
Postado originalmente por
keplers
Para a "alegria" de alguns users daqui, esse foi o ponto que fui influenciado pelo Locke. Ainda me lembro de um certo tópico onde eu disse algo semelhante (embora muito menos formulado e pensado) com o que você está dizendo. O meu conceito de ateu também era o do cara que "nega a existência de deus". Aí o Locke usou suas palavras mágicas e eu parei pra pensar, até perceber que se todos os ateus fossem tão estúpidos a ponto de afirmar que não existem deus(es), eles seriam exatamente como os religiosos (que afirmam que Deus existe).
Eu fui completamente influenciado pelo Locke também. Foi graças ao tópico dele que comprei aquela Superinteressante que falava sobre o livro de Richard Dawkins, e, futuramente, o próprio livro. Fora os seus próprios argumentos, que, em si, são um resumão do que há de melhor no livro. Só não vi ele falar da falácia de Beethoven aqui no fórum, a qual o Dawkins dedicou um bocado de páginas.
Com tanta discussão acabei esquecendo que o assunto do tópico era 'como você se tornou ateu?'...

Postado originalmente por
Bob Joe
Depois da escala Teísmo/Ateísmo do Locke entendi o seu ponto. De todo jeito, como eu disse, não consigo ver uma possibilidade lógica de racionalizar as probabilidades de existência (eita!).
Deus
pode existir, mas eu não acredito nele até que me provem. Simples assim.
@ateus
Imaginem aquilo que eu falei no meu post anterior. As poucas horas em que aquele minúsculo inseto vive não podem ser desprezadas, pois, afinal de contas, aquilo é uma
vida. Imaginem também uma criança de 4 anos que morre. Por que ela morreu? Porque os pais fizeram alguma grandiosa merda no passado...? Pouco provável. Mas o fato é: ela morreu. E agora, acabou tudo? A criança simplesmente para de existir? Vai pro
lifestream e se junta a outros milhões de seres?
Agora imaginem que não há
nada mesmo além da matéria. Agora se coloquem no lugar da criança. Imaginem que você não viveu tudo isso que viveu. Imaginem que vocês morreram aos quatro anos de idade e tudo acabou. É claro que por um lado isso é difícil de se imaginar, pois você
viveu. Mas, por outro, é completamente plausível, pois
poderia ter acontecido.
Eu pessoalmente não consigo imaginar isso sem sentir um grande vazio dentro de mim.
Talvez alguns não entendam o que isso tem a ver com deus. Mas o grande mistério não está em falar se há ou não um carinha lá em cima, olhando todos, ditando as ordens do que acha que é certo, punindo os pecadores, e blablabla, pois isso certamente não há. O grande mistério está nessas coisas subjetivas, além da matéria.