Capa da versão ocidental do jogo.
Dead or Alive 2: Hardcore (DoA2H) é um jogo de luta criado pela Tecmo, no quarto trimestre de 2000, como um upgrade do jogo Dead or Alive: 2, que havia saído no ano passado para Dreamcast. Este jogo de luta, a priori, destacava-se por duas coisas: O combate puro corpo-a-corpo e o apelo sexual. Ou seja, nada de armas ou magias em Dead or Alive, apenas braços, pernas e outras partes do corpo. E, por falar em parte do corpo, a Tecmo elaborou um sistema de física de animação para atuar sobre os seios dos personagens femininos, trazendo mais realismo ao jogo, mas obviamente sob a intenção de apelo sexual.
A parte do combate puro corpo-a-corpo pode ter dado a entender que Dead or Alive é uma série com "zero apelação". Não é verdade, alguns golpes e movimentos com certeza fogem da realidade, principalmente quando feitos por frágeis garotinhas que realmente não aparentam ter o porte de uma lutadora. No entanto, "mentiras" todo jogo tem, e essas "mentiras" de Dead or Alive são até legais. Você golpeia e muitas vezes sente que golpeou pesado, e sente-se livre ao lutar, auxiliado pela ótima framerate do jogo, boa velocidade dos combates, maior recorte e conteúdo dos cenários, e o uso da intuição nos combates.
Vamos por partes, primeiro os cenários. Gostei, e muito. Em DoA2H, temos cenários de formas geométricas variadas, longe de ser mero plano. Constantemente, você terá que lidar com os "obstáculos" do cenário, seja a seu favor ou contra. Temos as "paredes", que podem ser paredes ou qualquer construção sólida que intensifique o impacto contra quem foi arremessado nela (sim, a parede não é só um limite, mas faz parte do combate e você pode tirar mais proveito dela). Também temos as "quedas", que além de, em alguns casos, revelar outras partes do cenário, causa um bom dano ao oponente, caso ele seja arremessado de lá. Por fim, temos as "armadilhas", que, sob impacto, causam dano, seja eletrocutando um inimigo ou causando uma pequena explosão no lutador. Assim, temos cenários variados, com cores, detalhes bonitos, formas diferentes, diversos tamanhos, maior exploração. Uma beleza!
A porrada é simples e eficaz, você tem três botões e mais combinações. Você tem o botão de soco, de chute e o defensivo. Além desses três, combinando-os, há mais quatro funções variadas para eles. O bom é: A parte direita do controle do Ps2 tem seis botões, então você pode colocar três dessas combinações como atalhos. Duas delas já vêm definidas, mas você pode montar como quiser. O fato de não haver excesso de botões auxilia muito, porque você não precisa ser um compêndio ambulante pra decorar os golpes do seu personagem, ao mesmo tempo que admite haver uma boa disponibilidade de movimentos ainda que com poucos botões. A lista de golpes não é grande, talvez tenha por volta de 30 movimentos de ataque e mais alguns de arremesso e contra-ataque, mas tá no ponto. Você, por acaso, vai usar 100 movimentos numa batalha? Ou, pior, há produtor de jogos que faça X personagens cada qual com mais de 100 movimentos úteis? Acho que não. Em DoA2H, você, além de golpear diretamente, conta com o botão de arremesso (soco + defensivo) possuindo cerca de 10 diferentes desse movimento. Também há o botão defensivo, que serve para segurar um ataque direto do seu oponente e aplicar um contra-ataque efetivo. Em resumo, temos que um ataque direto detona um arremeso, que por sua vez detona um contra-ataque, que por sua vez detona um ataque direto. Papel-pedra-tesoura? Pode ser, mas há muito de intuição aí.
Agora, parte técnica. Gráficos? Na época, muito bons. Como jogo que já foi bonito não vira feio, só ultrapassado, adaptando para a capacidade atual do Ps2, eu diria que são bons, mas não "muito bons". Som? Legal, a dublagem japonesa tá melhor, e você pode optar por ela. Os efeitos de batalha também são bons. É o que se espera do gênero, mas nada grandioso. Jogabilidade? Uma beleza, mas toma um pouco de tempo pra pegar a manha do jogo, ainda assim, há certos comandos que são chatinhos de fazer. Felizmente, contados nos dedos. O sistema? Bom, com algumas falhas. Falta randomização no jogo. O modo story é, no mínimo, 80% previsível, porque você já sabe contra quem vai lutar, quando e onde, na maioria das vezes. Não há um "free-battle", mas há bons modos pra 1-player, como o "Time Attack", onde você luta oito combates com maior randomização de ordem das batalhas e combatentes, mas contra quem você vai lutar é quase totalmente determinado. Temos também o modo "Tag", luta de 2x2, podendo ser 1-player contra o computador, 2-players contra o computador, ou você contra o seu amigo. As opções também permitem uma boa gama de configurações, e há várias roupas para seus personagens, com uma considerável variação. Infelizmente, temos poucos personagens, mas, pelo menos, uma boa quantidade de cenários.
Enfim, temos um dos melhores jogos de luta da atualidade. Claro que a "geração dos quero-gráfico" vai frescar com DoA2H, mas pra esse pessoal recomendo Dead or Alive 4, pro X-Box 360. No Ps2, contamos apenas com Dead or Alive 2: Hardcore, muito infelizmente. Pra quem quer um jogo mais rápido, solto, com cenários bem-feitos e variação no modo de lutar, essa é a pedida. Pra mim, melhor que jogos consagrados como Tekken e Soul Calibur, que não gostei. Vale a pena dar uma conferida. Abaixo, screenshots:
Felizmente, o jogo tem bem mais que cocotas bonitas, mas elas não são de se ignorar.
Mandar o oponente voando pra se esmagar na parede é algo frequente.
Você ataca feito louco e sem pensar? O oponente pode usar isso contra você.
Estilo é o que não falta.
Nem cenários bonitos.
Tá ruço? Chame o seu parceiro para aplicar um devastador golpe em dupla no seu oponente.
Bem, pessoal. É isso. Espero que tenham gostado.
Crédito das imagens: Google (capa) e IGN (screenshots).
Crédito do texto: Eu.
Publicidade:
Jogue Tibia sem mensalidades!
Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
https://taleon.online







Curtir: 









Responder com Citação


