanto Dan lhe contava como conseguiu os itens, até que Dan falou sobre a loja do Obi, nesse momento, Tom ficou sério.
[Tom] - Aquele cara é um hipócrita! Ele usa o pretexto de estar velho para não fazer nada e explorar a sua neta!
[Lignuns] - Eu também acho! Eu até disse isso para o Dan! - disse olhando para o seu amigo com uma expressão de satisfação.
[Dan] - É verdade, mas não vamos nos meter na família dos outros.
Tom e Lignuns ainda estavam irritados. Então Dan sussurrou para Lignuns, de forma que Tom não ouvisse:
[Dan] - Acho que você tem um concorrente.
Lignuns olhou com uma cara bem feia para Dan, que se retraiu. Tom então voltou a falar.
[Tom] - E então? O que vocês vão querer hoje?
[Dan] - Nós queriamos lhe pedir uma coisa. O veterano que nos deu os capacetes disse que nós precisávamos de botas e que você poderia fazê-las.
[Tom] - É verdade, eu até posso fazer umas botas, mas ia ser necessária matéria prima e algum tempo, além disso, eu não poderia garantir a qualidade delas. Eu sou especialista em couros e tecidos, mas não em produzir roupas e equipamentos. Mas eu sei de alguém que pode ajudá-los, a alguns dias atrás, um senhor desconhecido chegou na ilha, ele tem comprado muitas peles e couros, e dizem que ele faz excelentes botas.
[Dan] - Que sorte a nossa!
[Lignuns] - Não é sorte! São os deuses que estão nos ajudando! - disse para Dan, e em seguindo, virou-se para o Tom - Onde podemos encontrar esse senhor?
[Tom] - Ele está todos os dias pela manhã no centro da cidade.
[Dan] - Mas afinal, qual o nome desse senhor que faz botas?
[Tom] - Essa é uma grande questão Dan! Ninguém sabe o seu nome! Apenas o chamam de o Senhor das Botas!
[Dan] - Está certo! Muito Obrigado Tom! Nós vemos em breve!
[Tom] - Até breve!
Assim, os jovens começaram a se dirigir à saída principal da loja.
[Dan] - E então Lignuns? O que a gente faz agora?
[Lignuns] - Melhor irmos logo para templo descansar, já está muito tarde. Amanhã, bem cedo, procuramos o Senhor das Botas.
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Próximo Capítulo: [14 - A Lenda da Espada]
Bônus:
[Dan] - E então Lignuns! O que a gente faz agora?
[Lignuns] - A mesma coisa que fazemos todas as noites Dan, tentar conquistar o mundo!
Acho que a galera mais nova não vai entender essa!
É de um desenho animado antigo, vocês conhecem?