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Tópico: Bloodoath

Visão do Encadeamento

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  1. #19
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    Padrão Capítulo 6 - Resolução

    Citação Postado originalmente por Neal Caffrey Ver Post
    Irmão, boa noite.

    A lore do capítulo tá bem interessante, como sempre, mas de cara identifiquei algumas falhas ortográficas que você não cometeria nos seus melhores dias. Você sabe muito bem sobre o que eu estou falando; talvez esse prometido e anteriormente pretenso hiato possa te fazer bem, afinal. Aponto dois exemplos já na primeira linha:

    Você já pegou a ideia, mas não custa pontuar novamente:


    No mais, take your time, mano. Temos o apontamento de outros personagens já conhecidos neste capítulo em específico, mas finalmente compreendo o seu desejo de se afastar por um instante. Embora o conteúdo continue perfeito como sempre, alguns pequenos erros que você não costuma cometer foram salientados neste capítulo.

    Como disse pra ti em outras oportunidades, sempre espero mais de você. Sempre. Já vi outras histórias começarem e terminarem na seção, mas nunca esperei muito delas. De você, não. De você sempre espero mais, porque você sempre pode dar mais. E, se você não está nos seus melhores dias, então get your shit together e retorne bem novamente depois. Essas coisas não acontecerão de novo se a sua mente estiver bem calibrada outra vez.

    Aguardo, irmão. Dê uma boa revisada no próximo se for postar mais algum antes do hiato.

    []'s
    Salve, Neal. Como disse antes pra ti, eu nem cheguei a reparar nesses erros. Cada capítulo que mando parece pior do que todos os que eu já escrevi antes. Tá complicado. Por isso, vou dar um tempo pra esfriar minha cabeça e me organizar.

    Obrigado pelos elogios mesmo, cara. Nunca esperei muito das minhas histórias, mas fico feliz que você pense isso. Vou lançar mais uns dois capítulos antes de dar uma sumida.












    No capítulo anterior:
    Redeater acorda numa caverna estranha junto com duas mulheres desconhecidas. Elas o ajudaram a tratar seu corpo após o inferno que passou em St. Olias, mas agora elas o pediram para salvá-las eliminando as criaturas que pularam de uma dimensão a outra e as prenderam no vazio entre elas. Ele é convencido a fazer isso ao descobrir que uma das mulheres é a filha de Zoe Nubila.





    Capítulo 6 – Resolução
    Parte 1





    — Batendo recordes de estupidez, hein, Dartaul.
    Utevo Gran Res Sac. Eu sei o que estou fazendo. Não se meta.

    Redeater está dentro do que acredita ser uma sala cheia de máquinas e dispositivos esquisitos. O tanto de tubulações estranhas lembra os esgotos de Yalahar ou de Rathleton, embora aquilo não seja um esgoto e esteja mais limpo do que estes. Localizada no subterrâneo e sem uma única luz, é o ponto de início pra onde o detetive foi levado.

    A fênix dourada que invocou direciona-se para fora, atravessando a parede para entender o que está em volta dele do lado de fora. Enquanto ele está dentro da sala, ele acessa pequenas dimensões utilizando o poder de Varmuda, como se estivesse ultrapassando um cenário de um teatro pra pegar algo atrás dele. Consegue vários dispositivos circulares destes buracos, e os coloca em diversos lugares daquela sala, especialmente próximo das caixas de metal pra onde os canos de material semelhante vão.

    — Aparentemente, isso é um prédio. Não esperava por isso. Ele ergue-se como aqueles de Thais, mas o lado de fora não é nem um pouco parecido com Thais.
    — Bem, sinto que minha conexão com você não está muito perfeita. É possível que aqui não seja Tibia.

    Redeater fica em dúvida.

    — Seja direta, Varmuda. Onde estou?
    — Ué, eu tenho o dever de saber? Se vire.
    — Demônio inútil.

    O homem utiliza seus poderes para se locomover para um andar alto. Ele e sua ave dourada, Emberwing, encontram a possível localização onde os donos da dimensão estão, mas não entendem o lugar onde eles estão vivendo.

    É um prédio habitacional. Há muitos humanos vivendo ali, embora haja muitos andares vazios. O corredor onde ele se encontra também está vazio, mas as duas portas para cada lado do corredor parecem levar a apartamentos semelhantes aos de Tibia, com pessoas dentro.

