Enfim, a última Chave!!!
Lembrando que os textos são postados de forma anônima. Para votar, basta identificar qual a disputa e qual o texto escolhido. Todos usuários podem votar, mas apenas aqueles com uma justificativa plausível serão levados em conta. Votos de usuários fantasmas também serão desconsiderados. E lembrando que a votação popular será apenas um dos pesos da nota dos textos, e o vencedor final será decidido por membros da Equipe TibiaBR. Por último (e talvez o mais importante):
Chave 8
Infinity Mage x Kautys x Elais
Tema: Os Vampiros de Vengoth
Spoiler: Texto 1Os males de Yalahar (nota)
O que você vê quando chega em Yalahar?
Uma cidade grandiosa? Fortificada? Segura?
Bobagem.
Yalahar transpira maldade. O ar que se respira é pesado e parece ser soprado por hordas de demônios. E não sou exagerado quando digo isso. Olhe para as enormes muralhas que separam o centro da cidade de uma amostra de todos os males existentes no mundo.
Tudo o que pode rastejar, e até mesmo algumas coisas que dominam os céus, que carregam maldade consigo, possui representantes em peso ao redor da cidade. A muralha que protege a dominação total do mau é frágil, apenas um amontoado de pedras, e o mundo não vai demorar muito para vê-la rachar e permitir que todo o continente.
Como pode ser considerado segura uma cidade onde caminhamos por um chão que é teto baixo de demônios? Que caminhando pelas ruas podemos ouvir gritos de desespero e luta não muito distante? Ao norte algo que parece ser uma das entradas do inferno, além de espaços para cultos malignos. Experimentos mágicos, mutantes, aberrações, morte, desespero e raiva.
A leste, uma antiga cidade totalmente submersa por ter sucumbido ao poder de criaturas marinhas.
O mau joga suas maldições no ar, que é carregado por ventos até nossos ouvidos.
Quando os males vão deixar de disputar entre si para expandir espaço e poderes e vão se unir contra a cidade não é possível dizer. Talvez já o tenham feito e esperam o momento ideal.
O que quer que seja, é um continente perdido para os tibianos que, aliais, nunca o possuíram mesmo.
Yalahari’s (antigos ascendentes) (nota)
Yalahar e suas dominações (terras e aos arredores, onde a antiga e quase esquecida civilização se ergueu e caiu) foi belíssima. Quem se atreve a dizer que no continente principal, os quarteis foram construídos para separar o mau da cidade, esta totalmente equivocado.
Os quarteis foram de total dominação dos antigos yalahari, onde o Zoo era utilizado para pesquisar sobre criaturas; Magician e Alchemist dominação e manipulação da magia.
Robótica em Factory Quarter, pesquisas marinhas em Sunken, e uma belíssima área para sepultamento dos falecidos. Tudo reflete uma avançada civilização em ascensão, que optou por isolar-se e conviver pacificamente, longe dos conflitos e das turbulências no restante do mundo.
Talvez tenha sido um erro. Viver alheios e escondidos. O mau os alcançou, os descobriu e os dominou, tão certo como faz um mágico fajuto em seu ilusionismo quando sua plateia é composta por tolos.
Vengoth (nota)
Explicar sobre Yalahar e sua queda é necessário para entender o que aconteceu em Vengoth.
Uma ilha bem próxima do continente, onde foi a primeira estadia dos yalahari antes de se moverem para o continente onde hoje esta a cidade.
Prova disso é o antigo castelo na ilha. Antes que os yalahari passassem a se interessar e avançar nas pesquisas cientificas e mudarem para sua morada final (que lhes permitiu um crescimento e conhecimento muito maior), era em Vengoth, com clima suave, verde em pastagem e agradável que viviam. Uma região muito diferente da que conhecemos hoje.
Quando enfim foi descoberta a existência do continente, todo tipo de ser se interessou na região. Embora o olhar de TODOS se voltassem para o imenso progresso central, quatro poderosos irmãos olharam um pouco mais longe, para Vengoth, que já não recebia atenções nem mesmo dos yalahari’s, que se concentravam apenas em seus afazeres.
Rumores estranhos eram trazidos pelo vento, que falava sobre apodrecimento de árvores, desertificação de planícies, escurecimento das águas, horror e medo. Quando se iniciou as preocupações, Vengoth já havia sido perdida.
Mortos vivos
Quem entre os yalahari’s iria imaginar que seu problema com mortos-vivos iam muito além das coisas estranhas que rastejavam debilmente em seu cemitério?
