O diário de um prisioneiro
Eu estava lá. Lá na maior guerra entre Thais e Carlin! Thais dominava totalmente a guerra... Quando Thais estava quase invadindo Carlin... Eles trouxeram reforços... Eu estava lutando bravamente em defesa de Thais, quando fui surpreendido por cinco magos e foi capturado... Hoje aqui estou escrevendo minha historia nesse pequeno diário. Mas infelizmente estou preso. Enquanto Carlin dominar eu irei ficar preso aqui, infelizmente... Hoje é dia 07/05 de 1251. Enquanto aqui escrevo, os soldados estão servindo comida para os prisioneiros, vou lá e depois volto aqui...
— Aqui esta seu prato de comida, é bom comer tudo, pois passara fome se não fizer isso! — Falou um guarda colocando um prato de comida em minha mão. — Eu volto aqui em vinte minutos. — Ele completou.
Aqui nesse prato que eu como só existe restos de comida... Estou vivendo precariamente, sem ter escolha a nada... Minha cela deve ter mais ou menos dois metros quadrados, mal posso me mexer aqui dentro. Estou a mais de uma semana aqui, não agüento mais... Tenho que fugir!
Sentei-me em um pequeno banco que há em uma sela e olhando para todos os lados penso em um jeito de fugir... Mais nada vem a minha cabeça... A cela é pequena, paredes altas e grandes grossas, é uma prisão improvisada, mas há muitos guardas aqui para evitar fugas... O que eu devo fazer nesse momento?
Eu pensei um pouco, e o guarda já deve estar voltando... Vou fingir estar passando mal.
Alguns minutos depois:
— Já deu tempo de você comer, me devolva o prato. — Falou o guarda sem paciência. — Rápido vamos! — Ele completou me olhando com um olhar raivoso.
Era a hora de começar a contracenar, pensei comigo mesmo.
—Ai, seu guarda me ajude! Esta doendo, acho que estou passando mal. Tenho varias doenças, e não tenho nada aqui, eu posso morrer. — Eu falei isso fingindo estar com dor, eu estava rolando naquele chão apertado.
O guarda viu o jeito que eu estava e acho que ele achou que eu estava realmente doente...
— Companheiros venham aqui! — Gritou o guarda para os outros guardas ouvirem.
Eu nesse comento comecei a gritar e gemer, tudo claro que era pura encenação... Mais três guardas chegaram perto de minha cela e a abriram. Eu não ia sair correndo ali, pois sei que irei ser detido... Melhor esperam para ver o que eles iram fazer comigo.
Eles me pegaram pelas pernas e pelos braços e me tiraram dali.
Fui levado a uma clínica improvisada bem perto dali, entrei na sala de um medico sozinho, mas ali ainda não era a hora certa para tentar fugir. Então o medico começou a conversar comigo.
— Qual seu nome completo meu rapaz?
— Zé, Zé Rodrigues! — Respondi com a voz bem baixa.
— hm, o que o senhor faz?
— No momento sou prisioneiro!
— Nossa, eu imaginei; Poderia me dizer agora o que doe no senhor?
— Tudo, desde o pescoço até a batata da perna! — Falei com a maior cara de pau.
O medico se aproximou de mim e disse bem baixinho:
— Não precisa fingir, eu também sou de Thais, também foi capturado... Se você veio aqui para ver se achava um jeito de fugir eu vou lhe dar a solução.
Eu naquela hora suei frio, pensei que podia ser chantagem que os guardas fizeram com o medico para ele fazer os “pacientes” falarem a verdade. E eu com medo de tudo naquele momento disse:
— Ótimo! Como eu faço para sair?
— Existe uma chave da cela de todos os prisioneiros que esta com um velho guarda que fica sentado no corredor, dormindo sempre. Se você conseguir pegar a chave sem ninguém ver você pode fugir!
— Ta brincando né? Como eu farei isso se estarei preso?
— Sabia que você não iria conseguir! Olhe bem, a prisão é improvisada, tente chutar as paredes disfarçadamente, pois elas são finas e quebram fácil!
Então eu aumentei a voz para disfarçar e disse:
— Obrigada Doutor, AIIIIIII, vou ficar em repouso sim.
