Olá... er.. hm... nossa, tá diferente essas bandas...
Bem, eu postava aqui há muito tempo, só que ficou meio abandonado. Queria saber como estava. Tem bastante gente nova AHUAHUAHUA
Eu achava que haviam todos migrado para a seção Literatura.
Bem, vou começar essa história aqui, se me permitem...
Mirrory"Bem vindo ao local
Onde o tempo não passa
Ninguém sai e ninguém irá."
- MetallicaSpoiler: ÍNDICE
Primeiro Livro
I - Flashes
Pretendo postar um capítulo por semana, se houverem comentários sérios e construtivos.Branco.
Loran vê a si mesmo batendo em uma porta no vazio.
A imagem começa a escorrer como se um dedo estivesse escrevendo em um grande espelho embaçado.
Outra começa a se formar. Loran agora está sentado em um sofá. Tem alguém ao seu lado, mas ele não consegue identificar quem é. Um controle de vídeo-game está em sua mão.
No seu lado direito, uma escada começa a se construir magicamente. Ela é branca com degraus de mármore. Quando ela termina de se erguer, um teto branco começa a encobrir sua cabeça, mas sem sombra nenhuma, pois não havia luz.
Atrás do sofá que Loran estava, haviam duas pessoas conversando com cálices de vinho em suas mãos. Pelo menos era o que Loran achava que via. Só reconheceu uma pessoa: Jean. Ele tinha um cabelo loiro-prateado que caia por seus ombros. Parecia um cantor famoso, mas Loran esqueceu seu nome.
De repente, a cabeça de Jean gira 180 graus. Seu corpo após alguns segundos acompanha o movimento, ao mesmo tempo em que suas pernas iniciam o movimento que faz com que ele comece a correr.
Ele corre em direção à porta.
A imagem de todas as pessoas escorre, inclusive Loran, Jean e o homem que ele conversava.
Uma mulher aparece ajoelhada em frente à escada.
Várias pessoas começam a surgir a sua volta formando um U. Escada, mulher, U.
Loran está no meio desse U de pessoas e está aflito. A mulher está chorando alguma coisa, mas ele não entende. É um som abafado, como se ela falasse e o som fosse engolido pelo vácuo.
Agora tudo escorreu.
Branco.
Loran acorda e tenta abrir os olhos, mas os fecha rapidamente devido a claridade que machuca.
Cadê as minhas cortinas? – pensa, mas para de pensar. Sua cabeça começa a doer.
Ele tenta abrir bem devagar e vê o cimento. De repente percebe que sua cabeça está virada no chão, então a vira para o lado, deixando sua bochecha ficar em contato com o chão frio.
- Mas o que eu estou fazendo aqui? – murmura.
Ele passa a língua por toda sua boca tentando tirar o gosto amargo dela. Pôs as duas mãos no chão e num esforço sobrenatural (para o seu estado) ele ergue seu próprio peso e senta.
Estava na calçada em frente a sua casa. Olhou para o telhado dela e semicerrou os olhos. A luz do sol batia por trás de sua casa e fazia uma sombra sobre seu corpo estendido na calçada. Como tinha ido parar ali ele não sabia.
Ok, vamos tentar lembrar...
“Branco.
Loran vê a si mesmo batendo em uma porta no vazio.
A imagem começa a escorrer como se um dedo estivesse escrevendo em um grande espelho embaçado.”
Parou. Sua cabeça voltou a doer.
Ele põe os dois pés no chão. Estava descalço do pé direito e só de meia no esquerdo. Olhou em volta e viu seu par de tênis pretos no pequeno gramado em frente da sua casa. A outra meia era um mistério, o qual provavelmente nunca teria solução. Sentiu que sua calça estava quente perto da virilha.
Levantou-se do chão e começou a andar mancando. Não que estivesse machucado, mas sua cabeça latejava a cada passo que dava. Pegou os dois tênis e os calçou se apoiando na cerca de madeira da sua casa. Deixou desamarrado.
Passou pelo gramado e girou a maçaneta da sua casa. Ela não abriu. Ficou um tempo tentando girar até perceber isso e começou a bater na calça jeans procurando o contorno das chaves. Não estavam lá.
Ou elas estão dentro da meia sumida ou tem alguém dentro da minha casa. – pensou sem se importar com isso de verdade.
Começou a bater.
---
Toc, toc, toc.