Valmax, um yalahari jovem de dois metros e meio de altura, foi convocado pelos líderes.
− No que posso ser útil, vossa grandiosidade? – Disse o jovem curvando-se perante seu superior – Me foi dito que deseja me designar uma tarefa. Me desculpe o atrevimento, mas pensei que eu seria mais útil nos problemas que se passam na morada de nossos antepassados.
− Sua coragem nos será mais útil em Vengoth agora – disse o superior. – Quando perguntei ao Conselho sobre alguém que conheceu bem a região de Vengoth, você me foi indicado. O que sabe sobre Vengoth no momento agora?
− Nada além do que o vento negro que passou a assobiar em meus ouvidos tem me contado – disse ele demonstrando preocupações.
Seu superior lhe olhou nos olhos e disse:
− Não espere de mim que eu lhe diga o que tem acontecido por lá. Espero por respostas tanto quanto você. Meu coração se enche de tristeza, pois algo faz com que nossos golens se voltem contra nós. Chegou ao meu conhecimento a morte de Hans Clipart. A capacidade que os golens tem de usar sua energia interior para interagir com o ambiente se mostrou mortal. Fugindo totalmente de seu controle, Hans foi encontrado morto hoje no amanhecer após ter recebido uma enorme descarga elétrica de seus golens.
− Isso é horrível – disse Valmax, Hans havia até mesmo utilizado a ajuda dele para criar alguns de seus golens. – E como vão as coisas em Factory agora?
− Espero que as noticias que estão a caminho sejam melhores que a ultima vez que me reportaram: golens não nos obedecem mais e nos atacam. Animaram a ultima criação de Hans, um golem bem maior que ainda não havia sido utilizado. Maior e mais forte devo dizer. O que quer que esteja acontecendo no lugar tem dado problemas, andam chamando este ultimo de maquina de guerra.
− Será que não devo ir para Factory? – disse Valmax. – Ajudei Hans com os golens, posso encontrar uma solução.
− Não – disse o superior de forma firme. – Sua tarefa agora é ir até o antigo castelo de Vengoth para verificar o que acontece por lá. Ir e voltar para nos reportar.
− Certamente – disse Valmax curvando-se e se retirando.
Valmax partiu sozinho para Vengoth. Alguns poucos yalahari’s haviam estado no lugar nos últimos anos, visitando o castelo e pegando antigos documentos e livros que a muito haviam sido deixados lá. Mas não se falava em Vengoth por Yalahar, pois o lugar não oferecia de refugio sequer para aves que escapassem de suas jaulas. Embora Valmax gostasse do lugar, o admirasse e os respeitasse, por ter sido o berço se sua avançada civilização.
Ao pisar novamente na grama que parecia ser o ultimo vestígio de vegetação verde existente ali, Valmax viu apenas morte até onde seus olhos podiam alcançar. Muito longe, visualizou densas nuvens negras pairando sobre o que antigamente fora a morada de reis yalahari’s. Não podia deixar que o medo que pressionava seu coração o impedisse de fazer o que seus superiores haviam lhe designado.
Nenhum entre eles esta vivo,
Eles tão pouco estão mortos.
Estão presos ao meio termo,
Maldade move seus corpos
Não temeram minha presença,
Eles quem dominam os medos.
Se meu olhos se desviam,
Nada vejo além de morcegos
No Castelo de Vengoth
Valmax encontrou dificuldade para chegar até o topo da montanha. Sentia que era observado, embora seus olhos não lhe indicassem a presença de nada além de si mesmo, e seus ouvidos lhe denunciassem apenas o que o vento negro se sussurrava.
Os portões pesados rangeram ao serem empurrados. Ele caminhou pelo corredor escuro observado e não vendo nada de estranho além das trevas que pairavam por ali. Achou que poderia visitar a biblioteca a fim de verificar se algum documento pudesse ser aproveitado em Yalahar, quando se sobressaltou assuntado.
Não foi o bater de asas que havia lhe assustado, foi a voz fria que chegou aos seus ouvidos logo em seguida.
− Eis que surge a oportunidade de conhecer um yalahari.
− Quem esta ai? – perguntou Valmax procurando ao redor.
Então saiu das sombras um homem tão alto quanto Valmax, com cabeços negros e espessos que lhe passavam dos ombros. Era extremamente pálido com olheiras escuras e um sorriso revelador de enormes dentes. Valmax não acreditava que ali na sua frente estava um humano tibianos que vivia ao sul.
