
Postado originalmente por
Sombra de Izan
Poxa que incrível batalha, essas transformações me lembrou um pouco as mudanças dos Sayajins

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Poxa esse lance interdimensional pode criar um nó na cabeça da gente sabia? me lembra um pouco o caminho dos sonhos, o desfecho não poderia ser melhor, sangue e destruição kkkk
Ótimo capítulo, fico no aguardo de novas atualizações

Rapaz, o caboclo ali só ganhou uma armadura, foi transformação não

vou inclusive explicar futuramente sobre essas paradas. Também vou sempre explicar o melhor que eu puder sobre viagens interdimensionais e essa merda toda, mas não é nada muito complicado.
Agradeço a presença, cara. Espero que continue.

Postado originalmente por
Shirion
Eu ja to mais ligado no enredo e na cronologia, acho que entendi o que foi descartado e a adaptação que o Redeater sofreu. Se bem que eu achei legal a treta com o dragão
Mas segue o jogo. Ficou boa também a treta entre o Redeater e o Artur e tipo a chantagem que o Redeater fez com o Artur para forçar o cara a ir com ele para Rathleton.
Acho boa ideia usar Rathleton como cenário. Que eu me lembre só um escritor da seção usou uma vez um personagem natural de Rathleton. Os escritores usam pouco essa ilha e eu acho que ela pode gerar histórias interessantes, pelas características dela que é tipo uma república no meio vários reinos e impérios várias monarquias
Vamos em frente e fico aguardando material novo
Rathleton foi usada só pelo @Edge Fancer pelo que eu me lembre, é um lugar com boa lore para ser utilizado em diversas histórias. Aqui na minha, a cidade não vai ser bem o que se espera ser, farei algumas alterações. E a propósito, Rathleton não é uma república, mas um regime democrático regido por um magistrado, e as pessoas de lá foram escolhidas pelos cidadãos. Que, por sinal, é algo bom mesmo de ser explorado.

Postado originalmente por
Neal Caffrey
Tá aqui, corno. Pra você deixar de grudar em mim como um Zac batendo com o Q.
Capítulo extenso, como eu havia dito, o que acabou me impossibilitando de comentá-lo nos primeiros dias. Você conhece as minhas ressalvas com capítulos mais compridos, podem acabar extraindo do seu leitor o foco que se espera dele, mas vá lá. Nem sempre somos capazes de controlar isso. Tem muito mais a ver com a nossa empolgação do que com a nossa habilidade de ser sucinto. Sofro do mesmo mal.
Outra ressalva: Oramond/Rathleton. Não vou me estender pra não chover no molhado, e tenho a expectativa sincera de que você desfaça a minha impressão a respeito do ambiente. Claro, não somos mais jogadores em nenhuma medida, mas o meu ódio àquele pedaço do jogo me precede, então, já sabe.
No mais, pancadaria que segue. Gosto muito. Quanto mais sangue, melhor. Essa sina de Dartaul de trazer Arthur consigo vai ter que se justificar em algum momento da história, se você quer saber. Tivemos dois capítulos de confronto árduo entre esses dois com um único objetivo; é bom que ele seja uma espécie de Zathroth pra Randal, ou Randal pra Zathroth. Ademais, o personagem de Ankari me causa algum fascínio; sei que já esteve presente antes e que foi bastante explorado, mas é interessante vê-la retornando e sendo determinante no deslinde de mais um capítulo.
Vai em frente, irmão. Desculpe pela demora, mas, já sabe. Vontade tenho. Só me falta tempo.
Um abraço!
Demora duas semanas pra comentar e ainda reclama
A essa altura, eu já posso falar que o foco mesmo vai ser no continente de Oramond, não em Rathleton. Tem muita coisa a ser explorada lá, e farei com que seja interessante o máximo possível. Estou refazendo a história para tal. Já bolei novos personagens que estarão vindo nos próximos capítulos que não existiam quando eu escrevia no ano passado, então já dá pra esperar coisa boa.
E realmente, Arthur será decisivo nesse arco de Oramond, por isso ele teve dois capítulos e meio focados ao seu redor.
E prepare-se: Rathleton no próximo capítulo!
Capítulo 12 – Horizonte
Não demorou mais do que dois dias para que Redeater e seu grupo zarpassem para Oramond, apesar da demora de Ankari pra apresentar-se para a viagem. Após finalmente conseguirem Arthur, nenhum deles estava disposto a perder tempo. Especialmente após o exagerado plano do mascarado para tirá-lo do império e não dar qualquer margem para que ele retorne.
Ao menos, é como o cavaleiro pensa.