    Embora ele compreenda que fazer aquilo colocará pessoas inocentes em perigo, ele não tem escolha. Começou a retirar bombas de seus esconderijos, e agora está retirando arpões afiados capazes de atravessar aquelas paredes feitas de concreto. Emberwing o ajuda do lado de fora, enquanto ele navega por alguns dos corredores que permitem que seus arpões consigam chegar até a sala onde ele acredita que as criaturas estejam.

    Ao começar a pisar nos apartamentos próximos do alvo, ele se surpreende com o que vê. Sofás feitos de materiais luxuosos, embora os apartamentos pareçam modestos e comuns. Há em um outro lâmpadas protegidas por coberturas de vidro ou encaixadas em lustres, mesas de vidro no meio das salas, tapetes de peles ou alguns mais simples de tecidos, além dos mais diversos móveis que podem ser encontrados em Tibia, mas em versões mais modernas. Um dos destaques na sala desses apartamentos seriam espécies de quadros, que ora estão encaixados na parede, ou sobre estantes habilmente feitas e desenhadas. Esses quadros são planos de frente, com uma larga cobertura de vidro. Há botões dos lados e elevações confusas atrás, e alguns cabos escuros indo para um lugar que o detetive desconhece.

    Após vários minutos, ele termina no corredor em frente ao apartamento onde as “criaturas” estão. Ele não tem mais ideia do que está acontecendo nem no que se meteu, pois as habitações não só parecem totalmente comuns, como muito modernas, com designs mais simples, refinados e convenientes do que os rústicos e medievais de Tibia.

    Há oitenta bombas no prédio inteiro, dez arpões explosivos longos e afiados, cinco bestas repetitivas com munições explosivas e outras armadilhas que ele não sabe quais são, pois Varmuda e Emberwing que as plantaram, retirando dos seus esconderijos.

    A demônio surge na sua frente. Sua aparência é semelhante a de uma Fúria, misturada com a de um Demônio vermelho, mas ela possui uma forma muito mais espiritual, estando transparente e totalmente em cor laranja. Parece estar vestida de um longo robe de estilo zaoano com um cachecol.

    Ela lhe entrega sua pistola. Redeater vê aquilo como um questionamento. Se ele realmente deseja continuar com aquilo.

    — Ainda duvida de mim?
    — Você me odiava por ser bom demais, mas olha onde chegou.
    — Ainda te odeio.
    — Mas não me recusa. Nunca recusou minha ajuda. Nunca recusou meus conselhos. Eu cuidei de você, Dartaul, mas você me responde com grosseria e desrespeito. Eu te livrei do inferno da solidão, mas você nunca me agradeceu. O que você quer que eu faça, afinal?
    — Faça o de sempre.

    Varmuda engole em seco.

    — A propósito, por que você deu aquele grito na minha cabeça? Preocupada com o que acontece comigo, por acaso?
    — Se você morrer, meus planos serão acabados. E do jeito que você está, era bem capaz que elas conseguissem te matar caso você decidisse partir pra violência.
    — Eu estou ótimo.

    Redeater passa pela demônio, enquanto ela mantém uma feição afoita.

    — Ei, Dartaul. Há oitenta e nove pessoas nesse prédio. Oitenta e nove inocentes. Seis delas são seus alvos. O que o velho Dartaul faria?
    — Algo estúpido, certamente. Mas não menos estúpido do que um demônio se importando com vidas humanas. — Responde Dartaul, tomando a pistola da sua mão com pouco cuidado. — Saia da minha frente. Eu tenho colhões o suficiente pra cumprir meu objetivo. Não vou parar enquanto não salvar Aika e o meu filho.

    A demônio o encara como se ele fosse um estranho para ela.

    — Você se tornou mais parecido com ele do que eu esperava.

    Varmuda desaparece da sua frente. No mesmo instante, os olhos de Dartaul tomam a forma amaldiçoada. Sua pistola está em sua mão direita, o controle das armadilhas na mão esquerda. Tudo está perfeito. Sua coreografia está perfeita. Em menos de um minuto, tudo estará acabado.

    Mas ainda assim, estando de frente para a porta, ele hesita.