− Corrijo minha pergunta – disse Valmax sem medo algum agora. – O que é você?
Outro bater de assas, e mais pouco longe dali.
− Ora, me surpreendo que com todos os seus conhecimentos, não possa supor o que sou. Nenhum entre os que visitaram sua terra falou de nós? – perguntou o ser pálido à sua frente – Isso me entristece, muito embora eles mesmos parecem ter se esquecido de nós.
− Nós? – perguntou Valmax – Nós quem? Vejo apenas você, e nenhum entre os pequenos humanos que pisaram em nossas terras sagradas nos falou de algo mais pálido que fantasmas.
− Ao menos eles sabem sobre fantasmas – disse uma segunda voz, tão fria quanta a primeira, de outro pálido que saia das sombras indo se postar a alguns metros do primeiro. – Ou ao menos pensam que sabem.
Mais assas às suas costas, pareciam formar um circulo, Valmax estava cercado.
Mesmo assim, ele não parecia considerar perigo algum, e tentou ser simpático.
− Qualquer um que possamos conhecer será ótimo – disse ele. – Conhecimento é algo que presamos muito. Não creio que vieram para este castelo com o intuito de ficar, porque que tipo de ser conseguiria viver aqui agora? Algum mau dominou essas terras. Podem vir comigo para Yalahar e conhecer algumas coisas, com certeza vai lhe ser mais interessante que este lugar perdido.
Gargalhadas de esfriar a alma veio de trás dele. Enquanto ele procurava assustado no escuro quem, ou melhor, o que conseguia colocar tanta maldade no ato de rir, o primeiro pálido disse:
− Sim, este lugar esta perdido. Mas porque nós estamos aqui agora.
− Sim – disse o segundo. – E não estamos de passagem, viemos para ficar.
Mais dois pálidos saíram das sombras, mostrando seus enormes dentes, todos agora com um sorriso maligno e olhares famintos em direção a Valmax, que agora já estava alerta, embora não com medo.
− Vocês perderam essas terras, não souberam aproveita-la, agora nos pertence – disse um dos novos.
− E terão de tomar escolhas certas se quiserem manter sua sagrada cidade longe de mãos piores que as nossas – disse o outro.
− Cidade sagrada? – riu o primeiro – Se fosse, como ela já poderia estar sendo invadida por necromantes e outros?
Então todos os quatro riram e se aproximaram com fome em seus olhos em torno de Valmax.
Então os atacaram.
E pela primeira vez em séculos, um yalahari lutava. Os seres estavam fracos e subestimaram Valmax, que girou no mesmo lugar distribuindo alguns golpes e magias. Ateou fogo nas tochas enferrujadas na parede e observou seus inimigos ficarem ainda mais fracos com a repentina luminosidade do lugar.
Os pálidos se afastaram momentaneamente, mas voltaram quando perceberam que Valmax não parecia muito disposto a lutar, e sim em abandonar o lugar o mais rápido possível.
Talvez tivessem voltado a subestima-lo, ou talvez julgassem que ele estava fugindo de medo. O que quer que seja se enganaram, pois Valmax estava apenas sendo pacifico, mas lutaria mais se precisasse.
Mais uma vez Valmax se defendeu, mas sem o intuito de ferir seus oponentes, já não usava muita força, sabendo o quão fraco eram.
Até o momento em que um deles o abraçou por trás e mordeu seu pescoço. Ele sentiu uma picada forte e como se veneno estivesse invadindo seu corpo por onde for ferido. Se desviou rapidamente, agora já bastante irritado e disposto a ferir o próximo que se atrevesse a ataca-lo. Os seres pálidos se uniram em torno do que o havia mordido rindo.
− O sangue deles é mais doce que de humanos – disse lambendo um filete de sangue que escorria no canto da boca.
− Marziel, meu irmão – disse outro. – O que devemos fazer com o invasor de nossos domínios?
− O que não fazemos há muito tempo Lersatio – disse outro. – Vamos unir o útil ao agradável e matar nossa fome.
− Sim – disse outro. – Eles se esconderam do mundo e perderam totalmente a noção de tudo que existe e que surgiu desde que decidiram que iriam se isolar.
