Antologia de Contos e Crônicas do TibiaBr

[Augustus Sigma]

Após notar o tópico do usuário (e grande amigo) TrolieGang, também notei que além de poesias, alguns usuários também gostariam de exibir contos e crônicas (tanto do Tibia, como do Cotidiano). Portanto, seguindo a idéia de Trolie, criei esta sessão para você, o Usuário Constante, postar seus contos e crônicas aqui.

Só gostaria que seguissem algumas regras:

1º Regra) Definições:

Conto

É a narração breve, oral ou escrita, de um sucesso imaginário. Tem um número reduzido de personagens que participam de uma só ação, em um foco temático. Sua finalidade é provocar no leitor uma única resposta emocional. Originariamente, o conto é uma das formas mais antigas de literatura popular de transmissão oral.

Crônica

Atualmente, é um gênero literário que explora qualquer assunto, principalmente os temas do cotidiano. Geralmente escritas para serem publicadas em jornais e revistas — que, mais tarde, podem ou não ser reunidas em livro — a crônica se caracteriza pelo tom humorístico ou crítico.

Quando criarem sua história, a encaixem, na sua opinião, em um dos temas. Pode parecer irrelevante, porém faz uma enorme diferença a quem a lê.


2º Regra) Tamanho:

Conto

Não há um tamanho ideal, mas é de conhecimento que ele é menor que um romance. Podemos estabelecer um tamanho de 1.000 a 10.000 caractereres (sem espaços). Como disse, não há tamanho ideal, mas defino um aqui.

Crônica

Geralmente menor que um conto, mas pode ser maior. Irei definir 500 a 10.000 caracteres (sem espaços).


3º Regra) Autoria:

Conto e Crônicas
Expressamente proibido o plágio e/ou cópia desautorizada pelo autor do mesmo.


Boa Sorte nos Contos, e para amostra, lançarei uma crônica, escrita por mim.


Felix Natale

Hoje é dia de visita, afinal ainda comemoro o Natal. Alguns parentes até conservam o espírito natalino visitando-me e perguntando como vim parar aqui. Às vezes, penso em que atrocidades cometi para garantir minha prisão aqui. Isto não está certo: Eu deveria ser livre se a sociedade não julgasse tão mal meus atos, que eram impossíveis de se negar. Claro que cometi erros, mas foram tão terríveis assim? Não justificam o crime maior: Ser tratado como um animal, um homem que nunca será o mesmo por causa de um grande delito – novamente afirmando - que não pude evitar.

Se um dia, for novamente julgado, afirmarei a todos minha eterna apreciação. Não me arrependo de ter cometido este ato tão vil, pois foi e sempre será a razão de meu viver. A pior parte da história é que conhecia, e muito bem, aqueles que foram meus carrascos, que foram meus “queridos” filhos. Mesmo nesta “prisão” que chamam de asilo, ainda continuo pensando neles. Neste natal, desejo que eles venham me visitar, mas sei que não virão. Pois, como diziam aqueles homens sábios de tempos atrás, a esperança é a última que morre. E embora a minha não esteja morta, nunca perdeu a prudência da realidade...

Augustus Sigma

[Trolie]

Gostei bastante da idéia e do seu texto Sigma. Mas parece que o pessoal não tem muita vocação por crônicas e afins. Vamos la pessoal ... não estou afim de ler somente um texto . Vamos fazer dos dois tópicos uma grande coletânea de textos

[Guardian of Muritanya]

O Jotinha praticamente só escreve textos assim,ele deve ter um monte deles pra postar aqui.

[Caboom]

Bom, contos e crônicas conseguem atrair temas interessantes.
Se eu tiver saco ainda posto um aqui. Os que eu escrevo são á mão livre então, para transcrevê-los para o computador leva algum tempo e cansa. Um pouco mas não estou muito afim...

De qualquer forma, quero ler ;D
Vamos ao trabalho!

[Jotinha]

Lol...

Na verdade o texto abaixo era para ser o primeiro capítulo de uma história, optei por mudar o final e adicionar algumas pequenas coisinhas. Acho que ficou bom! Dêem uma olhada e digam o que acham!