O que chamam de Taylor abre os olhos, mas só enxerga a escuridão. Claro, sua máscara está na frente dos olhos. Ele começa a girar ela na cabeça até os dois furos dos olhos ficarem no lugar. Agora via um ventilador girando lentamente no teto do quarto ligeiramente iluminado pela luz do sol que se esgueirava por entre a cortina.
Ele se levantou mesmo que sua cabeça doesse. Não ligava para a dor. Suas pernas longas escorregaram para fora da cama. Agora notou que não estava em sua casa.
Toc, toc, toc.
Quem estava batendo na porta àquela hora da manhã? Aliás, que horas eram?
Olhou para o criado-mudo ao lado da cama e checou o rádio relógio: 11:22h – 28/03/10
Ao lado do relógio, havia um porta-retratos com uma fotografia nele. Mostrava um homem corpulento com o cabelo negro coberto por um chapéu de cowboy preto. Tinha um sorriso um tanto quanto débil, mas parecia feliz. Ele nunca parecia feliz por completo. Pelo menos não expressava.
- Ai não... – murmurou esfregando a testa por cima da máscara preta (Toc, toc, toc.) – Agora já sei o que aconteceu...
Levantou da cama. Taylor era alto. Muito alto. Tão alto que se tivesse mais alguns centímetros, sua cabeça seria atingida por uma das hélices do ventilador. Seus braços longos e peludos passavam do joelho. Ele saiu capengando do quarto. Parecia uma grande sanfona andando.
Passou pela sala de seu amigo sem reparar em nada. Não era uma sala do tipo que você você para para apreciar. Não havia muitos retratos, nem enfeites. Todas as paredes eram pintadas de branco, menos uma, a que a televisão de LCD estava pendurada, era pintada de bege; e acima da TV havia um escudo velho com um brasão indecifrável: um olmo inscrito em um pentágono.
Toc, toc, toc.
Taylor apressou-se para abrir a porta. A chave já estava enfiada na tranca. Ele a girou e recebeu um soco no nariz.
---
Loran bateu doze vezes em sua porta. Quando estava batendo pela sétima vez, ouviu resmungos dentro da casa e bateu mais forte. Passaram-se cinco batidas e ele ouviu a chave girar do outro lado.
No momento em que a porta se abriu, viu um gigante com uma máscara preta olhando para ele. Sabia quem era, mas já estava com o braço engatilhado para um soco fenomenal, ficou com pena de pará-lo na metade do caminho, então acertou o rosto do intruso.
Taylor recebeu o soco no nariz e apenas recuou alguns passos levando a mão até o alvo.
- Olá para você também, Loran! – disse Taylor para o homem que viu no retrato no criado-mudo ao se levantar.
- Foi mal, Tay... – disse Loran sacudindo a mão que doía do soco. O rosto do amigo era mais duro que imaginava – Não pude evitar... Doeu?
- Acho que sim... Mas não tanto quando sua mão deve estar doendo.
- Você tem uma máscara de ferro por baixo dessa daí, ou o que?
- Só osso. – riu Taylor. Loran só ouviu o som de seu riso, porque a máscara de lã que cobria seu rosto só mostrava seus olhos, então o som da fala do amigo gigante era sempre abafado.
- Agora, - disse Loran pondo a mão que doía no bolso de sua calça jeans – o que você está fazendo dormindo na minha casa?
- Eu realmente não sei e... – Taylor começou, então olhou por cima do ombro de Loran. Loran acompanhou o olhar até a calçada onde estava dormindo. – Onde você dormiu? – terminou.
- Ah... – suspirou tirando o chapéu preto da cabeça e coçando o cabelo – Acho que passei a noite na calçada...
Taylor começou a rir dentro de sua máscara. Parecia ser uma gargalhada boa, pois parecia um riso normal, mesmo que abafado.
- Isso, ria de mim – reclamou Loran empurrando Taylor para dentro da casa – Nós dois somos dignos de pena...
Bateu a porta e a trancou.
- Senta aí. – disse e arremessou o chapéu de cowboy como um freesbee para a poltrona.
Taylor sentou-se de frente para a televisão. Sua perna esticada ia até a parede. Loran cruzou os braços no encosto da poltrona e pousou a cabeça neles.
- O que houve ontem? – perguntou.
- Não sei exatamente... – respondeu o gigante. Ele olhou para os dois lados procurando o controle remoto da televisão, mas quando achou e percebeu que mesmo seus braços longos não chegavam lá, desistiu.
- Então o que você acha que aconteceu?
