Capitulo 10: Um novo mestre
– Tire estas suas mãos de mim – o medo do inexplicável presente em todo ser humano se manifestou no coração de Grifft, se chocando com o espírito de batalha e a curiosidade. – Quem é você?
– Já disse, sou o que todos temem, e obedecem nesta floresta.
Os calcanhares de Grifft rodaram sobre o seu eixo fazendo com que ele pudesse ver o dono da “mão” que antes sentia em seu ombro.
Mas a verdade é que Grifft não estava na presença de nenhum humano, o que ele viu foi um grande monstro verde, com uma forma ovulada, cheio de tentáculos, no lugar dos braços, olhos grandes e fundos, o monstro não era como os outros.
Ele transmitia paz e serenidade em seu olhar, mas o seu espirito podia ser cruel e malévolo, dependendo do feito de quem ele julgava.
– O que é você? Tenho nojo de coisas como tu. Aparta-te de mim!
– Vejo que seu mestre não lhe ensinou educação!
– Ensinou o bastante para saber como matar coisas como você.
– Haha! Você é um nada, um lixo, a escória do que muitos dizem ser sociedade.
– Ora ser estúpido, como ousas. – Os punhos de Grifft se cerraram, uma de suas mãos foi ao encontro de uma runa de morte súbita que estava no seu bolso.
– Achas que pode me matar? Pois tente seu medíocre, mas, se não conseguir será expulso de minha presença.
– Hahaha! Não me faças rir, a única vez que pensei em estar presente em coisas vis como você, foi na hora de matar um certo feiticeiro.
– Não me faças rir, você acha que podes matar o feiticeiro? Olhe para você, morreria na primeira manifestação de poder da Hydra.
Esta por sua vez começou a entonar uma música em uma língua desconhecida,
mas que passava um sentimento de devoção, Grifft por sua vez levava no coração um turbilhão de sentimentos, ele nunca antes foi provado. E agora estava sendo.
Não sabia dizer sobre a sua verdadeira força, se poderia realmente derrotar algo que até o enorme dragão que quase o matara anteriormente, obedecia.
– Tens medo? Não sabes do que é capaz? Oras cadê a grande coragem, que me apresentou a pouco? Sumiu, ou apenas nunca a teve?
Grifft lançou uma morte súbita na direção do monstro, este por sua vez olhava o projétil voando sem rumo, já que ele estava novamente as costas de Grifft.
Como ele foi parar ali? Eu não o vi usar nenhuma magia de velocidade, acho que era apenas ilusão.
– Isto é o que fazes de melhor?
– Cale-se, pois saiba que eu posso matá-lo com a magia mais forte de um bruxo, pois eu sou muito forte!
– Ahh! È mesmo, então você sabe matar plantas com aquilo que chamas de: EXEVO GRAN MAS VIS.
– Como assim matar plantas?
– Eu vi você matando muitas delas, com a última, na batalha com outro humano que morava com você nesta planície.
– Não ouses falar de meu mestre criatura imunda.
– Então quer dizer que sabe a magia... Acha que só um poderoso bruxo pode tê-la?
– Sim mas é claro, lembro do meu mestre me ensinar todas as magia existentes, e dizer que as vocações limitavam o uso delas. Como um cavaleiro experiente pode levantar fios de rocha, de alto corte com um forte corte da espada na terra. Ou seja, um cavaleiro enfia sua espada na terra impondo poder espiritual e ela respondera com os fios ao redor dele.
– Bela explicação! Parabéns. – O espírito batia um tentáculo no outro produzindo o som de palmas.
– Então acha que é mentira?
– Não. Eu não disse isso; mas vejo que o teu espirito é do tamanho do teu cérebro. Minúsculo de mais para ver além. Qual vocação então acha que eu tenho?
– Um bruxo como eu! Não com tanto poder, mais um bruxo. Se quiser deixo que sejas meu pupilo. - Disse Grifft com ironia.
– Hahaha! E por que chegaste a esta conclusão?
– Pela ilusão que tu criares nas minhas costas logicamente.
– Ilusão? Hum...Pois bem. Já que conheces magias e acha que sabe a vocação de todas, tenho uma proposta melhor.
– Sim sei. – Disse Grifft com convicção na voz.
– Então, se eu provar que sou mais forte, terás que me implorar para ser meu pupilo.
– Como assim?
– Vou lhe provar que posso controlar mais do que as magia de uma vocação.
– Hahaha! Isso é impossível, pois se fosse possível, as vocações não existiriam.
– Então olhe.
O espirito fez Grifft flutuar a uma altura de 1 metro e o colocou em um buraco no enorme paredão a direita.
– como fez isso? Só me provas que é um bruxo.
– Ta, tá. Já vi que es cabeça dura.
Como o mestre .
EXEVO GRAN MAS VIS.
A destruição assolou o lugar, as fortes ondas de fogo atingiram o paredão que Grifft estava. Ele sentiu o calor, e viu como num espelho, a si próprio, usando aquela magia, seus pêlos se eriçaram de medo dele mesmo.
– Viu não falei....
EXORI
As pedras subiram respondendo a um forte bater de tentáculos no chão, e imediatamente os seus veios subiram, e eles tinham pontas mortais. Grifft sentiu que se caísse em cima deles certamente morreria. E agora viu que sua grande sabedoria que antes mostrara, se esvaia, diante da apresentação de poder.
– Mas - mas....
EXEVO GRAN MAS POX.
A mesma magia, da noite da explicação de como usar a explosão final, feita por seu mestre, via agora, o mesmo veneno, exaurindo seu forte odor, explodira agora naquela campina. E a verdade é que Grifft já não tinha mais duvidas, sobre a força do monstro e de sua sabedoria.
– Pare! Não precisa mais de demonstrações.
Grifft pulou do paredão, e do mesmo modo que caiu, com um dos joelhos no chão, se deixou ficar, sem mover um músculo sem se quer ousar piscar.
– Seja meu mestre. Eu lhe imploro, vejo o quanto fui estúpido. Me mostre como ser mais forte.
– Hum... Estais aceito.
– Uhuuuuu!!!! – O grito ecoou e verdadeira era a gratidão de Grifft.– E quando começamos?
– Agora.
– O que tenho que fazer?
– Cantar.
– Como assim cantar?
– Quero que aprenda a cantar com o espírito
– E como farei isso?
– Acompanhe a Hydra, em sua canção, ao pôr-do-sol.
– Mas eu quero que me ensine a dar exoris, e tudo...
– APRENDA A CANTAR !!
Grifft apenas assentiu com a cabeça.
Ensinarei como ser um dos mais espirituosos bruxos deste continente, maravilhado ele vai ficar com o mundo que o espera.