Então investiram novamente. Com golpes mágicos fortes, Valmax derrubou três, mas o que havia lhe mordido estava agora bem mais forte e desviou o golpe, lhe retrucando com outro que o fez cambalear. Valmax continua sem disposição nenhuma para lutar se não fosse necessário, olhou em volta e viu os três irmãos de Marziel se transformarem em poeira, para logo em seguida estarem como morcegos voando para pontos altos no lugar e pousando, como que para observar uma luta entre ele e seu irmão.
− O que quer que vocês sejam – disse Valmax irritado, – não são bem vindos em Yalahar.
Os morcegos soltaram guinchos, como se rissem, e o próprio Marziel riu.
− Não temos interesse algum em sua cidade, grande tolo. Em breve ela estará tão perdido, para não dizer mais, que este lugar. E você não vai sair daqui para alerta-los disso, pois vais matar nossa fome.
− Contar com isso lhe faz mais tolo que é capaz de me julgar – disse Valmax. Então com um encantamento, fez subir enormes chamas das tochas antes com pouco fogo. Seu coração se alegrou sem saber que havia suposto corretamente: os pálidos de desorientaram com luz e calor tão intenso e repentino, que se atrapalharam. Foi então embora com a intenção de reportar o perigo para os yalahari’s.
Embora ele tenha sobrevivido aos primeiros vampiros a esfriar o clima de seus domínios, sua informação não foi de ajuda alguma para Yalahar, que perdeu totalmente o interesse em expulsar os seres de Vengoth quando Yalahar foi decaindo rapidamente.
Valmax se foi na luta contra demônios que cegaram ao norte de sua grandiosa cidade e cavaram abaixo da terra, tendo suas maldições protegidas por enormes ferreiros verdes do inferno protegendo as entradas com quadrupedes terríveis e poderosos como animais de estimação.
Yalahar ainda não decaiu totalmente, porque tibianos também vivem lá agora. Magos realmente poderosos, e cavaleiros honrados são forças que vivem lá e frequentemente se aventuram do outro lado da muralha, lutando e enfraquecendo a força do mau. Embora muitos ainda olhem para Vengoth e consigam enxergar ali inimigos a serem aniquilados.
Vengoth (nota)
Ao tempo em que Yalahar perdia seus habitantes para o mau, os irmãos Boreth, Lersatio, Marziel e Arthei popularam Vengoth com todo tipo de mortos vivos, dispostos a servi-los por lhe oferecerem um lugar, não para viverem, pois não vivem, e sim simplesmente para estar, longe dos humanos.
As próprias arvores apodrecerem ao ponto de caminharem maldosamente e matar tudo o que se atravesse a ser vivo por ali. O ar é irrespirável, a água nunca mais foi potável e é venenosa a qualquer coisa que a beba. Tibianos ousam a invadir o castelo e lutar até mesmo contra os irmãos vampiros, com rituais com virgens e magia avançada.
Mas os vampiros já estão mortos. Embora possam enfraquecê-lo com alho, estacas, fogo e energia, eles vão voltar. Vengoth esta de fato perdida, talvez para sempre.
Observe meus mortos-vivos
Ou que sejam vivos-mortos
Eles se rastejam sem alma alguma
Apenas maldade move seus corpos
Spoiler: Texto 2História de uma protetora dos lobos: Desde o verde bosque pacífico até as terras de sangue frio.