- Eu acho... Que... Hoje é dia 28?...
Loran levantou o braço e olhou para o seu relógio analógico negro onde marcava as horas e a data em uma pequena janelinha em um canto do relógio: 11:36h – 28/03/10
- É sim. O que tem?
- Bom, acho que ontem foi a festa do Nataniel.
Então, Loran se ergueu com se tivesse tomado um choque. Algumas lembranças da noite anterior vieram.
Agora o espaço branco só com teto e escada fora preenchido pela casa do amigo Nataniel Straits, o homem mais rico da cidade. Tinha o emprego de ajudante da prefeita da cidade.
Ajudante porque seu cargo havia sido roubado por Nicole Amela.
---
Dois meses antes da festa de Nataniel, ocorrera a eleição da cidade e Diana Sakes foi eleita. Todo prefeito precisa de um secretário, mas no caso dessa cidade, o secretário era quem mandava em tudo. A prefeita mesmo precisava ficar indo para a capital do outro lado do oceano e deixando a cidade nas mãos do secretário.
Era certo que Nataniel seria o escolhido. Trabalhava de ajudante de Diana desde que ela era a secretária do antigo prefeito. Era um ciclo perfeito. Ajudante virava secretário, secretário virava prefeito.
Mas Nicole Amela, recém vinda da capital para morar em uma casa que herdara da família, tomou o lugar de Nataniel. Dizem que ela usou de seu charme para seduzir a prefeita, mas essa é outra estória.
Nataniel, logicamente, ficou enfurecido em continuar como ajudante da prefeita. Primeiro porque não seria promovido e segundo que o ajudante da prefeita, na verdade, era secretário da secretária.
Então, dez dias depois, Nataniel começa a preparar sua festa de aniversário e a distribuição de convites.
Loran estava andando na rua perto da prefeitura, quando vê Nicole saindo do prédio. Ela era linda em todas as formas, a começar pelo cabelo ruivo. Depois que ela não era muito feminina...haviam boatos sobre ela.
Ela saiu do prédio lendo um livro qualquer. Loran não se importou com qual livro era. Não gostava de ler.
- Olá! – disse andando do lado dela
- Olá... – disse erguendo os olhos
- Queria te parabenizar por ter ganhado o emprego de... – Loran se embolou
- ... Secretária da prefeita. – completou Nicole
- É! Isso.
- O que faz aqui? Você não parece que trabalha aqui perto. – disse parando de andar e pondo o livro embaixo do braço e estudando Loran com seus olhos verdes.
- Você sabe... eu...
Ela ficou olhando para Loran. Ele então falou a verdade:
- Vim ver meu amigo que trabalha aí.
- Posso saber quem?
- João Pilgar... Ele é da rádio, estava fazendo algo aí dentro... Uma entrevista, acho...
- Ah... Acabei de falar com ele.
- Ele me falou algo assim... E o Natan? Como estão se relacionando?
- Está fazendo o trabalho dele, mas acho que não posso confiar nele.
- Olha ele e o João ali! – disse Loran apontando para os dois que saiam do prédio. Estava feliz por alguém o salvar da conversa.
João e Nataniel andavam um ao lado do outro. João estava com uma pilha de papéis na mão e uma mochila pesada nas costa, fazendo com que andasse curvado. Ele usava óculos e o cabelo preto desarrumado. Sua camisa era de uma banda qualquer que Loran não gostava e sua calça jeans preta estava rasgada em vários pontos.
Nataniel andava ereto e com um sorriso idiota no rosto. Sorriso de quem estava abusando da boa vontade de alguém (nesse caso João) e seus olhos virados para Nicole mostravam que ia fazer alguma coisa não muito boa com ela também.
- Ora, se não é Loran Lewis! – exclamou Nataniel abrindo os braços e rindo – Estava procurando por você!
- Olá Natan. João. – disse fazendo um aceno com a cabeça para cada um. Deu um sorriso para João, que era um de seus grandes amigos. João acenou com a cabeça e sorriu também.
- Olá novamente, João. – disse Nicole. Ela não cumprimentou Nataniel.
O radialista fez uma careta olhando para Nicole. Nataniel olhou então para Loran, deu aquele sorriso e disse:
- João. Convite.
João olhou assustado para Nataniel. Olhou para o chão procurando alguma coisa. Olhou para Loran estendeu a pilha de papéis e pediu para ele segurar.