    Há quatro mulheres ali. Uma criança. Dois homens. Ambos os homens estão de frente para o tal quadro de vidro, mas este se revela capaz de reproduzir imagens. Eles estão com dispositivos esquisitos nas mãos que estão permitindo controlar duas figuras que estão se movendo naquela tela. Duas das mulheres estão na cozinha, um pouco a esquerda de Dartaul. Estão conversando ao lado de um balcão. As outras duas estão conversando num sofá da sala. A criança está dormindo entre elas.

    Ele hesita, pois não sabe se é verdade o que Ankari lhe disse. Não sabe se a conversa a respeito das criaturas poderosas é real. Sabe, ao menos, que a explicação das dimensões é real. Ele não está mais em Tibia. Está em outro mundo que não conhece, não entende, e que não está interessado em entender.

    Ele não pode voltar atrás, também. Se a moça albina for de fato a filha de Zoe, é dever dele vigiá-la. Há muito tempo, a mulher pediu para ficar de olho em sua filha e protegê-la, pois ela não teve a chance de criá-la como desejava. Deixou muitos dos deveres para a prima que Dartaul mal conhece, chegando ao ponto de ter esquecido o nome dela.

    Mas o que ele tem a sua frente é um dilema moral. Não sabe o que fazer em seguida, nem se deveria estar ali, nem se deve colocar a vida de oitenta e nove pessoas em perigo só por causa da sua família.

    Você se tornou mais parecido com ele do que eu esperava.

    Há minutos atrás, um demônio estava sendo mais humano do que ele.

    Este mesmo demônio considerava ruim o fato dele estar próximo de matar várias pessoas por um simples capricho ou pela sua simples falta de poder no momento. Um favor para salvar alguém que foi confiado a seus cuidados há muitos anos. Um ato dentre os muitos que fez para recuperar sua família. Mas não importa, pessoas estão em perigo. Varmuda viu isso antes dele. Mesmo vivendo num mundo onde é ensinado a odiar, torturar e matar humanos, aqueles que tomaram seu lugar de direito sobre o solo de Tibiasula.

    O que é mais importante? Sua moral e sua humanidade, ou a filha de uma grande amiga?

    A resposta é simples.

    Dartaul toca a campainha. Ouve alguém vindo atendê-lo. Naquele meio instante, ele, num capricho terrível, some com o seu chapéu e sua máscara. Ele passa a mão pelo cabelo loiro que possui um hábil corte social, possuindo apenas um tamanho um pouco mais elevado que o comum, e aguarda.

    Aquele alguém usa o olho mágico da porta para identificar quem está ali, e demora alguns tortuosos segundos até este decidir abrir. Por trás da porta amarela, revela-se uma mulher um pouco pequena, de cabelos ruivos. Não possui nada no seu corpo que se destaque senão a magreza incômoda, mas parece saudável e normal. Seu olhar é de um desinteresse natural e cansaço que ela não consegue esconder, combinado com alguma alegria, provavelmente provinda do que quer que esteja acontecendo lá dentro. Veste-se casualmente com calças, camisa e jaquetas finas, sem destaque algum.

    Dartaul ouviu essa mesma mulher perguntar se alguém pediu para algum amigo vir. Ele ainda não sabe o que ela é.

    — Boa tarde, o que precisa? — Questiona a mulher, com um olhar um pouco mais tranquilo do que antes.

    Antes que Dartaul possa responder, outra mulher surge ao seu lado. Esta é bem mais curiosa e notável do que a ruiva, exibindo cabelos loiros cujas mechas tomam uma coloração verde e depois azul. Ela usa um tipo de chapéu com uma única aba para o lado do seu rosto, e este tem chifres nas laterais, mas o seu maior destaque é o busto exagerado ressaltado pela camisa sem mangas escura que usa, parecida com a de Ankari, e pelo shorts azul claro curto de material resistente, diferente de couro.

    — Ora, ora! Eu não sabia que tinha amigos tão bonitos, Mushi!
    — Não, eu não conheço ele...

    Dartaul pensa rápido antes de tomar qualquer atitude. Há um corredor relativamente longo que leva até a sala após a porta de entrada, que impede que ele veja quem está lá dentro. Ir lá para dentro não parece uma má ideia, mas ao mesmo tempo pode colocá-lo em desvantagem. Ele não sabe do que elas são capazes, nem o que podem fazer com ele. E ainda há o problema dos dois humanos dentro do apartamento.