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Sacrifício

Uma torre, em muitos casos, é simplesmente um edifício. Uma construção fortificada que se destaca por sua altura. Neste caso, a torre, significa o último lugar em que ele queria estar.

Ele era um prisioneiro agora, suas roupas estavam completamente rasgadas, mais forneciam alguma proteção contra a fria noite que se encontrava lá fora. Tinha a pele marcada pelo sol, um porte físico grande, demonstrando que ele talvez fosse um soldado, o que explicaria o corte militar. Seu nome era Joel, e como dito. Era um prisioneiro.

Havia sido capturado e arrastado até aquele quarto pequeno no alto de uma torre. Não sabia em que andar estava, sabia que não era o último, pois o teto, assim como o chão era de madeira, e por isso ele conseguia ouvir passos vindos do andar de cima. Porém também não se encontrava no primeiro andar, pois embora o tivessem encapuzado quando o trouxeram até a torre, ele se lembra da sensação de degraus batendo em seus pés.

Dentro do quarto havia somente uma pequena janela, uma mesa e uma cadeira de uma madeira sem muito valor. Joel estava acorrentado a um par de argolas cravadas na parede, acima dele a janela, e a sua frente, a porta do quarto e a mesa.

Passado um tempo, dois homens adentraram o quarto, ambos vestiam túnicas, o que demonstravam que eram padres. Um dos padres trazia um livro, tinta e penas para escrever, e este rapidamente se ocupou na mesa. O outro arrastava, com grande dificuldade, um grande e pesado balde de ferro. Joel sabia o que havia dentro do balde, brasas e alguns atiçadores.

- Hoje teremos que queimar seus olhos! - Disse o padre que arrastava o balde. - Você teve sorte... - Continuou. -... O chão é de madeira, e por isso não podemos fazer uma fogueira.

Os dois homens, além de padres eram inquisidores, e há dois dias torturavam Joel em busca de informações sobre... Um segredo. Mais Joel havia resistido. Joel era o guardião de um segredo, e era esse segredo que os inquisidores queriam arrancar dele. Mas eles não estavam tendo sucesso. O que poderia levar um homem a agüentar tanta tortura, tanta humilhação? Hoje, achavam eles, teriam a resposta!

- Padre... - Disse Joel com força em sua voz, o que era de se surpreender após dois dias de tortura. - Calix meus inebrians.

Naquele momento, Joel chutou o enorme balde de brasas, e essas rapidamente tomaram conta da sala e criaram enormes chamas. Os dois inquisidores já se encontravam fora da sala, ambos estavam frustrados, pois sabiam que haviam falhado. Joel em breve estaria morto, e levaria o segredo para o túmulo. Ele havia triunfado.

Joel estava extremamente calmo, como se estivesse em companhia de amigos ao redor de uma mesa, ele sorria cada vez que as chamas tocavam seu corpo. Ele havia triunfado, seu sacrifício não será em vão.

- Calix meus inebrians. - Repetiu Joel. - Calix meus inebrians.
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Jotinha


PS: Dessa vez concordo com o Guardian!
PS²: 2.341 caracteres...

[Laudelino]

Otimo texto jotinha,nunca escrevi uma cronica,pode ser qualquer historia desde que seja desse tamanho apropriado e fale uma historia com um unico foco?

[Jotinha]

Lol...

Também não escrevo muito em crônicas, na maioria das vezes escrevo em forma de conto.

Mas as crônicas, creio eu, e como dito no início do tópico, são mais voltadas ao dia-a-dia, com um tom crítico e/ou humorístico.

Jotinha


PS: Procure crônicas em jornais e revistas para ter uma idéia!

[Euronimous]

Bom, é sussinto.
é leve de se ler.
e espero que vcs gostem.