Tirou uma alça da mochila do ombro e pegou em um compartimento um envelope verde. Foi entregar para Loran, mas este fez uma careta e olhou para a pilha de papéis. João pôs o envelope na boca e Loran passou a pilha de volta para o amigo.
- Pêumgh... Hm! – resmungou João balançando o envelope com a boca.
Loran pegou, mas não abriu. Pôs no bolso interno de sua jaqueta bege que estava aberta.
- Então, - disse Nataniel olhando para Loran - esse é o convite para a minha festa de aniversário. Não vai ser nada de mais... Vai ser na minha... – então olhou de canto de olho para Nicole -... Mansão.
Os dois ficaram calados durante alguns instantes. Loran e João ficaram se olhando com os olhos arregalados.
- Bom, espero que você vá, Loran. – terminou e saiu andando
- Você... – disse João para Nicole – Está bem?
- Sim, sim. Tudo bem. – disse Nicole sorrindo – Tenho trabalho... Escute, você sabe o caso do físico?
- O professor Hermes Leeze? – perguntou João.
- Ele mesmo. Quando ele vai ser solto da Pedra?
- Acho que... – e parou para pensar. Passou algumas folhas da pilha de papéis com o queixo e estudou um por um tempo -... Em três meses... Por quê? Vai anunciar na rádio, ou...
- Não, não... Ele é... – começou Nicole pensando um pouco. - Um conhecido meu. Tenho que ir, rapazes. Até. – virou as costas e se foi.
Loran e João ficaram parados um ao lado do outro olhando ela ir embora. João olhou para o amigo e o cutucou com o cotovelo.
- Amigo, eu falei com ela várias coisas! E fui pago para isso!
- Seu trabalho é demais, cara!
- Eu sei. – respondeu João rindo. E os dois ficaram rindo na calçada da prefeitura como dois idiotas. Quando se recompuseram, João perguntou:
- Vai à festa?
- Vai levar seu vídeo-game?
- Claro... Eu não quero agüentar o Nataniel se gabando daquelas coisas dele... Pelo menos sei que o meu vídeo-game é o melhor.
- Bem pensado.
---
Loran agora está sentado em um sofá. Tem alguém ao seu lado. Era João. Um controle de vídeo-game está em sua mão.
A imagem começa a escorrer como se um dedo estivesse escrevendo em um grande espelho embaçado.
- Teve algum “flash”? – perguntou Taylor do sofá com os braços cruzados sobre o peito como quem não quer nada.
- Então... – disse Loran esfregando a resta com força – Estávamos na festa do Natan ontem?
- Isso.
- E porque eu não me lembro de nada?
- Vamos ver... amnésia... dor de cabeça... – começou a ironizar Taylor levantando-se do sofá e andando de um lado para o outro.
- Bebida?
- Trim-lim-lim-lim! – gritou Taylor indo com seu braço de direito para cima e para baixo, como se tocasse um sino.
- Mas eu nem bebi. Tomei um ponche lá louco e refrigerante, mas não bebi.
- Eu também tomei esse ponche aí.
- Então, de algum jeito, ficamos bêbados na festa do Nataniel.
- Sim. Deve ter sido uma festa boa.
Uma mulher aparece ajoelhada em frente à escada.
A mulher está chorando alguma coisa, mas ele não entende. É um som abafado, como se ela falasse e o som fosse engolido pelo vácuo.
- Você lembra alguém chorando na festa? – perguntou Loran
- Não... você lembra?
- Lembro... – respondeu Loran prolongando a palavra - ... mas, eu não consigo identificar quem... não é a Nicole... ela não foi...
- Esquece isso. – concluiu Taylor jogando-se no sofá novamente – Não é nada de importante.
- E se for?
- Você quer fazer o que então, Loran? – bufou Taylor.
- Bom, que tal ir à casa do Nataniel e ver se está tudo certo? – sugeriu Loran.
- Eu não vou a casa dele e perguntar: “Ei, - começou a imitar Taylor com uma voz grossa – eu tive um flash de lembrança em que havia uma mulher chorando na sua festa. Tinha?” – então voltando ao seu tom abafado normal concluiu – Isso é idiotice.
- Eu vou. – decidiu Loran pegando o chapéu e saindo da sala. De algum cômodo gritou – Você não vai, então?
- Tá, tá! – disse rendendo-se e bufando – Eu vou!
Então se levantou do sofá e foi capengando para a porta. Parou com a mão na maçaneta e gritou para Loran:
- Você vem ou não?