Livia é uma maga pacífica e amante da natureza que vivia com teias mais suaves que uma druida de alta riqueza poderia ter. Sua paixão pelas peles de seu mais precioso addon parecido ao de uma besta, faz que ela tivesse uma admiração profunda pela comunidade de lobos existente para perto da cidade de Ab’Dendriel. Todos os dias pela manhã cedo, Livia se cuidade a alimentar àquelas ferozes criaturas, sedentas e famintas que se encontram perto do bosque entre as cidades de Carlin e Ab’Dendriel. Também ela lhes ensinava aos lobos para não atacar sem necessidade, mantendo o equilibrio entre a paz e a natureza em que viviam. Foi assim, até que um escuro dia, chuvoso e fora do normal, que um violento cavaleiro de armadura prateada, chegou para atacar. Desde o bosque até a cidade de Ab’Dendriel, escalpelou e feriu todos os que tentavam lhe impedir, até que um dos velhos lobos protetores da comunidade e de Livia, decidiu atacar e fazer frente ao malvado cavaleiro. Com sua espada bem afiada, lutou ferozmente contra o lobo. É nesse momento em que sem querer, o lobo, peludo e imenso, mordeu a Livia assim que ela se encontrava tratando de parar tal luta entre o cavaleiro da armadura prateada e seu lobo protetor. Ela, sem poder entender o por quê seu pacífico amigo e amante da natureza, a tinha mordido, correu até poder, para o mais profundo do verde bosque, naquela noite em que nem os cervos brancos da cidade de Carlin, conseguiam ser vistos entre a escuridão e a chuva que açoitavam naquele momento. Livia, muito triste e ferida, não queria aceitar que seu amigo protetor de toda sua vida como Druida, a tinha atacado, ainda que a intenção do lobo nunca foi da atacar senão que a proteger do maldito e violento cavaleiro e que a mordida foi só um engano do confuso momento entre Livia que queria separar e acabar com a luta entre o lobo protetor e o temível cavaleiro. É de modo que Livia Druida encontrava-se curando suas feridas com as mais sagradas ervas do bosque que ela mesma cuidava dia a dia, quando um sujeito pálido e muito magrelo apareceu por trás dos arbustos; Livia dá-se conta disto e se preparava para fugir do lugar, quando aquela pessoa se acerca a ela e a olha fixamente aos olhos. Ela ficou hipnotizada, não se movendo, como se os dois conversassem apenas com os olhos. Ele a tranquiliza e Livia, que mal podia caminhar por causa daquela ferida sangrenta, se dirige à aquele pálido cavaleiro branco
- Quem é você? Por que me paralisou?
E ele se vira timidamente para ela e lhe fala ao ouvido,
- Ví o que te aconteceu cerca do bosque de Ab’Dendriel, foste uma vítima daquele estúpido mortal e aquela besta violenta. Se você toma minha mão, juro não te fazer dano nem beber do sangue que sai de tua ferida na perna. Levar-te-ei à terra de onde provo e em onde poderei te curar as feridas. Não há barreiras nem fronteiras que possam matar este sentimento que estou a sentir por você, Livia.
É de modo que aquele pálido e magrelo senhor escuro, revelou-lhe a Livia durante a viagem para as terras do longínquo Vengoth, que o pertencia à raça dos vampiros, uma sociedade benevolente mas ao mesmo tempo muito poderosa contra o inimigo. Livia, não é indiferente à beleza daquele vampírico homem, mas ainda assim sentía com medo do que poderia ocorrer se os demais habitantes de Vengoth, chegavam a saber de sua existência naquelas terras. Também era de seu conhecimento que Vengoth era a fonte de todo o mau que ameaçava à cidade de Yalahar nesse tempo. Mas o amor fazia seu trabalho e já era um fato de que o vampírico homem e Livia, amante dos lobos e a natureza, estavam debaixo do manto do amor e desejo eterno. Vincent, era o nome do vampiro apaixonado de Livia. Um vampiro fora do comum por ter-se apaixonado por aquela pacífica mulher, amante da natureza e dos animais selvagens. Livia, a Druida valente e indefesa a sua vez, tal como aquela noite em que Vincent recorda-a a ela, ferida entre os ramos e arbustos do bosque. Acabado naquele dia em que Livia chega às escuras terras de Vengoth, um real desafio para ela, já que até nesse então, só sabia de tragédias, sangue e morte daquele lugar. Mas já era demasiado tarde. Vincent tratou de esconder e proteger a sua amada em todo momento, dia e noite sem deixá-la só; até que um dia, a verdade veio a tona. Os dois amantes foram descobertos por uma servente vestida de cor branca, de nome Fading Memory, a qual correu a lhe contar sobre o visto por ela, fazia o chefe dos vampiros chamado Sir Marziel, que morava no castelo atormentado daquelas terras. Livia foi sentenciada a deixar as terras de Vengoth às que ela não pertencia e além de deixar a seu amado por toda a eternidade. Também foi sentenciada a eleger por sofrer os tormentos de sua alma por parte do imperador dos vampiros e de reunir sangue de todas aquelas jovens doentios de alma das demais cidades das terras de toda Tibia. Livia não teve mais opção que seguir o que lhe dizia seu coração e mente e foi assim que se cumpriu a profecia sabida por muitos, a profecia que conta que toda aquela pessoa que chega às terras de Vengoth, não poderão sair jamais dela. Foi desta maneira que Livia teve que viver para sempre ali junto a seu amado, como outra morta-viva, sedenta de sangue e vida eterna. A primeira mulher druida protectora da natureza e animais, e em especial dos inimigos violentos dos vampiros, a comunidade de feras e de lobos, convertida numa Vampire Bride diferente às demais da comunidade de Vengoth. Contraditório para seu coração mas cheia de satisfação e por sobretudo, amada por Vincent, sua vampiro protetor, sabendo que ela já não seria mais a protetora do que mais amava, mas sabendo que teria seu próprio protetor que protegê-la eternamente.