A capital do império supostamente fora atacada pelo Credo de Sangue, mas, no fim, não houve sequer um sinal de que ela, de fato, foi atacada. No entanto, há confirmação de várias testemunhas de que Arthur foi capturado por um grupo diferente. Um erro de cálculo fez com que Redeater perdesse seu acesso ao império, já que não era difícil reconhecê-lo: Seu sobretudo e chapéu negros são vistos ao longe, mesmo que não queira. Somente em Carlin seu disfarce funciona bem, devido ao frio e ao uniforme de sargentos locais. Denunciado ao exército, é impossível que ele volte novamente, e se Arthur descobrir, abandonará o grupo.
Mesmo que a vergonha sepulte sua fama como parte do top 10 de melhores tenentes especiais do império e destrua sua chance de ser líder da família Aknimathas. Talvez Arthur reconsidere quando se lembrar de tudo isso. Menos uma preocupação para ele.
O detetive está agora encarando o horizonte. O seu navio não está muito cheio. Poucas pessoas têm motivos bons o suficiente para se aventurar numa viagem para Oramond, onde há risco de ataques de piratas, navios-fantasmas ou criaturas marinhas. Além disso, o capitão não é sequer confiável: Veste-se de uma camisa puída e bermudas velhas, e usa um macacão verde-escuro por baixo de tudo, e um colete costurado em volta de uma cota de malha. Muito bom para brigas de bar, péssimo contra a lâmina de um pirata dos mares. Tudo isso somado a seu rosto que lembra alguém que não dorme há dias e sua cabeleira desorganizada só piora as coisas.
O mascarado lembra-se da situação do grupo: Arthur trancou-se num cômodo do convés, e Gala e Zidaya estão em outro, conversando incansavelmente como amigas que não se veem há décadas, talvez séculos. Ele nunca soube de Zoe se albinos da Ordem eram capazes de viver mais do que humanos. Mas sabe que nenhum deles está a fim de conversa com ele.
No fim, Ankari é a única disposta a interagir.
— Lendário detetive! Ou seria detetive lendário? Enfim, estou bem entediada. Quanto tempo até chegarmos nesse continente? — E logo quando pensa nela, ela surge ao seu lado, animada como sempre.
— Provavelmente mais alguns dias. Não conte com a sorte. — Responde o detetive, com um espírito oposto ao da druidesa, de braços cruzados.
— Pelos deuses, como eu odeio Oramond. Por que tão distante?
A druidesa não apreciava viagens longas, por mais que gostasse de conhecer lugares novos.
— Então, Redeater — Disse ela com seu usual tom de ironia ao falar seu nome — Que tal uma conversa? De repente você pode até me explicar como conseguiu essa pistola que recarrega rápido. Talvez pode explicar sua fama como-
— Explique como sobreviveu àquele golpe de Arthur. Aquela regeneração não é normal.
Por algum tempo, a druidesa pensou ter conseguido lançar uma desculpa convincente para ele, afinal, já tinha um bom tempo desde que aquilo aconteceu.
— Ah... Vou ter que explicar isso mesmo?
— Deve.
Ankari põe os braços sobre a amurada e afunda sua cabeça neles. Faz um suspiro alto e ruidoso, enquanto se prepara para falar.
— Bem... Pode-se dizer que eu sou imortal.
O detetive calcula mentalmente quanto tempo levaria para ele pegar sua pistola e atirar na cabeça dela. Afinal, ele só conhece um tipo de gente imortal.
— Sou filha de uma dríade. Elas são muito raras hoje em dia, mas pode ser que antigamente elas tinham tanto domínio sobre os campos e colinas ao norte de Carlin que uma ou outra podia se dar ao luxo de ter relações com humanos, sem que as outras percebessem. Ao menos, eu acho que foi isso aí que aconteceu. Afinal de contas, sequer vi um contorno de minha mãe em toda a minha vida. Meu pai morreu cedo, e fiquei aos cuidados dos meus avôs, que nunca conseguiram lidar com o fato de eu querer ser uma cavaleira, sendo que sempre fui tão fraca.
“Eu tinha uma doença degenerativa, não posso explicar muito bem sobre ela, porque não lembro direito das coisas. Mas foi um elfo que me curou e disse para eu arriscar a vida de um druida. E cá estou eu, uma druidesa. Foi meio complicado no começo, mas o poder de uma dríade não pode ser subestimado. Minha conexão com a natureza só perde para a de uma dríade de verdade. Inclusive, posso fingir ser uma cavaleira quando eu quiser."