- Vou! – gritou do outro cômodo – Só vou tomar banho e trocar esta roupa. Acho que minha bexiga soltou enquanto eu dormia e... bem...
Após Loran tomar seu banho e trocar de roupa, saíram da casa a caminho da mansão de Nataniel.
Uma nuvem havia coberto o sol, mas uma parte do céu continuava azul. Uma tempestade se aproximava.
As ruas estavam desertas, as janelas fechadas e as luzes apagadas. Isso não era um bom sinal. Era sinal de luto por toda cidade. Frolar não era uma cidade muito grande. Ela se situava no litoral Oeste de uma ilha um tanto quanto grande em comparação às outras, de mesmo nome da cidade. Era uma colônia livre, há 31 anos, da cidade capital, do continente Nionda do outro lado de Águas Novas - Antigo Oceano Sem Fim -, Enoria. Foi considerado um achado, já que já estavam no ano de 1979 quando ela foi descoberta.
Sendo tão pequena, todas as pessoas da cidade se conheciam. Quando alguém morria, toda a cidade entrava em luto apagando as luzes e fechando as janelas durante o dia.
- Tem alguma coisa errada... – murmurou Loran para Taylor.
- Acredito em você – disse Taylor.
Viram na esquina da rua de Nataniel um guarda montado em seu cavalo. A guarda de Frolar vestia uma armadura azul celeste reluzente e capacetes com chifres de marfim. Portavam desde revólveres a espadas, cimitarras, maças e machados. Esse na esquina portava um revólver preso ao coldre e um escudo preso às costas.
– Salute aos Luin! – saudaram Loran e Taylor acenando com a cabeça
O guarda limitou-se a levantar a mão. Luin era a família real de Nionda e de todas as Terras Próximas, incluindo Frolar.
Viraram a esquina e se viram dentro do inferno. Uma multidão se encontrava no meio da rua se empurrando. Alguns esticavam a cabeça para tentar olhar, algumas mulheres saíam da confusão com os filhos.
Conforme iam chegando mais perto da multidão, eram comprimidos ombro a ombro. Três policiais estavam parados em frente à casa de braços dados impedindo que a multidão ultrapassasse o local.
Loran e Taylor espremiam-se por entre o vão entre cada pessoa. Taylor, gigante, ia olhando por cima do mar de cabeças e ia informando:
- Aconteceu algo sério na casa do Nataniel.
- Isso dá para perceber! – resmungou Loran abrindo espaço para mais perto da casa.
Chegaram perto dos guardas após muitos xingamentos, reclamações e “ais”. O guarda do meio já começou a falar:
- Para trás, civil. Para trás!
- Só quero saber que confusão toda é essa... – falou Loran – Eu estava aqui ontem...
O guarda pareceu confuso.
- Você estava aqui ontem?
- Sim... – respondeu Taylor – Eu e ele.
Um guarda olhou para o outro. O da direita soltou o braço do do meio e disse:
- Passem. Os dois. Rápido!
Loran e Taylor não esperavam por isso. Olharam um para o olho do outro, pois o rosto de Taylor não era visível, e passaram pelos dois guardas. Taylor se curvou ao passar pelo vão da porta.
Dentro da casa estava tudo muito quieto. O chão branco brilhante ainda estava sujo da festa com líquidos derramados e comidas pisoteadas. A mesa no centro da sala estava ainda cheia de comidas e bebida e um bolo com alguns pedaços cortados.
À direita da porta de entrada, havia uma grande escada de mármore que Loran já conhecia de seus flashs. Olhou para o chão perto da escada, onde a mulher esteve chorando e sentiu um grande calafrio percorrer sua espinha.
Ouviu um som chiado e foi tirado do seu devaneio. Olhou para o alto da escada e viu um guarda descendo falando em um rádio.
- Certo, - disse ele – estou vendo eles. Sim, sim. Câmbio. – ele desligou o rádio, parou na escada olhando para os dois e terminou de descer os quatro últimos degraus trotando. – Salute aos Luin!
- Salute! – responderam Loran e Taylor ao mesmo tempo.
- O que fazem aqui? – perguntou seriamente o guarda - Vocês já foram interrogados?
- Interrogados? – perguntou Loran com uma falsa surpresa. Quando viu a multidão na frente da mansão já sabia que algo importante aconteceu – Pelo o que?
- Pelo assassinato de Nataniel Straits.
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) vai ter que mover pro canto que ela terá que ficar: Literatura.