Finalmente, o sangue já não seria um problema para ela.
Fim.
Spoiler: Texto 3Amor acima de tudo
— Últimas palavras? — Disse Gage, com um sorriso diabólico, apontando a espada para o pescoço do homem que estava ajoelhado a sua frente.
— Faça rápido. — Respondeu, com uma calma agonizante.
Um único golpe fatal foi dado.
Três anos atrás
Quatro homens estavam escondidos atrás de algumas árvores. Eram irmãos. Seus nomes eram Thebor, Serliota, Larzime e Terahi. Eles olhavam para a um bando de ladrões que dormiam ao relento.
— Foram eles que roubaram nosso dinheiro. — Cochichou Thebor, o mais forte dentre os irmãos.
— O que faremos com eles? — Perguntou Serliota, chamado também de Palito, devido a seu corpo ser fino como um graveto.
— Vamos pegar o que é nosso e sair daqui, não somos assassinos. — Respondeu um dos irmãos.
Foram silenciosamente andando para perto dos ladrões. Serliota apontou para o que parecia ser uma bolsa. Chegaram e observaram o que já sabiam: dentro da bolsa estava o ouro que os pertencia. Pegaram. Ao darem meia-volta para adentrarem a floresta da qual os irmãos haviam saído, viram um dos ladrões olhando para eles.
— Acordem! Temos visita! — Berrou o ladrão, com um sorriso sem dente.
Um a um, os oito homens foram acordando e correndo para suas espadas.
— E agora? — Perguntou Terahi, com olhos assustados.
— Corram! — Gritou Thebor.
Os irmãos correram como se houvesse algum demônio perseguindo-os. Na verdade, eles consideravam aqueles ladrões como tal. Thebor, Terahi, Serliota e Larzime eram órfãos. Eles só tinham a si mesmos. Porém, a ligação entre os irmãos era tão forte que nada mais faltava.
— Acho que conseguimos despistá-los — Disse Serliota ofegante, após ter corrido vinte minutos continuamente.
Foi nesse instante em que os irmãos avistaram uma casa por dentre as árvores. Eles não imaginavam que alguém vivia nos campos de Zao, até porque esta era uma região bem perigosa, tanto no sentido de ter diversas criaturas, como também por ser um local de altos índices de roubos.
— Vamos ver quem mora ali. — Falou Larzime.
Antes de baterem na porta, os irmãos olharam em uma das janelas da casa. Lá dentro havia uma densa escuridão, com apenas um feixe luminoso vermelho. Conseguia-se ver alguns objetos e símbolos desconhecidos.
— Que tipo de bruxaria é essa? — murmurou Thebor.
— Vamos sair daqui, não gostei deste lugar. — Disse Serliota, com medo em seus olhos.
E então os irmãos seguiram o caminho de Farmine, onde moravam.
~~ ~~
Sangue humano escorria por entre seus dentes. Ele adorava ver a vida se esvaindo nos olhos de suas vítimas. Alguns o chamavam de canibal, já outros de vampiro. Na verdade, ele não se considerava nenhum dos dois. Era um ser que adorava Zathroth, o Deus da destruição. Qualquer um que o visse, saberia que ele não era um humano. Porém, há muito tempo, ele fora um homem chamado Darthan. Seu pai e mãe foram mortos a sua frente por um psicopata doentio. Darthan havia jurado que mataria este homem que acabara com sua vida. Contudo, o psicopata havia sumido do mapa. Desaparecera. Foi então que Darthan vendeu sua própria alma para que o homem que matara seus pais queimasse no inferno. Mas não sabia ele que vender sua alma para Zathroth significaria viver em uma prisão para o resto de sua vida.
Darthan chegara a sua casa. Era uma cabana nos campos de Zao, um ótimo lugar para ele viver, já que havia um constante fluxo de ladrões por ali. O sangue assassino tinha um gosto especial. Apenas isto servia como alimento para ele, por isso a semelhança com um vampiro. Após começar seu ritual à Zathroth, um barulho foi ouvido vindo do lado de fora da casa. Darthan virou-se e olhou para a janela. Quatro homens estavam ali. Comida, pensou ele.