    No entanto, ele já conseguiu perceber quais são as criaturas, e quais são os humanos.

    O detetive sabe o que fazer, mas não sabe se deve continuar. Mas a dúvida apenas o atrasará. Então, ele toma uma decisão.

    — Desculpe.
    — Hm? Pelo quê? — Pergunta a ruiva, que consegue ser mais expressiva do que o detetive pensava. Não que isso importe agora.

    Em menos de um segundo, Redeater golpeia a humana com força o suficiente para lançá-la bem longe, fazendo ela ir até a varanda que fica na direção da entrada da casa, atravessando e partindo a porta de vidro, quebrando a mureta e indo parar em queda livre até a rua. Em segundos, ela é salva por Emberwing e colocada em segurança na estrada atrás do prédio. Parece ter se machucado bastante, mas isso é algo que pode ser resolvido depois.

    Apesar de tudo, nem a loira, tampouco as pessoas na sala conseguiram ver se ela estava salva ou não.

    Redeater não tarda com a mulher ao seu lado também. Sua mão vai parar dentro da barriga dela também em menos de um segundo. Sua pistola aparece na sua mão livre no segundo instante. Um disparo perfeito é efetuado na cabeça dela, sem que ela consiga se defender. Somente naquele instante que o homem percebeu que ela esteve com seus olhos fechados desde que apareceu, por algum motivo.

    O detetive usa os poderes de Varmuda para ir mais rápido até a sala. Encontra as outras pessoas restantes: Uma das mulheres que estavam no sofá, agora de pé, juntamente da criança. Os dois homens também de pé, de costas para o quadro reprodutor de imagens. E uma única mulher no que parece ser a cozinha.

    Redeater faz o mesmo que fez com a humana no humano que identificou, que seria um dos homens, mas ele lança-o no apartamento do lado, o que obriga Emberwing a invadi-lo e arrastar o humano, que grita horrorizado, para fora. Agora ele está cercado por todas as criaturas restantes.

    — Mushi... Tazawa... — Gagueja a criança, com uma expressão também horrorizada, assim como a da mulher na cozinha.
    — O que diabos é você? — Vocifera a única mulher que sobrou no sofá, irritada. Não mais do que a mulher na cozinha, e o homem próximo dele.

    O detetive passa rapidamente a visão por todos os seus inimigos. O homem quase do seu lado está todo de preto, é branco e tem cabelos negros. Usa um terno. A mulher na cozinha parece estar vestida de empregada, e também tem chifres estranhos, como a da mulher na entrada, além de também ser loira. A criança tem cabelos brancos e chifres curtos e pontudos. A mulher ao lado dela parece ter um único chifre no meio da cabeça, tem cabelos castanhos e também usa um terno e roupas sociais como o homem.

    E todos, sem exceções, possuem um olho laranja e um olho azul.

    Foi mais fácil de identificar as criaturas do que ele pensava.

    Seu próprio massacre começa a partir do momento em que um arpão surge do teto e acerta a cabeça do homem ao seu lado, que o puxa para cima, pendurando-o ao alto. As criaturas avançam no momento seguinte, com exceção da criança, e Redeater dispara com precisão contra os membros que as locomovem. Bombas estouram em várias áreas do prédio, fazendo elas se desiquilibrarem facilmente enquanto presas em corpos supostamente humanos, facilitando seus disparos.

    Sempre que uma das criaturas tenta golpeá-lo, um disparo de uma das bestas ou arpões ocorre, mas elas conseguem desviar eventualmente. Um dos arpões atinge a cabeça da criança, o que enfurece ainda mais as duas que restaram para lutar contra ele.

    Chutes, socos, arranhões, até mesmo chamas e eletricidade vindas de seus corpos e de suas bocas são utilizados contra Redeater, que utiliza as várias mobílias do apartamento para escapar. Em um dos momentos, a mulher de cabelos castanhos atira o sofá em que ela esteve sentada na direção de Redeater, mas o arpão do apartamento ao lado o defende. Dois tiros de besta surgem em seguida a partir da parede, e explodem ao lado dela, atirando ela no chão.

    A outra loira cuida da criança, mas não tem tempo de realizar qualquer processo de cura nela, pois recebe um chute no rosto. Redeater soca ela mais de uma vez sem intervalos usando os poderes de Varmuda.