Então eu sai da sala e os guardas já pegaram pelo meu braço e disseram:
— E então? Qual era seu problema?
Eu respirei fundo, e disse:
— É um velho osso que eu lesionei quando tinha uns dez anos, cai de cima de um muro e de vez em quando ele dói muito!
Os guardas autos e com uma barba raspada me levaram de volta para a prisão. No caminho eu olhei atentamente para tudo, assim podendo no meio de tantos guardas e tanta mata traçar uma rota de fuga, que iria cair direto na estrada de Ab!
Então lá estava eu de novo dentro da pequena cela, mas agora eu tinha um plano de fuga! Quando o guarda se afastou eu comecei a chutar a parede e ela começou a balançar. Ela era realmente fina e frágil, então continuei a chutá-la até ela cair. Quando ela caiu vi que meu plano foi em vão. Pois havia outra cela, desta vez vazia, mais com uma parede dura que nem se mexia quando eu a chutava.
Sentei-me no chão e comecei a pensar... O que irei fazer agora? Quando de repente coloco-me a deitar no chão e sinto um finco perto de minha canela. Me levantei rapidamente e vi que naquela outra cela vazia e pequena como a minha havia uma chave, uma chave grande, que aparentemente conseguiria abrir o cadeado que me prendia. Então eu cheguei perto do cadeado da minha cela antiga e coloquei nele a chave... Quando ela entrou eu senti um grande alivio, mas logo depois vi que ela não rodava e dos meus olhos saíram lagrimas.
Felizmente ainda me sobrava uma tentativa, do outro lado havia um cadeado, eu então fui até ele e coloquei a chave, por sua vez a chave entrou e rodou, e o cadeado se soltou. Eu estava livre e com uma rota de fuga tracejada. Eu comecei a andar pelo caminho, atrás das arvores para não ser visto pelos guardas. Andei até um certo ponto que não estava no meu plano. Acho que depois que voltei do medico, as duas horas que estive preso mais guardas chegaram e cobriram a área. Eu estava quase sem saída...
Eu sou um cavaleiro por isso não posso usar grandes poderes, estou desarmado, sem armas e sem armadura, frágil como uma formiga, se me pegassem eu na certa iria morrer, mais não restava alternativa, se eu quisesse realmente fugir teria que passar por aqueles guardas. Enquanto pensava eu achei duas porções de mana no chão, aquilo era tudo que eu precisava naquele momento. Então tomei uma delas e disse:
— Utani Tempo Hur!
Sai correndo como um foguete, mas como eu já previa fui avistado pelos guardas...
— Fugitivo, peguem ele! — Gritou um guarda que havia me avistado!
Continuei a correr e quando me dei conta ouvi passos atrás de mim, então olhei para trás e tinha mais ou menos uns dez guardas correndo, suponho que seja atrás de mim. Minha magia de velocidade havia se esgotado então tomei a outra porção e esperei os guardas chegarem perto. Então eu disse:
— O que vocês querem comigo? — Eu havia falado isso apenas para esperar a porção fazer efeito.
— Renda-se ou morra! Você escolhe!
Eu então disse:
— Eu me rendo, podem me prender novamente! — Eu não estava me rendendo, apenas enganando os guardas, então quando eles chegaram perto eu disse:
— Exori Mas!
Os guardas caíram no chão todos ensangüentados, e eu usando o resto da minha mana disse:
— Utani hur!
Comecei a correr, e por mais ou menos dois quilômetros não tive problemas, eu tinha saído da fortaleza inimiga e chegado a um local com altas arvores e mata bem fechada. Eu não tinha uma bússola e nada para saber onde eu estava e para onde eu ia.
Então foi quando eu vi que havia uma mulher vestida de verde logo a cima de mim. Foi conversar com ela e apareceram mais iguais a ela.
Foi quando me dei conta que era amazonas, comecei a correr e correr, até que do meio do nada achei o meu destino. Quando olhei para o lado vi construções feitas de madeiras, como casa na arvore. Reconheci na hora, àquela era a cidade de Ab’dendriel!
Depois disso nunca mais participei de uma guerra. Mas tenho orgulho de dizer: Eu participei da maior guerra que houve até hoje nas terras tibianas, fui prisioneiro e hoje estou aqui vivo!