~~ ~~
Após uma viagem tranquila para Farmine, os quatro irmãos foram dormir. Estavam exaustos devido aos acontecimentos anteriores.
— Aqueles malditos ladrões acharam que iam ficar com nosso ouro. Eles não imaginavam com quem estavam se metendo. — Falou Serliota, mostrando seus minúsculos braços para seus irmãos.
— Pare de mostrar esses músculos, se é que esses braços tem algum músculo, e vai dormir. — Disse Thebor.
Não sabiam os quatro irmãos que esta seria a última noite que eles dormiriam como humanos.
~~ ~~
Uma lâmina roçou o pescoço de Thebor. Ao abrir os olhos, ele viu um homem fazendo sinal para que ele ficasse em silêncio. Thebor o reconheceu. Era um dos ladrões da noite passada.
— Cadê meus irmãos? — Pensou Thebor. E então ele lembrou-se que Serliota, Larzime e Terahi haviam decidido que acordariam cedo para comprar comida.
— Onde estão os estúpidos dos seus irmãos? — Perguntou o ladrão que apontava uma espada para sua garganta.
— Não sei. — Mentiu Thebor.
Outros dois ladrões surgiram da porta que levava à cozinha.
— O ouro não está em lugar algum, Gage. — Falou algum deles.
Gage parecia ser o chefe dos ladrões, e também o mais violento. Era ele quem apontava a espada para Thebor.
— Você vai se arrepender por isso. Levem-no! — Disse Gage, com olhos furiosos.
— Para onde vocês vão me levar? — Perguntou Thebor.
— Para o Inferno. — Respondeu Gage, com um sorriso demoníaco.
~~ ~~
Serliota, Larzime e Terahi andavam de volta para casa. Haviam comprado carne, frango, cogumelos, entre outras coisas. Apesar deles às vezes brigarem, eles se amavam. Era um amor que seus pais nunca puderam lhes dar, já que haviam morrido quando os irmãos tinham não mais que doze anos.
— Thebor vai ficar feliz ao ver que compramos comida. — Disse Larzime, com um sorriso no rosto.
— E como... nunca vi ninguém gostar tanto de comer como Thebor. — Falou Serliota.
Eles chegaram a casa. Dentro dela estava um silêncio inquietante.
— Será que Thebor ainda não acordou? — Perguntou Terahi.
— Acorde Thebor! Trouxemos comida! — Gritou Serliota, enfatizando a última palavra.
Foi então que os três irmãos entraram no quarto. Todas as camas estavam vazias. Um pedaço de pergaminho estava em cima da cama de Thebor. Ele dizia: Caso queiram ver seu irmãozinho vivo, tragam o ouro que vocês pegaram de nós! Estamos esperando nas montanhas de Farmine.
Larzime, Terahi e Serliota ficaram desesperados. Juntaram o ouro que restara das compras com o que estava escondido em um piso falso no quarto.
— Duzentas peças de ouro. — Falou Serliota, um pouco mais aliviado, pois eles haviam pego exatamente esta quantidade da bolsa dos ladrões.
E então rapidamente os três saíram para encontrar Thebor. Sem ele nós não somos nada, pensou Terahi.
~~ ~~
Os oito ladrões esperavam em uma parte da montanha de Farmine. Thebor estava ajoelhado próximo a Gage.
— Minha paciência tem limite. Cadê seus irmãos estúpidos? — Berrou Gage, cuspindo em Thebor.
— Eles virão. — Respondeu.
Foi então que alguns barulhos foram ouvidos. Gage e os ladrões olharam para o lado do qual vinha o som. De lá surgiu três homens, que foram reconhecidos como os três irmãos de Thebor.
— Então quer dizer que vocês realmente vieram! — Exclamou Gage, rindo dos rostos medrosos dos irmãos.
— Nós estamos com o ouro que você pediu, solte ele. — Pediu Larzime, com lágrimas escorrendo.
— Vamos com calma, a festa está apenas começando — Falou Gage, com aquele olhar demoníaco que apenas ele era capaz de dar. Ou não.
~~ ~~
A criatura via tudo o que acontecia. Estava escondido atrás de uma árvore, e apenas esperava o momento certo para dar o bote. Ele havia seguido os irmãos até a casa em Farmine. Porém, quando ele foi se alimentar deste sangue humano, os malditos ladrões apareceram.