    A mulher no chão se levanta, mas Redeater explode duas bombas abaixo dela, fazendo-a cair no andar de baixo. Outra bomba explode lá embaixo, lançando milhares de agulhas enormes e afiadas na sua direção, dilacerando seu corpo no processo.

    Num momento de distração, a criança levanta-se e torna-se mais parecida com seu lado animal, surgindo com a pele totalmente branca e com escamas. Ela atira Redeater no chão e acerta vários golpes no seu rosto, mas ele consegue atirá-la pra cima num breve instante e usar a besta repetitória no apartamento à direita para metralhá-la com tiros explosivos. Não satisfeito, Redeater soca-a contra o teto, destroçando-o no processo. Ela cai no chão do apartamento de cima e não se levanta novamente.

    O detetive levanta-se. Olha para a própria bagunça, e não poderia estar mais decepcionado.

    Os arpões que ele disparou tinham traços de sangue antes mesmo de acertar alguém ali dentro. O buraco para o apartamento de cima revela outros dois buracos nos dois andares superiores, e há sangue vindo diretamente deles. No apartamento, todas as mobílias estão destruídas e há muito sangue, pólvora e destroços de madeira e tijolos por todos os lados. Na cozinha, há água vazando torrencialmente de um buraco na parede, pois uma bomba estourou por ali. Há água vazando de vários lugares diferentes, devido as bombas que estourou.

    Redeater respira fundo. Não está cansado, mas o peso do que fez está fazendo o trabalho de tirar suas forças. Mal se importa com o estrago que fez sobre as criaturas, que estão quase totalmente destroçadas pelas armas que usou, especialmente a mulher do chifre na cabeça, que parece não ter mais um corpo.

    — Não acabou.

    O detetive vira-se para trás ao ouvir a voz de Varmuda, e percebe o homem pendurado pelo arpão se transformando e tornando-se algo diferente. Sua pele escurece rapidamente, as escamas tomam-na com velocidade, seu tamanho cresce exponencialmente, e ele se torna mais parecido com um dragão.

    Entretanto, basta Dartaul estalar os dedos para o arpão explodir junto com a cabeça da criatura, fazendo seu corpo desabar no chão, sem vida.

    — Algo mais?

    O demônio não responde.

    Mas ainda assim, ele ouve algo no corredor. Sons de algo batendo-se contra a parede. Uma respiração pesada. Aquilo começou há segundos, mas o clima do lugar muda totalmente em pouquíssimo tempo, ficando mais quente e mais escuro.

    — Tem um peixe grande vindo. Venha comigo, Varmuda.
    — Não! Saia do apartamento, agora! — Responde ela, com uma voz alta e assustada.

    Uma imensa cauda reptiliana surge do corredor, batendo-se contra as paredes da sala furiosamente. Ela é negra, com penas amarelas e com um espinho também amarelo na ponta desta. Considerando o tamanho daquilo, a criatura que surgirá em seguida será muito maior; E Dartaul não pode evitar que isso aconteça.

    — Porra, é aquela mesma mulher que matei antes? Por que não falou nada? — Dispara Redeater para a Varmuda em seu interior, mas ela continua sem ser clara com ele.

    Sem opções, ele corre na direção da mureta e salta pra fora do apartamento, sendo pego no ar por Emberwing, que pega sua mão esquerda pelos pés, levando-o ao chão, no meio da rua. Dividida entre calçada e asfalto, é extremamente mais moderna do que as ruas centrais thaianas, o que confirma que aquele mundo não é Tibia.

    O apartamento explode. Algo imenso sai de dentro dele, e fica cada vez maior conforme alça seu voo. Embora envolto por muito pó e fumaça, seu formato é visível, e parece distorcido, lembrando algo entre uma hidra e um dragão, mas tendo apenas uma cabeça. A força que ele transmite enquanto voa, com suas asas imensas e magras, é muito maior do que a que Dartaul conta no momento, reforçado pelo seu pouso no meio da rua. Tem metade do tamanho do prédio de onde saiu, e parece não saber o significado da palavra alegria, tamanha sua fúria.

    — O líder deles... — Disse Varmuda, ainda assustada.
    — É um deus.





    Próximo: Capítulo 6 – Resolução II
    Última edição por CarlosLendario; 24-07-2018 às 16:40.



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