A Morte de Abel

Ela andava calmamente pelas ruas de manhattan. Era tarde, o mundo estava vazio naquela hora. E ela não via quem a seguia de tão de perto. Um homem esguio dos braços longos e magros, que andava levemente encurvado, o que o fazia parecer frágil e inconsolado.
Ele a olhava com firmeza, pois era bela e atraente, suas curvas eram doces e meigas e o faziam sofrer de uma forma intensa, com uma dor interior insuportável, pois sabia que ela nunca o desejaria. E ele se odiava por isso.
Resolvera se aproximar dela e falar-lhe algo, quem sabe a sorte não estivesse ao seu lado hoje. Ele foi andando devagar, receava aproximar-se, com cautela, as vezes pensando em desistir. Mas ele finalmente chegou ao seu lado. “como a noite está fria!” disse olhando para a frente. A moça que parecia descontraída e alegre tomou-se em um susto. E olhou para o homem ao seu lado. Ele sentiu nos olhos dela que havia receio. Porém curiosidade. “É... Sempre fica frio nessa época do ano.”
Ele tinha demonstrado agora uma grande alegria. Pois nunca achou que uma moça tão bela fosse dar-lhe tanta atenção assim, pois não era de fato “feio”, porém era desajeitado, o que parecia afastar as mulheres dele. Eles haviam conversado um pouco e estavam agora bastante descontraídos. Ela pediu um tempo para ajeitar o sapato nos pés e caminhou até a esquina de um pequeno beco, onde se escorou nas paredes. Vendo-o a observar ela deu um sorriso e calmamente olhando o seu rosto adentrou a escuridão da pequena entrada.
Ele não estava certo do que fazer. Até que palavras foram desferidas de dentro da viela. “Venha logo seu bobo.” Sendo assim, não ficaria mais nem um segundo ali. Foi caminhando para a entrada e ansioso sentiu as mãos da jovem moça abraçando-lhe o corpo. Ele logo correspondeu o gesto e tomou-a em seus braços.
Beijando-se e abraçando-se no pequeno espaço que eles tinham, ela começou a mordê-lo. Parecia bom, ele estava gostando das suas pequenas mordidas. Mas ela parecia cada vez mais se empolgar. E agora começava a doer. Parou de beijá-la, e demonstrou um pouco de desconforto.
No escuro onde estavam um brilho metálico parecia surgir. Uma lâmina, uma faca agora era erguida. Um golpe foi desferido, e um suspiro podia-se ouvir na rua. Os olhos da criatura que morria olhavam assustados e confusos para o seu batedor. Que a olhava com fome de dor, sofrimento, angústia e desespero alheio. Um leve ar de riso foi desferido dos seus lábios. A sua presa caia devagar no chão. E fitava seu rosto calada. O sangue escorria pelas costas da vitima e escorria no chão sem tocar o matador, que observava calmamente.
A noite se passou e um novo dia surgia no céu. Em casa, o batedor lia seu jornal. A procura de “notícias”. Ao abrir em determinada página via o titulo da matéria: “Assassinato a Madrugada” e suspira em um riso calado. Lendo vê: “A vitima pareceu ter sido morta em silêncio, pois nenhum dos moradores ouviu nada. O assassino possivelmente saiu andando sem levantar suspeitas, frio e cauteloso.” Satisfeito, a batedor experiente leu somente a última linha de seu “capítulo” no jornal. O nome de sua vítima, qual seria? Estava ali. Ele lia com prazer e calma o nome de Arthur Abel Adams.


Se vc leu e nao gostou comente plz!
se vc leu e gostou comente tbm!
se vc acha que falta alguma coisa... diga oq eh! pq se vc nao falar vai ficar faltando.
e eu soh faço, mas quem le sao vcs, e se ficar faltando algo nao vai ser pra mim,
e sim pra vcs que leem.
entao cooperam comigo e com vcs, pq se nao criticarem, ficaram lendo coisas ruins pra sempre.
uahsuahsuhasuhsauh
espero que gostem...
flw!

Seu amigo,
Bruno.

[Jotinha]

Lol...

Legal, confesso que achei o fim meio esquisito. De qualquer maneira eu não tinha idéia de como ele ia acabar e realmente me surpreendeu, espero que esse tenha sido um dos seus objetivos!

Continue postando contos neste tópico, hoje mesmo vou postar um, esse e o tópico de poemas não devem morrer!

Jotinha

[Ninfa'Xis De]

Pô! Para mim, os melhores contos são os curtos! Nada de 10 mil caracteres coisa nenhuma!