“Mas é difícil aceitar ser uma druidesa quando você sente que seu corpo nasceu pra outra coisa. Então, pra tentar contornar isso, eu comecei a estudar compulsivamente, e pesquisar. Isso me levou a vários cantos do mundo, procurando livros, tentando entender o que eu poderia fazer. E dez anos atrás, eu encontrei Gala e Zidaya aventurando-se sozinhas por Svargrond. Elas queriam ir para Helheim, resgatar um garoto que foi sozinho lá em busca do pai e se perdeu. Eu decidi ir com elas, inventando umas desculpas. Mas meu interesse em duas albinas, branquinhas igual a neve, nossa, era mil vezes maior. Não que eu goste da fruta, nada disso. Só que a energia que elas emanavam era insana. Eu queria ver isso mais de perto.”
“No fim, fomos para as Minas de Formorgar. As duas se ajudavam tão bem para derrotar os demônios da mina que eu fui inútil no caminho inteiro, só servi pra ficar tagarelando, principalmente após descobrir que elas eram da Sociedade dos Espíritos Claros. Foi chocante notar que uma filha de uma dríade não era nada se comparado ao potencial de combate das duas. Até que achamos o garoto, mas ele estava tão assustado que nos confundiu com demônios e fugiu de novo. Voltamos para o topo da ilha, e francamente, nunca fiquei tão irritada. Mas, ao longo do caminho, elas comentaram que conseguiram detectar o corpo de algum parente dele espalhado pelos corpos dos demônios que derrotamos perto da criança. É, a criança viu o pai ser devorado na frente dele.”
“Foi então que tive a dúvida: Se o pai dele foi devorado, porque o menino não foi devorado também? E enquanto eu refletia, fomos emboscadas, e eu tomei um golpe fatal protegendo Zidaya de ser atingida por trás. Forcei-as a fugirem e me deixarem para trás, mas acredito que os demônios foram atrás delas, e eu fiquei lá, sangrando até a morte. E, de fato, eu vi uma luz distante num túnel. Mas eu nunca cheguei nele. Minha visão voltou, e em pouco tempo, eu senti minhas feridas se fechando, o sangue voltando, tudo funcionando de novo. Então, em cinco minutos, eu me levantei e corri até a saída das minas, achando muitos corpos pelo caminho.”
“Fora da entrada, encontrei elas com o garoto, mas eu pude sentir a presença maligna dentro dele. Elas estavam chocadas em me ver viva, com meu casaco esverdeado de druida aberto e embebido de sangue, mas minha pele sem uma cicatriz sequer. Mas o mais importante era salvá-las de uma armadilha, outra vez. Então, eu me atirei na direção delas usando meu controle sobre o vento, e com a mesma força, as joguei para trás, e empalei o garoto com a terra abaixo de mim, tudo em um segundo. E em um segundo, eu tive meu braço arrancado, e minha barriga aberta outra vez pela minha própria magia, já que ele me prendeu, de alguma forma.”
“Eu e o garoto demoníaco ficamos agonizando no ar por um bom tempo, enquanto Gala e Zidaya deixavam a ilha para trás, com medo e culpa. E, por meia hora, eu realmente não pude me mexer. Estava morta. Mas minha regeneração me deu forças para tirar meu corpo da estaca, e trouxe-me de volta a vida, meu braço, minha barriga linda. Eu as encontrei em Svargrond de novo no mesmo dia. E elas passaram a confiar em mim, desde então.”
É bastante informação, mas Redeater consegue entender que Ankari nunca teve exatamente um controle total sobre o que deve fazer, ela simplesmente faz. Podia muito bem ter morrido na explosão na capital, mas não se importou em arriscar, pois voltaria a viver logo depois. Ele também aproveita para anotar mentalmente como a vida da druidesa é terrível, afinal, não consegue imaginar situação pior que a de não morrer de jeito algum, não importando a dor.
— Então agora você espera que eu confie em você, por ter feito basicamente a mesma coisa que você fez nessa história para que saíssemos vivos?
A druidesa põe a cabeça sobre as mãos, com os cotovelos apoiados na mureta do navio, e o encara com um sorriso bonitinho e sem vergonha, brincando com o fato de suas intenções terem sido descobertas. O detetive respira fundo.
— Tsc. Creio que posso contar com você no futuro. — Disse o homem, enquanto o sorriso de Ankari cresce — Mas não confio em você, só para deixar claro. Sua história de imortalidade ainda é suspeita. — E diminui logo em seguida, transformando-se numa cara de pidona. O detetive a ignora.
A mulher endireita-se, e põe as mãos na cintura. O vento dos mares balança seus cabelos castanhos, e seus olhos encarando o horizonte brilham com o sol de fim de tarde. Por um breve instante, Redeater sente um mundo de pensamentos moldando a expressão de Ankari.