Ser um criado de Zathroth não era nada fácil. Todos os dias precisava-se derramar sangue e fazer rituais para ele. A alma de Darthan estava acorrentada há muito tempo. Apenas o que restou foi uma criatura em busca de comida. Sangue humano.
~~ ~~
— Tome o ouro que você pediu. — Falou Serliota, jogando o ouro nos pés de Gage.
— Não irei me curvar para pegar este ouro! Venham e peguem! Curvem-se a mim! Beijem os meus pés! — Gritou Gage, gostando do poder que ele exercia sobre os irmãos.
Como o amor por Thebor era imenso, os irmãos curvaram-se à Gage, e imploraram que os perdoassem. Gage apenas ria, e falava que eles não estavam implorando o suficiente.
— Basta! Cansei de ouvir vocês. Saiam daqui. Soltarei seus irmãos quando vocês estiverem longe daqui. — Disse Gage, pegando o ouro.
Como nada podia ser feito por Serliota, Larzime e Terahi, eles tiveram que acreditar naquele homem. Enquanto eles estavam saindo de onde os ladrões estavam, um barulho cortante foi ouvido atrás deles.
Os irmãos correram para ver o que era. Thebor estava caído no chão. Gage olhava para ele com prazer, apreciando sua obra de arte.
Serliota e seus dois irmãos correram desesperados para o corpo de Thebor. Os ladrões riam deles. Ao olharem para Thebor, viram um corte em sua garganta e muito sangue. Eles gritaram. Sentiam dor, ódio, vingança. E foi esta última que fez com que eles se levantassem e corressem para os ladrões. Os irmãos queriam matá-los. Queriam vingar a morte de Thebor.
Quando os ladrões estavam prestes a matar Terahi, Larzime e Serliota com suas espadas, um vulto passou entre eles. Uma criatura matou os oito bandidos com uma velocidade inimaginável.
Houve silêncio. Os três irmãos estavam perto do corpo de Thebor, enquanto a criatura que matara os ladrões se aproximava.
— Nos ajude, por favor. — Implorava Terahi, para a criatura desconhecida.
— Quem é você? — Perguntou Serliota, com lágrimas varrendo seu rosto.
— Meu nome é Darthan, e vocês me libertaram. Há muito tempo minha alma estava aprisionada. Porém, por uma coisa Zathroth não esperava. O amor. Quando eu vi o amor que vocês sentiam por seu irmão, minha alma foi libertada. Eu agradeço a vocês.
— Você consegue ressuscitar nosso irmão? — Perguntou Serliota.
— Sim, alguns poderes que eu tinha enquanto minha alma era de Zathroth ainda não se esvaíram. Porém, vocês terão que fazer um sacrifício. É o preço que vocês devem pagar para ressuscitá-lo. Zathroth precisa de sangue.
— Como podemos fazer isso? — Indagou Terahi, com um pingo de esperança.
— Vocês nunca mais devem voltar para a cidade. Devem viver isolados, alimentando-se apenas de sangue para sobreviver. E também devem mudar seus nomes. Vocês estão prontos para viver desse jeito?
— Sim. — Responderam os irmãos em uníssono.
E então Darthan mordeu cada um dos irmãos. Com este sacrifício sanguíneo, Thebor foi ressuscitado. Porém, como dito por Darthan, eles se alimentariam apenas de sangue. Eles haviam virado vampiros.
— Fardos, meu dever foi feito. Por favor, leve minha alma. Quero ficar perto dos meus pais. — Implorou Darthan.
E então, Fardos levou a alma de Darthan para junto de seus pais.
Thebor, Serliota, Larzime e Terahi agora eram vampiros. Foram para um castelo isolado a oeste das montanhas de Farmine. Como dito por Darthan, eles mudaram seus nomes. Porém, para manter suas identidades, eles apenas mudaram a ordem das letras. Eles passaram a se chamar Boreth, Lersatio, Marziel e Arthei.
Apesar de tudo, o amor entre eles continuará. O amor desses quatro irmãos é infinito.
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. Na hora da minha votação eu cheguei a comentar sobre o hífen porque no meu próprio texto da primeira rodada, uma das críticas foi eu ter usado hífen ao invés de travessão. Realmente não vejo muita importância nisso, porque é uma questão estética, e não ligo muito pra forma, mas sim pro conteúdo. Apenas achei válido comentar, mas de forma alguma esse foi o fator decisivo por eu ter escolhido o texto 3 e não o 1. 