— Pois bem, contei minha história. Agora, e quanto a sua esposa? E esse buraco entre o tempo do clã de vampiros e agora?
Finalmente, ele volta a encará-la, pouco amigável.
— Pensei que já tinha te falado.
— Na verdade, quando eu perguntei, você-
— Te falado para não me perguntar sobre isso.
Ankari demora dez segundos para desfazer a cara de choque que fez e absorver o fato de que Redeater pode ser minimamente engraçado.
— Posso te falar de praticamente qualquer coisa além disso.
— Ok, ok... Esposa é assunto proibido... Então, por que estamos indo para Oramond?
O detetive gosta tanto da pergunta que deixa de cruzar seus braços e os apoia sobre a mureta.
— O Credo de Sangue está lá. Em algum lugar chamado de “Caverna da Esperança”, na antiga localização dos clãs de altos minotauros de Oramond. Eles estão no subterrâneo, e há muitos boatos de assassinatos brutais ocorrendo lá dentro. O local era usado por mineiros e peregrinos, e por minallies, até essa palhaçada começar. Estou indo lá investigar e resolver.
— Minallies? O que é isso? E se é tão simples assim, por que precisa de nós?
— São os altos minotauros que aceitaram se aliar a humanidade em Oramond e trabalhar com eles depois que os clãs foram desfeitos, na Guerra do Santo Machado.
— Hã... Nunca ouvi falar, detetive.
O detetive agradece por ter sido abençoado com tanta paciência.
— Em poucas palavras, os clãs queriam diminuir a influência perigosa da humanidade sobre a ilha e seu uso desmedido sobre o glooth. Em suma, eles queriam destruir Rathleton. A humanidade revidou e venceu. Eles ganharam domínio sobre a cidade baixa para guerrear, sobre os esgotos, sobre os clãs, e agora Rathleton é muito mais poderosa do que no passado. Isso graças a uma guilda especial, chamada de Protetores, e pelos Van Mena.
— Ah, então os minotauros perderam e foram obrigados a trabalhar com os humanos que tinham gente poderosa com eles?
— É... Por aí. Eu chamei vocês, pois, obviamente, não vamos simplesmente limpar essa caverna, vamos ficar para investigar provavelmente Oramond inteira. Aquele lugar tem um altíssimo potencial de ser o próximo alvo de um genocídio global em Tibia pelo Credo de Sangue.
Ela parece um pouco confusa frente aos novos fatos, mas consegue compreender que nada daqui em diante será fácil para ela.
— E você quer nossa ajuda para investigar sobre o Credo na ilha?
— Exatamente. Na verdade, Zidaya tem poderes sensoriais e astrais, serão muito úteis contra eles. Gala também, além de sua habilidade de luta superior a minha. E Arthur é uma autoridade thaiana, nos ajudará a entrar em Rathleton, e será nosso trunfo contra o líder do Órgão na ilha.
— E eu? — Pergunta a druidesa, com visível animação.
— Será nosso suporte. E só.
— Isso é tão cruel...
Embora não parecesse, a animação de Ankari consegue chegar até Redeater e transformá-lo um pouco. A figura depressiva e pouco destacável que é Redeater não consegue sentir animação em ir matar coisas em outros lugares, mas há algo em Rathleton que o incentiva a ir para o continente, apesar dele não ser muito atraente. Sentir raiva e decepção é muito comum para ele, entretanto, naquele momento, e nos próximos, talvez ele deixasse de se comportar continuadamente dessa maneira.
— Ah, Redeater, preciso que se lembre de pegar leve com Zidaya. É um favor pessoal meu.
— Adoraria escutar a razão, pois ela não é muito amigável. Igual à prima.
— Alguns anos após a mãe dela ser declarada morta, ela cortou a própria língua fora para aliviar a depressão que sentia. Ela tinha sete anos quando Zoe morreu, e creio que doze quando fez isso. Ela só recuperou a língua e a fala graças a mim, mas continua com o costume de ser muda. Só isso já é motivo para tratá-la de uma maneira diferente, se possível.
Por algum motivo, o sentimento um pouco quente que sentia dentro dele se foi. Ele lembra-se de como não conseguira localizar a filha de Zoe, embora a mesma tivesse pedido isso para ele quando ainda era presente na sua vida.
— Não sei se posso. Mas irei tentar.
Ankari assente e ambos voltam a olhar para o horizonte. O sol já se pôs. O detetive volta a cruzar os braços, com planos dispostos na sua mente como em uma mesa. Sabe bem o que sente agora.
Rathleton, que poderá ser vista no horizonte assim que a noite cair, está prestes a oferecer muito mais do que eles imaginam.
Próximo: Capítulo 13 – Salto